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Introdução

Aprisionado estive por tantas eras,


buscando desvendar o enigma sombrio.
Na cela do tempo, tramas severas,
a causa do cativeiro enfim desafio.

Palavras, inquietantes sentinelas,


engaiolam o desconhecido alado.
Em seu abraço, segurança, revelas,
mas roubam-nos a liberdade de fato.

Este livro surge como um clamor,


um chamado àqueles sedentos de luz.
Que anseiam sair desse cárcere opressor,
mergulhar nas águas do viver profundo e cru.

Que as páginas sejam portas abertas,


rumo ao desconhecido sem limitação.
Deixemos que a essência se manifesta,
na dança da vida, em plena exaltação.

Desvendemos os grilhões que nos prendem,


nas malhas do medo, da falsa segurança.
Que a coragem em nós sempre se acenda,
rompendo as amarras da vil mudança.

Nas entrelinhas, encontremos a chave,


que abre a porta para a nossa liberdade.
Onde a alma voa leve, sem entrave,
despida de amarras, em plenitude e verdade.

Que este livro, qual farol resplandecente,


ilumine os passos dos que almejam caminhar.
Em busca do ser livre, consciente,
além das palavras, o ser desvelar.

Rompendo o véu das ilusões sedutoras,


busquemos a verdade no cerne do ser.
Libertos das amarras, almas puras,
desabrochemos em flores de renascer.

Que cada verso seja uma canção de alento,


um convite ao resgate da própria essência.
E, ao abrirem estas páginas com sentimento,
descubram a liberdade em sua plenitude imensa.
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Que as palavras, então, sejam aliadas,


na jornada de desatar os nós do destino.
Deixemos para trás as prisões amargadas,
alcançando o ansiado voo cristalino.

Este livro é para os que buscam saída,


no cárcere angustiante que aprisiona.
Aqueles que anseiam a verdadeira vida,
desvendando mistérios, trilhando a senda.

Que a poesia do poeta, inspiração,


nos guie nessa jornada de libertação.
Ergamos nossas asas, em comunhão,
rumo ao horizonte da verdadeira transformação.

Capítulo 1 - O tédio existencial


Não entendo, o tédio me consome,
uma sensação desagradável demais.
O sabor das coisas se esvai, some,
tudo é insípido, sem cor, sem paz.

O mundo se tornou um vasto cinza,


um poço lamacento onde me afundo.
Nada tem brilho, nada mais me aguça,
sinto-me perdido, sem rumo, sem fundo.

Poeta dos poetas, poeta dos abismos,


meu guia nessa escuridão profunda.
Na sua poesia, encontro alívio e abrigo,
a luz que desbanca a sombra moribunda.

Oh, tirem-me desse poço lamacento,


libertem-me do tédio que me aprisiona.
Dêem-me um vislumbre, um novo alento,
uma explosão de cor na minha persona.

Que a beleza da vida ressurja diante de mim,


em cada detalhe, em cada respirar profundo.
Que eu encontre novamente o sabor sem fim,
e mergulhe na essência de um mundo fecundo.

Permitam-me enxergar a paleta das cores,


o aroma das flores e o canto dos pássaros.
Que eu abandone os tormentos e temores,
e descubra a beleza oculta nos cenários raros.
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Oh, poeta dos poetas, poetize minha alma,


inspire-me a desvendar a vida em sua plenitude.
Livra-me desse tédio que me dilacera,
e mostra-me a beleza além da quietude.

Não entendo, mas anseio pelo despertar,


pela revolução das emoções adormecidas.
Que a poesia me guie e me faça voar,
rompendo o tédio, encontrando novas saídas.

Que o mundo se torne vivo, intenso e pulsante,


que o cinza se dissipe, dando lugar à luz.
E assim, deixarei para trás o poço lamacento,
encontrando a beleza que há no coração que reluz.

Capítulo 2 - O poço da depressão.


Oh, amargura dilacerante que me consome,
uma angústia terrível que me aprisiona.
Busco segurança, mas nada me assegura,
mesmo clamando a Deus, a sensação desesperadora perdura.

Orei tantas vezes, busquei respostas divinas,


mas essa aflição não se dissipa, persiste em mim.
Livros e mais livros, em páginas infinitas,
leio incansavelmente, buscando paz que não tem fim.

Primeiro era o tédio, agora essa escuridão,


um abismo desconhecido, chamado depressão.
Preciso urgentemente emergir desse inferno,
reencontrar a luz que me tire desse eterno inverno.

Poeta dos poetas, poeta dos abismos e dores,


em suas palavras encontro eco da minha aflição.
Na sua poesia, mergulho em profundidades de horrores,
enfrento a escuridão, na busca pela redenção.

