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Grande Oriente do Brasil

ARLS Honra e Virtude, n° 3834

Venâncio Aires, 05 de julho de 2012 EV


Caros Irmãos,

SFU

Apresento-lhes meu trabalho, no grau de Aprendiz, sob título de:

Colunas Zodiacais

Primeira Parte

Para que seja possível compreender a linguagem dos símbolos, torna-se necessário conservar a mente livre, plástica e
adaptável, pois, se persistirmos em nos manter amarrados às antigas trilhas, jamais conseguiremos a familiarização com
eles.

O caráter objetivo de um símbolo é o de ser compreendido pela mente infantil, quer seja a de um indivíduo de pouca
idade ou de um povo em estágio primitivo. Por isto, quando a linguagem ainda engatinhava, os problemas teológicos,
políticos e científicos, foram-lhes apresentados sob forma de símbolos, pois os símbolos visíveis têm a faculdade de
impressionar mais ativamente a mente do primitivo e do ignorante.

A beleza dos grandes símbolos está na infinita variedade de seus modos de interpretação; e se formos pensar que para
cada símbolo deva existir um significado definido, estaremos paralisando aquele símbolo que é a nossa mente, deixando-a
cair morta e rasteira no superficial. É necessário manejarmos os símbolos assim como o matemático maneja os algarismos,
e não podemos esquecer que os símbolos são os brinquedos dos deuses.

Assim sendo, não pretendemos de modo algum esgotar este tema, nem tampouco fazer dele um tratado
demasiadamente eclético, pois somos aprendizes maçons tentado escolher da melhor maneira nosso caminho dentro da
maçonaria, ou seja, um entendimento melhor do mundo que nos cerca.

A ASTROLOGIA E OS SÍMBOLOS ZODIACAIS

Embora a astrologia seja muito antiga, remontando à época dos sumerianos, foi na Idade Média que ela cresceu em
importância, depois de ter passado por um período obscuro, nos primeiros anos do cristianismo.

Na realidade, o primeiro livro de Astrologia moderno foi o “Tetrabiblos”, atribuído ao astrônomo, matemático e
geógrafo Cláudio Ptolomeu, nascido em Alexandria; sendo um dos grandes intelectuais de sua época, ele trabalhou, entre
150 e 180 d.C., estabelecendo os princípios da influência cósmica, que constituem a parte fundamental da moderna
Astrologia. Para Ptolomeu a Terra ocupava o centro do Universo, com o Sol, Lua, Mercúrio, Marte, Vênus, Júpiter e Saturno
movendo-se ao redor dela, cada um num círculo perfeito, dentro de uma esfera exterior sólida, à qual se fixavam as
estrelas. Essa teoria, perdurou até o século XVI, quando foi derrubada por Copérnico, primeiro, e depois por Tycho Brahe e
Kepler. Foi em 1543 que Copérnico horrorizou o acanhado mundo da época, ao sustentar que o centro de nosso sistema era
ocupado pelo Sol e não pela Terra, o que era uma heresia para a totalitária e retrógrada Igreja de então. A Igreja só se
rendeu à evidência em pleno século XIX, em 1835, duzentos anos depois de Kepler, removendo, nesse ano, a obra do
mesmo de seu Índex.
No início da Idade Média, os teólogos enfrentavam o problema de classificar a astrologia como ciência legítima, ou
como arte divinatória proibida, cabendo a Santo Alberto Magno (1200-1280) separar a astrologia de suas associações pagãs,
percebendo o seu valor teológico e afirmando que, embora as estrelas não pudessem influenciar a alma humana, elas,
certamente, poderiam influenciar o corpo e a vontade dos homens. São Tomás de Aquino, considerado o maior dos
teólogos cristãos, consolidou a obra de Alberto, tornando-a aceitável como assunto digno de estudo e afirmando que, na
sua visão do universo, podia ser tomada como uma complementação da doutrina cristã; foi graças a essa maneira peculiar
de encarar as coisas que nenhum astrólogo foi queimado nas fogueiras do “Santo Ofício”, como aconteceu com alquimistas,
templários, rosacruzes, maçons, etc...

Pode-se imaginar que tudo começou em tempos imemoriais, quando o homem, em vigília a zelar pelos rebanhos,
observava os corpos celestes no firmamento intrigando-se com os seus regulares movimentos. Percebeu então que lenta e
regularmente os astros mudavam de posição em relação ao nascer do Sol, e que depois de determinado tempo voltavam
com absoluta regularidade ao mesmo ponto no firmamento.

