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Em
primeiro lugar, é importante entender como o Ocidente enxergou a Cabalá durante o
desenvolvimento da Cabalá. Aqui, o significado da palavra Cabalá, do hebraico קַ ָּבלָה, isto é,
“tradição” ou “entrega”, influenciou a visão ocidental sobre a Cabalá.
Nesta mesma linha, as obras Splendor Lucis (1745); O Anfiteatro da Sabedoria Eterna, de
Khunranth (1595); O Ideário da Sabedoria Oculta, de Sabbathier (1679) e As Gravuras Secretas
dos Rosacruzes (meados do século XVIII) são continuações daquilo iniciado em Pico della
MIrandola, acompanhando o desenvolvimento da Alquimia e Heremtismo.
Entretanto, para melhor compreender a Cabalá Hermética, faz-se mister entender o próprio
desenvolvimento da Cabalá Judaica. Enquanto em obras mais antigas, como no “Anifteatro” de
Khunranth, notamos uma influência Cabalista típica da época, ou seja, mais relacionada aos
mistérios da criação e da redenção segundo fontes como o Sepher HaZohar; em obras como
“As Gravuras Secretas dos Rosacruzes” já notamos um outro tipo de influência cabalística, pois
a Cabalá Judaica atinge outro estado depois do movimento Sabateísta, iniciado por Shabbatai
Tzevi (1626 - 1676), onde o drama da criação atinge seu auge e, por conta de sua conversão
externa ao Islã e a continuidade do Judaísmo enquanto esoterismo, surge a possibilidade de
vivenciar a Cabalá como uma ciência voltada aos círculos iniciáticos, possibilitando uma Cabalá
de Sociedades Secretas e voltada a quem é cristão ou muçulmano “por fora”, mas cabalista por
dentro.