Já imaginava que minha iniciação na Maçonaria seria um
dos momentos mais marcantes de toda minha vida, seria como nascer de novo, um renascimento para uma nova vida, uma vida justa, de luz, uma vida de “Fraternidade e Evolução”. Eu sempre questionava as pessoas sobre a maçonaria e a cada nova informação eu sabia que estava no caminho certo.
Tudo começou pelo convite de meu Padrinho Piva, onde
após o convite levou aproximadamente um ano para que realmente fosse concretizado e aprovado pelos irmãos maçons. Ai vieram às primeiras exigências: Terno Preto, Camisa Branca, Gravata Preta, meia Preta, óculos escuros e Cueca Preta (essa parte foi traquinagem de meu padrinho). Recebi a mensagem que iria passar em minha residência um corola preto às 14:45 em frente ao meu prédio sito Rua: Santos Dumont, 343 Centro onde eu deveria PROFERIR a senha (Pórco Cane) acredito ser outra traquinagem de meu padrinho.
Dia 01/06/2017 as 14:55 (um pouco atrasado) aquele carro
preto estava lá em frente ao meu prédio. Meu guia foi o irmão Maurílio e a principio tudo transcorria bem até que ele me levou para um cemitério (Horto dos Ipês). Entrou sem pedir permissão ao porteiro e pediu para que eu saísse do carro e andasse sobre os jazidos para refletir sobre a vida a morte. Alguns minutos depois veio o coveiro de moto e estacionou próximo a nós e ficou a encarar. Logo me reconheceu e veio em minha direção disse que um carro preto com homens vestidos de preto tinham matado um cabrito e degolado dias antes e que por este motivo ele estava ali. Fui indagado o que estava fazendo e dei uma desculpa que estava fazendo minhas orações em memória de meu pai que havia falecido a muitos anos tendo em vista que o cemitério ser um local tranqüilo. Bom acho que o Maurílio ficou mais assustado que eu acionou a buzina e fomos embora. Fui vendado com dois adesivos sobre os olhos, coloquei os óculos escuros e saímos a rodar. A viagem levou uns vinte minutos acompanhado de uma música que me fez por varias vezes refletir na vida e na minha decisão de aceitar ou não a ser um maçom, ate porque eu não sabia o que iria encontrar pela frente.
Chegamos à Loja sei lá que horas eram aquilo, pois,
estava vendado e fui conduzido para dentro da loja acomodado numa poltrona plástica por alguns minutos. Em seguida fui conduzido para outro ponto e novamente sentei em uma poltrona, foi quando meus irmãos começaram a me pedir para tirar o sapato direito, levantar a bainha da calça direita, colocar uma sapatilha, tirar todo metal que tinha e por fim retiraram o lado esquerdo de minha camisa ficando com o ombro exposto. Fui orientado a sempre que um irmão maçom colocasse a mão em meu ombro esquerdo a repetir a frase (PROMETO DEFENDER MEU IRMÃO ATE A MORTE) e assim foi feito por várias vezes. Algum tempo depois fomos conduzidos para uma sala fechada (câmara de reflexões) onde tinham alguns símbolos tais como: (CAVERA, FEIXO DE TRIGO, AMBULHETA, MERCURIO, ENXOFRE, SAL, UMA VELA, UM GALO E UMA FATIA DE PÃO SOBRE O GUARDANAPO) na parede haviam cartazes com algumas frases do tipo: (SE FOR POR CURIOSIDADE RETIRASE, SE TENS MEDO RETIRASE, SE FOR DISIMULADO NOS DESCOBRIREMOS) e a sigla V.I.T.R.I.O.L.. Enfim li meu testamento respondi algumas perguntas sobre Deus, Sobre comunidade, Sociedade e família. Meu tempo foi de aproximadamente quinze minutos mais até aquele momento um turbilhão de emoções explodiam em minha cabeça.