Não pode deixar de observar outrossim (fiquei em dúvida se é junto ou separado)que o nascimento helíaco de certos
grupos de estrelas se repetia em períodos coincidentes com determinados acontecimentos ânuos importantes de sua vida,
como o nascimento de crias nos rebanhos, a recorrência regular de épocas de chuva, a germinação de culturas sazonais, e
outros fatos de sua vida repetitiva de pastor-agricultor.

Sentiu a necessidade de memorizar e registrar esses fatos astronômicos que começavam a se tornar importantes para
orientação de suas atividades. Quando um determinado grupo de estrelas precedia o nascer do Sol era hora de plantar, ou
era hora de transferir os rebanhos para outras pastagens, ou era hora de tosquia, ou era hora de colher, ou era tempo de
cio entre os animais e era preciso acasalá-los, ou vinha o tempo de nascimentos em sua família. Foi uma consequência
inevitável que aos poucos tentasse melhor identificar esses tão importantes grupos de estrelas com nomes próprios, que
naturalmente se relacionavam com suas atividades. Recorrer ao nascimento helíaco como ponto de referência foi um passo
inicial importante, foi a descoberta de um referencial, foi o início da marcação e medição do tempo.

Nascimento helíaco de um astro é o seu aparecimento logo acima do horizonte imediatamente antes do nascer do Sol.

Assim os grupos de estrelas referenciais de tempo foram recebendo nomes tirados da vida quotidiana daqueles
primeiros astrônomos. Esses nomes nada tinham a ver com a formação característica dos conjuntos estelares. Eram simples
nomes apenas, nada relacionados com poderes mágicos e premonições.

O zodíaco, que em grego significa ciclo dos animais, é uma faixa celeste imaginária, que se estende entre 8 a 9 graus em
cada lado da eclíptica e que com esta coincide. Eclíptica é o caminho que o Sol, do ponto de vista da Terra, parece percorrer
anualmente no céu. Essa faixa foi dividida em 12 casas de 30 graus cada uma, e o Sol parece caminhar 1 grau por dia. Os
planetas conhecidos na antiguidade (Mercúrio à Saturno) também faziam parte do zodíaco, pois suas órbitas se colocavam
no mesmo plano da órbita da Terra. O zodíaco então é dividido em doze constelações, que são percorridas pelo Sol, uma vez
por ano.

A maior evidência de que os nomes das constelações que formam o nosso zodíaco tiveram uma origem conforme
descrito anteriormente está na sua relação com a vida pastoril. Podemos classificar os signos do Zodíaco em grupos de três
formando quatro categorias distintas:

I- Os três reprodutores de seus rebanhos: Touro, Capricórnio (bode), Áries (carneiro)

II- Os três inimigos naturais dos rebanhos e dos pastores: Leão, Escorpião, Câncer (caranguejo)

III- Os três auxiliares mais importantes dos pastores: Sagitário (defensor,arqueiro), Aquário (aguadeiro ou carregador de
água), Libra (pesador e sua balança).

IV- Os três mais destacados valores sociais da comunidade pastoril: Virgem, Gêmeos (benção dos Deuses), Peixes
(alimentação)
No sempre presente afã humano de mistificar tudo o que não conhece ou não consegue explicar, já desde remota
antiguidade começaram os homens a cercar de mistério as constelações do zodíaco, atribuindo-lhes poderes místicos e
premonitórios e assim, creditando aos astros seus sucessos e infortúnios.

FIM DA PRIMEIRA PARTE

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SEGUNDA PARTE DO TRABALHO

OS SIGNOS DO ZODÍACO

Na primeira parte deste trabalho, fiz um apanhado sobre a astrologia e os símbolos zodiacais.

Hoje, nos comentários que se seguem, entraremos no misticismo e esoterismo ligado ao tema “Símbolos Zodiacais”. De
acordo com o Novo Dicionário Aurélio “Misticismo” quer dizer disposição para crer no sobrenatural e “Esoterismo” também
ligado a “Ocultismo” seria a Doutrina que preconiza que o ensinamento da verdade (científica, filosófica ou religiosa) deve
reservar-se a número restrito de iniciados, escolhidos por sua inteligência ou valor moral.

Na antiguidade a Astrologia era assunto de Estado, que era o microcosmo no macrocosmo do Universo. Somente na
Idade Média o homem passou a ser o objeto da Astrologia, tomando o lugar do estado.

À medida que Astrologia e Astronomia evoluíam de forma científica, também evoluía a associação dos símbolos
zodiacais criados com as características do homem. Assim, no tratamento astrológico comum considera-se a data, hora,
efemérides(tábuas astronômicas que dão, para cada dia do ano, a posição dos planetas) e o local do nascimento de uma
pessoa para a elaboração de seu mapa astrológico, o qual retrataria todas as características da pessoa, qualidades e
defeitos, possibilidades e dificuldades, tudo no plano do potencial. Conhecedora de si mesma, cabe à pessoa “mapeada”
tornar efetivas essas ou aquelas potencialidades, utilizando seu mapa astrológico para melhorar a si própria.

