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Unidade de Fortalecimento e Capacitação

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução
na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.

2 Timóteo 3:16-17

Carne
VS Round 1
Espírito

Ministério Apostólico Tabernáculo do Avivamento

Nome:_______________________________________________________________________

1
Sumário:

Capa................................................................................................................................................ 1

Sumário........................................................................................................................................... 2

Como ser um Servo Pt 1........ ....... ................................................................................................. 3

Como ser um Servo pt 2................................................................................................................. 5

Perseverança e Constância............................... ............................................................................. 7

Maturidade 1 ................................................................................................................................. 9

Maturidade 2............................................................................................................... ................. 11

Frutos do Espírito........................................................................................................................... 15

Dons Espirituais............................................................................................................... ............. 18

Batalha Espiritual parte 1.............................................................................................................. 20

Batalha Espiritual Parte 2 ................................................................................................ ............ 22

Ética .................................................................................................................................. ............ 25

Presença: Exercícios Nota Prova Ponto Extra

29/06:
06/07:
13/07:
20/07:
27/07:
03/08:
10/08:
17/08:
24/08:
31/08:

2
COMO SER UM SERVO Parte 1
Filipenses 2.1-11

INTRODUÇÃO

Hoje a sociedade tem uma visão totalmente contraria à palavra de Deus, o egoísmo tomou conta da nossa
sociedade. Tem um ditado popular, que as pessoas colocam em prática, que com certeza não veio do céu - ”Cada um
por si e Deus por todos”. Mas a Palavra de Deus nos ensina que é dando que se recebe, e servindo que seremos
servidos. Hoje, a palavra “SERVO” talvez não tenha a mesma conotação que existia nos tempos de Jesus. Hoje a visão
que temos é muito mais de empregado, mas para entendermos melhor vamos ver o que diz o dicionário sobre
SERVO: “É aquele que não tem direitos, que não é livre, que presta serviços, pode se dizer que servo é o mesmo que
escravo”. Para ser servo de deus precisamos:

1– ESTAR DISPOSTO A RENUNCIAR A PRÓPRIA VONTADE - Mt 16:24-25

O servo não tem querer, ele sempre faz a vontade do seu Senhor, ele cuida do negócio do Senhor, passa a ser
propriedade do Senhor. Na época de Jesus quando um escravo conseguia a sua liberdade, mas queria continuar a
servir o seu dono voluntariamente, veja o que acontecia. Ex 21:5-6, ele se tornava voluntariamente um servo. Esta
deve ser nossa atitude diante de Jesus.

2 - TER DISPONIBIDADE DE APRENDER E PERMANECER NAS MÃOS DO MESTRE - Pv 15:14, Pv 18:15, Pv 12:1

O servo é aquele que gosta de aprender com o Mestre, pois a Bíblia fala que Ele tem as palavras de Vida Eterna, mais
do que aprender deve ter disponibilidade de colocar em pratica aquilo que ele ensina, e fazer a vontade do seu
Senhor. Na realidade temos como obrigação ter o caráter do nosso mestre. Cl 2:6-7. Esta união que o texto fala é
estar tão ligado que não da para separar um do outro.

3 - RECONHECER QUE SEM ELE NADA PODEMOS FAZER

A nossa dependência tem que ser somente do Senhor. Voltando para o contexto da época de Jesus, era do senhor
que vinha toda provisão, sustento, o senhor que supria todas as necessidades do servo, em troca o servo tinha
fidelidade, lealdade, compromisso e obediência ao seu senhor. Quando tomamos a decisão de ser servo do Senhor
Jesus, temos que ter a certeza de que Ele vai cuidar de nós - Mt 6:24-34 .

4 – ESTAR DISPOSTO A FAZER A VONTADE DO MESTRE – Jo 5:30

O próprio Jesus não veio a este mundo para fazer a sua vontade mas a do Pai Celestial que o enviou. Nós como seus
servos devemos fazer o mesmo, veja o que diz Gl 2:20. Quando falamos que Cristo vive em nós temos que ter a
convicção de que crucificamos nossa vontade em favor de cumprir a vontade de Deus, e de que a Palavra de Deus diz
que esta vontade é boa, perfeita e agradável, Rm 12:2. CL 3:1-3.

5 – ESTAR DISPOSTO A SERVIR O AMIGO E O “INIMIGO”. Mt 20:25-28

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O homem de hoje valoriza muito a posição, e status, mas o Mestre Jesus nos ensina a servir, pois aquele que quer
ser importante e destacado, dever ser aquele que serve. Quando vemos no texto de Cl 2:5 que temos que ter o
mesmo modo de pensar de Jesus, vimos que Ele, mesmo sendo mestre, serviu aos seus discípulos. Jo 13:1-5. É bom
lembrar que mesmo sabendo que Judas ia traí-lo Jesus o serviu lavando seus pés

Na Palavra de Deus, por meio de uma parábola, Ele nos mostra o perfil do servo que Lhe agrada (Mateus 25.14-30).
Esse perfil se resume a duas qualidades: bom e fiel. Mas, o que essas características significam? Como elas
interferem no crescimento do Reino de Deus? E o que acontece se alguma delas não é encontrada em um servo do
Altíssimo?

O servo bom é aquele que produz frutos, é competente, coloca toda a sua força no que faz e desenvolve a
capacidade que possui. Suas conquistas são notáveis. Habilidoso, soma no Reino de Deus e multiplica o talento que
recebeu do seu Senhor. Passividade e comodismo não fazem parte do seu vocabulário.

Já o servo considerado fiel é aquele que carrega dentro de si a intenção sincera de glorificar o Senhor Jesus. Ele tem
consciência de que foi escolhido para um propósito maior do que sua própria vida. Com um coração puro, considera
a Soberania de Deus e sabe que nada pode fazer sem Ele. É verdadeiro e tem caráter.

É por isso que, no nosso meio, vemos muitos servos que são bons, mas não fiéis, e também muitos servos que são
fiéis, mas não bons. Há também os bons e fiéis, porém, são pouquíssimos.

Os primeiros alcançam resultados impressionantes no seu trabalho, mas têm a intenção de se glorificar através dele.
Fazem para si mesmos, não para Deus. Desejam, de alguma maneira, alcançar benefícios pessoais por meio do seu
ministério. Assim, podem prejudicar a Salvação de outros, já que existe o risco de algum escândalo vir por meio
deles.

Em um oposto, há aqueles que, embora agradem ao Senhor com suas intenções, têm deixado a desejar por não se
empenharem ao máximo naquilo que fazem. Relapsos, não buscam fazer a diferença. Não se desafiam, não se
aprimoram e se contentam com pouco. Deixam de salvar mais pessoas pela falta de esforço.

Finalmente, os bons e fiéis são os que agradam a Deus no que fazem e no que são. Visionários, buscam coisas
maiores com o intuito de apresentar ao Senhor resultados excelentes, pois têm prazer em satisfazê-lO e engrandecê-
lO neste mundo. Eles se dão mais puramente para salvar mais.

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Como ser um Servo parte 2
Quatro Princípios de um Verdadeiro Servo
Filipenses 2:3-11.
1- “Nada façais por contenda ou vanglória”.
Esta frase se dirige muito bem aos músicos, porque a maioria deles tocam suas músicas por vanglória. No mundo se
diz que a maior recompensa para o artista são os aplausos. Vanglória – exaltação ao homem.

O músico tem a necessidade de que o reconheçam e o aplaudam como alguém importante. É por isso que há
contendas entre grupos, porque um quer aparecer mais do que o outro. “O que ama a contenda ama o pecado; o
que faz alta a sua porta facilita-lhe a queda” (Pv 17:19). “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda”
(Pv 16:18). “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mt 23:12).
Por isso, se ao tocar, cantar e ministrar, sua motivação for receber aplausos, receber “glória” e reconhecimento, não
faça, pois você deverá dar contas diante de Deus. Antes de fazer qualquer coisa, devemos examinar nossas
motivações.

2- “Cada um considere os outros superiores a si mesmo”.

Muitos estão preocupados com a rivalidade e a competição, ou seja, quem é o melhor ou pior. Existem alguns que
disputam para ter o melhor instrumento, o melhor equipamento, ou quem é a melhor banda, se é “X” ou “Y”, quem
está tocando ou cantando melhor, quem equaliza melhor o som, quem dança melhor, etc. Porque não consideramos
a possibilidade de que existe alguém melhor do que nós? Porque sempre temos que ser os melhores?

Outros se acham os “donos do púlpito” ou “donos do ministério”, e logo dizem: “Quem manda aqui sou eu!”.
Autoridade não se impõe, se conquista. O dia que precisarmos lembrar as pessoas sobre quem dá as ordens, ou
quem é que manda, é porque na verdade já perdemos a autoridade, então nos tornamos tiranos e autoritários. A
autoridade é conquistada por uma vida de serviço. Lembre-se: Quem não está debaixo de autoridade não pode
exercer autoridade.

O que observamos hoje entre os músicos é a dificuldade de cederem seu lugar em favor de outros, e quando cedem,
cedem para alguém com uma vida errada, que não glorifica à Deus com seus frutos ou discipulos, ou seja, está alí
apenas por estar ou para se auto-promover, ainda que leve anos para isso, diferentemente de Romanos 12:10:
“Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”. O amor se
expressa através do serviço: “Nisto conhecemos o amor, em que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar a
nossa vida pelos irmãos” (I Jo 3:16).

Considere isto: Quando alguma pessoa está fazendo algo em seu lugar você se alegra ou fica analisando cada detalhe
do que ela está executando? Você participa do culto tranqüilo, sem se importar se ela está executando o serviço
bem ou mal? Se ela falhar no serviço você levará palavras de ânimo e consolo à esta pessoa, ou irá se alegrar no erro

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cometido? Se você é do tipo de pessoa que não cede o seu lugar para ninguém ou fica incomodado quando alguém
está em seu lugar ministrando, ou ainda se alegra com o erro dos outros, é porque você ainda não entendeu o que
significa considerar os outros superiores a você.

3- “Não atente cada um somente para o que é seu, mas cada qual também para o que é dos outros”.

A tarefa de um servo é justamente atentar para que o que é dos outros. Se desejarmos ser servos verdadeiros,
precisamos pensar menos em nós, e mais nos outros. “Ninguém busque o seu próprio interesse; e, sim, o de
outrem” (I Co 10:24). Quando pensamos nos outros mais do que em nós mesmos, Deus cuida de nós melhor do que
se estivéssemos cuidando de nós mesmos.

Que possamos ter atos generosos entre nós, preocupando-nos sempre com as necessidades dos irmãos em todas as
áreas: material, espiritual e emocional.

