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VISITA

DOMICILIÁRIA

Prof. Vanessa Moreno Blanco


DOMICILIAR OU

DOMICILIÁRIA?

Domiciliar = verbo transitivo direto


dar domicílio a; fixar residência.

Domiciliária = adjetivo
relativo a domicílio, feito no domicílio.
VISITA DOMICILIÁRIA

 Ao entrar na casa de uma família, você entra não


somente no espaço físico, mas em tudo o que esse
espaço representa. Nessa casa vive uma família,
com seus códigos de sobrevivência, suas crenças,
sua cultura e sua própria história.

É a oportunidade de criar um maior vínculo


com o usuário e conhecer suas reais
condições de moradia.
VISITA DOMICILIÁRIA
 Compreensão das relações entre os indivíduos que
compõe uma família.

 A maneira como estas relações contribuem para a


existência de processos protetores ou de desgaste para a
saúde.
VISITA DOMICILIÁRIA
 Papel importante no mapeamento de risco, no
conhecimento das necessidades de saúde e situações de
vulnerabilidade da população.

 Atenção domiciliária deve estar na programação de


trabalho do enfermeiro para longitudinalidade do
cuidado de pacientes que necessitam de cuidados mais
complexos.
VISITA DOMICILIÁRIA
 Prática educativa.

 Não é um trabalho de caridade, tampouco uma visita


social.

 A qualidade do atendimento não pode ser prejudicada


pelas dificuldades inerentes ao atendimento em
domicílio.
VISITA DOMICILIÁRIA
 A visita domiciliária exige preparo profissional, predisposição
pessoal e disponibilidade de tempo na sua execução.

 É um serviço prestado dentro do próprio contexto, que parece


agradar à maioria da população e pode diminuir a demanda
pelas instituições de saúde, reduzindo custos para as famílias
e o setor saúde.
DUALIDADE 1
Formação dos trabalhadores
e seu preparo para adentrar
Aspectos culturais dos
no domicílio das famílias
usuários/famílias

Espaço
privado e público
DUALIDADE 2

Falta de um estabelecimento
Invasão de privacidade de vínculo profissional-
família.

Superioridade do
profissional
(imposição de conhecimento)
O PROFISSIONAL
 Sensibilidade/capacidade de compreender o momento
certo e a maneira adequada de se aproximar e estabelecer
uma relação de confiança.

 Prevenir os agravos à saúde mais prevalentes na região;

 Se atentar nas prioridades.


O PROFISSIONAL
 Requer preparo:
 Habilidades de comunicação;
 Respeitar espaço onde as pessoas vivem, estabelecem
relações sociais, trabalham, cultivam suas crenças e
cultura;
 Ética profissional;
 Conhecimento;
 Olhar: prevenção e promoção.
DESAFIOS
 Desvalorização da atividade pelos profissionais
 Falta de preparo dos profissionais

 Inexistência de materiais adequados

 Insuficiência de tempo

 Sobrecarga de trabalho de atividades burocráticas

 Alta demanda de atendimento na unidade de saúde

 Amplitude do território
BENEFÍCIOS

 Mapeamento e reconhecimento da área;

 Cadastro de famílias e atualização;

 Identificar área de risco;

 Identificação de indivíduos e famílias expostos a situações de

risco;
BENEFÍCIOS

 Conhecer o cenário social em que cada indivíduo / família


convive;
 Possibilidade privilegiada para o desenvolvimento do

diálogo / vínculo;
 Identificar parceiros e recursos

existentes na comunidade
DEMANDA
 Reuniões de Equipe
 Reuniões de Matriciamento - NASF

 Consultas

 Ficha de Notificação compulsória – SINAN

 Ouvidoria

 Planejamento

 Aleatória
EXEMPLOS DE NECESSIDADE
 Gestantes à partir de 36s
 Puérperas e Recém-nascidos até 7 dias

 Recém nascidos de risco

 Pacientes em uso de oxigenoterapia

 Situações ou suspeita de violência, negligência

 Acumuladores

 Alterações de humor

 Pacientes com câncer

 Pós alta hospitalar

 Acamados

 DM e HAS descontrolados
VALORIZE SEU TRABALHO!

 Saber e explicar a finalidade;

 Planejar para que aproveite melhor seu tempo e o tempo


das pessoas que vai visitar;

 Estabelecer relações de co-responsabilidade com a


população.
PONTOS IMPORTANTES
 Fatores socioeconômicos, culturais e ambientais que
interferem na saúde.