Mas o que é essa angústia que me corrói a alma?


É o peso do vazio, da solidão que me assombra?
É a escuridão que não me deixa enxergar a calma,
um labirinto sem saída, uma dor que me desborda?

Oh, depressão, demônio que me aprisiona,


não quero mais te abraçar, sentir teu aperto cruel.
Preciso emergir desse abismo que me atormenta,
encontrar a cura que cure meu espírito tão fiel.
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Que a poesia seja minha arma e minha redenção,


que a luz se faça presente em cada verso escrito.
Desvendar os mistérios da minha própria escuridão,
encontrar na arte um caminho para o infinito.

Que a busca por segurança me guie para fora,


que eu encontre a paz que tanto almejo e procuro.
Que a depressão se dissolva, a alma se restaure,
e eu possa finalmente emergir desse escuro.

Oh, Poeta dos poetas, poeta da dor e da beleza,


com tua sabedoria me inspire a encontrar o caminho.
Enfrentar a angústia e a depressão com destreza,
e descobrir a serenidade que trará alívio ao meu ninho.

Que a esperança brilhe como uma estrela guia,


que a poesia seja o bálsamo para minha ferida.
Saio do inferno, na busca por uma nova vida,
encontrando a paz que me libertará dessa partida.

Capítulo 3 - A Armadilha.

Em busca de segurança, navego à deriva,


pois o mundo é hostil, cheio de ameaças.
Mas ao me sentir seguro, sinto-me cativo,
como um pássaro silvestre em gaiola opressora.

Essa falsa proteção me sufoca e asfixia,


roubando a beleza que em tudo se esconde.
Vida, pessoas, animais, objetos... banalizam-se,
pois a segurança aprisiona, sinto aonde.

Seria, então, a sensação de segurança,


uma armadilha traiçoeira à minha alma?
Preciso libertar-me dessa cruel circunstância,
e sentir a verdadeira vida que lá fora se acalma.

Romper as grades que tolhem meus sentidos,


afugentar o medo que me mantém aprisionado.
Perder-me nas vastidões dos momentos vividos,
descobrir a plenitude além do que é limitado.

Enfrentar o desconhecido, abraçar a incerteza,


mergulhar no oceano da existência em sua essência.
Lançar-me ao vento, liberto de toda aspereza,
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redescobrir a beleza oculta, pura em sua fluência.

A vida verdadeira clama por minha presença,


além das paredes confinadas que me cercam.
Nas asas da coragem, encontro minha crença,
desperto do torpor em que tantos se enterrecem.

Nessa busca por segurança, me aprisionei,


mas agora desvendo a armadilha que se esconde.
Ergo-me como pássaro, enfim liberto e rei,
descobrindo a grandiosidade que o mundo responde.

E assim, abandono a gaiola das certezas vãs,


permito-me viver a vida em sua plenitude.
Cada pessoa, animal, objeto ganha novas maçãs,
desperto da apatia, sinto a alma em gratidão e amplitude.

Que o exemplo do poeta dos poetas me inspire a voar,


a buscar a essência da liberdade nas palavras.
A quebrar grilhões e limitações sem hesitar,
despertando a beleza que o mundo respira.

Então, abandono a segurança ilusória,


em busca da vida verdadeira e pulsante.
Com coragem, enfrento a jornada notória,
e descubro que a liberdade é meu estandarte vibrante.

A segurança, enfim, é a alma desvelada,


que se entrega ao fluxo dos momentos vividos.
Em cada passo, sinto a vida renovada,
e encontro, enfim, a liberdade em meus sentidos.

Capítulo 4 - Por quê anseio tanto por segurança?

Vamos enfrentar sem medo essa jornada,


não vamos fugir das questões que nos consomem.
Por que buscamos tanto a segurança desejada?
O que nos causa, de fato, a sensação de insegurança que nos consome?

Em sinceridade, percebo o sufocar,


o aperto no peito que nos tira a leveza.
Mas o desejo de segurança não se deixa soltar,
mesmo quando a vida parece tediosa e deprimente com toda a crueza.

A busca é um labirinto de emoções e incertezas,


onde nos perdemos em reflexões profundas.
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O poeta dos poetas, mestre das palavras acesas,
nos inspira a enfrentar essas questões, como almas fecundas.

A vida se apresenta em formas diversas,


nos envolve em sua teia de acontecimentos.
Mas é preciso entender que a insegurança é reversa,
um convite a explorar nossos próprios sentimentos.