4- “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus”.

Qual foi o sentir de Cristo? Sendo Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus, se esvaziou, assumiu forma
de servo, se humilhou e foi obediente (Fl 2:6-8).

Jesus vivia numa atitude constante de humildade: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou
manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas” (Mt 11:29). Assim deve ser o nosso modo de
viver e pensar, algo que o Senhor estabeleça em nossas vidas.

Precisamos ter intimidade com o Senhor para conhecermos qual é a maneira de pensar, sentir e agir do nosso
mestre. “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Mt 13:15). Sejamos
imitadores de Jesus!

Como alcançar o perfil de um verdadeiro adorador? Uma das características de um verdadeiro adorador é o seu
espírito de serviço a Deus e as pessoas.

CONCLUSÃO

Embora em nossa cultura não gostemos muito da palavra servo, é essa atitude de servir que agrada a Deus, que traz
bênçãos aos irmãos, e cumpre o propósito do Senhor Jesus, pois Ele mesmo disse que veio para nos servir. O que
Deus espera de cada salvo por Jesus é que assuma sua nova identidade, de ser um servo útil no Reino. Embora não
seja fácil assumir essa nova identidade, nosso alvo é conseguir, e para isso precisamos crucificar nosso eu buscando
maior comunhão com o Espírito Santo. O mundo nos deixou uma mentalidade – a de empregado – de fazer coisas
para ser recompensado. Porém o Senhor Jesus nos deixou algo ainda melhor – o espírito de Servo, fazer coisas para
agradar ao Senhor, e abençoar aos irmãos, mesmo que não venhamos a receber nada em troca. O nosso Senhor
merece qualquer esforço nosso para mudar esse tipo natural de pensamento
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Perseverança e Constância

Filipenses 3: 12- 17 " v. 12-

“....mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui alcançado por Cristo Jesus."

INTRODUÇÃO

A perseverança é uma das mais belas e maravilhosas virtudes encontradas na vida cristã, acredito que a
perseverança é uma das características que compõe a base, a estrutura, o alicerce para garantirmos o sucesso,
alcançando todas as vitórias almejadas na vida cristã. E, também acredito que o motivo de muitas derrotas, na vida
de muitos cristãos é devido à abstinência desta admirável virtude que é a PERSEVERANÇA.

Qual a definição de perseverança?

Conservar-se firme e constante; persistir, prosseguir, continuar, Continuar a ser ou ficar; manter-se, permanecer,
conservar-se, persistir, Conservar a sua força ou ação; continuar, perdurar, subsistir, persistir, Ter ou mostrar
perseverança, firmeza; permanecer sem mudar ou sem variar de intento.

I. PORQUE PERSEVERAR?

Jesus nos mostrou a importância de perseverar, para alcançar a salvação."Mas aquele que perseverar até o fim será
salvo", Mt 24: 13. Sem a perseverança você não pode alcançar a salvação, afinal ela é um ato feito pelo Amor de
Deus, por meio de Jesus Cristo

A Bíblia nos mostra muitos homens e mulheres que perseveraram e obtiveram a conquista da sua vitória, a
realização dos seus sonhos.

Exemplos bíblicos de perseverança:

Noé que perseverou, mesmo sendo criticado, humilhado, desprezado; contudo lutou na construção da arca e salvou-
se juntamente com sua descendência.

Josué, perseverou em seguir ao Senhor, Js 24:15. O nome Josué no hebraico quer dizer: Jeová é Salvação e no grego
significa Jesus. Josué era filho de Num, da Tribo de Efraim, era um servo fiel e companheiro de Moisés. Ele foi
designado por Deus como sucessor de Moisés, e através da perseverança ele estimulou o povo a destruir Jericó e
também sorteou Canaã as tribos.

Rute, foi uma mulher que perseverou diante de Boaz, mantendo-se intacta em sua reputação até ser redimida e
tomada por esposa, Rt 4: 13. E por galardão de sua nobre perseverança, o seu nome foi inserido na genealogia de
Cristo Jesus, Mt 1:5 .

O apóstolo Paulo constantemente levava uma só mensagem em seu coração : "os exortavam a que permanecessem
na Graça de Deus", At 13: 43.

Porém, entre todos os homens da Bíblia que vemos como exemplo de perseverança. Tomamos o exemplo de Cristo
que logo no começo de seu ministério foi tentado por satanás, a não prosseguir; mas venceu este obstáculo, Mt 4:
10,11.

E após ter vencido esta difícil provação, que era de seus conflitos pessoais, os demais ele conseguiu superar, sendo
vencedor nas provações seguintes. Sejamos, portanto, perseverantes em todo o trabalho que fizermos para Deus,
em toda a nossa vida, II Cr 15: 7: “Vós, porém, esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra
terá uma recompensa.”

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II. NÃO DEIXES DE PERSEVERAR

Tivemos alguns homens que desistiram de perseverar deixando-se levar pelo pecado e a perda da comunhão de
Deus."

Judas, Mt 27:4,5"

Ananias e Safira, At 5:1-9"

Não podemos deixar de perseverar, porque a perseverança: " Nos conduz a salvação, Mt 24: 13" Nos torna santos, Cl
1: 22" Nos torna seguros, I Co 15: 58

III. AS MARAVILHAS DA PERSEVERANÇA

A perseverança trabalha na natureza, no temperamento, no comportamento do cristão, tornando-o resistente para


vencer os obstáculos, II Pe 1:4.

Logo, o cristão passa ter a mente de Cristo, I Co 2: 16 .A perseverança ajuda o cristão a vencer as provações e
tribulações da vida espiritual, Rm 12:12 .A perseverança é sinal de vitória, II Tm 4:7. A perseverança produz vitória !!!
O cristão perseverante não pode se separar de Cristo, Gl 5: 4 .

IV. A NECESSIDADE DA PERSEVERANÇA

Devemos perseverar porque a Bíblia nos diz em Mateus 24:13 - "Mas aquele que perseverar até o fim, será salvo".

A Palavra de Deus também nos adverte em relação a apostasia, que significa: desviar-se da fé, desistir ... , não
podemos parar, não podemos desistir, e sim, devemos seguir olhando para o alvo que é Cristo Jesus, I Tm 4:1-3; Mt
24:4-5. E satanás anda enganando, seduzindo o mundo, portanto não se deixe levar pelas banalidades desta vida,
pelas camuflagens do inimigo, pois este mundo está rodeado de falsas aparências, seja um vencedor e tenha
discernimento do Espírito de Deus para identificar as ciladas do inimigo, Ap 12:9; I Jo 2:16,17.

Como podemos mostrar a constância de Cristo?

Em 2 Tessalonicenses 3:5, Paulo diz: “Ora, o Senhor conduza o vosso coração ao amor de Deus e à constância de
Cristo.” Aprendemos amar porque Deus nos amou (1 João 4:11 ,19). Mas Paulo diz que devemos também aprender a
constância de Cristo.A palavra grega traduzida “constância” no Novo Testamento significa estabilidade, paciência,
lealdade perseverança e firmeza. É “a característica da pessoa que não se desvia de seu propósito e de sua lealdade,
fé e piedade mesmo diante das maiores provações e sofrimentos” (Strong). Jesus forneceu o exemplo perfeito de
constância, enfrentando provações e sofrimento sem desviar do seu propósito definido pelo Pai.Nós devemos imitar
a estabilidade de Cristo, mesmo quando enfrentamos tentações e dificuldades. Pessoas que são zelosas nos
momentos bons mas que desistem quando encaram dificuldades ainda não têm apren-dido a constância de Cristo.
Paulo regozijou-se na constância dos discípulos (2 Tessalo-nicenses 1:4). Ele disse que a constância deve ser
característica do homem de Deus (1 Timóteo 6:11), e que os homens idosos devem ser estáveis (Tito 2:2).

Sejamos constantes no amor fraternal (Hebreus 13:1). Não amemos apenas nos momentos de alegria, mas também
na face de tristezas e tribulações. E acima de tudo, precisamos de constância em nosso temor a Deus, pois assim
seremos abençoados (Provérbios 28:14).

Jesus teve a dedicação e o auto-domínio para fazer a vontade de Deus mesmo quando se tornou difícil. Para sermos
constantes em Cristo, precisamos da disciplina para fazer o certo e tomar as medidas que trarão crescimento.
Devemos desenvolver a nossa espiritualidade, nos dedicando ao louvor (Salmo 71:6) e a oração (1 Tessalonicenses
5:17). Devemos sempre regozijarmos em Cristo (1 Tessalonicenses 5:16; Filipenses 4:4). Para crescer na gratidão pelo
amor de Deus, precisamos estudar e aplicar a palavra em nossas vidas (1 Timóteo 4:13,15-16). Progredindo assim na
fé, vamos nos dedicar mais e mais ao amor e à edificação dos nossos irmãos (Hebreus 13:1; 10:24-25).

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MATURIDADE ESPIRITUAL – Parte 1
Texto base: I Coríntios 3:1-3, II Pedro 3:18.

Introdução: Se você quiser invocar a ira de seu filho, chame-o de “bebê”. As crianças gostam de dizer que já são
grandes. Não acho que mude tanto, quando envelhecemos. Todos nós gostamos de pensar em nós mesmos como
“maduros”… que crescemos. Como cristãos, todos nós gostamos de imaginar que somos maduros e bem
desenvolvidos. Se alguém nos chama de imaturo, logo, consideramos como um insulto. Você sabia que é a vontade
de Deus que todo cristão se torne espiritualmente maduro? É verdade! Deus deseja que todos nós cresçamos até a
maturidade espiritual. De fato, Paulo repreende a igreja de Corinto por sua falta de maturidade. Ele os trata como se
fossem bebês, em Cristo. Paulo disse-lhes para crescerem! Perceba, através do texto de I Coríntios, capítulo 3, que a
imaturidade espiritual faz surgir muitos tipos de problemas. Assim, um dos propósitos da igreja é ajudá-lo a crescer
até a maturidade espiritual.

Discussão:

Você já esteve em situações em que foi vítima da falta de maturidade de alguém? Como você resolveu a situação?