Por diversas vezes fomos conduzidos de lado e para outro,
cansado com sede, com frio. As vezes amparados pelos irmãos para irmos ao banheiro ou nos concedendo um copo de água. Foram horas intermináveis, meu corpo estava sem posição para parar mais as emoções eram de uma intensidade tão grande até então desconhecidas por mim. Em um determinado momento fomos conduzidos a uma sala que tinha um corpo no chão, quando eu olhei para frente tinham vários irmãos com as espadas apontadas para o meu peito (QUE SUSTO) não consigo me lembrar no que foi falado apenas olhei para o corpo preocupado com as espadas. Chegado a hora da cerimônia várias surpresas foram acontecendo fui a todo o momento questionado sobre o que queria e se era digno. Passei por diversas provas de coragem para ser aceito na Loja. Algumas provas eu me lembro bem tais como: andar sobre a prancha, subir as escadas e se jogar beber algo doce em seguido um bebida muito amargo agora vejo a responsabilidade e os compromissos assumidos com meus irmãos de Loja Maçônica. Fiquei muito emocionado quando foi retirada a venda. Aos poucos minha visão foi ressurgindo neste momento fui me dando conta da quantidade de pessoas que estavam presentes e a grata surpresa de ter meu irmão de sangue que veio de Lages para minha iniciação e outras gratas supressas, pois tenho na Loja vários conhecidos e amigos que agora se tornaram meus irmãos. Muito obrigado a todos que me aceitaram nesta Loja e prometo respeitar e cumprir com todas as minhas responsabilidades de Maçon.
Grato Att Luis Rodrigo de Queiroz Bremenkamp CÂMARA DAS REFLEXÕES
A CÂMARA DE REFLEXÃO
É a lei: todo ser, antes de ver a luz, tem que se formar,
enclausurado em ambiente de recolhimento. Só depois de ver a luz é que se inicia a sua aprendizagem e aperfeiçoamento, mercê de um processo contínuo, até que sobrevenha a morte material. Assim uns passam pelo ovo, pelo casulo; outros pela semente, pelo ventre materno. Assim também o Maçom, ainda profano, antes de ser iniciado, passa pela Câmara de Reflexões, o "útero " de sua Loja mãe.
Mergulhado na escuridão de sua ignorância, o profano vai ali
meditar sobre a sua vida, tomando como padrões símbolos existentes naquele gabinete: o pão e a água; o enxofre, o sal e o mercúrio; a bandeirola "Vigilância e Perseverança"; os ossos, a caveira, a foice e a ampulheta; a sigla V.I.T.R.I.O.L.; as perguntas cujas respostas irão compor seu testamento.
Tal simbologia fundamenta-se toda no Hermetismo: trata-se
da primeira fase da Grande Obra, a Putrefação, que não ocorre somente no interior do Ovo Filosófico, criação que não é apenas inerente ao homem, mas também e, principalmente, à natureza operante.
A Câmara de Reflexão, dessa forma, faz as vezes de útero,
onde se dá a maravilha da criação, imediatamente antes da iniciação, que é o nascimento, o conhecimento da luz.
A grandiosidade da Criação Maçônica, que ocorre nessa
câmara fechada e quase totalmente escura, é análoga à iniciação dos Essênios, identificando a união de Deus com a alma, como o princípio de toda a vida mística.
Há também a analogia dessa câmara com a Caverna Sagrada
dos Templários, onde o ambiente tétrico e sinistro do "Clima do Norte" somavam-se emblemas da morte. E era na dicotomia gerada pelo Norte e o Meio-Dia que os Templários fundamentavam seu esoterismo, incutindo nos iniciados a existência de uma outra vida: "nada se perde, tudo se renova!". Na Câmara de Reflexão, além dos símbolos já citados, o profano vê projetadas contra a parede negra as advertências de que a curiosidade não justifica a sua presença ali; de que o sentimento de medo deve fazê-lo retroagir; de que somente a perseverança o conduzirá das trevas para a luz.
O pão e a água são emblemas da simplicidade que há de
orientar a trajetória do recipiendário prestes a iniciar-se. Não representam tão somente os alimentos do corpo, como também os do espírito, porquanto o trigo moldado pela água simboliza, segundo muitas crenças a carne do Deus sacrificado.
É o alimento indispensável ao feto em desenvolvimento, é a
mesma fonte de força que possibilitou Elias galgar o monte Oreb, energia que, da mesma forma, possibilitará ao iniciando vencer as provas a que será submetido é o maná que mobiliza a vontade de transpor o deserto da ignorância.
O Enxofre, o Sal e o Mercúrio sugerem os três princípios
herméticos contidos em qualquer corpo: o Espirito; a Sabedoria e a Ciência; a ousadia e a Vigilância, posto que o mercúrio se materializa na figura de um galo. Este ser, itimorato por natureza, anuncia a chegada da Luz, ao mesmo tempo que se faz sentinela e guardião contra a influência profana.