Os doze signos mantêm correspondência com os quatro elementos, estando associados três signos a cada elemento,
segundo Preston Crowmarsh:

Câncer, Escorpião e Peixes = Água

Touro, Virgem e Capricórnio = Terra

Gêmeos, Libra e Aquário = Ar

Áries, Leão e Sagitário = Fogo

Essa associação, oferece algumas interpretações interessantes:

O Fogo representa a intuição, traz luz à escuridão, não tem forma nem tamanho, é volátil e imprevisível; corresponde
também ao espírito.

A Terra representa a sensação, a percepção das coisas conforme as experiências reais. É prática, objetiva, concreta, tem
medo da desordem.

O Ar significa o pensamento, a elaboração intelectual, o raciocínio, a abstração. É o único elemento que não tem
representação animal no zodíaco.

A Água é o sentimento, a percepção pela via emocional; é instinto, fertilidade, mediunidade.


Além dos quatro elementos Fogo, Terra, Ar e Água, também os planetas, mais o Sol e a Lua, estão relacionados com os
Signos, da seguinte maneira:

O Sol rege Leão e é exaltado em Áries

A Lua rege Câncer e é exaltada em Touro

Mercúrio rege Gêmeos e Virgem e é exaltado em Virgem

Vênus rege Touro e Libra e é exaltado em Peixes

Marte rege Áries e é exaltado em Capricórnio

Júpiter rege Sagitário e é exaltado em Câncer

Saturno rege Capricórnio e é exaltado em Libra

Saturno rege Aquário e é exaltado em Escorpião

Júpiter rege Peixes e é exaltado em Leão

Marte rege Escorpião

Portanto cada signo é caracterizado por um planeta e por um dos quatro elementos, o que lhes dá as suas
características místicas, como segue:

Coluna nº 1: Áries, localizada junto à coluna do Norte, corresponde à cabeça e ao cérebro do homem e representa
Benjamim e como faculdade intelectual, a vontade ativa gerada pelo cérebro. Corresponde ao planeta Marte e ao elemento
fogo, representando no aprendiz o fogo interno, a força que estimula o crescimento e o desenvolvimento, o ardor
encontrado no Candidato à procura de Luz. Simboliza o início do caminho na busca da elevação espiritual.

Este signo é caracterizado por três energias ou impulsos: o de começar, o de criar, e o da ressurreição.
O impulso de “começar” pode acontecer por dois caminhos, sendo primeiro de envolver-se com a matéria, ou seja,
simplesmente renascer na carne, ou, em sentido inverso, o da libertação da influência da mesma, da conquista da libertação
de suas influências.
O segundo de criar, além do significado inicial de criar um corpo específico para si, representa o trabalho da alma
aprisionada para se libertar desta prisão.
O terceiro representa a criação do corpo espiritual para a necessária libertação.
Este signo traz em si, portanto, o começo da vida física e o começo da espiritual, a criação física e a criação espiritual, a
emergência física e a libertação espiritual.
Pode-se deduzir, portanto, que o primeiro grande trabalho de todo maçom é o devido controle de seu mental. (Enfatizar
quando for lido)Pagamos em nossas próprias vidas, o preço pelas palavras incorretamente proferidas e pelas ações delas
decorrentes.
“Em Carneiro, a Alma tomou para si o tipo de matéria que lhe permitia entrar em relação com o mundo das ideias. Revestiu-
se de um invólucro mental. Juntou à individualidade aquelas combinações de substância mental através das quais pudesse
melhor se expressar. E o Homem tornou-se uma Alma pensante.”

Coluna nº 2: Touro, localizada junto á coluna do Norte, corresponde ao pescoço e à garganta. É Issachar (????) por
representar a natureza pronta para fecundação, simboliza que o candidato, depois de ser adequadamente preparado, foi
admitido nas provas de iniciação. Corresponde ao planeta Vênus e ao elemento Terra. Simboliza a vida na matéria; em
Touro, “a mãe da iluminação”, conquista o primeiro lampejo da Luz espiritual, cujo brilho cresce progressivamente à medida
que se aproxima de sua meta. Este também deve ser o segundo grande trabalho do iniciado maçom. Deus, Pátria e Família
são os princípios básicos de nossa confraria.
”Em Touro, fez contato com o mundo do desejo, e seguiu-se um processo idêntico. Foram desenvolvidos os meios de
contato sensível com o mundo dos sentimentos e da emoção, e o Homem tornou-se uma Alma que sente.”

