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da editora. Este livro foi revisado segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

DIREÇÃO GERAL
A. Lobato

EDITOR
Mauro Rocha

COORDENAÇÃO DE CRIAÇÃO
Paulo S. Rocha Jr.

DESIGN EDITORIAL
Camila Saldanha

COPIDESQUE
Rosemeri Melgaço

ASSISTENTE EDITORIAL
Regina Dias

3ª edição

M141c
MACEDO, Edir,1945
Como fazer a Obra de Deus / Edir Macedo
Rio de Janeiro; Unipro Editora, 2018. 3ª ed.
Atualizada de acordo com a nova ortografia

ISBN 978-85-7140-820-3
1. Vida Cristã
2. Escritores pentecostais
I. Título
CDD-248.48994

Unipro Editora
Estrada Adhemar Bebiano, 3.610 – Inhaúma
CEP 20766-720 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 3296-9300
www.unipro.com.br
Sumário

INTRODUÇÃO

Capítulo 1

CONDIÇÕES EM RELAÇÃO A DEUS

• A visão de Deus

• Esaú e Jacó

• O novo nascimento

• O nascido da carne

• O nascido do Espírito

• O sentido do nascimento

• O filho de Deus

• Autoridade no Espírito

• Virtudes do nascido do Espírito

• O Batismo nas águas

• Jesus e o ladrão

• O batismo com o Espírito Santo

• Como é o batismo com o Espírito Santo?

Capítulo 2

CONDIÇÕES EM RELAÇÃO A SI MESMO

• O servo

• O temor ao Senhor

• O deserto

• O pecado

• O altar ou o átrio

Capítulo 3

CONDIÇÕES EM RELAÇÃO AOS SEMELHANTES

• A paixão pelas almas

• A Igreja Primitiva

• O zelo da Casa do Senhor

• A sabedoria no uso da Palavra

• O Sacridício e a Fé
• A rebelião
“Assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros, tendo, porém,
diferentes dons segundo a graça que nos foi dada.”

Romanos 12.5,6
“Porque muitos são chamados,
mas poucos são escolhidos.”

Mateus 22.14
Introdução

Este livro tem por objetivo expor, biblicamente, a posição do servo diante do seu Senhor e diante do mundo, e

definir bem sua função no corpo da Igreja do Senhor Jesus Cristo.

Muitos pensam, erradamente, que a Obra de Deus é realizada apenas no altar. Ignoram o fato de que existe uma

multiplicidade de ministérios dentro da Igreja.

É preciso, no entanto, estar bem claro que é o Senhor que escolhe o servo e lhe dá o serviço.

Na Igreja primitiva, havia a preocupação de se saber qual seria a atribuição de cada novo convertido dentro da

comunidade, pois, à medida que a Obra se desenvolvia, havia necessidade de um número cada vez maior de pessoas

para o exercício de tarefas.

Isto aconteceu, por exemplo, na ocasião da distribuição diária dos alimentos. Naquela oportunidade, os 12

apóstolos se reuniram com a comunidade e disseram:

“Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa
reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao
ministério da palavra.”
Atos 6.2-4
Dentre os escolhidos para servir à mesa, Filipe e Estêvão foram os que mais se destacaram: o Espírito Santo usou

Filipe em Samaria e Estêvão como o primeiro mártir da Igreja do Senhor Jesus Cristo.

Mais tarde, o apóstolo Paulo ensinou aos cristãos de Corinto:

“A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois,
operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.”
1 Coríntios 12.28
Chama a atenção o fato de se ter, no ministério espiritual, o ministério de governo. Este trata da administração física

da igreja, isto é, os ministros da Palavra podem servir como conselheiros na administração dos bens da instituição, mas

não como administradores, pois sua tarefa na conquista e sustento das almas é imprescindível.

A Obra de Deus é como um corpo, e cada membro tem a sua função bem definida. Quando um membro não se afina

com os demais, todo o corpo sofre, e a Obra de Deus fica emperrada.

Aos cristãos de Roma, Paulo ensinou a diversificação de tarefas na Obra, e o que Deus espera de cada servo:

“Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós,
conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros, tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi
dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o
que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com
alegria.”
Romanos 12.4-8
Quando o servo não sabe qual é a vontade do seu Senhor, fica desorientado e, como consequência, inseguro na fé,

mas, tão logo tenha acesso ao conhecimento da vontade de Deus para sua vida, encontra forças e coragem para colocá-

la em prática. E, a partir daí, começam a acontecer suas conquistas pessoais, visando à glória de Deus.

