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Minha Iniciação 01/06/2017

Já imaginava que minha iniciação na Maçonaria seria um


dos momentos mais marcantes de toda minha vida, seria
como nascer de novo, um renascimento para uma nova
vida, uma vida justa, de luz, uma vida de “Fraternidade e
Evolução”. Eu sempre questionava as pessoas sobre a
maçonaria e a cada nova informação eu sabia que estava
no caminho certo.

Tudo começou pelo convite de meu Padrinho Piva, onde


após o convite levou aproximadamente um ano para que
realmente fosse concretizado e aprovado pelos irmãos
maçons. Ai vieram às primeiras exigências: Terno Preto,
Camisa Branca, Gravata Preta, meia Preta, óculos escuros e
Cueca Preta (essa parte foi traquinagem de meu padrinho).
Recebi a mensagem que iria passar em minha residência
um corola preto às 14:45 em frente ao meu prédio sito
Rua: Santos Dumont, 343 Centro onde eu deveria
PROFERIR a senha (Pórco Cane) acredito ser outra
traquinagem de meu padrinho.

Dia 01/06/2017 as 14:55 (um pouco atrasado) aquele carro


preto estava lá em frente ao meu prédio. Meu guia foi o
irmão Maurílio e a principio tudo transcorria bem até que
ele me levou para um cemitério (Horto dos Ipês). Entrou
sem pedir permissão ao porteiro e pediu para que eu saísse
do carro e andasse sobre os jazidos para refletir sobre a
vida a morte. Alguns minutos depois veio o coveiro de moto
e estacionou próximo a nós e ficou a encarar. Logo me
reconheceu e veio em minha direção disse que um carro
preto com homens vestidos de preto tinham matado um
cabrito e degolado dias antes e que por este motivo ele
estava ali. Fui indagado o que estava fazendo e dei uma
desculpa que estava fazendo minhas orações em memória
de meu pai que havia falecido a muitos anos tendo em vista
que o cemitério ser um local tranqüilo. Bom acho que o
Maurílio ficou mais assustado que eu acionou a buzina e
fomos embora. Fui vendado com dois adesivos sobre os
olhos, coloquei os óculos escuros e saímos a rodar. A
viagem levou uns vinte minutos acompanhado de uma
música que me fez por varias vezes refletir na vida e na
minha decisão de aceitar ou não a ser um maçom, ate
porque eu não sabia o que iria encontrar pela frente.

Chegamos à Loja sei lá que horas eram aquilo, pois,


estava vendado e fui conduzido para dentro da loja
acomodado numa poltrona plástica por alguns minutos. Em
seguida fui conduzido para outro ponto e novamente sentei
em uma poltrona, foi quando meus irmãos começaram a
me pedir para tirar o sapato direito, levantar a bainha da
calça direita, colocar uma sapatilha, tirar todo metal que
tinha e por fim retiraram o lado esquerdo de minha camisa
ficando com o ombro exposto. Fui orientado a sempre que
um irmão maçom colocasse a mão em meu ombro
esquerdo a repetir a frase (PROMETO DEFENDER MEU
IRMÃO ATE A MORTE) e assim foi feito por várias vezes.
Algum tempo depois fomos conduzidos para uma sala
fechada (câmara de reflexões) onde tinham alguns
símbolos tais como: (CAVERA, FEIXO DE TRIGO,
AMBULHETA, MERCURIO, ENXOFRE, SAL, UMA VELA, UM
GALO E UMA FATIA DE PÃO SOBRE O GUARDANAPO) na
parede haviam cartazes com algumas frases do tipo: (SE
FOR POR CURIOSIDADE RETIRASE, SE TENS MEDO
RETIRASE, SE FOR DISIMULADO NOS DESCOBRIREMOS) e
a sigla V.I.T.R.I.O.L.. Enfim li meu testamento respondi
algumas perguntas sobre Deus, Sobre comunidade,
Sociedade e família. Meu tempo foi de aproximadamente
quinze minutos mais até aquele momento um turbilhão de
emoções explodiam em minha cabeça.