Coluna nº 3: Gêmeos, localizada junto à coluna do Norte, corresponde aos braços e às mãos, são os irmãos Simeão e Levi,
como faculdade intelectual é a união da intuição com a razão. Corresponde ao planeta Mercúrio e ao elemento Ar.
Representa a terra já fecundada pelo fogo, à vitalidade criadora, simboliza o recebimento da luz pelo candidato.

Gêmeos é predominantemente o signo do intelecto, e tem sobre a raça ariana especial efeito vital, desenvolvendo a
faculdade da mente e do intelecto continuamente. Tem influência diretamente nos assuntos que dizem respeito às relações
humanas, governando todos os aspectos da educação; lida com o conhecimento, as ciências e lança as bases para a
sabedoria, além de representar “a relação entre” a dualidade. A grande lição resume-se no fato de que os candidatos não
podem se esquecer, que não basta mais ser um visionário místico, mas há que somar à realização mística o conhecimento
oculto da realidade. O conhecimento adquirido que lhe permite compreender melhor a Criação, um sincero desejo do Bem,
o caráter refinado e uma pureza de intenções, sem o serviço ao próximo, com o esquecimento de si próprio, de nada valem
no progresso espiritual do iniciado.

Corpo, Alma e Espírito; Inteligência, Amor e Vontade, visualizados e contatados pelo aspirante desprendido por meio do
SERVIÇO ao próximo, a verdadeira FRATERNIDADE.

“Em Gêmeos, foi construído um novo corpo de energia vital através das energias da Alma e da Matéria, e o Homem tornou-
se uma Alma vivente, pois os dois polos estavam em relação, nascendo, assim, o Corpo Vital ou Etérico.”

Coluna nº 4: Câncer: localizada junto à coluna do Norte, representa o nascimento da vegetação, a seiva da vida, simboliza
a instrução do iniciado e a absorção por parte dele, dos conhecimentos iniciáticos da Maçonaria. Corresponde aos órgãos
vitais respiratórios e digestivos. É Zabulão, como faculdade intelectual representa o equilíbrio entre o material e o
intelectual. Corresponde ao planeta Lua, como era conhecido na antiguidade e somente mais tarde, verificou-se tratar de um
satélite da terra e ao elemento Água. Câncer, o Caranguejo, simboliza as limitações de toda encarnação física. É o portão para
o mundo das formas, para a vida material, e o signo onde a dualidade “Forma e Alma” são unificadas no corpo de carne. “Em
Caranguejo, ele tem seu primeiro contato com aquele sentido mais universal que é o aspecto superior da consciência da
massa. Equipado, pois, com uma mente controlada, com uma capacidade para registrar a iluminação, habilidade para
estabelecer contato com seu aspecto imortal e reconhecer intuitivamente o reino do Espírito, ele está agora pronto para o
trabalho maior”.

É quando o iniciado começa a vivenciar o verdadeiro sentido da Fraternidade. (Enfatizar)

“Em Caranguejo, que é o signo do nascimento físico e da identificação da unidade com a massa, o trabalho da encarnação
foi completada e a natureza quádrupla manifestada. O Homem tornou-se um agente vivo, no plano físico.”

Coluna nº 5: Leão, localizada junto ao Oriente, corresponde ao coração, centro vital da vida física; é Judá. Como faculdade
intelectual, os anelos do coração, pois se pensava ser ele o órgão do intelecto. Corresponde ao planeta Sol e ao elemento
fogo, é para o Aprendiz a luz que vem do Oriente, é o calor dos Irmãos dentro da Loja. É o emprego da razão a serviço da
crítica, é a seleção de conhecimento. Simboliza a persistência e a força de vontade na busca da espiritualização.

Em Leão, vemos a mente cósmica expressando-se no indivíduo como a mente racional inferior, e é este aspecto inferior tem
que ser sacrificado, e a pequena mente do Homem deve ser subordinada à mente universal. O problema diante de Hércules
era, portanto, o problema do signo: o domínio do “Eu Inferior” e a conquista da sua auto afirmação individual perante a
Eternidade. “Mas, é em Leão que o homem se torna o que em termos ocultistas se chama “a Estrela de Cinco Pontas”, pois
esta estrela é o símbolo da individualização, da sua humanidade, do ser humano que sabe que é um indivíduo e toma
consciência de si mesmo como Eu. É neste signo que começamos a usar as palavras “eu” e “meu”.”