Mas, o que é maturidade espiritual? Deixe-me começar por dizer-lhes o que não é:

A. A maturidade espiritual não é uma questão de idade.

Não tem a ver com a sua idade biológica. Não importa se você tem 20, 40, 80 anos, etc. A maturidade espiritual,
assim como a maturidade biológica, leva tempo. Afinal, quando nascemos de novo em Cristo Jesus (Jo 3:3),
passamos a engatinhar na fé e, logo, poderemos correr. Digo, poderemos, não quer dizer que todos irão. Alguns
cristãos se recusam a crescer. Vemos pessoas de 30, 60 anos de idade que são bebês espirituais, algumas porque
nasceram há pouco tempo, outras porque não se permitem crescer. A maturidade espiritual envolve muito mais do
que apenas o processo de envelhecimento. A maturidade vai sendo alcançada à medida que deixamos Deus agir.
Algumas vezes, esse crescimento vem através do ensino da Palavra e, na maioria das vezes, através de um
discipulado relacional. Esse foi o modelo adotado por Jesus. Os discípulos de Cristo cresceram espiritualmente, pois
se envolviam, permitiam-se aprender e não achavam que sabiam de tudo. É perfeitamente possível uma pessoa ter
um ano de cristão e ser maduro na fé, enquanto, outro, de dez anos, ser imaturo, pois não se deixa ser ajudado,
corrigido, discipulado e ensinado.

B. A maturidade espiritual não é uma questão de aparência.

Algumas pessoas podem olhar e dizer: “Esse é maduro, espiritualmente. Ele sabe como falar”. Mas a pergunta é: ele
sabe como agir? Infelizmente, é possível encontrarmos pessoas que sabem o que deve ser feito, dão conselhos
maravilhosos, mas não agem conforme os próprios conselhos. Possuem aparência, mas as suas atitudes dizem o
contrário. A maturidade espiritual é vista na comunhão: palavra e ação, ou seja, aquilo que eu prego (falo) deve ser
coerente com o meu agir.

C. A maturidade espiritual não é uma questão de conquistas (realizações).

Maturidade não é o quanto você estuda, quantos títulos (graduação, mestrado, doutorado, etc) possui. Você pode
ter todos os tipos de graus e diplomas pendurados em sua parede e não ser maduro espiritualmente. Conquistas não
são um sinal claro de maturidade espiritual. Lembre-se, os fariseus sabiam muito das Escrituras e tinham um quarto
cheio de troféus. Maturidade nos arremete ao caráter. O Caráter é aquilo que você faz sozinho, quando ninguém
está vendo. O caráter é o que Deus sabe a seu respeito. Conquistas e realizações dizem respeito ao que as pessoas
veem e dizem a seu respeito, mas o caráter é você e Deus. A maturidade espiritual é uma questão de caráter. Você
se lembra dos discípulos de Jesus crescendo espiritualmente, através do discipulado? Porém, teve um que não se
permitiu crescer (Judas), através do discipulado. Ele tinha aparência, realizações e conquistas perante os olhos das
pessoas, no entanto, o seu caráter dizia outra coisa e, com sua atitude, traiu a Cristo.

9
Discussão: A forma como uma pessoa fala, com um tom amável ou ríspido demonstra maturidade? É permitido um
cristão tratar uma pessoa de maneira ríspida, com falta de educação, quando essa pessoa deu causa a situação?

Características do que vem a ser a maturidade espiritual.


1. Tem fome de comida espiritual sólida.

Em I Coríntios 3:1, Paulo deixa claro, que gostaria de ter tratado com aqueles irmãos como pessoas já maduras na fé,
porém, não foi possível. Paulo teve de tratá-los como lactentes, bebês espirituais. Tive de alimentá-los com leite e
não com alimento sólido, pois vocês não poderiam receber algo mais forte. Ao invés de terem a mente de Cristo,
Paulo teve de confrontar o pensamento mundano e carnal, que os coríntios estavam tendo. Não é compatível ao
cristão, o qual recebeu uma nova mente, ter atitudes de pessoas naturais, as quais reproduzem e se alimentam das
obras da carne normalmente (Gálatas 5:19-21). Pessoas que nasceram de novo são cheias do Espírito e reproduzem
os frutos do Espírito (Gl 5: 22-24). O confronto, muitas vezes, faz-se necessário para que haja crescimento espiritual.
A pessoa que te ama, seja o seu discipulador, o seu pastor, irá dizer, algumas vezes, algo que você não goste, todavia
é necessário. Não estava sendo proposta, por Paulo, duas dietas: leite ou comida sólida. No entanto, eles deveriam
almejar um alimento espiritual sólido. O espiritualmente maduro relaciona-se com Deus. Tem fome e sede das coisas
de Deus. Alimenta-se, tem uma dieta espiritual forte e equilibrada, de modo a nutrir-se e crescer, espiritualmente.
Sua dieta afeta, diretamente, a sua capacidade de crescimento (amadurecimento).

2. Vive em unidade em meio a diversidade.

Paulo afirma que o indicador chave, que os coríntios ainda não haviam crescido, era a demonstração de suas
atitudes, uns para com os outros (I Co 3:3). Paulo deixa claro que o comportamento mesquinho, briguento, invejoso,
é um sinal claro da imaturidade. Para vivermos em unidade, precisamos de uma dieta espiritual saudável, de
maneira que sejamos cheios do Espírito Santo e não venhamos a nos tornar insensíveis, uns para com os outros.
Deve-se ter foco e buscar o que vem de Deus, em primeiro lugar. Quando algo diferente de Cristo é o nosso foco,
perdemos nossa única base e passamos a não andar em unidade. Pessoas espiritualmente maduras andam e vivem
em unidade. Sabem resolver os conflitos; não há divisão. Preferem sofrer o dano. Falam a verdade, uns com os
outros, em amor.

3. É um pacificador e não um criador de problemas.

Jesus disse, em Mateus 5:9, que bem-aventurados são os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
Existem algumas perguntas que devemos fazer a nós mesmos, constantemente: a) Eu sou um pacificador ou sou um
causador de problemas? b) Eu gosto de bater boca, brigar, ou prefiro discutir de forma amigável? c) Eu gosto, ou
costumo ferir as pessoas com minhas palavras ou prefiro humilhar-me? d) Quando você observa uma característica
negativa (defeito) em alguém, você sai falando, reclamando, criticando ou você apazigua, entende a limitação das
pessoas e ora a respeito da situação? De onde vêm as contendas, pelejas, brigas e guerras que há na humanidade?
Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês? Foi isso que foi dito por Tiago no seu livro (Tg 4:1). Uma
característica presente na vida de uma pessoa, espiritualmente madura, é ser um pacificador, não vivendo em
constantes conflitos. Devemos nos esforçar, em todo o tempo, de modo a vivermos em paz com todos. Veja o que
está escrito em I Tessalonicenses 4:1, Romanos 12:18.

4. Tem as suas práticas espirituais, diariamente.

A vida cristã não é como um aparelho que possui um botão de liga e desliga. O cristão vive para Deus 24 horas por
dia, 7 dias por semana e 365 dias por ano. Um cristão espiritualmente maduro medita na Bíblia, tem vida de oração,
jejua, é um adorador, vive em comunhão (não se ausenta sem motivos realmente relevantes e quando o faz informa
aos seus líderes), pois sabe que a sua ausência prejudica todo o corpo. Através das práticas espirituais diárias, é
possível ouvir a direção de Deus, arrepender dos pecados e, assim, podermos perdoar uns aos outros. Paulo nos
disse, em I Tessalonicenses 5.7, “Orai sem cessar”. Em Tiago 5:16, vemos que a oração de um justo é poderosa e
eficaz. O mestre Jesus deixou um modelo de oração para nós, registrado em Mateus 6:9-13, ou seja, devemos orar e
viver tudo o que deixou registrado. Dentre os elementos fundamentais dessa oração, podemos perceber a
10
importância do perdoar para ser perdoado. Um cristão maduro espiritualmente, além de ter as suas práticas
espirituais diárias, deve viver de maneira a expressar a glória de Deus.

Conclusão: A maturidade espiritual está em aprender a caminhar em obediência a Deus, a fazer as escolhas certas de
maneira a viver do ponto de vista de Deus, ao invés do ponto de vista humano.

Maturidade Espiritual - Parte 2


1Cor 3.1-22

Em Corinto havia vários templos de deuses pagãos: templo de Apolo, Afrodite, Poseidon, Elêusis, Asclépio
entre outros. Porém, como característica do paganismo, os corintos, embora vivessem em uma cidade
influentemente espiritualista, não eram espirituais.

Problema: Falta de maturidade (i.e. espiritualidade) – vs 1-4[1]

(1 Co. 2.6-16), Paulo ensina que o Espírito Santo revela a verdadeira sabedoria de Deus aos cristãos (Cristo
crucificado 1.18-25; a escolha do povo de Deus 1.26-31; e a pregação 2.1-5). Os coríntios têm o Espírito, mas
continuam agindo como se não tivessem, visto que há problemas de divisão na igreja local (“ciúmes” e “contendas”
[1Cor 3.3] aparecem em Gl 5.20. As divisões são relatadas como obras da carne.). Eles são “irmãos” (3.1), mas a
partir de agora, Paulo passa a ensinar que os cristãos de Corinto devem deixar de agir como pessoas que não têm o
Espírito de Deus.

Por agirem assim, o apóstolo os chama de carnais, que é o oposto de espirituais. São pessoas que se entregam
aos desejos da carne; agem como animais; depravados. Esses desejos são contrários ao Espírito Santo. Paulo
também os chama de “crianças em Cristo”. Nesse caso esse não é um elogio tomando como base o ensino de Jesus
em Mateus 18.1-3:

Naquele momento os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos céus?” Chamando
uma criança, colocou-a no meio deles,e disse: “Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem
como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior
no Reino dos céus.

As palavras são diferentes. Em Mateus a palavra usada é paidi,a (paidion), isto é, criança, literalmente. Em
1Coríntios Paulo usa a palavra nhpi,oij (nepios) que é uma metáfora para infantil, imaturo e inexperiente. Por isso,
Paulo deu “leite” aos cristãos de Corinto, ou seja, os rudimentos e o ensino mais simples da fé cristã, ao invés de dar-
lhes “alimento sólido”, isto é, verdades mais profundas e complexas, o ensino mais completo da fé cristã. A mesma
palavra para crianças e a mesma metáfora do alimento é usada com os Hebreus (5.11-14), pois esses também não
haviam crescido no Evangelho:

Quanto a isso, temos muito que dizer, coisas difíceis de explicar, porque vocês se tornaram lentos para aprender.
Embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios
elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! Quem se alimenta de leite
ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo
exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal.

