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GOMB – GRANDE ORIENTE MAÇÔNICO DO BRASIL

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A. . R. . L. . S. . CAVALEIROS DO GRANDE ARQUITETO - no 37

A INICIAÇÃO AO GRAU DE APRENDIZ MAÇOM: NA MINHA PERSPECTIVA

I. INTRODUÇÃO

Cumpre observar que a iniciação começa no momento em que o


Venerável Mestre (V... M...), responsável pela loja, convida o profano para ter a
primeira conversa, que é chamado de entrevista, pois para ingressar na
maçonaria, o aspirante deve passar por uma sindicância, sendo a iniciação a
última e de suma importância que torna o candidato um reconhecido Maçom.

Ademais, a minha iniciação foi no dia 02/12/2023, por volta das 8h00, e
na hora marcada 2 (dois) irmãos, vieram me buscar na minha residência, o ir. ..
retirou todos os meus pertencesses, e me vendou e disse: “não precisa ter
medo, confie”, confesso que nesse momento fiquei um pouco preocupado pois
não tinha ideia do que iria acontecer, mas fui confiante, aberto e com
pensamento positivo, de que estava em boas mãos e não iria ocorrer nada que
de ruim comigo.

Chegando no templo, entrei de costa vendado, e me falaram


novamente: “confie, vou te conduzir, não tenha medo”. Outrossim, fiquei
sentado em um cômodo e permaneci em silêncio numa sala refletindo sobre
minha vida e os motivos de estar ali, ouvi barulhos estranhos, portas que
batiam, conversas, pessoas que entravam e saíam, tudo parecia ser
apavorante, mas mantive calmo.

Em seguida, vieram até mim e desabotoaram minha camisa até a


metade, solicitaram que eu retirasse o braço esquerdo da manga da camisa,
deixando a metade do meu peito exposto e a camisa foi presa novamente sob
a calça dessa forma. Retiraram os meus sapatos, e dobraram a barra da minha
calça no lado direito até a altura do joelho.

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Contudo, após tempo de espera, um Irm... me pegou pela mão direita e
me conduziu por caminhos dificultosos até chegar à porta do templo onde fui
anunciado, seguindo a cerimônia. Quando foi aberto a porta, algo potiagudo foi
encostado em meu peito esquerdo e que me impedia a entrada.

Por fim, ao ser admitido, fui conduzido até o interior da Loja onde foram
ministrados todos os cerimoniais de iniciação, juramento e ensinados os
passos, sinais, toques e palavras que o Apr... deve saber.

II. A VENDA NOS OLHOS

Para enchergar a luz é preciso conhecer as trevas, e quando digo


escuridão estou falando da ignorância e do ego super elevado de todo o ser
humano. O homem para apreender é preciso se desvenciliar de tudo aquilo que
acha que sabe da cegueira e ignorância do corpo físico.

Quando fui buscado em minha casa e vendaram os meus olhos,


naquele momento entendi que era preciso confiar e abandonar tudo que
apreendi atrás, e iniciar uma reforma íntima, acreditando no auxilio dos meus
futuros irmãos que me guiavam através de um caminho que eu iria conhecer,
onde venceria os primeiros obstáculos, pelas maos daqueles que me
conduziam e nao somente pelas minhas próprias forças, diferente do mundo
profano, onde cada um luta por sí.

III. CAMARA DE REFLEXÕES

Fui conduzido por varios irmãos até está sala, mas para chegar la tive
que passar por uns obstáculos, sei que com os olhos vendados e sem o auxílio
de outras pessoas, não teria chego até a cadeira para refletir.

Após ser colocado sentado nessa cadeira retiraram minhas vendas e


me deixaram em um canto onde me observavam enquanto respondia um
quetionário.

Isso, pois na Câmara das Reflexões, o profano se retira do mundo


passando a olhar para dentro de si, descobrindo assim seu interior a pedra
bruta. Neste momento o iniciado morrerá para uma vida profana e renascera
para uma vida maçônica. A morte para a vida profana significa morrer para os
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erros e vícios, e renascer para a Virtude, para a Virtude, Honra e para a
Sabedoria. E para isso passará a lapidar incansavelmente a pedra bruta, para
então, a fim de transformá-la em pedra polida.

IV. A TAÇA SAGRADA

Em consonância com a Taça Sagrada se refere ao Santo Graal, o


cálice usado por Jesus Cristo, em sua última ceia. A taça simboliza, no mundo
profano, o recipiente onde futuramente beberemos o líquido advindo de nossas
ações, o fruto do nosso livre-arbítrio, sendo bom ou ruim, seremos
responsabilizados por nossos atos, lembrando que o plantio é livre, mas a
colheita é obrigatória, dessa forma, passemos a refletir sobre nosso
comportamento, pois irão refletir no amanhã.

Ademais, na maçonaria, a Taça Sagrada é um simbolismo que norteia


os preceitos da Ordem, onde a bondade, o respeito, o trabalho, a família, o
conhecimento e o equilíbrio são objetos de trabalho constante para
aprimoramento. Lembrando que devemos gozar os prazeres da vida sempre
com moderação, respeitando todos os limites, e não se deixar corromper pelas
facilidades do mundo materialista que nos cerca.

V. PROVAS/VIAGENS E A LUZ

Ressalta-se dizer que a viagem significa o esforço que faz um homem


para adquirir seu objetivo. Na iniciação ao primeiro grau o iniciado deve realizar
três viagens: A primeira está cheia de dificuldades e apresenta-se com muitos
perigos e rumores. Representa a prova da água o domínio do corpo de
desejos, a purificação. O guia lhe ensina o bom e o verdadeiro; o candidato
deve ser dócil a suas insinuações e instruções. A direção dessa viagem é do
Ocidente para o Oriente pelo lado norte.

Assim sendo, com o discorrido, que a câmara de reflexões representa a


prova da terra ou o domínio do mundo físico. A primeira viagem é o domínio do
mundo de desejos; a segunda viagem, representa o triunfo sobre o corpo
mental. Ela é mais fácil que a primeira, já não há obstáculos violentos. O
choque de espadas que se ouve durante essa viagem é o emblema das lutas
que se travam ao redor do iniciado. É a luta individual consigo mesmo para

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dominar sua mente elaboradora dos pensamentos negativos. É o batismo do
ar, purificação da mente e da imaginação de seus erros e defeitos.

A terceira viagem representa o batismo do fogo e realiza-se, no entanto,


com mais facilidade que as precedentes, pois desaparecidos os obstáculos e
ruídos, se ouve apenas uma música profunda e harmoniosa.

Dominando e purificando a parte negativa de sua natureza causadora de


dificuldades, familiariza-se o iniciado com a energia do fogo, ou seja, chega a
ser consciente do Poder Infinito do Espírito que se acha em si mesmo. É a
descida do Espírito Santo em línguas de fogo, que depura todo traço de erros
que dominavam a alma.

Uma vez que cumpriu os deveres do juramento, será digno de ver a Luz
da Verdade. Efetua-se esse símbolo fazendo cair as vendas dos olhos do
candidato, as quais representam a venda da ilusão que lhe impede de ver a
essência da verdade.

Em suma, a princípio fiquei deslumbrado em vê os irmãos com espadas


dirigidas para mim. Mas depois entendi que as espadas não são ameaças
porque aquele que vê a luz nunca pode ter medo de ameaças. Essas espadas
demonstram as dificuldades que o iniciado deve confrontar no cumprimento
constante de seus ideais, porém, o iniciado jamais deve renunciar a suas
aspirações elevadas.

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