Coluna nº 6: Virgem, localizada junto ao Oriente; corresponde ao complexo solar que assimila e distribui as funções no
organismo. É Ascher. Como faculdade intelectual exprime a realização das esperanças. Seu traço fundamental é o espírito
analítico. Corresponde ao planeta Mercúrio e ao elemento Terra. Representa, para o Aprendiz, o aperfeiçoamento, quando já
pode se dedicar ao desbastamento da Pedra Bruta.
É um signo de síntese, e esta qualidade sintética é enfatizada pelo fato de que oito outros signos (todos, exceto Leão, Libra e
Capricórnio), através de seus planetas regentes, derramam suas energias através de Virgem.

Alertam os grandes Mestres ao fato de que estamos entrando no oitavo signo de Virgem, o que significa, em outras
palavras, o próximo signo em que a Criança é dada a luz, época em que muitos serão iniciados em sua busca em direção da
Luz. Em virgem é dado o primeiro passo na Espiritualidade, é o signo da 1ª Iniciação.

Coluna nº 7: Libra, localizada junto à coluna do Sul, caracterizada por Vênus e o ar se refere ao grau de Companheiro
Maçom. Simboliza o equilíbrio entre as forças construtivas e destrutivas.
É o signo com muitos paradoxos e extremos marcantes. Dependerá do caminho escolhido pelo candidato para seu retorno
ao lar, seguindo o zodíaco no segundo os ponteiros do relógio, ou no caminho inverso (não entendi bem esta parte).

É um interlúdio comparável com a silenciosa escuta na meditação, como também um tempo de cobranças do passado.
Neste signo nos deparamos com os problemas do sexo, do dinheiro, ambos bons servos ou maus amos, dependendo do uso
de que deles façamos.

O iniciado passa a viver a meio caminho entre a terra e o céu. Olhando para cima, observa a aurora dourado de um cume
nevado, onde seres celestiais habitam e, olhando para baixo, aprecia os charcos e atoleiros por onde os filhos do homem
passam. Se ele se eleva em direção ao mundo ideal, perde contato com as coisas comuns; se descer ao nível da atividade
materialista, perde as preciosas percepções que são a razão de ser de sua existência.

A nota-chave deste signo é Adaptabilidade.(Enfatizar)

Coluna nº 8: Escorpião, localizada junto à coluna do Sul, é caracterizada por Marte e pela água. A partir dessa coluna até a
coluna de Peixes, todas se referem ao grau de Mestre Maçom. Essa coluna representa as emoções e sentimentos poderosos,
rancor e obstinação e a constante batalha contra as imperfeições. O verdadeiro teste de Escorpião nunca tem lugar antes
que o estudante fique coordenado, isto é, antes que a mente, a natureza emocional e a natureza física estejam funcionando
como uma unidade. Neste signo, seu equilíbrio é subvertido e o desejo parece exacerbado, ainda que julgasse equilibrado.
Sua mente que julgava controlar sua personalidade parece não agir.
Deve demonstrar a si próprio, e a mais ninguém, que a matéria, a forma, não mais pode detê-lo.
A forma, a emoção e a mente, ou seja, a representação da personalidade, não deve ser aniquilada, mas adestrada e
orientada. Deve ser conduzida como um tríplice canal de expressão para os três aspectos divinos da Alma.

A grande ilusão é a sua utilização para fins egoístas. Em resumo, em Escorpião, o Ego, ou “Eu Maior”, está determinado a
matar o pequeno Ego, ou “Eu Menor”, para ensinar-lhe o significado da Ressurreição.

Coluna nº 9: Sagitário, localizada junto à coluna do Sul. Caracterizada por Júpiter e pelo fogo. Representa a mente aberta e o
julgamento crítico. Simboliza a luta que o homem precisa travar para vencer sua natureza material, a fim de ascender a
planos mais elevados. Sagitário é o Arqueiro montado no cavalo branco, algumas vezes representado como o Centauro com
arco e flechas. Belíssimos símbolos, pois o centauro simboliza aquela metade homem e metade animal que trazemos, e o
arqueiro no cavalo branco, simboliza a metade humana e a metade divina de todos nós. No momento em que nos libertamos
da “Ilusão”, entramos em Sagitário e vemos o “Objetivo” de nossa verdadeira vida, anteriormente ofuscado pela nuvem de
formas-pensamentos que nos impede de vê-lo. O candidato costuma a construir em sua volta um número tão grande de
nuvens de pensamentos-formas sobre suas aspirações, que se esquece simplesmente de “ser” aquilo que aspira.
Quando pensamos, nós construímos, e construímos formas-pensamentos que orbitam em nosso redor. Mais do que pensar,
o mais importante é “ser” realmente aquilo que aspiramos. Talvez, por essa razão, em alguns livros antigos, Sagitário é
denominado de o “Signo do Silêncio”. A grande lição de Sagitário é a restrição da fala através do controle do pensamento
(Enfatizar).
Depois de abandonar o uso das formas comuns da fala, tais como falar da vida alheia, então será preciso aprender a silenciar
sobre as coisas espirituais. Tem-se de aprender sobre o que não dizer sobre a vida da Alma, muita conversa sobre coisas para
as quais pessoas podem não estar preparadas.