O problema não é o ser criança quando novo na fé (cf. 1Pe 2.2). O problema é não avançar, não crescer no
Evangelho, estagnar, continuar como criança na fé. Nessa situação há um sério problema, pois assim como uma
pessoa nasce como um bebê e depois cresce, o cristão nasce na fé e deve crescer. Se esse crescimento não acontece,
há algo de errado. E isso estava acontecendo com os cristãos de Corinto. Por isso, Paulo ainda afirma que no
momento não pode, ainda, dar “alimento sólido”, pois os cristãos de Corinto não suportam tal ensino, pois ainda são
“carnais”. Essa situação é evidenciada pelo fato de haver entre eles “ciúmes” (inveja – NVI) e “contendas” (divisão –
NVI). Essas características confirmam que eles são “carnais” e “andam (i.e. vivem) segundo o homem”, ou seja, são
“mundanos” (NVI). Agem como pessoas deste mundo e não como povo de Deus. Paulo finaliza esse argumento

11
afirmando que quando os coríntios dizem “eu sou de Paulo” e “eu sou de Apolo”, atestam que vivem como homens
carnais, como mundanos. Os coríntios eram imaturos.

Esse é o problema por trás do problema da divisão na igreja de Corinto: a imaturidade, ou nas palavras de
Paulo também, falta de espiritualidade. As divisões surgiram porque eles são imaturos, isto é, carnais. Ser
carnal/imaturo é agir de acordo com os impulsos humanos, vontade própria, desobedecendo assim ao Senhor. Os
cristãos de Corinto tinham dons espirituais (cf. 1.7), mas não eram espirituais[5] (cf. 3.1). Isso é comprovado pelo
viver diário e comunitário. Isso deixa claro que para Paulo, ser espiritual se define na conduta e não nos dons.

Esse crescimento (maturidade) exige alimentação e esforço, como diz o escritor de Hebreus: “Mas o alimento sólido
é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as faculdades exercitadas para discernir não somente o bem,
mas também o mal” (Hb 5.14). É por isso que disse Barret: “O simples passar do tempo não amadurece o cristão”.[7]

A Bíblia diz que o grande objetivo de Deus é tornar todo ser humano perfeito em Cristo, isto é, maduro. O ensino da
igreja deve ter esse objetivo. Efésios 4.13 (“[...] até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do
Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.”) e Colossenses 1.28 (“Nós o
proclamamos [i.e. Cristo], advertindo e ensinando a cada um com toda a sabedoria, para que apresentemos todo
homem perfeito em Cristo.”) dão base a isso. Mas essa não é a realidade de Corinto, não é a realidade da igreja atual
e não é nossa realidade. Então, como Paulo, um apóstolo de Jesus Cristo, inspirado pelo Santo Espírito, responde e
ensina a igreja de Corinto e nós, hoje, acerca da maturidade?

Como amadurecer em Cristo?

Paulo, respondendo e ensinando os cristãos de Corinto, argumenta acerca de três consciências que eles devem ter e
que gerará a maturidade e são elas:

1.OS LÍDERES SÃO SERVOS (vs. 5-9)

Paulo ensina que ele e seus companheiros (em especial Apolo), são servos e não senhores, como entendiam os
coríntios. Por isso as perguntas de Paulo são desdenhosas.[8] No original lê-se: “Que é Apolo?” e “Que é Paulo?”. Ele
mesmo responde: “São servos (i.e. diaconos- dia,konoi) por meio de quem crestes [...]”. Paulo ensina duas lições
acerca disso: Em primeiro lugar, tanto Paulo quanto Apolo estão unidos na mesma causa. Ambas as funções são
importantes: plantar e regar[9] e uma não tem sentido sem a outra. De nada adianta plantar, se ninguém regar o
solo. Da mesma forma é inútil regar o solo se não foi plantada nenhuma semente. Esses servos “são um”, isto é, são
iguais (v. 8), e por isso são “cooperadores de Deus” (v. 9), pois o crescimento vem de Deus (v. 7). Em segundo lugar
ensina que todos pertencem a Deus – a igreja, os servos e o crescimento (vs. 6-9).[10] Esses argumentos são
importantes, pois as divisões aconteciam com base nos líderes, mas esses, de acordo com o argumento de Paulo, são
servos e por isso não podem servir de base para divisão alguma. Ao mesmo tempo, todos, inclusive os líderes,
pertencem a Deus. Assim, não há base para divisões na igreja.

Embora Paulo argumente dessa maneira, fica claro que o papel do líder não é, de modo algum, irrelevante, pois foi
através deles que os coríntios vieram a crer (v. 5).[11]

A liderança é o maior motivo de divisões na igreja. Frequentemente ouvimos notícias de novos “rachas” em igrejas e
denominações. Líderes que entendem serem donos da igreja ou da denominação seguem seus interesses pessoais e
“arrastam” multidões. Pensem nos tele-pastores ou naqueles que são donos de denominações. Cada um defende o
seu interesse. A liderança é a maior causadora de divisões na igreja. O “racha” que essa igreja sofreu há alguns anos
foi através de uma parte da liderança. Foi ou não foi?

Irmãos a liderança não pode servir de base para divisões na igreja, mas deve servir a igreja. Nós, líderes, devemos
servir a igreja, entendendo que a comunidade é de Cristo. Eu, os presbíteros e diáconos, toda a liderança dessa
comunidade, deve servir, pois é isso o que somos: servos. Isso é inegociável, pois nosso grande Líder, Senhor e Deus
de nossas vidas é o maior Servo: Lc 22.24-27 e Jo 13.1-15.
12
Paulo finaliza esse argumento confirmando que a igreja de Corinto é “lavoura de Deus” (assunto tratado) e “edifício
de Deus” (assunto que será tratado a partir de agora).

2.A IGREJA É O SANTUÁRIO DE DEUS (vs. 10-17)

Usando outra metáfora, Paulo afirma que a igreja é o “santuário de Deus” e por isso habitação do Espírito Santo (v.
16). Assim Paulo contrasta todos os templos que havia em Corinto (Afrodite, Apolo, Poseidon, Elêusis, Asclépio entre
outros. Ao total eram 12 templos pagãos) com o Santuário de Deus, que é a igreja.[12] Paulo escreve que o
fundamento da igreja é Jesus Cristo (cf. Ef 2.20) e foi esse Fundamento que ele lançou em Corinto. A igreja não pode
ter outro fundamento. Homens não podem ser a base, o sustento, o fundamento da igreja. Apenas Jesus Cristo é o
Fundamento da igreja. Esse é um dos grandes erros da teologia católico-romana: entender que um homem comum,
o Papa, é o fundamento da igreja. Desta maneira Paulo confronta novamente as divisões da igreja de Corinto, pois
nenhum homem (Paulo, Apolo ou Pedro) pode fundamentar um grupo cristão. Agora o desafio desses cristãos é de
construir sobre esse Fundamento. O Fundamento já está posto, mas a construção deste Santuário depende dos
construtores. Paulo diz que o Santuário pode ser construído com “ouro, prata ou pedras preciosas”, isto é, com a
sabedoria de Deus, o Cristo crucificado, que gera a unidade da igreja, ou construído com “madeira, feno ou palha”,
material frágil, combustíveis, isto é, a sabedoria humana. A aparência do edifício é facilmente camuflada, mas o
“fogo”, ou seja, as provações comprovarão como foi construído o Santuário em Corinto.

3. A IGREJA É DE CRISTO (VS. 18-23)

O modo de Deus agir é diferente do modo dos homens agirem. Por isso, a sabedoria do mundo é loucura a
Deus e, consequentemente, a sabedoria de Deus é loucura aos homens. Paulo cita mais um texto da Escritura: “O
SENHOR conhece os pensamentos dos sábios, que são pensamentos vãos.” “Pensamentos vãos” são pensamentos
sem força, sem propósito, inúteis. Esse texto é citação do Salmo 94.11. É um trecho em que o salmista questiona o
homem mal acerca da justiça de Deus e afirma que Deus conhece os pensamentos dos homens e sabe que são
pensamentos inúteis, ou seja, loucura para Deus. Todo esse argumento é usado para combater as divisões na
comunidade cristã de Corinto. Apoiar e promover as divisões é basear-se na sabedoria do mundo e isso é loucura
diante de Deus. Essa é a mesma posição de Tiago (3.13-18):

Quem é sábio e tem entendimento entre vocês? Que o demonstre por seu bom procedimento, mediante obras
praticadas com a humildade que provém da sabedoria. Contudo, se vocês abrigam no coração inveja amarga e
ambição egoísta, não se gloriem disso, nem neguem a verdade. Esse tipo de sabedoria” não vem dos céus, mas é
terrena; não é espiritual, mas é demoníaca. Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de
males. Mas a sabedoria que vem do alto é antes de tudo pura; depois, pacífica, amável, compreensiva, cheia de
misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera. O fruto da justiça semeia-se em paz para os pacificadores

Por isso, Paulo conclui que ninguém deve “gloriar-se” (a mesma palavra usada em 1.31) em homens (em Paulo,
Apolo e Pedro), pois tudo é deles. Ao invés deles pertencerem a algum líder, os líderes é que pertencem a eles (cf.
3.5-8). E mais do que os líderes, o mundo, a vida, a morte, as coisas do presente e do futuro, pertencem a igreja, ou
seja, a igreja, o povo de Deus, está acima de todas essas coisas, livres de todas elas, porém, abaixo de Cristo, pois
pertence a Cristo e Cristo a Deus. Por isso não há base alguma para divisões na igreja.

O crente imaturo revela algumas características negativas:

1) Contenta-se apenas com o leite espiritual – O leite espiritual consiste no conhecimento básico da salvação, como;
Jesus morreu por todos, logo morreu por mim e isso já basta. É bom beber o leite do evangelho, mas o crente
também necessita de alimentos sólidos. Alguns crentes portam-se como crianças espirituais a vida toda. Veja o que
diz a Palavra: “Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação; porquanto vos fizestes negligentes para ouvir.
Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros
rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento.”
Hebreus 5:11-12.

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2) Ofende-se facilmente: O crente imaturo fica ofendido com qualquer coisa que lhe digam ou façam. É raro um
crente maduro se sentir ofendido. A ofensa procede de pessoas imaturas, mas um crente maduro não fica
pessoalmente ofendido de maneira nenhuma. Ele fica chateado com situações menos favoráveis, mas ofendido não.
Os maduros entendem que quando alguém peca contra eles, há coisas maiores em jogo do que seus próprios
direitos pessoais como, por exemplo; a glória de Deus e os interesses eternos do próximo. Jesus deixou-nos o maior
exemplo quando ao perdão: “E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas
vestes, lançaram sortes.” Lucas 23:34.

Quem ofende-se facilmente é porque revela ser muito orgulhoso. Paulo teve motivos para orgulhar-se pelo que era,
no entanto ele disse: “Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne,
ainda mais eu: Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo
a lei, fui fariseu; segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que
para mim era ganho reputei-o perda por Cristo.” Filipenses 3:4-7.

