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A FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO BRASILEIRO

PROPOSTA : ANÁLISE A TRAJETÓRIA VAI E VÉM DA FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO


BRASILEIRO E REGISTRE AS RAZÕES QUE VOCÊ CONSIDERA IMPORTANTES PARA
ENTENDER ESSA QUESTÃO. POR QUE A FILOSOFIA TEVE E TEM QUE LUTAR TANTO
PARA PERMANECER NO CURRÍCULO DO ENSINO? ESCREVA UM COMENTÁRIO DE
OITO LINHAS, NO MÍNIMO, SOBRE O ASSUNTO. PESQUISE SOBRE O ASSUNTO PARA
EMBASAR A SUA IDEIA.

• BRASIL (SÉC. XVI) – A filosofia pertencia ao núcleo do curso de artes, que seguindo o
modelo escolástico de ensino ensinava às elites coloniais. A igreja não permitia todos que
todos os assuntos de filosofia fossem tratados, principalmente àqueles ligados à ciência e ao
racionalismo. Havia controle do conhecimento, e mesmo que reduzida ao pensamento
cristão, a filosofia era privilégio da classe mais afortunada.

• (SÉC XVII) – Marquês de Pombal expulsa os jesuítas (padres professores que tinha o papel
de catequizar os povos originários), mesmo assim irão permanecer no ensino de filosofia os
pressupostos aristotélico-tomistas, isto é, a leitura cristã da filosofia grega. Houve uma
maior abertura de conteúdos, ou seja, a substituição das escolas jesuíticas permitiu a
divulgação de algumas obras “esclarecidas”, mas mesmo assim havia uma lista de obras
proibidas. Novamente, a filosofia mantém-se ligada às elites.

• (SÉC. XIX) – inicia-se o constante movimento de colocação e retirada da filosofia do


currículo obrigatório de ensino. Ora, a filosofia é obrigatória, ora é facultativa. Em 1820 –
em São Paulo e Recife – com a criação de cursos jurídicos no Brasil, a filosofia nessa
década fez com que a filosofia se tornasse obrigatório no ensino médio.
• 1915 – Ocorre uma reforma no ensino, a filosofia é retirada do currículo.
• 1932 – A filosofia retorna ao currículo escolar.
• 1942 – Reforma Capanema que dividiu o ensino em ginasial e colegial. Foi ainda
subdividido em científico e clássico (onde alocavam-se as humanidades).
• 1961 – LDB Lei 4.024, novamente, a filosofia perde obrigatoriedade.
• DITADURA (1964-1985) as aulas de filosofia são extintas. A educação torna-se mais
tecnicista (1971 – Lei n. 5692).
• Embora seja um período hostil à filosofia, a editora Abril em 1970 lança a coleção Os
Pensadores, que dedicou-se à publicação de diversos volumes de traduções filosóficas, um
dos primeiros e mais importantes gestos de publicização da filosofia e dos textos filosóficos.
• 1998 – Art. 36. A filosofia permanece facultativa.
• 2001 – Padre Roque Zimmerman buscou recolocar a filosofia em foco na educação, mas
Fernando Henrique Cardoso veta a possibilidade.
• 2008 – Art. 36 é revogado. A filosofia resurge com o enfoque na educação para a cidadania.
Lei n. 11. 684/2008
• Entre 2015-2021 – tentativa de retirada da obrigatoriedade e dissolução da filosofia em
conteúdos interdisciplinares.

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