“O reto uso do pensamento, o calar-se, e a consequente inofensividade no plano físico, resultam na libertação; pois nós
somos conservadores na unidade humana, estamos aprisionados ao planeta, não por alguma força externa que nos
mantenha ali, mas pelo que nós mesmos termos dito e feito. No momento em que não mantivermos mais relações erradas
com as pessoas pelas coisas que dissemos quando deveríamos ter ficado calados, no momento em que pararmos de pensar
sobre as pessoas, coisas que não deveríamos pensar, pouco a pouco aqueles laços que nos prendem à existência planetária
serão rompidos, e ficaremos livres e escalaremos a montanha como bode Capricórnio”. Um sábio um dia disse: “Sou dono
das palavras que não disse, e escravo daquelas que disse”.

Talvez o sigilo que se solicita sobre os ensinamentos da Maç.‟. aos profanos e aos IIr.‟. dos diferentes GG.‟.fundamente-se
neste princípio.

Coluna nº 10: Capricórnio, localizada junto à coluna do Sul, caracterizada por Saturno e pelo elemento Terra. Indica as
posições que o homem tem de enfrentar em busca de espiritualização. Simboliza a determinação e a perseverança.
Capricórnio é o portão para o reino espiritual, somente transposto quando o aspirante não mais se identifica com as coisas
da matéria em sua existência, mas sim, com as do Espírito. Isto representa esotericamente falando, tornar-se um Iniciado.

A sua iniciação nos grandes mistérios, significou atravessar o seu próprio inferno, antes que pudesse atravessar o inferno
universal. Os grandes e terríveis momentos de nossas vidas, corretamente vividos, correspondem ao nosso próprio
inferno, tornando-nos um Iniciado.( Enfatizar) Somente se pode aprender a natureza universal através da experiência
pessoal. Viver na prática e não na teoria. A marca do Iniciado é o “silêncio”, o que dá ao signo de Capricórnio a
representação de um signo triste com seu aspecto universal e impessoal; é o signo do sofrimento intenso e da solidão,
características próprias da luta de todo Iniciado.

Coluna nº 11: Aquário, localizada na coluna do Sul, caracterizada por Saturno e pelo elemento Ar. Esotericamente, seria o ar
cósmico, que permeia todas as formas de vida. Representa o sentimento humanitário e prestativo. Derrubar barreiras
simboliza destruir conceitos antigos e arraigados por longo tempo, para que se possam absorver as novas energias
provenientes de Aquário e limpar nossa antiga estrutura humana.
Isto deve significar o início de se pensar de forma ampla, de abandonar raciocínio de exclusividade. Este é o trabalho do signo
de Aquário.
É modificar os conceitos de nações lutando umas contra as outras por interesses materiais, nações com lutas internas para
satisfação de conceitos individuais ou de pequenos grupos, ou ainda, o cultivo do ódio em nome de um pseudo-patriotismo.
Esse é o trabalho de um “construtor social”. Aquário é a era do Amor. Em Aquário o discípulo se torna um Mestre Servidor.
O Objetivo, e grande lição deste trabalho, é que todo Iniciado têm de ajudar na limpeza do mundo, pela direção correta das
forças da vida, através do mundo. Mas não espere por reconhecimento por esta ação, pois não o receberá.
Aquário está dividido em três decanatos, como também o são outros signos. O primeiro, atualmente em curso, é regido por
Saturno, o que explica as atuais dificuldades sociais que vivemos e as perturbações políticas de diferentes matizes, mas já se
observa uma tendência para um vivencia grupal, ou globalização. É um período de fortes contrastes, entre fanatismos
religiosos e exemplos angelicais, entre ambições imorais e solidariedades emocionantes. Esta é a influência turbilhonante de
Saturno. O segundo decanato é governado por Mercúrio, e do presente tempo virá à iluminação da “consciência do Eu”
adquirida em Leão, para a “consciência da humanidade” que é o trabalho de Aquário.
No terceiro decanato, sob a regência de Vênus, teremos a emergência do Amor inclusivo, o verdadeiro amor fraternal, ainda
que sejam necessários mais dois mil anos.
Coluna nº 12: Peixes, localizada na coluna do Sul, caracterizada por Júpiter e pela Água. Simboliza o desprendimento das
coisas materiais. “Peixes é também o signo da morte sob vários aspectos. A morte do corpo, algumas vezes, ou talvez alguma
velha tolice que tenha chegado ao fim, ou de uma indesejável amizade que cessará, ou a devoção a alguma forma religiosa
de pensamento que reteve o aspirante talvez agora acabe e este emergirá para um novo caminho. É o signo da morte da
Personalidade. Também significa a morte de um Salvador Mundial, pois é o signo da crucificação e marca o fim de um ciclo
zodiacal”. Afirmam, também, os textos esotéricos que, os grandes Mestres da Humanidade que por ela velam, não tratam
diretamente com os homens, mas através de seus discípulos já eleitos, com posição perfeitamente definida pela evolução e
méritos adquiridos. E serão estes que estarão a emitir a “nova nota” a que os candidatos a Aspirantes devem se esforçar para
reconhecer.
A marca deste grupo é a da “não afirmação pessoal”, visto estarem muito ocupados fazendo trabalhos em prol das massas,
para terem tempo de falar de si mesmos. Eles trabalham através da Meditação, que os mantêm em contato com a
espiritualidade e entre eles mesmos; portanto, estão em contato com a Grande Vida, que derrama sua força e energia
através deles e para o mundo.

