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Entrada inicio de apresentação do trabalho.

De pé e a ordem, dou entrada com os 3 passos entre colunas.


Comprimento ao venerável mestre, ao irmão primeiro vigilante ao irmão segundo
vigilante, aos metres instalados e aos demais queridos e amados irmãos.

A terceira instrução diz respeito às qualidades indispensáveis ao profano para se unir


aos Maçons. Em relação a estas qualidades, além do que foi aprofundado nas outras
instruções, cabe destacarmos alguns conceitos. Todo aperfeiçoamento deve ser feito
com o esforço de nossa inteligência, esta faculdade que todos concordamos nos é
dada pelo GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, e que nos torna capazes de
empreendermos as nossas ações distinguindo, dentre elas, o Bem do Mal. A
inteligência a ser empregada nestas obras e realizações é algo susceptível de progresso
e de aperfeiçoamento. Uma vez dominadas as nossas imperfeições, quer no
aprimoramento das nossas virtudes, quer por uma simples elucidação do saber,
estaríamos alcançando, com nosso pleno julgamento, a Retidão em nossas condutas e
a Justa Medida para com os nossos semelhantes - pautando-nos, enfim, pela Igualdade
e a Justiça.

Tais deveres do homem para com os seus semelhantes e para consigo mesmo são a
consistente realização que se entende por moral, que se referem diretamente à
inteligência. E a Maçonaria segue uma Moral pura e propícia à formação humana,
pretendendo zelar, através de ensinamentos completados em seus mistérios e
alegorias, pela instrução da Ação Moral, obtendo a Promoção integral de seus filiados.
Como tais ensinamentos são considerados pelo ponto de vista social sobre o
individual, nossa Ordem busca atingir o sentido do desenvolvimento social dos Irmãos,
ou seja, visa aplicar a Moral Maçônica à realidade social.

O verdadeiro objetivo da Maçonaria pode resumir-se em extinguir, dentre os homens,


os preconceitos de classe, cor, origem, opinião e nacionalidade; em aniquilar o
fanatismo e a superstição e em extinguir os ódios de raça. Assim, eliminar a discórdia
do seio da humanidade. Em resumo, chegar por livre e pacífico progresso a uma
fórmula ou modelo de eterna e universal justiça, segundo a qual todo ser humano
possa desenvolver livremente suas faculdades e assim concorrer cordialmente para a
felicidade comum da espécie humana.

Segundo tal relato, impõe-se ao Homem que seja Livre. Essa exigência dos Maçons é
um resquício de uma época em que existiam servos; subsistiu com o sentido de que
cada ser deve gozar de sua plena capacidade - jurídica ou de foro íntimo - para se
comprometer validamente. A exigência não implica nenhum descrédito moral e nos
remete ao modo da Revolução Francesa, que a Maçonaria adota como lema
emancipador e regenerador das classes sociais: LIBERDADE, IGUALDADE e
FRATERNIDADE. Só os homens Livres e de Bons Costumes, em igualdade de
oportunidades, podem conviver fraternalmente numa sociedade organizada. Os “Bons
Costumes¨ (ou uma boa reputação, como se diz) citando aos valores morais exigidos
do futuro Maçom, dos quais já tratamos. Então, passado esse juízo prévio e aprovada a
conduta moral do profano, é a hora de sua Iniciação.
Levando-me à Câmara de Reflexões, foi permitido ficar em paz com a consciência,
quando submetido à primeira prova, da Terra: o preenchimento de um questionário,
chamado Testamento. É o domínio do mundo físico. Superada a prova e preparado
pelos Irmãos da Ordem para começar a Iniciação, pediram que me despojásse de
dinheiro, joias e tudo quanto fosse metal ou que representasse valor. O significado
simbólico consiste em que o candidato entre sem posses consigo, como símbolo de
que vai ingressar numa Fraternidade onde nada significam as riquezas, títulos e honras
do mundo profano. Também se supõe que esta parte da preparação se refira
miticamente a que, ao construir-se o Templo de Salomão, não se ouvia em seu recinto
o ruído de qualquer machado, martelo ou instrumento de ferro, pois as pedras eram
completamente preparadas nas pedreiras e colocadas em seus lugares por meio de
malhetes de madeira.

A entrada que me concedida como profano ao Templo ¨nem nu nem vestido¨ e


simbolicamente descalço. Trata-se de simbolismo recorrente a algumas passagens
bíblicas por exemplo: - o Êxodo (capítulo III versículo 5) e o Livro de Isaías (capitulo XX
versículo 3).

A venda nos olhos que me foi posta, por fim, é o significado do estado de ignorância ou
cegueira no mundo profano; no corpo físico, é a cegueira dos sentidos. Dando entrada
no Templo com os olhos vendados, a indicar que no Templo da Sabedoria não
podemos nos servir simplesmente dos sentidos, porque a verdadeira Luz, do saber
interno, é sentida e não vista. Vendado, deve-se iniciar as viagens, significantes do
esforço que o Homem faz para atingir seu objetivo.

Foi realizada durante a Iniciação três viagens.

