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A R L S “Colunas de Piratininga nº
3780”
Federada ao Grande Oriente do Brasil
Jurisdicionada ao Grande Oriente do Brasil São Paulo

REAA

AS BORLAS E A CORDA DE 81 NÓS

TRABALHO EM
ELEVAÇÃO

ROBSON MENDES FRANCIONI


CIM 321234

AM

28/02/2020 EV
AS BORLAS E AS CORDAS DE 81 NÓS

Apesar de tanto a Borla como a Corda de 81 nós, serem


feitas do mesmo material, seus fios, sua simbologia maçônica se difere nos
ritos e significados.

Assim, sendo cingi o trabalho em duas partes, sendo a


primeira sobre as Borlas e seu significado maçônico, e por último a Corda
de 81 nós e seu significado, todos dentro de nosso REAA

AS BORLAS

A borla consiste na reunião de um conjunto de fios em


números variáveis, presos por um nó. As borlas são na verdade uma arte
de “passamanaria”, - o trabalho com passamanes. Uma arte que se ocupa
de bordados ou transados de fios em roupas, tecidos, cortinados ou borlas.
Estas servem para complementar um enfeite e geralmente, como parte final
de um cordão que vem atado ou preso a uma peça de vestuário. 

A origem das Borlas é remota. Reis, poderosos, sacerdotes,


as usavam em suas vestes; em 1660 foram implantadas nos uniformes
militares franceses, passando a ser usadas em estandartes, vários escudos
ou brasões de cidades. Na realeza é centralização do poder que se espalha
alcançando os súditos. A borla passou a ser usada nas universidades, para
ornar tanto o capelo, como as faixas, simbolizando a libertação da
ignorância, e o poder passou a ser emanado do diploma.

Cada borla é formada de um “botão” recoberto de fios,


formando uma franja que desce ao piso. O botão modula e concentra as
“forças” e os fios descarregam em direção ao solo a energia. Funcionando
como “fios terra”.
No REAA ele está citado em nosso Ritual
mencionando no Capítulo 1.3 – Disposição e Decoração do Templo, onde se
lê:

“As paredes são em azul-celeste. Rodeando-as ao alto, na frisa


fica a corda de 81nós..., que se estende em ambos os lados da
porta ocidental de entrada, em duas borlas, que representam a
Justiça (ou equidade) e a Prudência (ou moderação)”.

Diferente de outros ritos que mencionam ainda a:

TEMPERANÇA (moderação), que modera a atração dos prazeres,


assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporciona o equilíbrio
no uso dos bens criados, sendo por isso descrita como sendo a prudência
aplicada aos prazeres.

FORTALEZA (ou Força) que assegura a firmeza nas dificuldades e a


constância na procura do bem;

Explicando ainda que a PRUDÊNCIA, (originalmente


“Sapientia” que em latim significa conhecimento ou sabedoria), dispõe a
razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a
escolher os justos meios para atingi-lo. Ela conduz a outras virtudes,
indicando-lhes a regra e a medida, sendo por isso considerada a virtude-
mãe humana.

E a JUSTIÇA, que é uma constante e firme vontade de dar


aos outros os que lhes é devido; apesar que no senso comum a justiça
implica na interpretação estrita da lei, mas no seu sentido mais amplo, deve
refletir o maior bem para a comunidade como um todo.

Assim temos a borla no canto do lado direito do Mestre


representando a justiça e a do seu lado esquerdo representa a Prudência. A
razão para isso é que, quando governa seu alojamento e administra sua
força de trabalho, o Mestre deve fazê-lo com justiça que, no entanto, deve
ser temperada com misericórdia, de modo a garantir que não só o cliente
obterá o serviço que está pagando, mas também que os seus trabalhadores
vão receber os devidos pagamentos.

Já para os dois Vigilantes são os oficiais que exercem


controle direto sobre os trabalhadores, sob a supervisão imediata do
Superintendente do Trabalho. A borla no canto do lado direito do
Administrador Sênior, o Primeiro Vigilante, deve representar fortaleza e a
do seu lado esquerdo deve representar prudência.

A razão para isso é que, como o oficial que exerce o controle


direto sobre os trabalhadores enquanto estão no trabalho, ele é responsável
por superar as muitas dificuldades que inevitavelmente afligem o trabalho,
o que exigirá a máxima firmeza de sua parte. Ao mesmo tempo, deve
exercer o seu controle sobre o emprego dos homens e do uso de materiais
com a máxima prudência, para proteger o bem-estar dos homens e, ao
mesmo tempo garantir que a execução da obra não seja penalizada.

O Segundo Vigilante, cujo dever é ajudar o Administrador


Sênior, é o oficial principal responsável pelo bem-estar dos homens,
especialmente quando eles estão em repouso e descanso. A borla no canto
do lado direito do Segundo Vigilante deve representar temperança, em
alusão à forma pela qual o descanso deve ser sempre conduzido. A borla do
lado esquerdo do Segundo Vigilante deve representar fortaleza, porque ele
deve personificar Hiram Abif cuja fortaleza deve ser sempre imitada por
todos os maçons.

Para o nosso pleno desenvolvimento como Maçom e como


ser humano, devemos não só praticar as quatro virtudes cardiais,
prudência, justiça, fortaleza e a temperança, bem como as três virtudes
teologais, a fé, a esperança e a caridade, as quais nós deveremos usar com
muita sabedoria e inteligência.

A Corda de 81 Nós
O Dicionário de Termos Maçônicos nos diz que Corda de
Oitenta e Um Nós é a corda que circunda a Loja, que simbolizam a União e
a Fraternidade que deve existir entre todos os maçons da face da Terra.