É freqüente encontrarmos nas Instruções Maçônicas a orientação que devemos buscar na Meditação as conquistas
necessárias para o devido comportamento do verdadeiro maçom. A Meditação, quando corretamente conduzida, é um
árduo trabalho mental, pois significa orientar a mente para a Alma. E quando alcançar o aprendido de focalizar a mente na
Alma tem-se de aprender a tomar do que a Alma disse, e traduzir em palavras, em frases, para a correta racionalização do
cérebro. Isto é Meditação.

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TERCEIRA PARTE

AS COLUNAS ZODIACAIS DO TEMPLO MAÇÔNICO

Assim como as doze colunas da Loja indicam os doze signos do zodíaco, dentro do corpo físico se acham doze partes,
doze faculdades influenciadas por aqueles signos e repartidas em redor do sol espiritual no homem, representando um ideal
mais esotérico. Semelhante ao sol colocado entre os signos, assim é o verdadeiro homem; está dentro do corpo físico, está
suspenso entre duas decisões donde vai nascer seu futuro espiritual, depois de haver nascido seu ser físico.

O ano tem 12 meses; Jacob teve doze filhos; Jesus doze Apóstolos, e o homem, como contra parte de lei cósmica, tem
doze faculdades de espírito em si. Durante o ano, o sol visita seus doze filhos do Zodíaco; o Sol Cristo, no homem, também
vivifica durante o ano as doze faculdades representadas pelos filhos de Jacob ou apóstolos de Jesus.

Os signos, no misticismo maçônico, representam todo o caminho percorrido pelo Iniciado, desde a sua Iniciação até o
cume de sua trajetória, no Grau de Mestre Maçom. No Rito Escocês Antigo e Aceito, essa representação é mostrada,
fisicamente, com os símbolos alusivos aos signos, presentes no Templo Maçônico.

Uma das formas dessa representação é por intermédio das chamadas colunas zodiacais que são colunas da ordem
jônica tendo, cada uma, sobre seu capitel, o pentaclo correspondente (pentaclo é a representação de cada signo com o
planeta e o elemento que o caracterizam). As colunas são postadas longitudinalmente junto às paredes, sendo seis ao Norte
e seis ao Sul. A sequência das colunas é de Áries a Peixes, iniciando-se com Áries ao Norte próxima à parte Ocidental, e
terminando com Peixes ao Sul também próxima à parte Ocidental.

Os signos zodiacais relacionados com o Grau de Aprendiz Maçom são: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem;
relacionado com o Grau de Companheiro esta o signo de Libra; e os inerentes ao Grau de Mestre Maçom são os signos de
Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.

A relação citada no parágrafo anterior pode ser simbolizada para o grau de Aprendiz da seguinte maneira: Áries - Fogo -
Marte O ardor iniciático conduzindo à procura da Iniciação; Touro - Terra - Vênus O Recipiendário (Aquele que é
solenemente recebido em uma agremiação), judiciosamente preparado, foi admitido às provas; Gêmeos - Ar - Mercúrio O
Neófito recebe a luz; Câncer - Água - Lua O Iniciando instrui-se, assimilando os ensinamentos iniciáticos; Leão - Fogo - Sol O
Iniciando julga, por si próprio e com severidade, as idéias que puderem seduzi-lo; Virgem - Terra - Mercúrio Tendo feito sua
escolha, o Iniciando reúne os materiais de construção para desbastá-los e talhá-los, segundo o seu destino. Para o grau de
Companheiro Maçom temos: Libra - Ar - Vênus O Companheiro em estado de desenvolver seu máximo de atividade
utilmente empregada.

