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Segunda Instrução do A.'.M.'.

Esteio, 16 de setembro de 2010


Grande Oriente do Rio Grande do Sul
Loja Luz, Vida e Amor
Segunda Instrução
Venerável Mestre
Irmão Primeiro Vigilante
Irmão Segundo Vigilante
Caros Irmãos

A Segunda Instrução nos mostra uma grande verdade, a existência de um ser


superior, do Grande Arquiteto do Universo (G.’.A.’.D.’.U.’.) criador de tudo que
existiu, existe e existirá.

Sabemos disso pois somos dotados de inteligência, e com ela sabemos


distinguir o bem do mal e a Maçonaria está aí para nos ajudar a fazer
progressos e a aperfeiçoar a forma de distinguir o bem que devemos sempre
fazer do mal que devemos evitar em nós e nos que nos cercam.

Chamamos a isso de Moral, e na Maçonaria encontramos o ensinamento


necessário para seguir nosso caminho para o bem. Na Maçonaria encontramos
a mais pura e propícia formação de nosso caráter, tanto do ponto de vista
social como individual.

Podemos fazer uma analogia deste progresso de aperfeiçoamento com nossa


vida, dividida em infância, quando este discernimento é rudimentar, passando
pela adolescência onde nos deparamos com muitos questionamentos e no
final, na nossa fase adulta, onde podemos aperfeiçoar e elevar ao mais alto
grau a nossa concepção de moral.

Sabemos desde nossa entrada na Maçonaria que o caminho será árduo e


longo, mas não devemos esmorecer jamais, com certeza passaremos por bons
e maus momentos, nestes casos, devemos retirar o máximo proveito dos bons
momentos e fazer de trampolim os maus momentos.
A moral se baseia no amor ao próximo e a Deus e esta deve ser a base de
todo o ensinamento moral.

Quando de nossa iniciação, provamos que somos livres e de bons costumes,


mas só isso não basta, precisamos ter em nossas mentes que isso deve ser
seguido em todo o resto de nossas vidas.

Nos é explicado que todo homem é livre, ninguém deve viver em escravidão,
não devemos viver na escravidão que nossa vida profana muitas vezes nos
priva de sermos livres por estar presos a conceitos. Não é ser escravo de sua
liberdade, mas ser escravo de suas paixões. Por isso dizemos que temos de
vencer nossas paixões e submeter nossas vontades, fazendo progresso na
Maçonaria.

Quando fomos recebidos Maçons, estávamos nem vestidos e nem nus,


despojados de todos os metais e com os olhos vendados para que ficássemos
privados de nossa visão. A privação dos metais nos faz lembrar o homem em
seu estado natural sem nenhuma vaidade, sem nenhum vício e sem orgulho e
a cegueira momentânea nos leva ao homem primitivo, em sua ignorância sobre
todas as coisas. Tudo isso nos leva a ver que tudo isso é imprescindível para
alcançar a plenitude Moral.

Quando fizemos nossas viagens entre do Ocidente para o Oriente e do Oriente


ao Ocidente, na primeira viagem é um caminho cheio de obstáculos,
dificuldades e nebuloso, o segundo caminho é mais ameno, mas ouvindo o
tilintar de armas e no final um caminho plano, rodeado de silêncio.

O primeiro caminho representa o caos que se acredita ter sido a criação do


mundo, os primeiros anos do homem, o início dos tempos, onde as paixões
dominam. sobrepujando a razão e as leis. O ruído das armas na segunda
viagem representa a ambição dos homens, antes de encontrar o equilíbrio, as
lutas travadas pelos homens para se colocar em igualdade com seus
semelhantes. A terceira viagem, plana, sem obstáculos e rodeada de silêncio,
nos mostra paz e tranqüilidade resultante da ordem e da moderação das
paixões quando atinge sua maturidade moral.

Representativamente cada uma destas viagens findou em uma porta em que


batemos. A primeira ao sul, onde foi nos mandado passar, na segunda, no
Ocidente, fomos purificados pela água e na terceira, no Oriente, recebemos a
purificação pelo fogo. Significando que para estar em condição de receber a
Luz da Verdade, o homem deve se livrar de todos os preconceitos sociais e de
educação e entregar-se de corpo e alma na procura da Sabedoria.

Estas três portas representam as três disposições para buscar a Verdade, a


Sinceridade, a Coragem e a Perseverança.

Foi nos dada depois a Luz, Luz que nos ferio os olhos para nos fazer perceber
que os raios da Luz da Verdade pode ofuscar a visão daquele que não está
preparado para receber a Lua da Verdade,

Fomos ligados a Ordem Maçônica por um juramento, onde dissemos, com


nossas palavras que guardaremos segredos que nos foram confiados, juramos
amar, proteger e socorrer nossos irmãos sempre que isso for necessário.

Nenhum arrependimento tenho até o momento e quero que assim continue até
o final de meu tempo com minha entrada da Maçonaria. Estou dando meus
primeiros passos e quero fazer disso uma grande caminhada. Na segunda
instrução é questionado se há algum arrependimento e digo do fundo do
coração que não, fiz um juramento e, como nos ensina a segunda instrução, o
faria novamente sem pestanejar se assim se fizesse necessário.