Por diversas vezes fomos conduzidos de lado e para outro,


cansado com sede, com frio. As vezes amparados pelos
irmãos para irmos ao banheiro ou nos concedendo um copo
de água. Foram horas intermináveis, meu corpo estava sem
posição para parar mais as emoções eram de uma
intensidade tão grande até então desconhecidas por mim.
Em um determinado momento fomos conduzidos a uma
sala que tinha um corpo no chão, quando eu olhei para
frente tinham vários irmãos com as espadas apontadas
para o meu peito (QUE SUSTO) não consigo me lembrar no
que foi falado apenas olhei para o corpo preocupado com as
espadas. Chegado a hora da cerimônia várias surpresas
foram acontecendo fui a todo o momento questionado
sobre o que queria e se era digno. Passei por diversas
provas de coragem para ser aceito na Loja. Algumas provas
eu me lembro bem tais como: andar sobre a prancha, subir
as escadas e se jogar beber algo doce em seguido um
bebida muito amargo agora vejo a responsabilidade e os
compromissos assumidos com meus irmãos de Loja
Maçônica. Fiquei muito emocionado quando foi retirada a
venda. Aos poucos minha visão foi ressurgindo neste
momento fui me dando conta da quantidade de pessoas
que estavam presentes e a grata surpresa de ter meu
irmão de sangue que veio de Lages para minha iniciação e
outras gratas supressas, pois tenho na Loja vários
conhecidos e amigos que agora se tornaram meus irmãos.
Muito obrigado a todos que me aceitaram nesta Loja e
prometo respeitar e cumprir com todas as minhas
responsabilidades de Maçon.

Grato
Att Luis Rodrigo de Queiroz Bremenkamp
CÂMARA DAS REFLEXÕES

A CÂMARA DE REFLEXÃO

É a lei: todo ser, antes de ver a luz, tem que se formar,


enclausurado em ambiente de recolhimento. Só depois de ver
a luz é que se inicia a sua aprendizagem e aperfeiçoamento,
mercê de um processo contínuo, até que sobrevenha a morte
material. Assim uns passam pelo ovo, pelo casulo; outros
pela semente, pelo ventre materno. Assim também o Maçom,
ainda profano, antes de ser iniciado, passa pela Câmara de
Reflexões, o "útero " de sua Loja mãe.

Mergulhado na escuridão de sua ignorância, o profano vai ali


meditar sobre a sua vida, tomando como padrões símbolos
existentes naquele gabinete: o pão e a água; o enxofre, o sal e
o mercúrio; a bandeirola "Vigilância e Perseverança"; os
ossos, a caveira, a foice e a ampulheta; a sigla V.I.T.R.I.O.L.;
as perguntas cujas respostas irão compor seu testamento.

Tal simbologia fundamenta-se toda no Hermetismo: trata-se


da primeira fase da Grande Obra, a Putrefação, que não
ocorre somente no interior do Ovo Filosófico, criação que não
é apenas inerente ao homem, mas também e, principalmente,
à natureza operante.

A Câmara de Reflexão, dessa forma, faz as vezes de útero,


onde se dá a maravilha da criação, imediatamente antes da
iniciação, que é o nascimento, o conhecimento da luz.

A grandiosidade da Criação Maçônica, que ocorre nessa


câmara fechada e quase totalmente escura, é análoga à
iniciação dos Essênios, identificando a união de Deus com a
alma, como o princípio de toda a vida mística.

Há também a analogia dessa câmara com a Caverna Sagrada


dos Templários, onde o ambiente tétrico e sinistro do "Clima
do Norte" somavam-se emblemas da morte. E era na
dicotomia gerada pelo Norte e o Meio-Dia que os Templários
fundamentavam seu esoterismo, incutindo nos iniciados a
existência de uma outra vida: "nada se perde, tudo se
renova!".
Na Câmara de Reflexão, além dos símbolos já citados, o
profano vê projetadas contra a parede negra as advertências
de que a curiosidade não justifica a sua presença ali; de que
o sentimento de medo deve fazê-lo retroagir; de que somente
a perseverança o conduzirá das trevas para a luz.

O pão e a água são emblemas da simplicidade que há de


orientar a trajetória do recipiendário prestes a iniciar-se. Não
representam tão somente os alimentos do corpo, como
também os do espírito, porquanto o trigo moldado pela água
simboliza, segundo muitas crenças a carne do Deus
sacrificado.

É o alimento indispensável ao feto em desenvolvimento, é a


mesma fonte de força que possibilitou Elias galgar o monte
Oreb, energia que, da mesma forma, possibilitará ao
iniciando vencer as provas a que será submetido é o maná
que mobiliza a vontade de transpor o deserto da ignorância.

O Enxofre, o Sal e o Mercúrio sugerem os três princípios


herméticos contidos em qualquer corpo: o Espirito; a
Sabedoria e a Ciência; a ousadia e a Vigilância, posto que o
mercúrio se materializa na figura de um galo. Este ser,
itimorato por natureza, anuncia a chegada da Luz, ao mesmo
tempo que se faz sentinela e guardião contra a influência
profana.

