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APADRINHAMENTO

AFETIVO
QUANDO FALAMOS SOBRE APADRINHAMENTO…

EXPECTATIVAS E RECEIOS
PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA
AMPLIAÇÃO DA REDE SOCIAL
SONHAR PARA ALÉM DA FAMÍLIA
INDIVIDUAL, SINGULAR
ENCONTROS
QUANDO FALAMOS SOBRE APADRINHAMENTO…

Prática antiga no Brasil e inserida na cultura (cunho religioso), que


acompanha a história da proteção à criança e ao adolescente e
as suas instituições
QUANDO FALAMOS SOBRE APADRINHAMENTO…

• Apadrinhamento de que/quem e para quê?


• Qual era o modelo de apadrinhamento vigente?
• Qual a visão sobre a criança que estava institucionalizada?
• Qual a visão sobre a instituição de acolhimento e sua função?
• O que se entendia como a função do padrinho/madrinha?

• E hoje?
QUANDO FALAMOS SOBRE APADRINHAMENTO…

• Trabalho voluntário X Trabalho voluntário qualificado


• Assistencialismo X Relações de troca
• Criança carente X Criança potente
• Instituição carente X Instituição potente
• Isolamento X Participação comunitária
QUANDO FALAMOS SOBRE APADRINHAMENTO…

ECA (1990) trouxe uma mudança na concepção de infância que


passou a ser considerada uma fase peculiar do desenvolvimento
humano, e crianças e adolescentes passaram a ser considerados
sujeitos de direitos.
DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E
COMUNITÁRIA – ECA (1990)

Art. 4° - É dever da família, da comunidade, da sociedade em


geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação,
à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade e
À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA.
DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E
COMUNITÁRIA – ECA (1990)

Art. 92 - As entidades que desenvolvam projetos de acolhimento


familiar ou institucional deverão adotar os seguintes princípios:
(…)
Vll - participação na vida da comunidade local;
VlIl - preparação gradativa para o desligamento;
IX - participação de pessoas da comunidade no processo educativo.
DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E
COMUNITÁRIA – PNCFC (2006)

Quando necessário, o Estado é responsável pela proteção das


crianças e adolescentes, incluindo o desenvolvimento de programas,
projetos e estratégias que levem à CONSTITUIÇÃO DE NOVOS
VÍNCULOS FAMILIARES E COMUNITARIOS,
priorizando o RESGATE DOS VÍNCULOS ORIGINAIS ou, em caso de
sua impossibilidade, propiciando políticas públicas para a formação
de novos vínculos que garantam o DIREITO À CONVIVÊNCIA
FAMILIAR E COMUNITÁRIA.
DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E
COMUNITÁRIA – OT (2009)

Crianças e adolescentes devem PARTICIPAR DA VIDA DIÁRIA DA


COMUNIDADE e ter a oportunidade de CONSTRUIR LAÇOS DE
AFETIVIDADE SIGNIFICATIVOS com a mesma.
No convívio comunitário devem ser vivenciadas EXPERIÊNCIAS
INDIVIDUALIZADAS.

O contato direto de pessoas da comunidade com crianças e


adolescentes em serviços de acolhimento deve ser PRECEDIDO DE
PREPARAÇÃO, visando assegurar que seja BENÉFICO ÀS CRIANÇAS E
ADOLESCENTES.
CONTEXTUALIZAÇÃO LEGAL

Resolução N°71/2011 do CNMP


Art. 6°§2º - O membro do Ministério Público também deverá zelar para que a
equipe interprofissional ou multidisciplinar que acompanha o caso esteja
envidando esforços para a formação de vínculos afetivos para os adolescentes, em
PROGRAMAS CONHECIDOS COMO DE “APADRINHAMENTO AFETIVO”, caso
existente.