OS SÍMBOLOS ZODIACAIS E O DESENVOLVIMENTO HUMANO

Os símbolos são instrumentos que resumem o saber e facilitam o acesso ao conhecer. A fé é apenas o saber que se
aceitou sem conhecer.

Se considerarmos a evolução do ser humano, muito provavelmente possamos aceitar que primeiramente houveram
símbolos, antes ainda da língua falada e escrita e portanto a fé nos antigos símbolos pode ser tomada como a alavanca de
todo o conhecimento humano até hoje.
De acordo com os astrônomos, umas 4.000 estrelas podem ser percebidas à vista desarmada, numa noite serena. É de
se supor que um bom observador lá nos primórdios da civilização, após associar o aparecimento repetitivo dos astros com
acontecimentos ânuos (anuais???)importantes, tenha criado e utilizado símbolos zodiacais como fonte de poder sobre sua
comunidade. Desde sempre houveram pretensos videntes ou adivinhos que se valiam da ingenuidade humana para utilizá-la
a favor de suas artes divinatórias. Criaram-se desta forma, mitos, religiões, submissão, revolta e obviamente curiosidade, o
que levou outros seres humanos a estudar o assunto e transformar o saber em conhecimento.

Em seu livro “Eram os Deuses Astronautas” Erich von Daniken escreve: “O número aproximado de estrelas, somente em
nossa Via Láctea, sobe a trinta bilhões. A suposição de que nossa galáxia contém, pelo menos, dezoito bilhões de sistemas
planetários, é admitida pelos astrônomos da atualidade. Se tentarmos reduzir essas cifras, tanto quanto possível, e
imaginarmos que as distâncias no interior de sistemas planetários são reguladas de tal modo que somente num caso entre
cem existe planeta em órbita na ecosfera (região onde não existe a presença de seres vivos) de seu próprio sol, tudo isso
ainda deixará 180 milhões de planetas capazes de manter a vida. Se, em prosseguimento, somente num deles, em cada
centena, o potencial vitalizante haja sido aproveitado, ainda teremos 1,8 milhões de planetas com seres vivos. Admitamos,
para concluir, que num só planeta, entre cem com seres vivos, existam criaturas com grau de inteligência semelhante ao
Homo Sapiens. Pois esta última conjectura ainda garante para nossa Via Láctea o enorme número de 18.000 planetas com
vida inteligente semelhante à nossa.”

Pode-se dizer portanto, que o desenvolvimento humano esteve e ainda esta muito ligado ao estudo dos astros e
portanto aos primitivos Símbolos Zodiacais.

CONCLUSÃO

Para a realização de sua própria iniciação, que há de levá-lo ao caminho do Conhecimento, o Maçom vale-se de
elementos colhidos por toda parte, bebendo nas mesmas fontes que dessedentaram as religiões e as sociedades iniciáticas
do passado e alimentando-se de todo o conhecimento científico do presente. E firmando um pé na Tradição, que lhe
transmite os valores espirituais, e outro na Ciência, que o mantém na senda do progresso, consegue o Maçom o equilíbrio
perfeito, aquele mesmo equilíbrio que sustenta os corpos celestes no Cosmos.

Pelo método iniciático, o Maçom distingue-se culturalmente dos outros homens. Não conhece nem pode conhecer a
satisfação espiritual e intelectual, pois ele sabe que a Verdade de hoje pode não ser a Verdade de amanhã. Pesquisador
eterno, o Maçom faz jus à denominação de FILHO DA LUZ.

Ir.’. Adriano Frietto

BIBLIOGRAFIA

1. Estudos Maçônicos sobre Simbolismo / Nicola Aslan – Editora Grande Oriente do Brasil 1969

2. Cadernos de Estudos Maçônicos nr.27 / Ambrósio Peters – Editora Maçônica “A Trolha Ltda. 1996

3. Cadernos de Pesquisas Maçônicas nr.13 / Encontro Nacional “Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e
Pesquisas” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1996

4. Eram os Deuses Astronautas? Enigmas Indecifrados do Passado / Erich von Daniken – Editora Melhoramentos
1974

5. Maçonaria e Astrologia “As Colunas Zodiacais” / José Castellani – Revista “A Trolha” Novembro-1995

6. As Colunas Zodiacais / Robson Papaleo – Revista “A Trolha” Julho-1993

7. Colunas Zodiacais no Templo Maçônico / Hiran Luiz Zoccoli


8. Temas para a Reflexão do Mestre Maçon / Marcos Santiago – Editora “A Trolha” Ltda.

9. Dicionário de Maçonaria / Joaquim Gervásio de Figueiredo – Editora Pensamento

10. Novo Dicionário Aurélio / Aurélio Buarque de Holanda Ferreira – Editora Nova Fronteira 1975

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