A bandeirola, condutora das duas palavras "Vigilância e
Perseverança" , faz saber ao futuro Maçom que, a partir daquele momento, ele deve permanecer atento e concentrar- se nos múltiplos significados sugeridos pelos símbolos, cuja compreensão só será conseguida através da paciência e da vontade.
Os ossos, a Caveira, a Foice e a Ampulheta são referências a
Saturno, portanto ao chumbo-metal. Simbolizam a morte do profano transmudado para a vida espiritual a metamorfose do chumbo em ouro; é o despojamento do antigo homem que se prepara para um novo nascimento. O "V.I.T.R.I.O.L." que acrescido de um "O" final significa sulfúreo, pedra ácida, pedra oculta e vulcânica do fundo da terra, condensa a frase latina: "VISITA INTERIORA TERRAE RECTIFICANDOQUE, INVENIES OCCUNTUM LAPIDEM (Visita o interior da terra e, retificando, encontrarás a Pedra Oculta).É o chamamento do eu profundo, à alma, através do silêncio e da meditação".
Respondendo sobre as obrigações, que deve a Deus. À
Humanidade, à sua Pátria, à Família, a seus semelhantes e a si próprio, o profano procede ao testemunho de suas intenções filosóficas, contraindo assim uma prévia obrigação. Tal testemunho passa a ser seu testamento, pois, sabedor de sua morte para a vida profana, o iniciado naturalmente terá que fazer aquele juramento.
É nessa Câmara ou Caverna terrível, solene e escura, que se
passa o primeiro momento em que se desvendam os olhos do recipiendário. Ali ele medita solitário sobre o que se vê, seu vigia é a morte, na qual ele deve pensar; não obstante, deve também pensar na nova vida uma vez que lhe são feitas perguntas sobre Deus, sua Nação, sua Família, o resto dos Homens e ele próprio.
Somente depois desta experiência maravilhosa, de vivenciar a
primeira morte, o recipiendário estará pronto, para as demais provas. MINHA INICIAÇÃO
Em primeiro lugar, vou fazer uma introdução sobre o
significado da palavra Iniciação.
Em todas as escolas herméticas há uma cerimônia com a
qual se recebe o candidato, chamada “Cerimônia da Iniciação”.
Esta cerimônia, longe de ser compreendida pela maioria
dos candidatos, é um ato muito significativo, cuja verdadeira importância está oculta sob a verdadeira aparência do véu exterior.
A palavra Iniciação se deriva da latina “Initiare” de
“Initium”, início ou começo, deriva-se de duas: in , para dentro, e ire, ir, isto é, ir para dentro ou penetrar no interior e começar novo estado de coisas.
Mas, quem entra e como se pode entrar no mundo interno?
Da etimologia da palavra depreende-se que o significado da
Iniciação é o ingresso no mundo interno para começar uma nova vida.
A Iniciação Maçônica é jóia inestimável na coroa do
simbolismo. Na Loja há um quarto de reflexão, símbolo do interior do homem. Todo homem, ao cerrar os sentidos ao mundo externo, acha-se em seu quarto de reflexão, isolado na obscuridade que representa as trevas da matéria física, que rodeiam a alma até a completa maturação. Este interior obscuro é o estado de consciência do profano que vive sempre fora do templo e no meio das trevas.
Desde o momento em que o praticante começa a dirigir a
luz do pensamento concentrado para seu mundo interior, a Iluminação principia a invadir seu Templo, pouco a pouco, e o domínio de sua mente eqüivale ao azeite que alimenta a lamparina acesa. Então o Iniciado é aquele ser que dirige seu pensamento ao mundo interno, mundo do espirito, que o conduz ao conhecimento próprio e ao do Universo, do Corpo e dos Deuses que nele habitam.
Só pode ser maçom quem for iniciado nos Augustos
Mistérios da ordem. O principal da Iniciação é a comunicação dos principais segredos do grau e sinais, toques e palavras. Sem isso não há iniciação, pois o cerimonial iniciático é meio e preparação e a comunicação é a meta, o fim. A Iniciação também é simbólica, embora não deixe de ser realista, ao lembrar as lutas do indivíduo na sociedade, a dependência do homem desde a infância e o esforço a que é obrigado para viver livremente.
Posto isto, passo então a relatar a Cerimônia de Iniciação
minha e de meus Irmãos gêmeos.
Num primeiro momento não consegui alcançar o significado
da cerimônia de minha iniciação. A minha chegada fui vendado e passei a ser guiado por mãos para mim desconhecidas, mas que me transmitiram desde o primeiro momento uma grande sensação de segurança e tranqüilidade .