Este ornamento dentro dos Templos Maçônicos a “Corda de


81 nós” que contorna a parte interior e superior do Templo antes da
“Abóbada Celeste”, tem a finalidade de simbolizar a união do maçons. Seus
oitenta e um laços duplos (que devem ser apertados e não frouxos),
recordam o entrelaçamento, com elos de uma mesma corrente, das mãos
formadas na “Cadeia de União”.

Sua origem mais remota esta nos antigos canteiros –


trabalhadores em cantaria, ou seja, no esquadrejamento da pedra informe
– medievais, que cercavam o seu local de trabalho com estacas, às quais
eram presos anéis de ferro, que, por sua vez, ligavam-se, uns aos outros,
através de elos, havendo uma abertura apenas na entrada do local.

O Nó central fica sobre o Trono de Salomão, representando a


Unidade, fonte Criadora e indivisível. O restante dos nós ficam divididos em
40 ao Norte e 40 ao Sul.

O número 40 tem referência a Penitência e Expectativa, tais


como a duração do diluvio, Moisés no Monte Sinai, Jesus no deserto. E na
parte esotérica absorve as tensões nervosas dos Ir, descarregando-as
através das duas borlas pendente, como um verdadeiro fio terra.

A razão do número se dá pela aritimética, onde 81 ser o


quadrado de 9, e consequente ser o quadrado de 3 – que representam as
áreas do conhecimento: mente, corpo e espírito, associado à divindade e
também à Santíssima Trindade; Além de diversos outros fatores:

Na bíblia, que está grafado 383 vezes; O templo de


Salomão: dividido em átrio, lugar santo e Santos dos Santos; Apocalipse, os
espíritos imundos: dragão, besta e falso profeta; Nas demais religiões
destaco:
1. Sumérios – Shamash, Sin e Ichtar;
2. Egípcios – Osíris, Íris e Hórus;
3. Hindus – Brahma, Vishnu e Shiva;
4. Taoismo – yang, ying e Tao;
5. Trindade Católica romana – Pai, Filho e Espírito Santo;
6. Da Constituição do Ser – Espírito, Alma e Corpo;
7. Do hermetimo – Archêo, Azoth e Hylo;
8. Da Cabala Hebraica – Kether(Coroa), Chokmah(Sabedoria) e
Binah(Inteligência);
9. Do Budismo – Buda (Iluminado), Dharma (lei), e Sanga (Fiéis);
10. . Da Trimurti indiana – Brahma, Vishnu, e Shiva; Sat, Chit, e
Ânanda;

Além do triangulo que usamos (Força, beleza e sabedoria);


Os reinos (mineral, vegetal e animal) e por fim até no lema: Liberdade,
Igualdade e Fraternidade.

A sua finalidade, além da simbólica é a de absorver as


tensões nervosas (elétricas) dos irmãos, descarregando-as através dos fios
das duas borlas pendentes. Detém-se que, dentre outros “efeitos
esotéricos”, a corda retém a energia que emana de todos os Obreiros
presentes, bem como da distribuição da Energia de cima para baixo e de
fora para dentro. Os nós funcionando como acumuladores de energia.

E a abertura na porta do templo, significa, que a Ordem


maçônica é dinâmica e progressista, estando, sempre aberta às novas
ideias, que possam contribuir para a evolução do Homem e para o
progresso racional da humanidade, já que não pode ser maçom aquele que
rejeita as ideias novas, em benefício de um conservadorismo rançoso,
muitas vezes dogmático e, por isso mesmo, altamente deletério.

CONCLUSÃO
Para esta conclusão, não posso deixar de mencionar, a
conversa que tive no Copo d’agua com o Ir Glauco, onde pude perceber a
diferença entre “aprender”, “entender” e “sentir”, e o que fiz foi descrever o
que entendi e aprendi sobre a corda; Sobre o que sinto, todas as vezes que
sentado do meu lugar e vejo a corda, é um símbolo de força e união entre
os Ir, um laço firme, bem amarrado, que remete até a minha iniciação,
onde disse ao nosso Carrasco quando me deu uma corda e disse que não
poderia solta-la, onde prontamente amarrei em minhas mãos e disse: -
“arrancar esta corda de mim, só se arrancar meu braço;” Este nó, me firma
neste templo, me amarra junto aos meus Ir, e a chegada de novos
membros só renova suas tramas, independe de quantos somos, nossa força
está em nossa união, e assim juntos buscamos nossa perfeição.

Bibliografia:

1. https://leonardoboff.wordpress.com/2011/07/19/face-a-crise-
quatro-principios-e-quatro-virtudes/ - acessado em
28/02/2020;

2. LEWIS, C.S. Cristianismo Puro e Simples, Livro III, cap. 2. São


Paulo: Martins Fontes, 2005.

3. https://bibliot3ca.wordpress.com/as-quatro-borlas/ - acessado
em 28/02/2020;

4. https://focoartereal.blogspot.com.br/2015/06/as-borlas-e-
corda-de-81-nos.html

5. https://www.banquetemaconico.com.br/as-quatro-borlas/ -
acessado em 28/02/2020;

6. https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-religiao-e-
teologia/6216135 - acessado em 28/02/2020;

7. LEITE, Helio P., postado por Trabalhos Maçônicos, em 29/06/2015,


https://focoartereal.blogspot.com/2015/06/as-borlas-e-corda-de-81-
nos.html. Acesso em 27/fev/2020.

8. O Rito Escocês Antigo e Aceito – História, Doutrina e Prática” , José


Castellani - “A Vida Oculta na Maçonaria”, Charles Webster
Leadbeater - https://www.maconaria.net/a-corda-de-81-nos/ -
acessado em 28/02/2020.
Oriente de São Paulo, 28 de fevereiro de 2020 da EV

ARLS COLUNAS DE PIRATININGA N.º3780.


REAA

ROBSON FRANCIONI
CIM 231234 – AM

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