A bandeirola, condutora das duas palavras "Vigilância e


Perseverança" , faz saber ao futuro Maçom que, a partir
daquele momento, ele deve permanecer atento e concentrar-
se nos múltiplos significados sugeridos pelos símbolos, cuja
compreensão só será conseguida através da paciência e da
vontade.

Os ossos, a Caveira, a Foice e a Ampulheta são referências a


Saturno, portanto ao chumbo-metal. Simbolizam a morte do
profano transmudado para a vida espiritual a metamorfose
do chumbo em ouro; é o despojamento do antigo homem que
se prepara para um novo nascimento.
O "V.I.T.R.I.O.L." que acrescido de um "O" final significa
sulfúreo, pedra ácida, pedra oculta e vulcânica do fundo da
terra, condensa a frase latina: "VISITA INTERIORA TERRAE
RECTIFICANDOQUE, INVENIES OCCUNTUM LAPIDEM
(Visita o interior da terra e, retificando, encontrarás a Pedra
Oculta).É o chamamento do eu profundo, à alma, através do
silêncio e da meditação".

Respondendo sobre as obrigações, que deve a Deus. À


Humanidade, à sua Pátria, à Família, a seus semelhantes e a
si próprio, o profano procede ao testemunho de suas
intenções filosóficas, contraindo assim uma prévia obrigação.
Tal testemunho passa a ser seu testamento, pois, sabedor de
sua morte para a vida profana, o iniciado naturalmente terá
que fazer aquele juramento.

É nessa Câmara ou Caverna terrível, solene e escura, que se


passa o primeiro momento em que se desvendam os olhos do
recipiendário. Ali ele medita solitário sobre o que se vê, seu
vigia é a morte, na qual ele deve pensar; não obstante, deve
também pensar na nova vida uma vez que lhe são feitas
perguntas sobre Deus, sua Nação, sua Família, o resto dos
Homens e ele próprio.

Somente depois desta experiência maravilhosa, de vivenciar a


primeira morte, o recipiendário estará pronto, para as demais
provas.
MINHA INICIAÇÃO

Em primeiro lugar, vou fazer uma introdução sobre o


significado da palavra Iniciação.

Em todas as escolas herméticas há uma cerimônia com a


qual se recebe o candidato, chamada “Cerimônia da
Iniciação”.

Esta cerimônia, longe de ser compreendida pela maioria


dos candidatos, é um ato muito significativo, cuja
verdadeira importância está oculta sob a verdadeira
aparência do véu exterior.

A palavra Iniciação se deriva da latina “Initiare” de


“Initium”, início ou começo, deriva-se de duas: in , para
dentro, e ire, ir, isto é, ir para dentro ou penetrar no
interior e começar novo estado de coisas.

Mas, quem entra e como se pode entrar no mundo interno?

Da etimologia da palavra depreende-se que o significado da


Iniciação é o ingresso no mundo interno para começar uma
nova vida.

A Iniciação Maçônica é jóia inestimável na coroa do


simbolismo. Na Loja há um quarto de reflexão, símbolo do
interior do homem. Todo homem, ao cerrar os sentidos ao
mundo externo, acha-se em seu quarto de reflexão, isolado
na obscuridade que representa as trevas da matéria física,
que rodeiam a alma até a completa maturação. Este
interior obscuro é o estado de consciência do profano que
vive sempre fora do templo e no meio das trevas.

Desde o momento em que o praticante começa a dirigir a


luz do pensamento concentrado para seu mundo interior, a
Iluminação principia a invadir seu Templo, pouco a pouco, e
o domínio de sua mente eqüivale ao azeite que alimenta a
lamparina acesa.
Então o Iniciado é aquele ser que dirige seu pensamento ao
mundo interno, mundo do espirito, que o conduz ao
conhecimento próprio e ao do Universo, do Corpo e dos
Deuses que nele habitam.

Só pode ser maçom quem for iniciado nos Augustos


Mistérios da ordem. O principal da Iniciação é a
comunicação dos principais segredos do grau e sinais,
toques e palavras. Sem isso não há iniciação, pois o
cerimonial iniciático é meio e preparação e a
comunicação é a meta, o fim. A Iniciação também é
simbólica, embora não deixe de ser realista, ao lembrar
as lutas do indivíduo na sociedade, a dependência do
homem desde a infância e o esforço a que é obrigado para
viver livremente.

Posto isto, passo então a relatar a Cerimônia de Iniciação


minha e de meus Irmãos gêmeos.

