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AugRespLojSimbLIBERTAS N° 35

Ir Hugo da Silva


A M 

4° Instrução de AM

OR DE SÃO PAULO


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AugRespLojSimbLIBERTAS N° 35

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Trabalho 4ª Instrução de A.'.M.'.


A Quarta Instrução no Grau de Aprendiz Maçom, se nos apresenta como a mais complexa até
agora, eis que seu objetivo se afigura nos mostrar como os ensinamentos recebidos até hoje
se interpenetram, formando um sistema ordenado e coeso no qual as lições recebidas neste
Grau serão recorrentemente utilizadas como fundamento da atuação dos Irmãos dos demais
Graus.
Inicia a instrução reafirmando a estrutura moral e o conteúdo ético da Maçonaria, cujas regras
são a busca da Verdade como princípio e a atuação segundo os parâmetros inconscientes de
Verdade e Justiça, que são chamados de Lei Natural e Lei Moral. A aplicação da Lei Natural é
preconizada como instrumento de elevação do Maçom e da sociedade a um patamar de
elevação moral que, per si, levaria à solução de todos os conflitos sociais, inaugurando uma
“Era Dourada” da civilização humana. É esse o conteúdo do ensinamento, já visto na terceira
instrução, que diz respeito à Igualdade, Fraternidade e Caridade como sementes das quais a
Virtude, a Sociabilidade, o Progresso e, enfim, a Felicidade devem ser os frutos.
Do plano geral a instrução passa para o particular, avaliando o comportamento a que o
Maçom se obriga, que deve ser tendente a materializar o mais fielmente possível a doutrina
ética maçônica, conforme a Lei Natural e Lei Moral já referidas. Todos os princípios
particulares ali mencionados são desdobramentos necessários das normas éticas gerais já
estudadas, que segundo a doutrina judaico-cristã cada qual traz em seu íntimo – é o
discernimento do Bem e do Mal.
Em seguida a instrução nos fala de como estarmos no seio deste organismo social podemos
reconhecer nossos semelhantes no culto comum – por sinais, toques e palavras. Associa o
ensinamento às lições recebidas na segunda instrução, pertinente às Jóias Móveis. A
explanação do conteúdo simbólico do Sinal Gutural, que é a devoção aos princípios maçônicos
da retidão e, em especial, o do segredo, com uma determinação extrema cujo limite é o
martírio, representando analogicamente pela mutilação de órgão da fala (a garganta e as
cordas vocais), tão radical que seu efeito é a morte.

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Passa-se à instrução das “senhas” pelas quais o Maçom reconhece um Irmão, que podem ser
sinais, toques e palavras. É o segredo do Grau de Aprendiz. Mister reparar que o ensinamento
é sempre repisado, demonstrando que o método pedagógico utilizado, se bem que antigo, é o
mais eficaz de que se tem notícia: a observação e a repetição. Traduz também a importância
que se dá para a correção dos símbolos, como forma de perpetuar uma tradição
eminentemente oral, cujo comportamento deve ser imitado fiel e constantemente de forma a
incuti-lo em nossos corações. Assim, nós nos tornamos aptos a manter e transmitir a tradição
tal qual os antigos o faziam, quando chegar nossa hora de ensiná-la.
Importante distinguir que, para nosso Grau, há um conteúdo simbólico ligado ao próprio
aprendizado, em que devemos externar por meio de representações também simbólicas,
nossa condição de neófitos. Assim é com a Palavra, que devemos apenas soletrar, em vista de
nossa idade convencionada, que é três anos. A palavra sagrada é B-O-O-Z ou B-O-A-Z, e
deriva do “B”, que significa “em”, e “OAZ”, que significa (força) – ou seja, na força. Boaz era
também o nome simbólico dado à uma das colunas do Templo de Salomão; a outra tem nome
de Jachin, que significa Sabedoria. A fonte é bíblica: 1Reis-7:21 e 2Crônicas-3:17.
As colunas são de bronze, para melhor resistirem ao dilúvio e as intempéries; são ocas, para
que sejam nelas guardadas os utensílios apropriados aos conhecimentos humanos; e são
superdimensionadas para representar que a Sabedoria e o Poder do Grande Arquiteto do
Universo estão além das dimensões e dos julgamentos humano.
Sobre cada uma das colunas está disposta uma romã, as “Romãs da Amizade”, emblemas que
coroam as colunas “J” e “B” dos Templos e cujos grãos simbolizam a prosperidade e
solidariedade da família maçônica.
Temos, então, mais esclarecimento acerca da finalidade da Maçonaria que é a de unir
solidariamente homens de bons costumes, a fim de que, juntos, possam amparar-se e instruir-
se mutuamente, ou seja, saírem das trevas e conhecer a Luz. Por isso é importante o fato que
obrigatoriamente fomos trazidos ao seio maçônico por um amigo, que se torna seu Irmão pela
comunhão ao culto (entendido que o culto no sentido moral, não religioso). Como Irmão não
há precedências a não ser as ligadas ao mérito – somos todos filhos do mesmo Pai e membros
da mesma família.