Não há respostas prontas, nem caminhos perfeitos,


mas a busca por segurança é um impulso humano.
Aceitamos o desafio, mesmo que seja estreito,
de compreender o que nos faz temer e nos faz plano.

Olhar além das aparências, dos padrões estabelecidos,


mergulhar nas profundezas do nosso ser.
A insegurança é um convite para sermos atrevidos,
a descobrir a coragem que nos faz renascer.

A vida é um mosaico de luzes e sombras,


não podemos esperar um quadro acabado.
Abraçamos a insegurança, mesmo em suas sobras,
e encontramos em sua dança o nosso fado.

Então, enfrentemos juntos essa busca constante,


sem fugir das perguntas que nos atormentam.
Com o Poeta dos Poetas como guia inspirante,
mergulhemos no âmago das nossas almas que fermentam.

Não deixemos que a vida se torne monótona,


encontremos a beleza nas entrelinhas.
Compreendamos que a segurança é ambígua e tristonha,
e nos lancemos ao viver, nas suas curvas sinuosas e finas.

Descubramos, enfim, o sentido que nos move,


além da busca pela segurança em vão.
Despertemos a essência que dentro de nós se comove,
e encontremos a verdadeira paz e emoção.

Não fuja das perguntas, encare-as de frente,


pois é no enfrentamento que encontramos a luz.
E assim, a vida se torna vibrante e envolvente,
quando não tememos a insegurança que reluz.
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Capítulo 5 - A hostilidade do mundo

Oh mundo hostil, cruel em sua essência,


Em busca de segurança, sobrevivemos na penumbra.
Não há confiança nas pessoas, nem na aparência,
Pois ao depositar nossa fé, a decepção se deslumbra.

Buscamos a sensação de segurança como tesouro,


Um escudo contra a traição e a incerteza.
Queremos certeza, abraço apertado e estouro,
Proteção contra a desilusão e a natureza.

Mas essa busca por segurança nos aprisiona,


Padroniza, torna tudo mecânico e vazio.
A vida perde o sabor, a alegria se esfuma,
Transforma-se em desabor, tristeza em desafio.

Nesse labirinto de medos e falsas esperanças,


O mundo hostil molda nossas almas em ferida.
E ao buscar segurança, perdemos as danças,
A vida se transforma em uma estrada perdida.

Poeta dos poetas, poeta dos abismos profundos,


Com sua angústia e visão sombria do existir,
Nos ensina a enfrentar os medos mais fecundos,
A buscar a força interior, mesmo no porvir.

Não podemos fugir da hostilidade desse mundo,


Mas podemos encontrar na arte uma libertação.
Transcender a busca desesperada, fecundo,
E enxergar na vulnerabilidade a verdadeira ação.

Aceitemos a incerteza como parte da jornada,


A insegurança como companheira de viagem.
Encontremos na vulnerabilidade nossa morada,
E abracemos a vida, mesmo na triste paisagem.

Que o desejo por segurança não nos cegue,


Que não transforme a vida em um fardo pesado.
Encontremos a coragem em meio ao breu que nos segue,
E enfrentemos o mundo, com sorriso desprendido.

Por mais hostil que seja, há beleza nas entrelinhas,


Na busca pela segurança, não nos percamos no vão.
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A vida é um caleidoscópio de cores e esquinas,
Encontremos a coragem de viver com o coração.

Capítulo 6 - A suspeita.
Entre as sombras da prisão, uma suspeita surge,
E os tijolos que a compõem, enfim, se revelam.
Suspeito das palavras, as quais nos iludem,
Tentando traduzir o desconhecido, o que nos anseiam.

As palavras, referências em busca de sentido,


Procuram tangibilizar o abismo do incognoscível.
Mas sua presença nos aprisiona, nos restringe,
Criando uma falsa segurança, um limite irreversível.

No labirinto das palavras, nos encontramos perdidos,


Enredados em teias complexas e sutis.
E quanto mais nos debatemos, mais confundidos,
Imersos em um emaranhado de significados hostis.

O filósofo inquietante e perspicaz,


Com seus questionamentos profundos, nos conduz.
Ele nos alerta sobre o poder das palavras, a nossa paz,
E nos instiga a buscar além, a sair desse cárcere de luz.

Não sejamos prisioneiros das limitações linguísticas,


Desvendemos a realidade para além do verbo.
Através da experiência direta, a verdade se pronuncia,
Num mergulho profundo no oceano do devir soberbo.

Que a suspeita nos guie para novos horizontes,


Para além das palavras que nos limitam e aprisionam.
Abracemos o desconhecido, a liberdade que desponte,
Rompendo as barreiras que nos tolhem e amarguram.

