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Qual é o papel dos padrinhos na vida

das crianças
Os padrinhos assumem, a partir do batizado das crianças, o papel de conselheiros e

educadores. É fundamental escolher pessoas comprometidas com essa função para que essa

escolha não se transforme apenas em uma simples tradição.

Antigamente, existia a crença de que os padrinhos assumiriam a responsabilidade pelos

pequenos no caso da ausência dos pais. Mas isso só é verdade se existir um documento

legal que assim estabeleça. Tal documento seria analisado por um juiz caso um dia fosse

necessário.

A partir dos 12 anos, a criança já tem o direito de que o juiz leve em consideração sua

declaração. Isso é válido em vários países, como na Espanha, por exemplo, onde existe  a

possibilidade de escrever um testamento com o desejo dos pais.

Os padrinhos civis e os padrinhos católicos


Os primeiros são os que participam de um batizado simbólico, que não tem validade

legal. É uma relação que não contém nenhum enquadramento institucional nem legal. E se

pode escolher uma ou várias pessoas para cumprir esse papel.

Os segundos, os padrinhos católicos, estão definidos pelo Código de Direito Canônico da

Igreja. É permitido ter um padrinho de cada sexo. Para ter esse benefício  no catolicismo, os

padrinhos devem ter o certificado de batismo, primeira comunhão e crisma.  A idade

mínima é de 16 anos para a Igreja Católica.

A própria Igreja aconselha os pais a escolherem padrinhos presentes e formados na fé cristã.

Inclusive, realiza-se um curso pré-batismo, no qual todos os papéis são esclarecidos.

“Os pais têm que assumir com seriedade a escolha dos padrinhos dos filhos. Não é apenas uma
questão de amizade ou de ‘conceder a honra’ a um amigo”
Qual é o papel dos padrinhos?
Para além do tipo de apadrinhamento que se tenha, as responsabilidades são similares:

 Criar um vínculo com o afilhado com uma forte presença em todos os


momentos. É de grande importância que os padrinhos sempre estejam presentes.
Não se pode deixar a união ficar restrita às fotografias de eventos especiais.
 A relação deve se basear na confiança e é preciso conciliar os
sentimentos de familiaridade e amizade. Para a criança, o padrinho é um segundo
pai com quem pode conversar como se fosse um amigo. Essa relação de sinceridade
e interação vai formar uma união frutífera.
 Agir como guia na educação espiritual da criança. Isso significa poder
acompanhar seu crescimento com bases sólidas. É preciso ir acompanhando a
criança em todos os planos da sua formação.
 No caso dos padrinhos católicos, esse acompanhamento deve incluir o
compromisso de garantir a fé da criança.

Quem são as pessoas indicadas?


Tios, irmãos, avós, primos… são laços que ocorrem naturalmente por uma relação de

parentesco. Em contrapartida, os padrinhos são escolhidos e é preciso fazer isso com

consciência da importância que têm para o futuro do afilhado.

O padrinho pode ser um parente ou um amigo. O que realmente importa é que seja uma

pessoa com desejo e capacidade para estar sempre ao lado da criança.

Muitas famílias escolhem determinada pessoa porque é tradição na  família, por

exemplo, chamar um irmão para ser padrinho dos filhos.  Outros porque entendem que

um amigo de infância deve continuar o laço com seu filho. Algumas pessoas escolhem com

base no status ou na situação econômica.


A verdade é que nada disso é fundamental. O padrinho deve ser alguém que tem uma

vida espiritual equilibrada e possa transmiti-la. É uma pessoa a quem se pode confiar a

continuidade das suas vidas e a cooperação para uma boa educação.

Fatores que influenciam


Proximidade geográfica
Mesmo que as redes sociais encurtem todas as distâncias, talvez seja melhor ter um

padrinho ou uma madrinha próximos. Tem a ver com poder abraçar quando a criança

precisar, sair fazer caminhadas juntos ou compartilhar uma tarde de filmes. No entanto, essa

é uma decisão dos pais.


Proximidade temporal
Com certeza as pessoas mais velhas podem ser grandes conselheiras. Mas é preciso

considerar que o ideal é ter um orientador por muitos anos. No momento de escolher, é

aconselhável analisar a idade da pessoa.


Proximidade emocional
Esse é um fator essencial. O padrinho deve compartilhar dos princípios que os pais

querem transmitir às crianças. Mas também ter a inteligência de demonstrar seus

sentimentos. Os padrinhos devem ser pessoas afetuosas, compreensivas e com tempo para
escutar.

Uma escolha dos pais


Os pais têm que assumir com seriedade a escolha dos padrinhos dos seus filhos. Não é

apenas uma questão de amizade ou de ‘conceder a honra’ a um amigo.  O papel dos

padrinhos pode ser muito importante para o desenvolvimento da criança, e ela sempre

merece o melhor.
As pessoas escolhidas devem ser de absoluta confiança e ficar felizes por aceitar a

responsabilidade de ser uma parte essencial na vida de outras pessoas.  Essa é uma das

maiores demonstrações de confiança que podemos receber nas nossas vidas.

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