Num primeiro momento não consegui alcançar o significado


da cerimônia de minha iniciação. A minha chegada fui
vendado e passei a ser guiado por mãos para mim
desconhecidas, mas que me transmitiram desde o primeiro
momento uma grande sensação de segurança e
tranqüilidade .

O transcorrer da mesma, fez com que eu


aguçasse todos os meus sentidos, no intuito de
compreender o significado do que ali ocorria comigo. Fui
invadido por um sentimento de que algo grandioso me
estava sendo revelado.

Sentindo forte emoção, principalmente no


momento em que fui colocado na câmara de reflexões e
após a retirada da venda de meus olhos, me deparei com
objetos de símbologia para mim desconhecida naquele
momento. Junto sobre a mesa uma folha de papel contendo
5 questões, mais um testamento moral e filosófico para ser
assinado.
As questões a mim apresentadas, não só me
levaram a refletir sobre as mesmas , como também me
levaram a uma rápida retrospectiva do que foi a minha
vida, em relação a religião por mim professada, a minha
postura até então diante de meus semelhantes, o meu
sentimento de patriotismo, como eu me sentia em relação
aos meus entes queridos e como eu me sentia em relação a
mim mesmo.

Foi um momento de muita emoção. Em


seguida foram me apresentados os deveres que por mim
deveriam ser cumpridos.

O primeiro de guardar o silêncio mas absoluto


acerca de tudo quanto ouvir e descobrir entre meus
irmãos, assim como tudo que um dia eu chegue a ouvir,
ver ou saber.

O segundo, o de vencer paixões ignóbeis, que


desonram o homem e o tornam desgraçado; praticar
continuamente a beneficência; socorrer os IIr:. ; prevenir
suas necessidades; minorar os seus infortúnios; assisti-los
com conselhos e minhas luzes.

Por fim o terceiro dever, cuja obrigação só se


inicia após a iniciação, o qual é o de se conformar com as
leis maçônicas e de submeter-me ao que for determinado
em nome da associação na qual me disponho a ser
admitido.

No templo, executamos a seguir a marcha das


três viagens!

Ultrapassamos diversos obstáculos que, a cada passo,


opõem-se aos nossos anseios de progresso material e
espiritual. Liberto das paixões ( ilusões terrenas ), das
falsas crenças, do entrechoques, continuamos nossa busca
em direção ao Oriente; Luz da Sabedoria.

Seguimos o caminho da virtude; devemos lutar e


perseverar no transcorrer de toda a nossa existência.
Banhado pela água, tal como mestre Jesus, rogo ao G\A\
D\U\, Luz, Vida, e Amor, símbolo da manifestação
perfeita.

Fomos purificados pelo fogo. Senti-me banido de todas as


impurezas corpóreas.

Assim como a Terra, o Ar, a Água e o Fogo são necessários


para a nossa sobrevivência, assim também devemos
lapidar nossa Pedra Bruta, tornando-a Cúbica, simbolizando
a construção de nosso Templo Interior

Fui exigido a firmar um compromisso de honra,


prestado sobre a taça sagrada.

Finalmente, no A\de JJur\ajoelhamos com a


perna direita, a esquerda formando um esquadro,
colocando a mão direita sobre o L\da L\,segurando na mão
esquerda um compasso aberto, cujas pontas apoiavam-se
sobre a região do coração, perante todos os nossos Irmãos
e “DEUS DE NOSSOS CORAÇÕES”, juramos por Honra e
Fé, não revelar a ninguém, os mistérios de nossa
Veneranda Ordem, bem como o de ajudar e defender
nossos Irmãos em tudo o que puder.

Após a LUZ nos ser dada, fomos levados


novamente ao A\JJur\e novamente ajoelhados, o Ven\
empunhando a Esp\Flam\sobre a cabeça de cada
candidato (individualmente) nos recebeu e constituiu Apr\
Maçom e membro ativo da Aug\Resp\Loj\
Simb\”Cavaleiros Noaquitas”.

Recebemos então, cada um o seu avental de


trabalho, símbolo do trabalho e que nos lembrará que um
maçom deve sempre ter uma vida ativa e laboriosa , bem
como as luvas símbolo da nossa admissão no Templ\da
Virt\e indicam, pela sua brancura que nunca devemos
manchá-las.
Em seguida nos foram ensinados os sinais com
os quais os maçons são reconhecidos em qualquer parte do
mundo, assim como recebemos o primeiro ensinamento,
qual seja o de trabalhar na P\B\
Após emocionado Trip\e Frat\Abr\de nosso Padrinho, e de
termos assinado o Livro de Presença , somos convidados a
sentarmo-nos no topo da Col\do \N\, local destinado aos
AApr\, tendo início então nossa vida em Loja.