Infelizmente, por falta de informações, orientação segura ou até mesmo pela falta do uso da inteligência aliada à fé, a

maioria dos servos acaba tomando atitudes motivadas exclusivamente pelas emoções. Em virtude disso, surgem os

fracassos e as frustrações, porque a suposta fé não corresponde às expectativas.


“Visto que a justiça de Deus se revela no
evangelho, de fé em fé, como está escrito:
O justo viverá por fé.”

Romanos 1.17
Capítulo 1

Condições em

relação a Deus
S e um cego for apresentado à luz do sol ao meio-dia, conseguirá enxergar? Não. Por quê? Porque é cego. O problema

é a falta de luz nem a falta dos olhos, mas sua deficiência física. O maior problema do ser humano está justamente

na sua deficiência de visão espiritual.

O mesmo se dá em relação aos candidatos à Obra de Deus que não nasceram do Espírito. Antes que tenham uma

experiência pessoal com o Senhor, é pura perda de tempo tentar ensiná-los a fazer a Sua Obra, pois como pode alguém

se colocar na posição de servo sem realmente ser? Ou como pode alguém tentar servir ao Senhor, se ainda não foi

incorporado no corpo de servos?

Fazer a Obra de Deus significa executar a Sua vontade. Mas como realizar a vontade dEle, se a vontade própria é

soberana? Primeiro há que se renunciar a si mesmo e isso só é possível quando se morre para a própria carne e para o

mundo. E nem sempre as pessoas estão dispostas a este tipo de sacrifício!

Primeiro, as pessoas têm que ser chamadas e escolhidas pelo Senhor Jesus. Isto só acontece quando há um novo

nascimento; o nascimento da água e do Espírito Santo.

O presente capítulo pretende trazer à baila as condições básicas necessárias para uma pessoa se candidatar ao

ministério da pregação do Evangelho. Condições operadas apenas pelo próprio Deus, através do Espírito Santo.

A visão de Deus

Como nem todos os filhos têm a visão do pai biológico, assim também acontece em relação aos filhos de Deus, pois

nem todos têm recebido a Sua visão. Muitas devem ser as razões, mas pode ser que a principal delas esteja relacionada ao

objetivo pessoal que cada um tenha no coração. Se, por acaso, o filho tem objetivos puramente pessoais, como boa

qualidade de vida para si e a família, conforto material ou qualquer outro intento individual, fica muito difícil para o

Senhor dotá-lo com Sua visão, visto que esta é direcionada para o todo, para a coletividade e não para um ou outro.

Muitos jovens estudantes me perguntam se deveriam ou não interromper os estudos para fazerem a Obra de Deus no

altar. A pergunta em si já traz a resposta: eles não se definiram ainda em servir a Deus! Se estivessem decididos em tomar

tal decisão, não teriam feito a pergunta; ao contrário, já estariam no altar.

O que ainda norteia seus corações é a dúvida se irão servir a si mesmos ou a Deus. Se por um lado o diploma pode lhes

garantir um futuro promissor, por outro há sempre o sentimento de fé de querer servir a Deus.

Eu lhes tenho feito conhecer o meu testemunho e a minha experiência pessoal com Deus, e deixado que cada um

responda a si mesmo, antes de se engajar na Obra, pois o Senhor Jesus disse:

“Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus.”
Lucas 9.62
A verdade é que a chamada e a escolha de Deus envolvem a fé pessoal, e cada um mostra sua fé à medida que toma

atitudes de acordo com a Palavra de Deus.

Muitos têm acreditado na sua chamada, e outros crido. Os que acreditam hoje podem vir a desacreditar amanhã, por

causa das dificuldades. Porém, os que creem jamais pensam em voltar atrás; aí está a diferença entre acreditar e crer.

No passado, quando o Senhor Deus escolheu servos, foi para um fim proveitoso de todos e não de uns poucos. Sua

visão é dada para aqueles cujas vidas vão servir como instrumentos para o benefício da coletividade. Então, faz-se

necessário que os interesses dos servos estejam afinados com os do Senhor; do contrário, nada será feito.

Na oração ensinada, e no próprio exemplo, o Senhor Jesus mostra como o servo deve agir diante de seu Senhor:

“Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6.10); “Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo,

não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22.42); “Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para

fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hebreus 10.7).

Ora, fica claríssimo o desejo de Deus para Seus servos: façam a Minha vontade, da mesma forma como o Meu Filho a

fez. Mas será que a vontade dEle é que todos sejam pastores, que todos estejam no altar?

Claro que não! Mas todos os Seus seguidores devem ter consciência de viver em função do benefício dos demais!

Assim como Ele viveu em função da Sua Igreja, ela deve viver em função dEle. Como? Renunciando aos seus objetivos

pessoais para pensar nos do seu semelhante.