Estou me tornando um Maçom, muitos caminhos ainda terei que trilhar para
alcançar meus objetivos ou os objetivos de todo o bom Maçom, e quero que
todos os irmãos como tal me reconheçam.
Deverei ser reconhecido como Maçom pelos atos que praticar, buscando o
ensinamento da Moral em nossos Templos, sei também me fazer reconhecer
pelo Sinal, pela Palavra e pelo Toque. A palavra, como aprendiz, não a
pronuncio, mas a soletro pois no meu início, como colocado na fase da
ignorância, devo receber para depois passar adiante.

A representatividade do avental, que sempre tenho de estar usando em Loja,


me faz lembrar que o homem nasceu para o trabalho e devo trabalhar
incessantemente para buscar a Verdade e para buscar o aperfeiçoamento da
humanidade.

Trabalhamos em um Templo na forma de um paralelogramo estendendo-se o


mesmo o Oriente para o Ocidente de largura de Norte a Sul e altura da Terra
ao Céu com profundidade até o centro da Terra. Templo este coberto pela
abóbada azul onde encontramos estrelas e nuvens, tendo também
representado o Sol e a Lua bem como inúmeros astros que conservam o
equilíbrio da atração de uns aos outros. Abóbada sustentada por doze colunas
que representam os doze signos zodiacais onde o sol percorre em um ano
zodiacal. Nossa Loja também é sustentada pelas três fortes colunas
representando a Sabedoria (Venerável Mestre) a Força (Irmão Primeiro
Vigilante) e a Beleza (Irmão Segundo Vigilante), também conhecidas como as
Três Luzes, uma no Oriente e as outras a Sul e a Norte.

O Oriente indica o ponto de onde provém a Luz e o Ocidente para onde ela se
dirige. O Ocidente representa o mundo visível, de um modo geral, tudo o que é
material e o Oriente simboliza o mundo invisível, tudo o que é abstrato, o
mundo espiritual.

Outras figuras alegóricas fazem-se presentes em nosso Templo, são elas:


O pórtico, ladeado por duas colunas (que representam os dois paralelos
solsticiais) em cujos capitéis encontramos três romãs (que, pela sua divisão
interna, representam as Lojas e os Maçons espalhados pelo mundo e suas
sementes, intimamente ligadas, nos lembram a União e a Fraternidade que
deve existir entre os homens) abertos que nos mostram suas sementes.

A pedra bruta. Representa o homem sem instrução, nu de conhecimento


quando as paixões ainda o dominam.

A pedra Polida ou Cúbica. Depois de receber instruções, já dominando suas


paixões, o homem se liberta de suas asperezas, polindo a pedra.

O Esquadro, o Compasso, o Nível e o Prumo. Por serem instrumentos de


precisão, indispensáveis na construção de qualquer edifício que se queira ser
perfeito, nos fazem ver que na Construção Social do Maçom, também devemos
fazer uso dos mesmos para nossas novas conquistas. O Esquadro como a
Retidão, o Compasso para a Justiça de nossos atos, e o Nível e o Prumo para
a igualdade que devemos ter junto a nossos irmãos e a todos os homens.

O Maço ou Malho e o Cinzel. Representam a Inteligência e a Razão,


ferramentas usadas pelo Aprendiz Maçom para o discernimento do Bem e do
Mal.
O Painel da Loja. Onde encontramos todos os simbolismo de nossa Loja.

Ao Oriente o Sol e a Lua. O Sol e a Lua representam, respectivamente a Luz


Ativa e a Luz Refletida, ou a Sabedoria e seus efeitos.

Ao Ocidente o Pavimento Mosaico. Representa a variedade de raças, cores,


climas, religiões, opiniões políticas, mas ligados entre si, representa a União de
todos os Maçons sem levar em conta estas diferenças.
A Prancheta da Loja ou Prancha de Traçar. Representa a memória, necessária
para podermos fazer nossos julgamentos, conservando sempre o traçado que
nossos Mestres nos traçam para nos guiar, também são indicados os
esquemas que constituem a chave para o alfabeto Maçônico.

Toda a virtude deve ser exaltada, deve ser perseguida e abraçada com todas
as nossas forças, devemos lutar para alcançar todas as virtudes. Em
contrapartida, os vícios devem ser abandonados, execrados, afastados de
nossos corpos e nossas mentes, por isso dizemos que em nossa Loja
levantamos Templos à Virtude e cavamos Masmorras aos vícios.

Em nossa Loja estaremos sempre lutando para vencer nossas paixões,


submeter nossa vontade e fazer novos progressos na Maçonaria.

O caminho é árduo, cheio de obstáculos e armadilhas, mas devemos trilhá-lo


com o coração aberto, despojados de qualquer rancor que faça com que não
alcançamos nossos objetivos. Devemos deixar de lado nossas paixões e
vontades e nossas vaidades, o vaidoso busca posição para se destacar, o
verdadeiro Maçom busca o trabalho para destacar a Maçonaria. Todo o valor
de que nós Maçons buscamos, será medido pela busca incansável do Bem.

Marcos Antonio Peruzzolo

Aprendiz Maçom

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