Querer ter razão e sempre levar a melhor em uma discussão são coisas para crentes imaturos e carnais! Paulo trocou
todos os privilégios humanos pelo reino dos céus. Ele não se tornou insolente, muito pelo contrário; ele parecia
animado com a notícia de que o evangelho estava sendo pregado. Isso é maturidade! Paulo disse: “Verdade é que
também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; uns, na verdade, anunciam a Cristo
por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas outros, por amor, sabendo que
fui posto para defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou
com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda.” Filipenses 1:15-18

3) Segue as opiniões humanas. A pessoa nova na fé tem a tendência de perguntar as coisas para outras pessoas mais
experientes, e isso é natural. Com isso, ela corre o risco de ter uma formação espiritual deficiente, se o seu
discipulador for imaturo. Quando a Palavra de Deus não é explorada corretamente, as tradições humanas tomam o
seu lugar. O crente é convidado à seguir a Palavra de Deus por ele mesmo e não o que os homens dizem. Quando a
minha alegria no Senhor já não é tão grande como a minha alegria por outras pessoas ou coisas do mundo, isso é
sinal de imaturidade espiritual, e que estou deixando Deus para segundo plano. Quando minha alma não deseja a
comunhão íntima com o Senhor através da oração e leitura da Palavra, isso é sinal imaturidade espiritual. Quando
meus pensamentos e meus momentos de ociosidade não se dirigem ao Senhor, isso é sinal de imaturidade
espiritual. Amigo, Deus espera que os crentes cresçam e apareçam no mundo! E Ele providenciou condições para
todos nós. Veja estes textos: “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus,
ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” Efésios 4:13.

“Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.”
Filipenses 1:6

Observe que o crescimento cristão não é sem objetivos. Nosso alvo maior é Jesus Cristo, não um pastor ou um irmão
mais experiente. Quantos crentes já fracassaram por buscarem um padrão de crescimento no homem. Quando o
homem falha, tudo vem abaixo. Diz a Palavra: “Assim diz o Senhor: Maldito o varão que confia no homem, e faz da
carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor." Somos desafiados a confiarmos no Senhor: “Bendito o varão
que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor”.

CONCLUSÃO

Concluo citando um trecho da pregação do pastor Dave Gibbons na “Conferência Radical”, que aconteceu nos
EUA. Ele disse acerca da unidade da igreja: “A razão pela qual o mundo nos olha e diz: ‘farsantes’ é porque pregamos
‘irmãos e irmãs’, ‘família’ e ‘coisas de unidade’ e nós realmente não vivemos isso”

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O Fruto do Espírito Santo

O fruto do Espírito é uma seleção de virtudes produzidas pelo Espírito Santo na vida daqueles que foram feitos novas
criaturas. Esse fruto resulta em uma conduta de vida integra e de acordo com a vontade de Deus. O fruto do Espírito
Santo é descrito pelo apóstolo Paulo em Gálatas 5:22,23.

O que é o fruto do Espírito?

Antes de falarmos sobre o fruto do Espírito, precisamos saber que nos versículos anteriores (Gálatas 5:19-21) o
apóstolo Paulo falou sobre os perigos das obras da carne. Essas obras são uma seleção de práticas pecaminosas
decorrentes da natureza decaída do homem.

O fruto do Espírito é mencionado dentro de um capítulo onde Paulo faz uma exposição acerca da liberdade que há
em Cristo. Ele fornece uma contraposição com as restrições impostas pelo legalismo que estava sendo pregado na
comunidade cristã da Galácia. Além disso, o apóstolo enfatizou que o julgo da Lei não é capaz de fazer com que
alguém viva de acordo com a vontade de Deus, mas que somente através do Espírito Santo o homem é capacitado a
viver uma vida que agrada ao Senhor.

O pano de fundo dos ensinos desse capítulo é a intensa luta entre a carne e o Espírito. O Espírito abomina os desejos
da carne, e a carne, por sua vez, rejeita as coisas em que o Espírito nos conduz. Assim, o fruto do Espírito é o bem
que nos faz vencer o mal. É o resultado natural de uma nova vida, uma vida regenerada, uma vida que reflete o novo
nascimento, a vida no Espírito.

Também é importante não confundir o fruto do Espírito com os dons especiais que o Espírito Santo concede a
algumas pessoas e que devem ser utilizados a serviço da Igreja de Cristo. O fruto do Espírito é um conjunto de
capacitações que todos os redimidos recebem.

Por que “fruto do Espírito” e não “frutos do Espírito”?

É interessante notar que quando o apóstolo fala dessas capacitações ele utiliza o singular, “fruto do Espírito”, ao
invés do plural, “frutos do espírito”. Já quando ele escreve sobre as práticas pecaminosas, ele utiliza o plural, “as
obras da carne”.

Muitas especulações já foram feitas na tentativa de explicar o porquê disto. A melhor de todas elas defende que isso
acontece porque, diferentemente das obras da carne, o fruto do Espírito é uma unidade. Isso significa que todas as
capacitações pertencem a um único fruto.

Não somos nós que produzimos esse fruto, mas o Espírito Santo que o produz em nós. Ele assim o faz de um modo
em que uma virtude está diretamente ligada a outra. Por tanto, essas virtudes são indivisíveis e juntas formam “o
fruto”. Pense em cada virtude como sendo gomos de um mesmo fruto.

Também facilita o nosso entendimento quando conseguimos entender que o amor é à base de todas as outras
virtudes citadas. Se não houver amor, é impossível que se tenha verdadeira alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Podemos dizer que o fruto do Espírito é o amor
seguido necessariamente pelas outras oito preciosas virtudes citadas.

A descrição do fruto do Espírito

Como já dissemos, imediatamente após descrever as obras da carne, o apóstolo Paulo descreveu o fruto do Espírito.
O apóstolo apresentou a seguinte relação representativa como sendo o fruto do Espírito:

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Amor

O amor é a base para todas as outras virtudes (cf. 1 Coríntios 13; Efésios 5:2; Colossenses 3:14). No mesmo capítulo
5 de Gálatas, Paulo já havia enfatizado a importância e necessidade do amor na vida dos verdadeiros cristãos
(Gálatas 5:6,13).

Paulo não foi o único a enfatizar a prioridade do amor na vida dos santos. O apóstolo João escreveu que “aquele que
não ama não conhece a Deus” (1 João 4:8; cf. 3:14; 4:19). O apóstolo Pedro também ressaltou esse princípio em sua
primeira epístola (1 Pedro 4:8). Claro que tudo isto reflete o ensino do próprio Jesus, onde Ele pessoalmente ensinou
que seus discípulos seriam conhecidos pelo amor demonstrado (João 13:34,35).

Alegria

A alegria é uma consequência direta do amor. Essa não é uma alegria superficial, nem mesmo significa a ausência de
aflições e dificuldades. Essa alegria é aquela que o apóstolo Pedro escreveu dizendo que é “inefável e gloriosa” (1
Pedro 1:8).

Essa alegria também é a mesma que o apóstolo Paulo sentia ao dizer: “entristecidos, mas sempre alegres” (2
Coríntios 6:10). A alegria produzida pelo Espírito Santo em nós, faz com que nos alegremos mesmo diante da dor,
pois somos capazes de compreender que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus
(Romanos 8:28).

Paz

No livro de Salmos aprendemos que aquele que ama a Lei de Deus possui grande paz (Salmos 119:165; cf. 29:11;
37:11; 85:8). Resultante do amor, essa paz é a marca de um coração sereno. ela é uma tranquilidade experimentada
verdadeiramente apenas por aqueles que são justificados mediante a fé (Romanos 5:1).

Quando alcançamos essa paz, inevitavelmente desejamos compartilhá-la, para que outros também a tenham
(Mateus 5:9). Pela cruz de Cristo é que hoje temos a genuína paz.

Longanimidade

A longanimidade é a paciência característica de quem foi regenerado, que nos preserva das típicas explosões de ira
tão comuns nas obras da carne (Gálatas 5:20). A paciência como fruto do Espírito Santo é fundamentada na
confiança de que Deus cumprirá suas promessas. Essa certeza não nos deixa cair em desespero (2 Timóteo 4:2,8;
Hebreus 6:12).

Benignidade

Sabemos que nosso Deus manifesta a benignidade (Romanos 2:4; 11:22; cf. Salmos 136:1). No ministério do Senhor
Jesus narrado nos Evangelhos, podemos claramente perceber tamanha benignidade demonstrada por Ele para com
os pecadores (Marcos 10:13-16; Lucas 7:11-17,36-50; 8:40-56; 13:10-17; 18:15-17; 23:24; João 8:1-11; 19:25-27).

Diretamente resultante do amor, somos aconselhados a demonstrar benignidade. Isso significa que não devemos
causar dor a ninguém (Mateus 5:43-48; Lucas 6:27-38).

Bondade

A bondade pode ser traduzida como a generosidade presente no coração e expressa nas ações daqueles que são
guiados pelo Espírito. É a excelência moral e espiritual produzida pelo Espírito Santo em nós que nos capacita a zelar
pela verdade e pelo que é correto. Essa bondade no leva a rejeitar tudo o que é mal e perverso.

Fidelidade

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A fidelidade em algumas traduções aparece traduzida como “fé”. Essa também é uma tradução correta do termo
grego utilizado. Porém, devido à clara relação com a bondade e a benignidade citadas anteriormente, a tradução que
mais se encaixa ao contexto é “fidelidade” ou “lealdade”.

Analisando a própria Epístola aos Gálatas, podemos perceber que faltava lealdade a muitos membros daquela
comunidade cristã, não só para com Paulo (Gálatas 4:16), mas para com o próprio Evangelho (Gálatas 1:6-9; 3:1;
5:7). Assim, fidelidade como fruto do Espírito não apenas se resume à lealdade para com os homens, mas
principalmente para com Deus e à sua vontade.

Mansidão

A Mansidão é o oposto da agressividade, da raiva, da violência. Sermos gentis uns para com os outros revela o fruto
do Espírito em nós, e nos faz ser imitador do nosso Senhor (Mateus 11:29; 2 Coríntios 10:1).

Domínio próprio

O fruto do Espírito pode ser visto na relação que alguém tem consigo mesmo. O domínio próprio também pode ser
traduzido como “temperança”. No sentido original, o termo grego descreve a capacidade de uma pessoa conter-se a
si mesma. Exercendo o domínio próprio, submetemos todas as nossas vontades à obediência a Cristo.