 Busque informações

 Encaminhamento à UBS

 Reunião de Equipe
ROTEIRO PARA VISITA DOMICILIAR

 1) APRESENTAÇÃO:
 NOME DO VISITADOR
 QUAL O OBJETIVO DO TRABALHO
 O MOTIVO/IMPORTÂNCIA DA VISITA DOMICILIAR
 E SE NAQUELE MOMENTO VOCÊ PODE SER RECEBIDO E QUAL O
MELHOR HORÁRIO?

 2) CONHECER A FAMÍLIA VISITADA:


 CHEFE DA FAMÍLIA
 ESPOSA
 FILHOS
 ETC...
ROTEIRO PARA VISITA DOMICILIAR -ACS
 3) SAÚDE DA FAMÍLIA
 COMO ESTÁ A SAÚDE DAS PESSOAS DA FAMÍLIA?
 HÁ GESTANTE, CRIANÇA, IDOSO, DIA, HAS, TB, HAN E OUTRAS DOENÇAS...?
 FAZEM USO DE MEDICAÇÕES? COMO?
 VACINAÇÃO ATUALIZADA?
 OBSERVE INFORMAÇÕES IMPORTANTES.
 REALIZAR EXAME FÍSICO S/N.

 4) USUÁRIO x UBS
 A FAMÍLIA COMPARECE À UBS?
 ÚLTIMA E PRÓXIMA CONSULTA?

 5) ORIENTAÇÕES
 CONSULTA
 GRUPO EDUCATIVO
 REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE...
ROTEIRO PARA VISITA DOMICILIAR -ACS

 6) FINALIZAÇÃO DA VISITA:
 REALIZAR AS ORINETAÇÕES NECESSÁRIAS
 AGRADECER A COLABORAÇÃO DA FAMÍLIA
 LEVANTAR AS PRIORIDADES DA FAMÍLIA

 7) FAZER UMA AVALIAÇÃO SE O SEU OBJETIVO FOI


ALCANÇADO.
 VERIFICAR O MOTIVO DA VISITA
 IDENTIFICAR OBJETIVOS ALCANÇADOS E FALHAS

 8) REUNIÃO DE EQUIPE
 DISCUTIR A VD COM A EQUIPE S/N
REGISTRO

Informações coletadas devem chegar aos


outros membros da equipe, devendo ser
clara, objetiva e sintética, apresentando
uma sequência lógica das informações
colhidas, observações e intervenções
realizadas na visita.
REFERÊNCIAS
 Lima, Ariane Netto de. A Visita Domiciliária Realizada pelo Agente
Comunitário de Saúde sob a Ótica de Adultos e Idosos. Saúde Soc.
São Paulo, v.19, n.4, p.889-897, 2010
 MS. O trabalho do Agente Comunitário de Saúde. - Brasília:
Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, 2000. 119 p.
 Santos EM, Kirschbaum DIR. A trajetória histórica da visita
domiciliária no Brasil: uma revisão bibliográfica. Revista Eletrônica
de Enfermagem [Internet]. 2008;10(1):220-227.
 Responsabilidades
 - Realizar uma prática clínica de enfermagem centrada na pessoa e baseada em evidências;
 -Considerar a abordagem familiar, orientação comunitária e competência cultural para a prática assistencial;
 - Realizar  uma prática colaborativa interprofissional;
 -Empoderar o usuário quanto ao cuidado em saúde e ao exercício da participação social;
 - Promover o desenvolvimento de trabalho na RAS;
 - Propor ideias inovadoras que contribuam para uma assistência de qualidade e efetiva;
 - Realizar práticas que contribuam para a segurança do usuário, colaborador e ambiente;
 - Ter como Norma o Código de Ética Profissional do Sistema COFEN/COREN- SP;
 - Ter como Norma o Código de Ética Institucional da SBIBAE;
 -Realizar consulta de enfermagem aos indivíduos em todas as fases do ciclo de vida;
 - Realizar a SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem), conforme legislação COFEN;
 - Participar da elaboração do diagnóstico epidemiológico e social do território, bem como do plano de ações, execução e avaliação das
propostas de trabalho;
 - Planejar, organizar, coordenar, acompanhar, executar e avaliar as ações de assistência de enfermagem ao indivíduo e à família;
 - Planejar, acompanhar e avaliar continuamente do ACS em conjunto com a equipe;
 - Planejar, organizar e participar de ações educativas e promover educação permanente;
 - Participar de reuniões de equipe e de matriciamento;
 - Desenvolver ou colaborar em pesquisas na área de saúde e de enfermagem;
 - Participar da análise dos indicadores da Equipe;
 - Contribuir na formação de estudantes e residentes em estágio nas UBS.

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