O transcorrer da mesma, fez com que eu
aguçasse todos os meus sentidos, no intuito de compreender o significado do que ali ocorria comigo. Fui invadido por um sentimento de que algo grandioso me estava sendo revelado.
Sentindo forte emoção, principalmente no
momento em que fui colocado na câmara de reflexões e após a retirada da venda de meus olhos, me deparei com objetos de símbologia para mim desconhecida naquele momento. Junto sobre a mesa uma folha de papel contendo 5 questões, mais um testamento moral e filosófico para ser assinado. As questões a mim apresentadas, não só me levaram a refletir sobre as mesmas , como também me levaram a uma rápida retrospectiva do que foi a minha vida, em relação a religião por mim professada, a minha postura até então diante de meus semelhantes, o meu sentimento de patriotismo, como eu me sentia em relação aos meus entes queridos e como eu me sentia em relação a mim mesmo.
Foi um momento de muita emoção. Em
seguida foram me apresentados os deveres que por mim deveriam ser cumpridos.
O primeiro de guardar o silêncio mas absoluto
acerca de tudo quanto ouvir e descobrir entre meus irmãos, assim como tudo que um dia eu chegue a ouvir, ver ou saber.
O segundo, o de vencer paixões ignóbeis, que
desonram o homem e o tornam desgraçado; praticar continuamente a beneficência; socorrer os IIr:. ; prevenir suas necessidades; minorar os seus infortúnios; assisti-los com conselhos e minhas luzes.
Por fim o terceiro dever, cuja obrigação só se
inicia após a iniciação, o qual é o de se conformar com as leis maçônicas e de submeter-me ao que for determinado em nome da associação na qual me disponho a ser admitido.
No templo, executamos a seguir a marcha das
três viagens!
Ultrapassamos diversos obstáculos que, a cada passo,
opõem-se aos nossos anseios de progresso material e espiritual. Liberto das paixões ( ilusões terrenas ), das falsas crenças, do entrechoques, continuamos nossa busca em direção ao Oriente; Luz da Sabedoria.
Seguimos o caminho da virtude; devemos lutar e
perseverar no transcorrer de toda a nossa existência. Banhado pela água, tal como mestre Jesus, rogo ao G\A\ D\U\, Luz, Vida, e Amor, símbolo da manifestação perfeita.
Fomos purificados pelo fogo. Senti-me banido de todas as
impurezas corpóreas.
Assim como a Terra, o Ar, a Água e o Fogo são necessários
para a nossa sobrevivência, assim também devemos lapidar nossa Pedra Bruta, tornando-a Cúbica, simbolizando a construção de nosso Templo Interior
Fui exigido a firmar um compromisso de honra,
prestado sobre a taça sagrada.
Finalmente, no A\de JJur\ajoelhamos com a
perna direita, a esquerda formando um esquadro, colocando a mão direita sobre o L\da L\,segurando na mão esquerda um compasso aberto, cujas pontas apoiavam-se sobre a região do coração, perante todos os nossos Irmãos e “DEUS DE NOSSOS CORAÇÕES”, juramos por Honra e Fé, não revelar a ninguém, os mistérios de nossa Veneranda Ordem, bem como o de ajudar e defender nossos Irmãos em tudo o que puder.
Após a LUZ nos ser dada, fomos levados
novamente ao A\JJur\e novamente ajoelhados, o Ven\ empunhando a Esp\Flam\sobre a cabeça de cada candidato (individualmente) nos recebeu e constituiu Apr\ Maçom e membro ativo da Aug\Resp\Loj\ Simb\”Cavaleiros Noaquitas”.
Recebemos então, cada um o seu avental de
trabalho, símbolo do trabalho e que nos lembrará que um maçom deve sempre ter uma vida ativa e laboriosa , bem como as luvas símbolo da nossa admissão no Templ\da Virt\e indicam, pela sua brancura que nunca devemos manchá-las. Em seguida nos foram ensinados os sinais com os quais os maçons são reconhecidos em qualquer parte do mundo, assim como recebemos o primeiro ensinamento, qual seja o de trabalhar na P\B\ Após emocionado Trip\e Frat\Abr\de nosso Padrinho, e de termos assinado o Livro de Presença , somos convidados a sentarmo-nos no topo da Col\do \N\, local destinado aos AApr\, tendo início então nossa vida em Loja.
