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LÍDERES
1
Sobre a questão “motivação” ver: Larry Crabb Jr. Princípios de Aconselhamento Bíblico.
(Brasília: Editora Refúgio:1998) e Aconselhamento Bíblico Efetivo. (Brasília: Editora Refúgio:1999);
David Powlison. Ídolos do Coração e Feira das Vaidades (Brasília. Refúgio: 1996).
2
Ex-diretor do CCEF (Christian Counseling and Education Foundation). Foi o palestrante na
Conferência Fiel em 2000 (Suas palestra podem ser assistidas pelo site: www.editorafiel.com.br
gratuitamente). Autor de Introdução ao Aconselhamento Bíblico (Editora Hagnos) em parceira com
John F. MacArthur Jr.
3
Francis A. Schaeffer. Morte na Cidade. (São Paulo: Editora Cultura Cristã) 2003, 65.
experimentadas por outra pessoa”. O conselheiro cristão que é empático, terá melhores
resultados no aconselhamento, pois o aconselhado sentirá que aquela pessoa que está
diante dele realmente se importa.
E, finalmente, que o objetivo do aconselhamento cristão é conduzir a pessoa a um
relacionamento maduro com Cristo. Entendo que a maturidade cristã é a compreensão
das verdades bíblicas e a sua aplicabilidade no cotidiano; além da obediência à vontade
de Deus. Portanto, a tarefa do conselheiro é conduzir o aconselhado à maturidade em
Cristo, ou seja, equipar o indivíduo com as respostas de Deus para os seus problemas e
ensinar como Deus quer que ele viva. Isto torna importantíssima a participação do
conselheiro cristão na edificação do Corpo de Cristo.
Infelizmente, muitos pastores e líderes são mal informados e mal formados quanto à
questão do aconselhamento cristão. Alguns pioram a situação dos que buscam ajuda, ao
invés de fornecer o apoio necessário ao momento. Outros simplesmente dizem: “você
deve procurar um profissional” (leia-se psicoterapeuta). É claro que certos casos, a ajuda
profissional é bem-vinda e necessária. Porém, a responsabilidade de dar as respostas aos
conflitos humanos é primeiramente dos pastores e líderes cristãos. Afinal, nós temos a
resposta verdadeira. Se a Igreja exercesse o seu papel terapêutico, não teríamos tantas
pessoas desesperadas por viver seus destruidores conflitos.
Larry Crabb aponta três níveis diferentes de aconselhamento no contexto da Igreja, que
vai desde o encorajamento pessoal através de relacionamentos até um nível que requer
mais preparo4. Assim, o aconselhamento cristão pode acontecer em todos os níveis da
Igreja, gerando saúde e maturidade cristã.
Parte do fracasso de muitos pastores nesta área, deve-se ao mau preparo acadêmico. E
isto, não é privilegio de presbiterianos somente. Muitos pastores de outras
denominações, tanto históricas quanto pentecostais, reclamam da falta de preparo que
receberam durante o seminário. Estamos formando bons teólogos e bons pregadores,
mas será que estamos formando pastores conselheiros? Porém, a falta de preparo
acadêmico não pode servir de desculpa para o não aprimoramento. Existem muitos
livros, artigos e cursos que ajudam o pastor ou o líder a saber mais sobre o
aconselhamento cristão. .
A outra parte do fracasso deve-se a falta de interesse pelo tema. A máxima, “não tenho
dom para isto” é repetida por muitos e na realidade é uma fuga. Temas como missões,
crescimento da Igreja, louvor e adoração dão mais ibope; enquanto que o
aconselhamento é meio desprestigiado. Mesmo não sendo o dom do pastor ou do líder,
ele será procurado por pessoas desesperadas por ajuda. Por isso, ele deve buscar ter um
certo conhecimento do que fazer, para não trocar os pés pelas mãos.
A tendência dos nossos dias é o crescimento do número de indivíduos desajustados e
conflituosos. Muitos destes procurarão a resposta para suas questões e conflitos na
Igreja. O que as Igrejas, os pastores e os líderes terão a oferecer? Como tratarão estes
indivíduos? Que respostas darão a elas? Como estas resposta serão dadas?
Ou a Igreja assume o seu papel terapêutico, entendendo que ela tem a responsabilidade
e a autoridade para dar as respostas corretas ao homem pós-moderno e seus conflitos,
ou o que veremos será o caos, tanto fora quanto dentro de nossas Igrejas.
4
Larry Crabb Jr. Aconselhamento Bíblico Efetivo. (Brasília: Editora Refúgio:1999)