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LOJA

MAÇÔNICA
JOÃO PEDRO
DE SOUZA
TRABALHO DA 4° INSTRUÇÃO.

Aprendiz Henrique Gardino da Silva.


A 4° instrução nos revela a existência do G.: A.: D.: U.:, que nos deu
o livre arbítrio, ou seja, o poder de escolha do nosso caminho, que
vai se aperfeiçoando com o crescimento e maturidade do ser
humano.
Onde guiado pela moral, o ser humano consegue discernir o bem
do mal, sendo esta moral ensinada pela maçonaria de forma pura e
propícia para formação do caráter do homem, tanto social, quanto
individual.
A moral maçônica é baseada no amor a Deus e ao próximo, e
ainda, baseando todos os princípios de ensinamento moral.
A moral maçônica se ampara nos mistérios e alegorias, não sendo
permitidos revelá-los. O maçom deve ser livre e de bons costumes,
não se tornando escravo de suas próprias paixões e de seus
preconceitos, assim, a todo aquele que queira participar da
maçonaria deve ser livre e de bons costumes, pois não sendo
senhor de sua própria individualidade não ingressará nos mistérios
da maçonaria.
Na ordem, o maçom é recebido despojado de todos os metais e
com os olhos vendados, lembrando o homem antes da civilização
em seu estado natural, quando desconhecia as vaidades e o
orgulho, a escuridão em que se achava imerso, como homem
primitivo na ignorância das coisas.
O ensinamento que essa alegoria nos passa é sobre a abdicação
das vaidades profanas e a necessidade de instrução, que é o
alicerce da moral do homem.
O aprendiz realiza três viagens, sendo a primeira viajem do
Ocidente para o Oriente e do Oriente para o Ocidente, passando
primeiro por um caminho escabroso e tortuoso, transpondo
obstáculos, com ruídos e trovões, representando o caos que
precedeu a organização do mundo, significando os primeiros anos
do homem e os primeiros tempos da sociedade, onde as paixões,
não eram dominadas com a razão e pelas leis, conduzindo a
sociedade aos excessos.
A segunda viaje, por um caminho mais brando, ouvindo ruídos de
armas, representando a idade da ambição dos homens, com
combates na sociedade antes de atingir o equilíbrio, sendo o
homem forçado a lutar e vencer para se colocar dignamente entre
seus semelhantes. E na terceira viajem por um caminho plano e
suave, envolto em silencio.
Mostrando o estado de paz e tranquilidade que é o resultado da
ordem e da moderação das paixões do homem, que atinge a
maturidade e a reflexão.
Cada viagem se encerra em uma porta, a primeira ao Sul, a
segunda no Ocidente e a terceira no Oriente, onde na primeira ao
bater me mandaram passar, na segunda fizeram-me purificar pela
água e na terceira fui purificado pelo fogo.
A cada purificação me deixou em condições de receber a luz da
verdade, me desvencilhando de todos os preconceitos sociais ou de
educação e me entregar a sabedoria.
As três portas que bati, me mostraram o caminho da verdade,
sinceridade, Coragem e perseverança, me ajudando a dar três
passos num quadrilongo, para me fazer compreender que o
primeiro fruto do estudo é a experiência, que torna o homem
prudente.
Em seguida a luz, com espadas empunhadas por meus irmãos e
apontadas para mim, me mostrando os raios da luz da verdade, que
ofuscam a visão intelectual, daquele que ainda não está preparado
para recebê-la.
O aprendiz maçom se liga a Ordem maçônica por um juramento,
prometendo guardar fielmente os segredos que foram confiados.
Amar, proteger e socorrer os irmãos sempre que necessário. Os
irmãos são reconhecidos além das práticas dos atos morais que
são ensinados em loja, através dos sinais, da palavra e pelo toque.
A palavra não é passada senão soletrada, pois caracteriza o
primeiro grau de iniciação, onde o homem é ignorante, pois não
conhece o estudo e as artes maçônicas, assim o aprendiz recebe
primeiro para dar depois.
O aprendiz usa o avental para lembrar que o homem nasceu para o
trabalho, até a descoberta da verdade e o aperfeiçoamento da
humanidade.
O aprendiz trabalha em Loja, que é recoberta pela abóboda azul,
semeada de estrelas e nuvens, na qual circulam o Sol e a Lua e
inúmeros outros astros, sendo a abóboda azul, sustentada por três
grandes colunas, a sabedoria, força e beleza, que representam três
grandes luzes. Situadas uma no oriente, outra no ocidente e a
terceira no sul.
As alegorias que compõem a loja são: o pórtico; a pedra bruta; a
pedra cúbica; o esquadro, o compasso, o nível e o prumo; o malho
e o cinzel; o painel da loja; o Ocidente ao Oriente, o Sol e Lua; e o
pavimento mosaico.
O Ocidente representa o mundo material e visível e o oriente o
mundo invisível e espiritual, na entrada o pórtico com as duas
colunas de bronze representam os dois pontos solsticiais. As romãs
colocadas nos capitéis das Colunas representam as lojas e os
maçons espalhados pela superfície da terra, suas sementes unidas,
nos lembram da fraternidade e união que deve existir entre os
homens.
A pedra bruta representa o homem sem instrução, com suas
asperezas de caráter e ignorância, onde a paixão o domina.
A pedra polida, o homem instruído, que ao contrário domina suas
paixões e abandonou os preconceitos, se libertou das asperezas da
pedra bruta.
Já o esquadro, o compasso e o nível, representam o construtor
social que todo maçom é, e ao mesmo tempo, traça as normas
pelas quais devemos pautar nossa conduta: o esquadro para
retidão; o compasso para justa medida; o nível e o prumo, para a
igualdade e justiça que devemos a nossos semelhantes.
O malho e o cinzel, a inteligência e a razão, que tornam o homem
capaz de discernir o bem e o mal, o justo do injusto.
A prancheta, a memória, para fazermos nosso julgamento,
conservando o traçado de todas as nossas percepções.
O sol e a Lua, como a Loja é a imagem do universo, nela devem
estar representadas os esplendores, que na abóboda celeste mais
ferem a imaginação do homem.
O pavimento mosaico representa a diversidade, formada de pedras
brancas e pretas, todas interligadas. Simboliza a união de todos os
maçons, apesar de todas as diferenças de cor, opiniões políticas e
religiosas. A orla dentada, que o cerca, exprime a união que deve
existir entre todos os homens.
Sendo assim, deve o aprendiz maçom trabalhar do meio dia a meia
noite, no desenvolver de seus trabalhos, polindo suas asperezas de
caráter e ignorância, vencendo suas paixões e preconceitos, e
fazendo uso da razão para atingir o aprimoramento moral.

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