Imagine, por exemplo, se cada discípulo pensasse no seu semelhante e o conquistasse para o Senhor Jesus. No dia

seguinte, haveria o dobro de discípulos e no segundo dia o dobro do dobro … Assim sendo, o mundo de hoje seria

melhor do que o de ontem e seguiria cada vez melhor. Mas o grande problema é que o egoísmo tem tomado conta até

mesmo dos cristãos. “Cada um por si e Deus por todos” tem sido o lema de muitos.
Infelizmente, o cristianismo atual tem revelado cristãos mais comprometidos consigo mesmos do que com os

semelhantes. A Igreja primitiva tinha uma concepção bem diferente da de hoje, conforme diz o texto sagrado:

“Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía;
tudo, porém, lhes era comum.”
Atos 4.32

Esaú e Jacó

A história de Esaú e Jacó reflete muito bem a situação de muitos jovens dentro da igreja hoje. Por ser o primogênito,

Esaú tinha não só o direito e o dever de substituir seu pai, Isaque, na condução de sua família, mas, sobretudo, o de ser o

próximo patriarca.

A porção dobrada da herança do pai era apenas um detalhe a mais dentro da expressiva grandeza da primogenitura.

Um patriarca era uma espécie de apóstolo na construção de uma nação santa, distinta de todas que havia na face da

Terra. Distinta por causa da fé assumida no Deus vivo, por causa do direito e da justiça entre seus cidadãos e, finalmente,

por causa da sua qualidade de vida, diferenciada de todo o resto da humanidade.

A orientação divina, apoiada nos mandamentos, criaria uma consciência temente a Deus e, consequentemente, o

respeito entre seus cidadãos, evitando assim a corrupção espiritual e moral.

A partir dessa estreita comunhão com Deus e com o semelhante, seria gerada a qualidade de vida em toda a nação.

Esta,aliás, é exatamente a proposta apresentada pelo Senhor Jesus aos Seus seguidores, quando diz: “Eu vim para que

tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10).

A nação santa, edificada pelo patriarca naqueles tempos, é hoje edificada pelos apóstolos do Senhor Jesus e é

chamada de Reino de Deus, e o mundo pagão daqueles tempos é o mundo religioso de hoje. A diferença de vida dos

cidadãos da nação santa e a vida dos pagãos e religiosos daquele tempo e os de hoje tem que ser notória, clara e

transparente.

Só assim se configurará o verdadeiro Deus, o Deus de Abraão, de Isaque e de Israel. Os pagãos tinham, e têm, muitos

deuses. Apesar disso, a qualidade de vida que possuíam continua refletindo a impotência destes.

Todas as promessas de Deus a Abraão eram, pelo direito da primogenitura, repassadas ao primeiro filho do sexo

masculino. Toda autoridade, por exemplo, conferida a Abraão, foi transferida para Isaque e dele para o seu primogênito.

O patriarca era a autoridade máxima de Deus na Terra; a palavra de bênção ou maldição proferida pelos seus lábios

era como se o próprio Deus a determinasse. Isto pode ser conferido ao longo da história do povo de Israel.

Abraão foi o primeiro referencial do único Deus vivo e verdadeiro, para testemunho a todas as nações do mundo. Em

função disto, ele teve o alto privilégio de ser um tipo do Senhor Jesus na sua época.

Apesar de Ismael ter nascido primeiro, não pôde herdar a primogenitura, em virtude de ter nascido na condição de

escravo, pois os nascidos de escravas eram naturalmente escravos também.

Em seguida veio Isaque, seu filho único – uma vez que Ismael era filho dele com uma serva. Portanto, viver na fé de

Abraão significa ter os mesmos direitos e privilégios dele, diante do seu Deus.

Daí a razão pela qual o Espírito Santo, através de Paulo, diz: “Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão”

(Gálatas 3.7).

O nome de Esaú seria referencial do Deus único e verdadeiro e estaria no nível do nome de seu pai, Isaque, e de seu

avô, Abraão.

A referência ao Deus de Israel deveria ser “ao Deus de Esaú”, mas, por causa de um prato de lentilhas, ele entrou para

a história da fé cristã como um derrotado; apesar de, com lágrimas, ter tentado recuperar a bênção que era sua por

direito, mas era tarde demais.

A razão do seu fracasso foi o desprezo pela parte espiritual que lhe cabia. Sua visão era muito restrita e se limitava

apenas à parte física. Diante disto, seus valores eram avaliados de forma física.

Sendo assim, foi facilmente vencido pela fome e, em razão dela, rendeu-se a um prato de comida. A maioria dos

fracassos na vida se deve a decisões tomadas em função apenas dos sentidos.