Provimento CGN°36/2014
Art 2º - Apadrinhamento afetivo é um programa para crianças e adolescentes
acolhidos institucionalmente, com poucas possibilidades de serem adotados, que
tem por objetivo criar e estimular a manutenção de vínculos afetivos, ampliando,
assim, as oportunidades de convivência familiar e comunitária.
CONTEXTUALIZAÇÃO LEGAL

Provimento CG N°40/2015 TJSP


Art. 1°- As Varas da Infância e Juventude deverão, dentro do possível,
INSTITUIR EM SUAS COMARCAS PROGRAMAS DE APADRINHAMENTO
AFETIVO.
Art. 2°- No estabelecimento dos programas deverão ser seguidas,
além do disposto no Provimento CG 36/2014, as seguintes
DIRETRIZES: (...)
REDE SOCIAL DE APOIO
Definição do PNCFC

São vínculos que pressupõem APOIO MÚTUO, não de caráter legal,


mas sim de CARÁTER SIMBÓLICO E AFETIVO.
São relações de APADRINHAMENTO, AMIZADE, VIZINHANÇA e outras.

RELAÇÕES DE CUIDADO estabelecidas por acordos espontâneos e


que não raramente se revelam mais FORTES e IMPORTANTES para a
sobrevivência cotidiana do que muitas relações de parentesco.
VÍNCULO

• O que liga afetivamente duas pessoas; relação, relacionamento


• Encontro Humano
• Alguém que é significativo
• Reciprocidade
• Carga Afetiva (altos e baixos)
• Disponibilidade (lugar objetivo e subjetivo)
VÍNCULO

Quanto maior a intimidade, maior a chance de haver uma expressão


espontânea dos afetos. Com o tempo, o padrinho ou madrinha
pode ir se transformando em um adulto significativo para a criança
e adolescente, tonando-se uma figura de referência para o cuidado
e segurança, podendo representar uma experiência de reparação.
PESQUISAS INDICAM
Thompson A. , Greeson J.K.P., Ali S., Wenger R.S.

DO PONTO DE VISTA
DOS ADOLESCENTES É
IMPORTANTE QUE A
REFERÊNCIA SEJA:
-Como alguém da família
-Honesto e confiável
-Que sirva como modelo
e suporte
-Relação mutuamente
importante
PESQUISAS INDICAM
Thompson A. , Greeson J.K.P., Brunsink A.M.

BENEFÍCIOS
RELACIONADOS A:
-Padrão de
relacionamento pré
estabelecido
-Qualidade (proximidade
e confiança) da relação
-Tempo de duração da
relação
SER MADRINHA OU PADRINHO AFETIVO É…

É tornar-se
referência afetiva
para uma criança ou
adolescente de
forma consistente e
comprometida.

Estar sempre
presente, conviver e
colaborar com o
processo de
desenvolvimento do VA
E TI
afilhado(a) F
O C AA
TR
SER MADRINHA OU PADRINHO AFETIVO TEM COMO
OBJETIVO

Proporcionar às
crianças e
adolescentes a
vivência de vínculos
afetivos
individualizados e
duradouros e a
ampliação de suas
experiências sociais,
culturais e de
convivência familiar.
SER MADRINHA OU PADRINHO AFETIVO TEM COMO
OBJETIVO

Ampliar a rede de apoio afetivo e comunitário


Fortalecer o desenvolvimento integral
Favorecer a construção da autonomia e de um projeto de vida.
Possibilitar experiências de convivência familiar
Fomentar a continuidade e permanência dos laços estabelecidos na
relação entre as crianças e adolescentes e os padrinhos e madrinhas.
PARA SER UMA MADRINHA OU PADRINHO É PRECISO...

PRÉ-REQUISITOS BÁSICOS

•Disponibilidade de tempo (mínimo dois


períodos por mês, idealmente toda
semana)
•Disponibilidade afetiva
•Desejo e disponibilidade para se
envolver a longo prazo
•Idade mínima (25 anos)
•Concordância dos familiares
•Residência no município
•Adoção não ser o objetivo
PARA SER UMA MADRINHA OU PADRINHO É PRECISO...