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É o sentido liberal da “Fraternidade Maçônica”, frater como sabemos, significa irmão. Essa
fraternidade é universal e compreende todos os Maçons pertencentes as Lojas Regulares.
Lojas não são apenas Templos nos quais os maçons se encontram, mas a comunidade
organizada segundo as exigências maçônicas, que tem um Templo como sede e constitui,
cada qual, uma célula desse organismo universal. Cada Maçom deve estar filiado a uma Loja
dita Regular, isto é, praticamente rigorosa de ensinamentos maçônicos e sob a
responsabilidade de uma Potência Maçônica regular e reconhecida que a oriente.
Diz-se que a Loja Regular é Justa e Perfeita quando três a governem, cinco a componham e
sete a completem. Os três que a governam são o Venerável Mestre e os Primeiro e Segundo
Vigilantes, cargos privativos de Mestre Maçom; a exigência de cinco que a componham está
ligada aos cargos da Loja que não se podem acumular, Orador e Secretário, que podem ser
preenchidos por Companheiros Maçons na ausência de Mestres. Os sete que a completem
constituem exigência ligada mais uma vez a tradição bíblica muito difundida, encontrada no
livro de Provérbios, 9:1 “A sabedoria edificou sua casa, talhou sete colunas”. São os ditos Sete
Pilares da Sabedoria, a que os Mestres reunidos em Loja representam.
A entrada do Templo obedece a um ritual de proteção e segredo, que são as três pancadas,
significando afinal “pedi e recebereis”, que resume as outras duas proposições. A afirmação
está ligada a Bíblia e aos ensinamentos cristãos e, deve-se dizer, é até mesmo vilipendiada por
“falso profetas” que utilizam como instrumento de seus achaques, mas esse é outro caso.
A instrução usa da entrada no Templo para, mais uma vez, reportar-se à Iniciação, que é a
primeira entrada de um Maçom em Loja. Vendado, será colocado entre Colunas, aguardando
para ser conduzido às três viagens. Três são as viagens simbólicas; três são os centros onde
primitivamente foram cultivadas as ciências (Pérsia, Fenícia e Egito); a própria idade do
aprendiz é de Três Anos, pois, na Antiguidade esse era o tempo prevista para preparação.
Três também são os passos da Marcha do Grau, formando cada um e a cada junção dos
calcanhares um ângulo reto, que significa a retidão para um real aprendizado na ciência e na
virtude. Três ainda são as Joias Fixas e Móveis, as Grandes Luzes Emblemáticas e mesmo os
Graus Maçônicos principais. As viagens simbólicas, que já foram estudadas na Terceira
Instrução, têm fundamento bíblico, especialmente no Livro De Isaias, Capítulos 42 e 43, que
fala da necessidade de passarmos por veredas tortuosas, pela água sem nos afogarmos e pelo
fogo sem nos queimarmos.

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Só assim estaremos aptos a sair das trevas e ver a Luz. Em seguida, purificado o neófito pelos
elementos, seu comportamento de ajoelhar-se perante o Livro da lei, apondo sobre ele a mão
direita, simboliza a submissão aceita pelo Maçom aos princípios da Lei e da Ordem, como
respeito e humildade perante os regulamentos e normas de cunho formal e moral que regem
a Instituição. Na mão esquerda está um compasso, aberto, que figura a dualidade por suas
hastes, e a união por sua junção. É um dos grandes símbolos da Maçonaria, comumente
colocado enlaçado com o Esquadro sobre o Livro da Lei. (Três Luzes Emblemáticas).
Na iniciação, o Aprendiz segura o Compasso com as pontas sobre o peito, representando o
dever do Maçom de se submeter suas paixões profanas aos ideais Maçons. Esse esforço – de
conter as paixões, reprimir os vícios e estimular as virtudes – consiste alegoricamente no
trabalho de desbastar a Pedra Bruta, que figura por simbologia, o Aprendiz. Esse trabalho,
simbolicamente, começa em Loja ao meio-dia, segundo a tradição de Zoroastro, que pretendia
que seus discípulos iniciassem suas atividades nessa hora, que se aproveitassem do sol
irradiando o máximo de luz, e também para que, reduzidas as sombras ao mínimo, o homem
de pé, completamente iluminado, não pudesse fazer sombra a ninguém.
Por fim, trata a instrução do significado da indumentária do neófito na iniciação. Além de
significados tradicionais e bíblicos, há significado simbólico: o neófito deve estar vendado e
descalço, e não deve estar nem nu e nem vestido (novamente Isaias e o Livro do Êxodo). Sua
venda está pela cegueira induzida ao neófito pelo mundo profano, da qual ele deseja se
afastar ingressando na Maçonaria. O pé direito descalço é um sinal de respeito, e o braço
direito e peito esquerdo desnudos, além de significados vistos na Terceira Instrução, são uma
alegoria da consagração à causa maçônica, à qual ofertávamos nossa força (o braço) e nosso
devotamento (o coração).

OR DE SÃO PAULO


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Conclusão:

Com essa Instrução que o A.: M.: tem o poder de reflexão e autoridade sobre seu sentir e
com isso trazer boas práticas perante a pátria e a nação, considerando que todos os homens
são iguais seja qual for a sua classe, lutando contra a ignorância, mentira, fanatismo e a
superstição contida em cada um, cada dia mais a sabedoria nos vem com peso da cobrança e
atuação sobre os novos ensinamentos.

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
Ritual do Grau de A.’. M.'.
Video Instrução Glesp portal EAD

Fraternalmente,

Obreiro da A .R. L. S. Libertas nº 35


São Paulo, 18 de Fevereiro de 2024.

Ir Hugo da Silva/APRENDIZ MAÇOM.

OR DE SÃO PAULO

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