A importância do fruto do Espírito

É evidente o contraste entre as obras da carne e o fruto do Espírito. Diante da depravação da natureza humana,
sabemos que seria impossível ao homem exercer tais virtudes. É por isso que o Espírito Santo é quem nos capacita a
exercê-las. Portanto, demonstrar o fruto do Espírito em nossas vidas não é uma questão de auto-justiça ou mérito
próprio, mas de submissão à direção e domínio do Espírito Santo.

Em sua exposição sobre o fruto do Espírito, Paulo continua dizendo que “contra tais coisas não existe Lei” (Gálatas
5:23). Com isto ele quer dizer que não há qualquer restrição a esse modo de vida santo caracterizado pelo fruto do
Espírito Santo. Além disso, é vivendo assim que desfrutamos da verdadeira liberdade em Cristo.

Paulo também deixou claro que a única maneira de vivermos o fruto do Espírito em nossas vidas é através da nossa
união com Cristo. Essa união reflete nossa completa dependência d’Ele. Nós não somos capazes de exibir por nossa
própria força, essas virtudes que fundamentam o caráter cristão.

Assim, o apóstolo nos ensina que “os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com suas paixões e
concupiscências” (Gálatas 5:24). Jesus levou consigo na cruz a nossa natureza carnal. Portanto, nossa carne e os
desejos provenientes dela que nos escravizavam, foram crucificados com Cristo. O golpe fatal já foi dado! Deus já
providenciou tudo o que precisamos para vivermos em novidade de vida de uma forma que o agrada.

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Dons Espirituais e Ministeriais
Os dons espirituais são uma manifestação da graça de Deus concedida pelo Espírito Santo. Eles são fundamentais no
crescimento e desenvolvimento da Igreja, o corpo de Cristo.

Os dons estão a disposição de todos os santos. Contudo, precisamos buscá-los diligentemente. Devemos demonstrar
interesse e disposição, porque os dons espirituais não são para proveito pessoal.

Mas quais são os dons espirituais listados na Bíblia Sagrada?

Quais São os Dons Espirituais?

“Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vocês sejam ignorantes”.

“Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o
mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos”. (1 Coríntios 12:1, 4-6)

Os dons espirituais não devem ser um tabu na Igreja. Os cristãos não devem apenas saber sobre os dons, de uma
maneira geral como também, devem procurar descobrir quais possuem.

Como nosso Deus é extremamente criativo, ele dispôs uma grande variedade de dons ministeriais e espirituais.

Relação de Dons Espirituais: Romanos 12.6-8

Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na
proporção da sua fé.

Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua
generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria”.
(Romanos 12:6-8)

Profetizar – o cristão que possui esse dom espiritual é diferenciado. Os profetas possuem palavras investida de
grande autoridade sobre sua geração. Eles fazem uma diferença extraordinária em seus dias. Influenciando a
sociedade em que vivem e levando muitas pessoas a Jesus.

Servir – esse dom é referente ao serviço prático, como o prestado por Marta (Lucas 10.40), ou algum serviço
espiritual; Ensinar – aqueles que possuem esse dom espiritual, ensinam de forma eficaz, interessante e inovadora.

Dar ânimo – esse dom se manifesta na vida daqueles que diligentemente encorajam outros a permanecer na
caminhada cristã. Um bom exemplo de cristão com esse dom, é Barnabé o homem de Deus. Ele era profundamente
dedicado a encorajar outros cristãos.

Contribuir – há cristãos que são fundamentais para o financiamento no Reino de Deus. Eles contribuem não apenas
com suas finanças, mas com sua energia, tempo, talentos, etc. Estes cristãos têm prazer em contribuir para o
desenvolvimento e crescimento da obra de Deus na Terra. Eles fazem de forma recorrente a oração: “Venha o teu
Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. (Mateus 6:10); Liderar – Esse dom espiritual se
manifesta na vida daqueles que de alguma forma, lideram a obra de Deus com eficiência. Normalmente ele se
manifesta na vida dos diáconos, presbíteros e pastores. No entanto, de uma forma mais ampla refere-se a todos os
cristãos que lideram diversos setores na igreja, de forma eficiente.Percebe-se na vida daqueles que possuem esse
dom espiritual que sob sua liderança, a igreja ou seus setores apresentam considerável saúde e crescimento.
Mostrar misericórdia – o cristão que possui esse dom, normalmente está envolvido com obras de ação social na
Igreja.

Com frequência fazem visitas aos necessitados, presos, viúvas. Estão continuamente levantando fundos ou recursos
para auxiliar essas pessoas.

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Relação de Dons Espirituais: I Coríntios 12.7-11

A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum. Pelo Espírito, a um é dada a palavra
de sabedoria; a outro, a palavra de conhecimento, pelo mesmo Espírito; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro,
dons de cura, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de
espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas.

Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um,
conforme quer. (1 Coríntios 12:7-11)

A distribuição dos dons espirituais na Igreja, visam o crescimento e bem do corpo e do indivíduo.

1. Palavra de sabedoria – neste dom espiritual está envolvida a compreensão de verdades profundas de Deus.
Essa compreensão é dada mediante uma manifestação direta do Espírito de Deus.
2. Palavra de conhecimento – esse dom espiritual se manifesta na vida dos mestres. Estes são aqueles que
possuem um conhecimento diferenciado da palavra de Deus, e além disso são extremamente eficazes na
comunicação desse conhecimento.
3. Fé – a fé como dom espiritual não é a mesma fé salvadora, suficiente para a justificação.
A fé, aqui mencionada é um alto grau de fé, por meio da qual coisas extraordinárias são realizadas. Foi com
essa fé que o Senhor Jesus amaldiçoou a figueira, e ela nunca mais frutificou (Marcos 11.21).
4. Dons de cura – este dom se manifesta na vida de alguns cristãos para aliviar o sofrimento e a dor das
pessoas.
A doença não faz parte do plano original da criação, ela é fruto do pecado. O Senhor Jesus se utilizou
poderosamente deste dom. Para saber mais eu lhe encorajo a ler os 35 milagres de Jesus nos Evangelhos.
O dom de curar é uma evidência do desejo de Deus em restaurar a criação de uma forma completa.
5. Poder para operar milagres – este dom espiritual é bastante amplo. Ele inclui curas, expulsão de espíritos
malignos, provisão sobrenatural como a multiplicação de pães e peixes.
O Senhor Jesus, como detentor da glória de Deus e possuidor de todos os dons espirituais manifestou este
dom espiritual de diversas maneiras, no seu ministério.
6. Profecia – este dom espiritual envolve conhecimento prévio do futuro. Pode se manifestar, também na
ministração da palavra de Deus de uma forma diferenciada.
7. Discernimento de espíritos – o cristão que possui este dom espiritual sabe discernir claramente a
manifestação de espíritos enganadores. Além disso é capaz de expor estes espíritos a luz.
Um bom exemplo, é o apóstolo Paulo. Uma jovem, escrava e possessa por espirito de adivinhação seguia a
ele e Silas e continuamente declarava que eles eram servos do Deus altíssimo.
Aparentemente aquela era uma jovem que reconhecia os servos de Deus. Mas não! Paulo viu além e
expulsou o espírito maligno da moça (Atos 16.16-19).
8. Variedade de línguas – este dom espiritual pode manifestar-se de duas maneiras: línguas naturais e línguas
doa anjos.
Este se manifestou primariamente no dia de pentecoste. É um dom fantástico para a comunicação e
expansão do Evangelho.
9. Interpretação de línguas – assim como o dom de discernimento de espíritos a interpretação de línguas é
fundamental para a saúde da igreja.

O apóstolo Paulo proibiu o uso público das línguas na igreja, quando não houvesse intérprete (I Coríntios 14.27,28).

Relação de Dons Ministeriais: Efésios 4.11-14

E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e
mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até
19
que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a
medida da plenitude de Cristo.

O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para
cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. (Efésios 4:11-14)

O propósito dos dons espirituais não é para a promoção pessoal, é para “preparar os santos para a obra do
ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento
do Filho de Deus”.

I Pedro 4.10,11

Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas
múltiplas formas.

Se alguém fala, faça-o como quem transmite a palavra de Deus. Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê,
de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado mediante Jesus Cristo, a quem sejam a glória e o poder para

Conclusão

Os dons espirituais são uma ferramenta poderosa para o crescimento e desenvolvimento da obra de Deus.
Distribuídos pelo Espírito Santo, eles são instrumentos para a edificação da Igreja e não para proveito pessoal.

Os dons estão a disposição dos salvos em Cristo Jesus. Dessa forma, se você está fundamentado nele, há uma
diversidade de dons espirituais e ministeriais disponíveis para seu crescimento no Reino de Deus.

Como filhos de Deus, é desejo do nosso Pai dividir entre nós dons que sejam úteis para que o mundo o conheça cada
vez mais. Portanto, se você deseja dons busque a Deus e ele com certeza te ouvirá.

Batalha Espiritual parte 1


DOUTRINA DOS ANJOS [Bons]

A. Existência dos anjos:

1. Anjos são encontrados em trinta e cinco livros da Bíblia, e em duzentas e setenta e cinco referências.

2. Cristo ensinou a existência dos anjos (Mat 18:10; 26:53).

3. Os anjos são uma ordem distinta da criação e foi-lhes dado uma posição celestial, ou esfera, acima da esfera do
homem (Sal 8:5; Heb 2:7-9; Apo 5:11; 7:11).

4. Anjo significa "mensageiro".

Eles são sempre referidos através do gênero masculino.

Colossenses 1:15-17
Anjos não são uma raça, mas uma hoste (Exercito)
Eles são filhos de Deus (Jó 1:6), e não de outros anjos.
Foram criados num determinado momento, antes da criação do mundo físico (Jó 38:6,7).
Os anjos foram criados num estado de santidade (Judas 1:6).
Eles são inumeráveis (Heb 12:22).

Personalidade dos anjos [cada anjo é uma pessoa]

1. [têm] Intelecto (1Pe 1:12).

2. [têm] Emoções (Luc 2:13).


20
3. [têm] Arbítrio (resolução dependente da vontade) (Judas 1:6) -- capazes de deixarem o seu primeiro estado.

(1 Pedro 1:12;Lucas 2:13;Judas 1:6)

Natureza dos anjos:

1. São seres espirituais (Heb 1:14).

2. Não se reproduzem (Mar 12:25).

3. São masculinos exceto em Zac 5:9 (gênero feminino usado duas vEzes).

4. Não morrem (Luc 20:36).

5. São distintos dos seres humanos (Sal 8:4,5).

--Não são os espíritos dos mortos [embora os demônios finjam ser espíritos de mortos, no Espiritismo].