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
Aspectos Pessoais - Capacidade de:

-Vincular-se
-Ser cuidadoso e empático
-Comunicação
-Interpretação de
comportamentos/situações/conflitos
de forma sensível e adulta
-Tolerância à frustração
-Aceitação de valores e vivências
diferentes das próprias
-Flexibilidade
PARA SER UMA MADRINHA OU PADRINHO É PRECISO...
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

-Compreensão do papel de padrinho/madrinha afetivo(a)


-Compreensão do contexto no qual estará inserido
-Ambiente familiar favorável
PREPARAÇÃO E SELEÇÃO DOS PADRINHOS

- ETAPA DE FORMAÇÃO DO GRUPO


PALESTRA, ENCONTRO EM SUBGRUPO,
CADASTRO E CARTA DE INTERESSE

- CICLO DE QUALIFICAÇÃO
ENCONTROS EM GRUPO

- APROXIMAÇÃO
ENCONTROS LÚDICOS

-ENTREVISTA INDIVIDUAL
PREPARAÇÃO E SELEÇÃO DOS PADRINHOS

Processo
SERE M (altos e baixos) Possibilidades
S A e
C T O S
PE D O limites
AS A L H A
AB
TR Escolha
desta Acolhimento
função (contexto e rede)
PREPARAÇÃO E SELEÇÃO DOS PADRINHOS

T AS
RE VI S FAMÍLIA
EN T concordância
escolha

CANDIDATO(A)

compreensão expectativas
PREPARAÇÃO E SELEÇÃO DOS PADRINHOS

PROCESSO LONGO E GRADUAL


COMPREENSÃO E REFLEXÃO
TRANSFORMAÇÃO E AMADURECIMENTO
SELEÇÃO NATURAL
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
SELECIONAR E PREPARAR OS AFILHADOS PARTICIPANTES

A!
OL H
E SC
M A
ÉU

ESTUDO CONJUNTO
MOMENTO, PERFIL, MAPEAMENTO

RODAS DE CONVERSA

CONVERSAS INDIVIDUAIS

ENCONTROS LÚDICOS
SELECIONAR E PREPARAR OS AFILHADOS PARTICIPANTES

ASPECTOS A SEREM TRABALHADOS

Objetivos e
critérios
de seleção
Desejo de
ser apadrinhado

Expectativas
PAREAMENTO

ENCONTROS LÚDICOS
BRINCADEIRAS,
JOGOS, DINÂMICAS
INTERAÇÃO
PAREAMENTO

Vivência
Emoções

Contato Escolha
PAREAMENTO

PAREAMENTO
EMPATIA (RELATOS E CONVERSAS)
PERFIL
MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA

CONVIVÊNCIA INDIVIDUALIZADA

CELEBRAÇÃO

A L
D U
A
GR
ACOMPANHAMENTO DOS ATORES

RODAS DE CONVERSA
COM AS CRIANÇAS E
ADOLESCENTES

REUNIÕES
COM PADRINHOS E MADRINHAS
PARCERIAS / ATRIBUIÇÕES

ATRIBUIÇÕES DO GRUPO GESTOR:

•Seleção e mapeamento dos casos


•Preparação e articulação dos atores da
VIJ rede
•Articulações formais
•Formação e seleção de padrinhos
•Preparação das crianças e
adolescentes
CREAS Equipes dos •Acompanhamento dos padrinhos
serviços de •Acompanhamento das crianças e
acolhimento adolescentes
•Elaboração de relatórios
•Avaliação contínua
PREPARAÇÃO DOS ATORES

FORMAÇÃO SOBRE APADRINHAMENTO AFETIVO PARA A EQUIPE DO SERVIÇO


LESGISLAÇÃO, CRITÉRIOS, FUNÇÃO DE CADA ATOR
DISCUSSÃO CONTÍNUA
PERCEPÇÕES SOBRE CADA NÚCLEO
INTERVENÇÕES NECESSÁRIAS
ALINHAMENTO
EQUIPE GESTORA

REUNIÕES SISTEMÁTICAS ENTRE OS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NA GESTÃO


AVALIAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS
ACOMPANHAMENTO DOS NÚCLEOS
ALINHAMENTOS
REGISTRO
ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS SOBRE CADA NÚCLEO

AVALIAÇÃO

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