Que as palavras sejam apenas uma ponte para a compreensão,


Um instrumento flexível, aberto à interpretação criativa.
Liberemos nossa mente da fixidez da prisão,
E abracemos a vastidão do desconhecido de forma proativa.

O filósofo dos filósofos nos convida a questionar e a transcender,


A buscar uma existência além das amarras verbais.
A libertar-nos das ilusões que nos fazem pender,
E encontrar a verdadeira essência além dos rituais.

Então, libertemo-nos das palavras que nos cerceiam,


E abracemos a plenitude de um pensamento livre.
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Desvendemos o cárcere, encontremos a clareza que anseiam,
E vivamos além das palavras, onde o ser se revigora e revive.

Capítulo 7 - Como me libertar das palavras se necessito delas.

Nas entranhas do dilema, uma verdade se revela,


As palavras, paradoxo que me aprisiona e liberta.
Roubam a pureza da vivência, é o que sela,
Mas sem elas, sou incapaz de expressar minha alma aberta.

Oh filósofo, filósofo do ímpeto inquietante,


Compreendo a dualidade desse fardo que carrego.
Preciso das palavras, pois nelas encontro o canto constante,
A comunicação, o tecer do diálogo, o aconchego.

Mas surge a questão, se são elas a me reduzir,


A uma mecanicidade mórbida, insípida, afinal.
Será meu destino viver sem sabor, sem fluir,
Dependente das palavras, sem outro ideal?

A resposta, filósofo, revela-se nas próprias palavras,


A saída do labirinto, o caminho a percorrer.
Não as vejo como prisão, mas como chamas raras,
Que transcendem significados fixos, a se mover.

Enxergar além das palavras, no seu potencial ilimitado,


Não aprisioná-las em conceitos rígidos e estáticos.
Que sejam flexíveis, fluidas, num bailado sagrado,
Expressões que ecoam, despertam, vibrantes e ecléticas.

Assim, as palavras se tornam pontes, conexões,


Entre as almas que buscam a verdadeira comunhão.
Na sua flexibilidade, encontramos expansões,
O significado múltiplo, em constante evolução.

Não fujo dessa questão, enfrento-a com coragem,


Descubro a liberdade no uso criativo das palavras.
Rompo os grilhões da rigidez, no universo da imagem,
E mergulho na essência além do que se lavra.

Filósofo, guie-me nessa jornada de desvendar,


As palavras como instrumento de criação e amplidão.
Enxergar nelas a fonte inesgotável de luz a pulsar,
E libertar-me do aprisionamento da limitação.

Portanto, não fujo das palavras, mas as reinvento,


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Desvendando a profundidade que nelas se esconde.
Assim, transcendo o labirinto, sigo além do tempo,
E encontro a verdadeira essência, além das palavras, no horizonte.

Capítulo 8 - Enxergando novamente.

Maravilhoso momento em que me percebo,


Enxergando além das palavras, além do véu.
Expresso agora, em êxtase profundo, me renovo,
A experiência extraordinária, o mistério revelado ao céu.

Vejo o Espírito Santo em cada obra criada,


Quão incrível, divina e sagrada é a criação.
A conclusão que alcanço, em minha jornada,
Tudo é sagrado, pulsando em eterna conexão.

Contemplo as mãos em movimento, encantado,


Como algo mágico, um ballet de magia.
Do olhar mecânico e entorpecido, libertado,
As palavras criam ilusões, mas agora é a lucidez que irradia.

Escapando das algemas das palavras que aprisionam,


Abro os olhos para a realidade sem filtros.
O labirinto do tédio e desânimo se desfaz, perdão,
E encontro a beleza, a plenitude em cada recinto.

Irmãos, olhem para o sol, mas não através de rótulos,


O nome é apenas uma referência, uma forma de comunicação.
Além das palavras, o êxtase nos abraça em turbilhão,
A verdadeira essência, o olhar puro, é uma conexão.

Olhem, que extraordinário, que magnífico é esse instante,


Um verdadeiro êxtase, uma comunhão com o divino.
Além das palavras, somos um só com o universo vibrante,
Em cada movimento, cada detalhe, a celebração é um hino.

Mestre, guia sábio do despertar e da transcendência,


Seu ensinamento nos inspira a enxergar sem véus.
Abraçamos a experiência, mergulhamos na essência,
E nos conectamos ao todo, ao sagrado, aos céus.

Que a jornada sem palavras seja nossa constante dança,


Encontrando a magia, a maravilha no presente instante.
Em cada olhar, em cada toque, em cada confiança,
A celebração do êxtase, a conexão, a vida pulsante.

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