6. Possuem grande poder (2Pe 2:11).

1. Arcanjo -- Miguel cujo nome significa "Quem é como Deus" (Judas 1:9).

2. Anjos eleitos (1Ti 5:21).

3. Principados e potestades -- usado para todos os anjos e por vEzes só em relação aos anjos caídos (Efé. 1:21; 3:10).

4. Querubim -- ou criaturas viventes que defendem a santidade de Deus da poluição dos seres pecadores (Gên 3:24;
Êxo 25:17-20; Eze 1:1-18). Note também o propósito original para o qual Satanás foi criado (Eze 28:14).

5. Serafim (Isa 6:2-7) -- sempre adorando Deus.

6. O anjo de Jeová -- são usualmente aparições de Cristo no Velho Testamento.

7. Gabriel (Luc 1:19).

DOUTRINA DE SATANÁS

A. Sua existência:

1. Ensinada em sete livros do Velho Testamento {*} e reconhecido por todos os escritores do Novo Testamento. {*
Gên, 1Cr, Jó, Sal, Isa, Eze, Zac. Por exemplo, em 3:1; 21:1; 1:6; 109:6; 27:1; 28ss; 3:1, respectivamente}

2. Cristo reconheceu e ensinou a existência de Satanás (Mat 13:39; Luc 10:18 e 11:18).

B. Sua natureza:

1. Um ser criado (Eze 28:14,15) -- Portanto tem que responder perante seu criador.

2. Um ser espiritual (Efé 6:11,12).

3. Foi um Querubim (Eze 28:14).

4. O ser angelical mais elevado (Eze 28:12).

5. Limitações:

a. Ele é uma criatura e por conseguinte, não é nem onipotente, nem onipresente nem onisciente.

b. Pode ser resistido pelos salvos (Tia 4:7).

c. Deus lhe colocou certas limitações (Jó 1:12).

6. Traços da personalidade:

21
a. É um assassino (Joã 8:44a).

b. É um mentiroso (Joã 8:44b).

c. É um pecador confirmado (1Jo 3:8).

d. É um acusador (Apo 12:10).

e. É um adversário (1Pe 5:8).

C - Nomes principais:

1. Satanás -- adversário (2Co 11:14).

2. Diabo -- caluniador (Mat 4:1).

3. Serpente -- enganador (Apo 12:9).

4. Lúcifer --portador de luz (Isa 14:12) [Ver NOTA].

5. Maligno (1Jo 5:19).

6. Dragão (Apo 12:17).

7. Príncipe deste mundo (Joã 12:31).

8. O deus deste século (2Co. 4:4).

9. Acusador dos irmãos (Apo 12:10).

10. Belzebu -- príncipe dos demônios (Mat 12:24).

11. Belial (2Co 6:15).

D. Seu castigo:

a. Expulso da sua posição original do Céu (Eze 28:16).

b. No jardim do Éden (Gen. 3:14-15).

c. Na cruz (Joã 12:31).

d. Barrado totalmente o acesso ao Céu durante [a partir de a metade de] o período da Tribulação (Apo 12:7-13).

e. Confinado no abismo (Apo 20:2).

f. Lançado para dentro do Lago de Fogo (Apo 20:10).

Batalha espiritual parte 2


O Trabalho de Satanás relacionado com:
1. Deus:

a. Tenta opor-se ao plano de Deus em todas as áreas e por todos os meios possíveis.

b. Tenta falsificar o plano de Deus.

c. Tentou Cristo (Mat 4:3-11).

d. Possuiu o corpo de Judas para trair Cristo (Joã 13:27).

2. Descrentes:

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a. Cega-lhes as mentes (2Co 4:4).

b. Rouba-lhes a Palavra dos seus corações (Luc 8:12).

c. Usa descrentes para se opor ao trabalho de Deus (Apo 2:13).

d. Reuni-los-á para a batalha do Armagedon (Apo 16:13-16).

e. Atualmente engana-os (Apo 20:3).

3. Crentes:

a. Tenta os crentes para mentirem (Atos 5:3).

b. Acusa e calunia os crentes (Apo 12:10).

c. Pode impedir o trabalho de um salvo (1Te 2:18).

d. Tenta derrotar-nos através de demônios (Efé 6:12).

e. Tenta-nos para a imoralidade (1Co 7:5).

f. Semeia falsificadores entre os crentes (Mat 13:38,39).

g. Incita perseguição contra os crentes (Apo 2:10).

F. Defesas do crente contra Satanás:

1. Intercessão de Cristo (Heb 7:25; Joã 17:15).

2. Ter a atitude correta para com Satanás (1Pe 5:8 e Judas 1:8,9).

3. Estar vigilantes contra Satanás (1Pe 5:8).

4. Tomar uma atitude de resistência contra Satanás, mas por vezes devemos fugir (Tia 4:7 e 2Ti 2:22).

5. Usar a armadura espiritual (Efé 6:11-18).

Atividades dos demônios:

1. Em geral:

a. Tentam opor-se à obra de Deus (Apo 16:13-16 e Daniel 10:11-14).

b. Estendem a autoridade de Satanás (Efé 6:11,12).

c. Demônios podem ser usados por Deus para levar a cabo Seus propósitos (2Co 12:7; 1Ti 1:19; 1Co 5:5 e 1Sa 16:14).

2. Algumas em particular:

a. Podem infligir doença (Mat 9:33).

b. Podem possuir humanos (Mat 4:24).

c. Podem possuir animais (Mar 5:13).

d. Espalham falsa doutrina (1Ti 4:1).

e. Opõem-se ao crescimento espiritual dos filhos de Deus (Efé 6:12).

23
D. Possessão demoníaca:

1. Definição: Um demônio residindo dentro de uma pessoa, exercendo controle diretamente na mente/corpo dessa
pessoa.

2. Resultado: Doença física ou deficiência (Mat 9:32,33), desarranjo/perturbação mental (Mat 17:15).

3. Marcas de possessão demoníaca de Marcos 5 (o endemoninhado gadareno):

a. Habitado por um espírito imundo (verso 2).

b. Força física invulgar (verso 3).

c. Ataques de fúria (verso 4).

d. Desintegração ou divisão da personalidade (verses 6 e 7). O endemoninhado correu para Jesus para obter ajuda,
contudo gritava de medo.

e. Resistência às coisas espirituais (verso 7).

f. Poderes de clarividência (verso 7) -- sabia imediatamente quem Jesus era.

g. Alteração da voz (verso 9).

h. Transportação pelo ocultismo (verso 13) -- os demônios deixaram o homem e entraram nos porcos.

O que a Bíblia fala sobre batalha espiritual?


A Bíblia mostra que existe uma batalha espiritual entre os servos de Deus e os servos do diabo. Todo crente está
envolvido na batalha espiritual. Devemos resistir ao adversário mas não precisamos ter medo dele, porque Deus é
mais forte que todos os nossos inimigos.

A Bíblia diz que nossa luta não é contra seres humanos. A verdadeira batalha é contra forças espirituais malignas que
têm autoridade sobre nosso mundo (Efésios 6:11-12). O diabo que destruir a humanidade e ele não desiste quando
uma pessoa se converte. Por isso, precisamos estar prontos para lutar (1 Pedro 5:8-9).

O que é a batalha espiritual?

A batalha espiritual é nossa luta contra tudo que nos afasta de Deus. Os nossos três grandes inimigos são:

O diabo – ele governa as forças espirituais em rebelião contra Deus – João 10:10

O mundo – o mundo está amaldiçoado por causa do pecado, é dominado pelo diabo e tem muitas tentações – 1
João 5:19

Nossa velha natureza – todos temos certa tendência para pecar e precisamos lutar contra esses desejos errados –
Gálatas 5:16-17

Esses três inimigos podem atuar juntos ou separados contra nós. Não podemos culpar tudo apenas no diabo. Mesmo
quando somos influenciados ou tentados, se pecarmos, a responsabilidade é nossa. A Bíblia diz que devemos:

Resistir ao diabo – rejeitando suas mentiras e declarando a verdade da Bíblia – Tiago 4:7

Não nos contaminar com o mundo – escolhendo obedecer a Deus e não aos padrões do mundo – 1 João 2:15-17

Mudar nossos pensamentos – submetendo tudo a Deus, para que Sua vontade se torne nossa vontade – Romanos
12:2; 2 Coríntios 10:4-5

Como vencer a batalha espiritual?

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Boas notícias: Jesus já venceu! Na cruz, Jesus derrotou o diabo, o mundo e o pecado. Jesus até derrotou a morte,
quando ressuscitou. Por isso, a vitória é nossa (1 João 5:4-5).

Mas, mesmo sabendo que já foi derrotado, o diabo não desiste (Apocalipse 12:12). Por isso, precisamos vestir toda a
armadura de Deus (Efesios 6.10-17)

Além disso, precisamos orar. A oração é muito poderosa e nos aproxima de nosso Deus vitorioso. Ele nos orienta e
ajuda a vencer o mal com o bem (Romanos 12:21).

ÉTICA NA IGREJA

Ética é um código de procedimento adequado que devemos tomar perante a sociedade. Ela faz parte da ciência
filosófica que estuda a postura moral do que devemos ou podemos fazer, e também, o que estamos proibidos de
fazer. O conjunto desses códigos éticos se diz etiqueta. Ninguém nasce com ela como se fosse um instinto, mas é
adquirida ou conquistada por hábito a partir das relações coletivas dos seres humanos na sociedade onde vivem.

ÉTICA NA IGREJA

Em todo lugar existem regras sociais a se cumprir, e na igreja não é diferente:

“[…] Fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da
verdade.” (1Tm 3:15)

Quando falamos de ética na igreja, estamos falando do nosso comportamento nela: A igreja está no mundo, mas ela
não pertence ao mundo. Por isso, devemos tomar o máximo de cuidado para não trazer ensinos, costumes e
atitudes mundanas à igreja de Deus. Fomos salvos pela graça, não pelas obras; mas isto não significa que o Senhor
não se importa com as nossas obras. A Bíblia nos ensina claramente que a prática de boas obras é necessária na vida
dos que foram salvos, obtendo-se, assim, bons testemunhos que se associam com a verdadeira adoração. Entende-
se por obras: as atitudes corretas do cristão perante o seu Deus, para com igreja e para com o mundo.

Todos viemos do mundo, porém, mortificando as obras da carne com o novo nascimento em Cristo, devemos
adquirir costumes celestiais, não nos conformando com o mundo. As palavras de Pedro mostram que a ética do
mundo é vazia, como segue abaixo:

“Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua
maneira vazia de viver que lhes foi transmitida por seus antepassados” (1Pe 1:18 NVI)

As atitudes incoerentes de algumas pessoas na igreja denunciam a clara perda de seu rumo espiritual, ou a sua
inexistência, comportando-se como ovelhas desgarradas que não tem pastor. Por quê? Porque se recusaram a seguir
a Deus e a observar os Seus santos mandamentos, razão pela qual sentem um grande vazio espiritual que fazem
andar perdidos, mesmo na igreja.