Liberto das ilusões materiais sentimo-nos livres para o
caminhar de uma nova etapa, que transmuta nossa vida terrena. Tal como em Delfos, no Templo de Apolo, na Antiga Grécia, onde estava escrito a máxima “conhece-te a ti mesmo”.
Livre e de bons costumes, com deferência e
dignidade, ainda que não possamos ver, sentimos a possibilidade do Ser. Adentramos no Universo do Espírito, num movimento ternário sobre a matéria.
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Já imaginava que minha iniciação na Maçonaria seria
um dos momentos mais marcantes de toda minha vida, seria como nascer de novo, um renascimento para uma nova vida, uma vida justa, de luz, uma vida de “Fraternidade e Evolução”.
Minha primeira impressão se deu início na data de minha
sindicância, quando tive o primeiro contato com meus futuros irmãos. Ir.’. Nicolas me transmitindo tranqüilidade durante todo o processo com sua carisma, Ir.’. Luiz Sérgio efetuava a maioria das perguntas com seu sorriso fraterno, e por sua vez nosso Ir.’. Alcides através de seu semblante me transmitia seriedade e respeito. Tinha certeza de que isto seria apenas uma amostra dos sentimentos que encontraria em minha futura Augusta e Respeitável Loja, porém será que seria aceito e recebido como Aprendiz Maçom?
Passados alguns dias, mais precisamente ao vigésimo
sétimo dia do mês de maio do ano de dois mil e oito às 17hrs, quando chega a minha residência meu padrinho Ir.’. Eliseu, me dizendo que havia chegado à hora e que tudo estava pronto. Seguimos até a porta do Cemitério ao final de minha rua, por ordem do Ir.’. permaneço lá dentro só, refletindo e me questionando. Como será dentro de alguns instantes…? O que sentirei…?
Após ser vendado e guiado até a loja, permaneço refletindo
e aguardando com serenidade este momento único de minha vida, sou recolhido até a câmara das reflexões onde sou obrigado mais uma vez a continuar refletindo sobre minha vida, sobre este momento que estou vivendo e sobre a minha nova vida após ser aceito na Maçonaria.
Sentia-me tranqüilo e este local não se mostrava
assustador, todos esses momentos a pouco passados eu já havia presenciado em minha jornada DeMolay.
Reconhecia as vozes dos IIr.’., sabia que estavam
presentes irmãos de outras LLj.’., e até mesmo IIr.’. DeMolay’s, IIr.’. sussurravam em meus ouvidos: Fique tranqüilo, força e Boa Sorte! Mais uma vez fui preparado para minha iniciação, despido de todos os metais, nem nu e nem vestido sou conduzido até a porta do templo, andava em minha mente procurando sensações, cheiros, sons até que um profano bater de porta rouba minha atenção…
Após aquelas frases sou conduzido por um tortuoso
caminho, e durante minhas viagens sinto vibrações, barulho de espadas, trovões, calmaria, visualizava em minha mente um espaço místico uma vez que nunca havia estado presente nesta loja.
O caminho que percorri de olhos vendados sem dúvida
alguma foi uma realização de um sonho de minha adolescência, um jovem DeMolay imaginando-se em sua iniciação Maçônica. Vivi cada momento, cada pancada do malhete, cada prova, cada pergunta. Com toda a certeza a curiosidade não era o que me trazia entre colunas, porém após sentir um forte amargo, amargo este que me fez mais uma vez refletir sobre minha escolha, sou conduzido novamente ao átrio.
É chegada a hora de receber a Luz que estava oculta aos
meus olhos, sinto de imediato como um lampejo, de que essa maravilhosa dádiva estaria me iluminando de uma única vez desde o primeiro momento em que fui anunciado aos IIr.’. ainda no átrio, como um profano livre e de bons costumes.
À G.’.D.’.G.’.A.’.D.’.U.’., agora, com muito orgulho Maçom,
recebo minha primeira instrução. Absorvo também algumas palavras vindas do Ir.’. 2º Vig.’., também um Sênior DeMolay, de que devo guardar tudo que aprendi na DeMolay, que a Maçonaria é uma Ordem completamente diferente e com seus respectivos rituais.
Afinal, assim como referenciado em um pequeno texto
redigido por um velho e sábio M.’.M.’. “Conhecimento qualquer um poderá adquirir e nunca será global. Sempre escutaremos um tema que ainda não escutamos ou, então, para que escutar?”