Liberto das ilusões materiais sentimo-nos livres para o


caminhar de uma nova etapa, que transmuta nossa vida
terrena. Tal como em Delfos, no Templo de Apolo, na
Antiga Grécia, onde estava escrito a máxima “conhece-te a
ti mesmo”.

Livre e de bons costumes, com deferência e


dignidade, ainda que não possamos ver, sentimos a
possibilidade do Ser. Adentramos no Universo do Espírito,
num movimento ternário sobre a matéria.

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Já imaginava que minha iniciação na Maçonaria seria


um dos momentos mais marcantes de toda minha vida,
seria como nascer de novo, um renascimento para uma
nova vida, uma vida justa, de luz, uma vida de
“Fraternidade e Evolução”.

Minha primeira impressão se deu início na data de minha


sindicância, quando tive o primeiro contato com meus
futuros irmãos. Ir.’. Nicolas me transmitindo tranqüilidade
durante todo o processo com sua carisma, Ir.’. Luiz Sérgio
efetuava a maioria das perguntas com seu sorriso fraterno,
e por sua vez nosso Ir.’. Alcides através de seu semblante
me transmitia seriedade e respeito.
Tinha certeza de que isto seria apenas uma amostra dos
sentimentos que encontraria em minha futura Augusta e
Respeitável Loja, porém será que seria aceito e recebido
como Aprendiz Maçom?

Passados alguns dias, mais precisamente ao vigésimo


sétimo dia do mês de maio do ano de dois mil e oito às
17hrs, quando chega a minha residência meu padrinho Ir.’.
Eliseu, me dizendo que havia chegado à hora e que tudo
estava pronto. Seguimos até a porta do Cemitério ao final
de minha rua, por ordem do Ir.’. permaneço lá dentro só,
refletindo e me questionando. Como será dentro de alguns
instantes…? O que sentirei…?

Após ser vendado e guiado até a loja, permaneço refletindo


e aguardando com serenidade este momento único de
minha vida, sou recolhido até a câmara das reflexões onde
sou obrigado mais uma vez a continuar refletindo sobre
minha vida, sobre este momento que estou vivendo e sobre
a minha nova vida após ser aceito na Maçonaria.

Sentia-me tranqüilo e este local não se mostrava


assustador, todos esses momentos a pouco passados eu já
havia presenciado em minha jornada DeMolay.

Reconhecia as vozes dos IIr.’., sabia que estavam


presentes irmãos de outras LLj.’., e até mesmo IIr.’.
DeMolay’s, IIr.’. sussurravam em meus ouvidos: Fique
tranqüilo, força e Boa Sorte! Mais uma vez fui preparado
para minha iniciação, despido de todos os metais, nem nu e
nem vestido sou conduzido até a porta do templo, andava
em minha mente procurando sensações, cheiros, sons até
que um profano bater de porta rouba minha atenção…

Após aquelas frases sou conduzido por um tortuoso


caminho, e durante minhas viagens sinto vibrações,
barulho de espadas, trovões, calmaria, visualizava em
minha mente um espaço místico uma vez que nunca havia
estado presente nesta loja.

O caminho que percorri de olhos vendados sem dúvida


alguma foi uma realização de um sonho de minha
adolescência, um jovem DeMolay imaginando-se em sua
iniciação Maçônica. Vivi cada momento, cada pancada do
malhete, cada prova, cada pergunta.
Com toda a certeza a curiosidade não era o que me trazia
entre colunas, porém após sentir um forte amargo, amargo
este que me fez mais uma vez refletir sobre minha escolha,
sou conduzido novamente ao átrio.

É chegada a hora de receber a Luz que estava oculta aos


meus olhos, sinto de imediato como um lampejo, de que
essa maravilhosa dádiva estaria me iluminando de uma
única vez desde o primeiro momento em que fui anunciado
aos IIr.’. ainda no átrio, como um profano livre e de bons
costumes.

À G.’.D.’.G.’.A.’.D.’.U.’., agora, com muito orgulho Maçom,


recebo minha primeira instrução. Absorvo também algumas
palavras vindas do Ir.’. 2º Vig.’., também um Sênior
DeMolay, de que devo guardar tudo que aprendi na
DeMolay, que a Maçonaria é uma Ordem completamente
diferente e com seus respectivos rituais.

Afinal, assim como referenciado em um pequeno texto


redigido por um velho e sábio M.’.M.’. “Conhecimento
qualquer um poderá adquirir e nunca será global. Sempre
escutaremos um tema que ainda não escutamos ou, então,
para que escutar?”

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