“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a
impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a
bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se
deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso
de boas obras.” (Tt 2:11-14)

ATITUDES INCOERENTES

Ninguém faz o que quer, quando quer e do jeito que quer, seja no trabalho, na escola ou em qualquer outro local
público ou privado. Até em praças públicas pode haver regras, como por exemplo: não pisar na grama. Se em todos
25
os lugares há regras e obedecemos, seja por educação ou consciência, quanto mais devemos obedecer a disciplina
na igreja. JESUS fala a respeito da boa conduta relacionada a fé e salvação através da parábola do bom servo e do
mau (cf. Mt 24:45-51).

“Acaso, é para vós outros coisa de *somenos que o Deus de Israel vos separou da congregação de Israel, para vos
fazer chegar a si, a fim de cumprirdes o serviço do tabernáculo do SENHOR e estardes perante a congregação para
ministrar-lhe […]?” (Nm 16:9-10)

*Dicionário – Somenos: inferior; desprezível; ordinário; barato.

É óbvio que o verdadeiro adorador deve santificar o SENHOR, o santuário, e tudo o que nele está, e além do mais,
deve-se preocupar em não passar impressão de estar desprezando o que é santo. Às vezes, certas atitudes podem
ser interpretadas como proposital, ou de desprezo por outras pessoas, mas podem ser evitadas ou amenizadas com
um pouco de bom senso. Uma atitude incoerente pode atrapalhar a ministração de um culto, e poderá criar
desordens, ou até um tumulto durante o culto.

“Os seus sacerdotes transgridem a minha lei e profanam as minhas coisas santas; entre o santo e o profano não
fazem diferença, nem discernem o impuro do puro; e dos meus sábados escondem os olhos; e, assim, sou profanado
no meio deles.” (Ez 22:26)

RECOMENDAÇÕES PARA UM CULTO SOLENE, ESPIRITUAL, SÉRIO E ABENÇOADO

“Deus é Espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24)

O SENHOR, nosso Deus exige de nós um comportamento adequado, por isso, não devemos nos esquecer que
também temos regras a cumprir para com o SENHOR Deus e a Sua igreja:

“Guarda o pé, quando entrares na Casa de Deus; chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos,
pois não sabem que fazem mal.” (Ec 5:1)

10. Ao chegar no templo, procure sentar-se, sem deixar lugares vazios à sua frente. Deixe os bancos de trás para
os irmão que por algum motivo não conseguem chegar no horário. Não faz sentido sentar-se na última
fileira, sendo que os assentos mais à frente estão desocupados, principalmente nos dias em que o templo
está mais vazio. Essa atitude é comum e aceitável quando se trata de visitantes, porém, aos de Casa pode ser
interpretada como de desdém;
11. Procure não ocupar mais assentos do que o necessário para si mesmo sentar deixando objetos pessoais
sobre o assento ao lado, dificultando, assim, a acomodação dos irmãos que vêm chegando. Oremos para que
o Senhor nos abençoe com um templo mais espaçoso.
12. Evite chegar atrasado ao culto. Nós temos um grande compromisso inadiável com o nosso Salvador;
13. Preste bastante atenção à mensagem poderosa e cheia do Espírito Santo pregada do púlpito. A sua imediata
reação com améns, bem como o seu semblante e postura corporal podem influenciar muito ao bom
andamento do culto;
14. Tenha o bom senso procurando não cruzar a frente do pregador e dos ouvintes. Caso tenha que sair por
algum motivo emergencial, faça-o discretamente para não atrapalhar o louvor;
15. Controle-se. Não fique a conversar com alguém durante o culto, sob algum pretexto. Você pode deixar isso
para quando terminar o culto;
16. Evite sair do templo ou ir ao banheiro, sem necessidade, durante o culto. Banheiro de templo é para casos
específicos ou de emergências. Pessoas que no culto ficam entrando e saindo de banheiro estão doentes,
são viciadas nisso, estão se exibindo, ou não querem santificar o culto ao Senhor;

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17. Não cultive o hábito de se levantar para tomar água durante a ministração do culto. Faça isso antes ou
depois;
18. Procure ajudar a abrir a Bíblia aos irmãos que têm dificuldades. Pode haver no nosso meio muitos que não
tiveram oportunidade ao estudo, e por isso tem leitura precária;
19. Evite manusear o telefone celular ou outros objetos que não tem qualquer nexo com as atividades durante o
culto;
20. Sentar-se ou levantar-se bruscamente chama atenção e desconcentra a igreja na sua atividade. Portanto,
evite tais atitudes para não atrapalhar o bom andamento do culto;
21. Procure não falar de assuntos não cristão nas dependências do templo, antes, durante e depois dos cultos.
Se tiver algum assunto em especial fora do contexto bíblico e quiser conselhos, procure o pastor fora dos
momentos de culto para não desviar do nosso coração a alegria do Espírito dos momentos de louvor;
22. Carícia é diferente de carinho: Não há necessidade de demonstrar intimidades com o seu cônjuge na Casa do
Senhor. O acariciamento é íntimo e sensual – tal atitude não convém num ambiente santo como no templo
do Senhor. Isso é também desequilíbrio e falta de discernimento. Quanto aos irmãos da fé, é necessário
tratá-los todos com carinho e respeito e dignamente;
23. É totalmente reprovável mascar gomas, chupar balas ou comer qualquer coisa dentro do templo. A Casa de
Deus não é lugar para tais finalidades;

Na parábola das bodas em Mt 22:11-14, embora esteja o Senhor nos ensinando a respeito da salvação, podemos
verificar que a igreja que é a noiva de Cristo deve se apresentar dignamente vestida perante o Noivo JESUS.
Portanto, para os cultos, usemos um traje decente, e de bom gosto, sem propagandas, motivos ou frases; e
aproveite para cobrir tatuagens feitas nos tempos de ignorância – se tiver.

Apliquemos esses princípios para que o templo do SENHOR não seja profanado, e teremos um culto cristão
descente, e de qualidade. Não podemos perder o nosso fervor espiritual por causa da mornidão de alguns.

O TEMPLO DO SENHOR É DIGNO DE TODO O RESPEITO:

“Guardareis os meus sábados e reverenciareis o meu santuário. Eu sou o SENHOR.” (Lv 19:30);

“Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência” (Tt 2:7);

“Deus é sobremodo tremendo na assembléia dos santos e temível sobre todos os que o rodeiam.” (Sl 89:7);

“Fidelíssimos são os teus testemunhos; à tua casa convém a santidade, SENHOR, para todo o sempre.” (Sl 93:5);

“O SENHOR, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra.” (Hb 2:20);

“Não tendes, porventura, casa onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada
têm? […]” (1Co 11:22).

Consideremos que sempre há exceções quando se trata de irmãos que necessitam de cuidados especiais. Para não
correr o risco de cometer injustiças contra esses irmãos, procure não julgar o comportamento alheio, mas o seu
próprio.

“Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo
Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1Co 11:31-32)

CONSCIÊNCIA MORAL

A consciência é, entre muitas outras definições, a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. A
consciência moral é capacidade de discernir o certo do errado, o santo do profano. Essa capacidade dá ao homem a
liberdade de escolha, e consequentemente, assumir a responsabilidade pela sua escolha.

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NÃO CONFUNDAMOS A LIBERDADE COM FALTA DE EDUCAÇÃO

Há quem diga que é livre para pensar e fazer o que deseja, do seu próprio jeito, inclusive adorar a Deus (também do
seu próprio jeito). No entanto, uma pessoa socialmente adaptada, é uma pessoa que sabe que não se deve viver de
um jeito egoísta – goste ou não, uma pessoa equilibrada cede os seus passos gentilmente, com sabedoria e se
adequando a cada situação.

“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam. Ninguém busque o
seu próprio interesse, e sim o de outrem” (1Co 10:23-24)

O comportamento humano diante de Deus é um assunto que se originou nos tempos remotos. O SENHOR, nosso
Deus fez o homem como um ser moral, responsável, que tem consciência do que deve, ou não fazer.

Todo cristão conhece o seguinte trecho da oração:

“[…] Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6:9)

Também, é do conhecimento de todos que sempre existiram bons e maus adoradores:

Abel e Caim (cf. Gn 4:1-16);

Abraão e Ló (cf. Gn 18);

Maria de Betânia e Judas Iscariotes (cf. Jo 12:1-7).

Quando se fala, portanto, em conduta ideal do homem, em forma de agir, ou em comportamentos adequados,
sempre teremos, de um lado, o comportamento exigido por Deus, proposto pelo Criador, determinado pelo
Soberano Senhor dos céus e da terra, como, também, de outro lado, as propostas humanas de conduta e de
comportamento, fruto da rebeldia do ser humano e de seu estado pecaminoso – muitas vezes, erroneamente
chamadas de liberdade de expressão

O que está acontecendo em certos lugares é algo muito perturbador, que certamente faria qualquer homem sério
perguntar: “Que deus é esse de vocês, que recebe esse tipo de culto desprezível, deturpado e barato?” Mas,
lamentavelmente, isto tem se tornado comum em muitas congregações evangélicas. Atos de desprezo nos templos –
sejam propositais ou por ignorância e falta de boa educação, como: conferir mensagens no celular, dormir, brigar,
preencher palavras-cruzadas, jogar games, andarilhos tentando interromper o culto para pedir esmolas, moças
apreciando as próprias unhas, gente apoiando a mão, o cotovelo ou o pé no púlpito para conversar com outro irmão
ou pastor após o culto. Já vi até pessoas cortando unhas durante o culto! Essa falta de boa educação já havia sido
profetizada para a geração final em 2Tm 3:1-17. Que o SENHOR seja misericordioso para com essa gente!

“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso mesmo ceifará.” (Gl 6:7)

CONCLUSÃO

“Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá.” (Jo 2:17)

Os cuidados e zelos pelo templo do SENHOR também representam o nosso profundo temor e submissão a ELE. É
também o valor que damos ao templo que foi consagrado ao SENHOR. Todos os salvos têm uma parcela de
responsabilidade em zelar pela obra de Deus, e isso inclui a cooperação para a boa ordem no culto.

Entretanto, é necessário que cada um de nós sintamos angústia e preocupação pelas situações depreciáveis criadas
pelos próprios congregados nos cultos ao Senhor em nossas igrejas. Que se cumpra em nós a Palavra: “O zelo da tua
casa me consumirá”.

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