Esaú desprezou seu direito à primogenitura e, consequentemente, a glória de Deus, por contar e confiar na sua

capacidade, no seu talento, na sua coragem e, sobretudo, na sua força física. Vencido pela fome, acabou negociando sua

unção.
Esaú é identificado como homem do campo e perito caçador. Isto é suficiente para se ter o perfil do seu caráter: forte,

corajoso, habilidoso no seu trabalho e famoso, uma vez que, naquela altura, quando os animais ferozes andavam à solta,

aqueles que os superavam eram tidos como heróis.

Nasceu para reinar, mas acabou entrando para a História como um fracassado. Suas lágrimas de arrependimento não

foram suficientes para recuperar a bênção perdida. Há oportunidades na vida que acontecem uma única vez; se

perdidas, não há mais chance de reavê-las.

Diz o texto sagrado:

“Tinha Jacó feito um cozinhado, quando, esmorecido, veio do campo Esaú e lhe disse: Peço-te que me deixes comer um pouco desse
cozinhado vermelho, pois estou esmorecido. Daí chamar-se Edom. Disse Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. Ele
respondeu: Estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de primogenitura? Então, disse Jacó: Jura-me primeiro. Ele jurou e
vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó. Deu, pois, Jacó a Esaú pão e o cozinhado de lentilhas; ele comeu e bebeu, levantou-se e saiu.
Assim, desprezou Esaú o seu direito de primogenitura.”
1 Gênesis 25.29-34
Esaú tipifica as pessoas nascidas da carne. Estas, por não serem espirituais, não têm discernimento espiritual. Ele

contava com sua força física e sua coragem para enfrentar qualquer situação difícil, inclusive animais ferozes, ou seja,

contava com sua capacidade física, e não espiritual, razão pela qual desprezou a primogenitura.

Perdeu a coisa mais importante da vida, por ser um homem carnal e não saber discernir o tesouro escondido por trás

daquele direito.

Esta é a grande desvantagem dos nascidos da carne! É por isso que temos insistido no novo nascimento. Os nascidos

da carne são carnais e, por não serem espirituais, não podem entender as coisas de Deus.

Para eles, o que importa é o imediatismo, a visão dos olhos físicos, e não dos olhos espirituais. Mas os olhos físicos

veem apenas a matéria, e nada além dela.

Enquanto isso, os nascidos do Espírito, que são espirituais, têm olhos para enxergarem muito além das coisas físicas. É

por isto que o Senhor Jesus diz:

“Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”
João 3.5
Os nascidos da carne não têm visão e nem conseguem perceber o resultado final de uma escolha ruim, à semelhança

de qualquer pessoa que vive distante de Deus. Eles acabam colhendo os frutos ruins das más escolhas feitas. E as más

escolhas se devem ao desprezo pelos conselhos divinos.

Esaú estava desesperadamente faminto, mas não a ponto de morrer! Seu pai era muito rico e jamais permitiria que seu

filho predileto morresse de fome. Até porque, como primogênito, tinha uma missão a cumprir em lugar de seu pai.

Seu maior problema foi, verdadeiramente, o desprezo pelo dom de Deus, ou seja, a bênção da primogenitura não era

apenas um direito herdado de forma natural, mas a autoridade de seu pai, recebida de seu avô, dada pelo próprio Deus.

Enfim, o desprezo de Esaú foi dirigido mesmo a Deus! Sem ter consciência, ele subestimou a autoridade que Deus lhe

havia outorgado.

É o caso de muitos jovens cristãos, universitários, que um dia foram chamados e escolhidos para serem pescadores de

almas, mas, movidos pela fome do sucesso econômico e da glória deste mundo, acabaram desprezando o privilégio de

serem servos de Deus, para se tornarem servos de si mesmos.

Alguns têm postergado a chamada divina porque querem se garantir com uma profissão, no caso de sua autoridade

espiritual não funcionar.

O novo nascimento

O novo nascimento é a primeira exigência para se candidatar à Obra de Deus, para Lhe servir no altar ou no átrio. Um

coração ambicioso, egoísta e egocêntrico, por exemplo, jamais pode servir como instrumento do Espírito Santo.

Para se servir a Deus, é preciso, acima de tudo, ter o caráter de servo e não fingir ser servo, pois Aquele que sonda os

corações conhece os que Lhe pertencem, enquanto o pai da mentira também conhece os seus.

O Senhor Jesus só é Senhor dos que Lhe servem; assim sendo, o servo de Deus obrigatoriamente tem que ter a Sua

natureza, para estar em condições de Lhe servir. Do contrário, é impossível.

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