A primeira viagem, repleta de dificuldades, com muitos perigos e rumores. Representa


a prova da Água ou domínio do corpo de desejos ou sua purificação. O Guia (ou Cristo
Interior), representado pelo Irmão Experto, ensina-nos o bom e o verdadeiro e a nós
cabe sermos dóceis às suas instruções. A direção dessa viagem é do Ocidente para o
Oriente, pelo lado Norte. Ela começa no Ocidente, quer dizer, do nosso conhecimento
objetivo da realidade exterior, e prossegue pela obscura noite do Norte em nossa
busca da Verdadeira Luz no Oriente, não nos devendo assustar com a escuridão ou
com as dificuldades que se encontrarem em nosso caminho para a Luz.

Uma vez chegado ao Oriente, mundo da Luz, não devemos nos deter ali; ao contrário,
seguindo de voltar ao Ocidente com a consciência iluminada que permita encarar, com
mais serenidade, as dificuldades e os preconceitos do mundo.

A segunda viagem, por sua vez, é a prova do Ar e representa o triunfo sobre o corpo
mental ou mundo mental. Mais fácil que a primeira, já não há obstáculos violentos e o
esforço dispendido na primeira ensina como superar as dificuldades que se encontram
no caminho da evolução, uma vez dominados os nossos desejos. É a luta individual,
íntima, para o domínio da mente sobre os pensamentos negativos e o segundo esforço
para regrar a vida em harmonia com os ideais elevados. É, de fato, o Batismo do Ar,
cujo objetivo é purificar a mente e a imaginação de seus erros e defeitos. O choque de
espadas que se ouve durante essa viagem é o emblema das lutas que se travam em
redor e no íntimo do Iniciado.

A terceira viagem é o Batismo de Fogo ou do Espírito Santo, para a qual fui preparado
pelas viagens antecedentes. É realizada com ainda mais facilidade que as duas outras.
É a purificação mais profunda, traduzida no dístico “INRI”, em significado simbólico:
“Ignea Natura Renovatur Integra” - o fogo renova integralmente a natureza.
Desaparecidos os obstáculos e os ruídos, só se ouve uma música profunda e
harmoniosa.

Ao final de cada viagem, batemos em uma porta. A primeira delas, significando a


Sinceridade, ficava ao Sul (Meio-dia) e nela mandaram que passasse. A segunda, cujo
significado é a Coragem, ficava ao Norte e nela fomos purificados pela Água. E a
terceira, cuja significação é a Perseverança, localizava-se no Oriente e nela fui
purificado pelo Fogo. Simbolicamente grava-se com o Fogo da Fé no peito; e a Fé é o
único selo pelo qual os Maçons se reconhecem entre si.

Neste momento foi hora do Juramento, cujas obrigações são três:


* 1ª - O silêncio. Lei importante do hermetismo é não revelar a ninguém os
segredos da Ordem;
* 2ª - Não escrever, gravar ou formar nenhum sinal que possa revelar a Palavra
Sagrada. Esse é o Verbo Divino que se acha em todo ser. O Verbo Divino ou Ideal
Divino deve operar do interior para fora e nunca deve ser visto pelos olhos das
paixões, como os que se vangloriam de seus poderes;
* 3ª - É a União Eterna com a Fraternidade Espiritual, com seus ideais, aspirações e
tendências. Firmando o compromisso de ajudar os nossos Irmãos a cada momento.

Uma vez firmados os três deveres do Juramento, foi me dada a Luz - A Luz da Verdade.
Efetuou-se esse símbolo fazendo cair a venda de meus olhos, as quais representam a
ilusão que nos impede de ver a essência da Verdade. A Luz, a refletir-se nas espadas
empunhadas pelos Irmãos, simboliza a Luz interior que passa livremente e se derrama
no mundo externo para fazer desaparecer, pouco a pouco, todo temor e qualquer
dificuldade.

A princípio, fiquei deslumbrado. Essas espadas apontavam para mim, mas não
representavam ameaças ou sequer produziam qualquer sensação de medo. Elas
demonstram as dificuldades que devo como Iniciado afrontar no cumprimento
constante de meus ideais - não devo jamais renunciar a aspirações elevadas. Vistos
pelos Irmãos com a firmeza de meu propósito, baixam-se as espadas, com o significado
de que as dificuldades são vencidas ante a firmeza da Fé.

Concluindo vem o Ato de Consagração, para o qual fui levado diante do Altar. Ali,
ajoelhando sobre o joelho esquerdo, ao passo que o direito ficasse em forma de
esquadro. Confirmei então as obrigações e o Venerável Mestre, batendo com o
Malhete três vezes na lâmina da Espada Flamígera (flamejante), antes de pousá-la
sobre minha cabeça, deu por cumprido o ato ao som da terceira vibração.

Com isso deixo como fim registrado junto a este trabalho de 3º instrução, que a cada
dia a cada momento e a cada palavre neste trabalho escrita segue como conhecimento
adquirido junto com o objetivo que tive desde o dia de minha iniciação, estar aqui
junto aos irmãos para acrescentar sempre.

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