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À G.´.D.´.G.´.A.´.D.´.U.´.

AUG.´.RESP.´.LOJ.´.SIMB.´.JAIME JANEIRO RODRIGUES Nº 400

V.´.M.´. – Ir.´. 1º Vig.´. – Ir.´. 2º Vig.´. – Past Máster – OOF.´. – Meus IIr.´.

S.´.

U.´. F.´.

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PRIMEIRA INSTRUÇAO DE C.´.M.´.

Sim, eu vi! .... Ao adentrar no TEMPLO, após os três passos de A.´.M.´. que simbolizam Luta,
Perseverança e Fraternidade, eu dei o PRIMEIRO PASSO à direita em direção a Coluna do Sul.
Foi então que E.´.V.´. a E.´.F. ´.. Apenas olhá-la, não me fez conhecedor de seu pleno
simbolismo, nem me permitiu retirar o véu que cobre o significado de cada uma de suas cinco
pontas, dos cinco toques, das cinco viagens e dos cinco passos. Nem tão pouco me fez sabedor
da simbologia cabalística ligada ao numero cinco, pois que esta ainda não me foi revelada. Mas
ao olhá-la, em mim, estabeleceu a CURIOSIDADE e ao tentar dar vazão a esta
CURIOSIDADE, em meu espírito se instalou a DUVIDA. E foi então que tentando solucionar
os mistérios deste símbolo, meu ser, ávido por novos progressos e novos conhecimentos,
deixou-se dominar pela IMAGINAÇÃO.

A IMAGINAÇÃO é o olho invisível, com o qual o ser humano escrutina (1) o UNIVERSO, é
através dela que os grandes gênios criadores da humanidade se conectam ao infinito. Através da
meditação e da intuição, captam-se as centelhas luminosas do conhecimento que existe no
grande éter universal (2), que liga a tudo e a todos. Somente através da imaginação, o ser
humano é capaz de enxergar o invisível, abstrair, criar, planejar, visualizar e tentar entender o
UNIVERSO. Por isso, ao dar o primeiro passo à direita, em direção a E.´.F.´. o C.´.M.´.
começa a entrar em contato com um tipo de sabedoria que não pode ser transmitida apenas com
palavras, mas que se revela a cada um de nós, de forma individual, no sentido de que cada ser
humano poderá enxergar apenas e tão somente, de acordo com a exata profundidade de seus
CONHECIMENTOS, DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL e exatamente de acordo com a
sua SABEDORIA. Por isso, após ver a E.´.F.´. o C.´.M.´. da um importante passo, que se
continuado nas direções propostas pela nossa Ordem, um dia o levará a enxergar a V. ´.L.´..

A Maçonaria nos quer HOMENS LIVRES e necessita para tanto, que sejamos também,
LIVRES PENSADORES. Mas eis que essa liberdade, só pode ser exercida em nome de um bem
maior, seja para si mesmo, seja em nome do próximo, da natureza ou exercido a favor da
humanidade. Nossa Ordem não quer que trabalhemos cegamente. Exatamente por isso ela não
se utiliza seu fascínio, influencia ou autoridade para que isso aconteça. Antes, ela pretende que
este desejo e essa ânsia de crescer, de servir e de ser livre, brote espontaneamente do fundo de
cada um de nossos corações. Mas que estas ações, não sejam apenas fruto de nossas
EMOÇÕES, visto que estas, assim como a IMAGINAÇÃO, amiúde podem nos induzir ao erro,
e é exatamente por isso que a Maçonaria pretende que nossas ações, sejam advindas das
certezas provenientes primeiramente da RAZÃO, e que apenas após analisada pelo crivo da
EMOÇÃO, possa então se CONVERTER EM AÇÃO e que estas, ORIUNDAS DO PLENO
EXERCICIO DO NOSSO LIVRE ARBITRIO, rejeitem tudo aquilo que nossa Ordem não
aceitar.
Posto isso, depreende-se que este primeiro dos dois PP.´. do C.´.M.´., em direção a E.´.F.´., seja
também o da CURIOSIDADE, DA BUSCA e o da LIBERDADE DE ESCOLHAS. Liberdade
esta que temos, para que quando conduzidos pela IMAGINAÇÃO (Que pode nos induzir ao
erro) quando em busca de novos conhecimentos, ao arriscarmo-nos nos perigos do
desconhecido, possamos agir com segurança, e isso apenas se dará se; ao darmos este
PRIMEIRO PASSO, (com liberdade apenas para se fazer o bem) estejamos sempre protegidos
sob a égide(3) da RAZÃO pelo SEGUNDO PASSO, cujo nome é AFETIVIDADE. Pois
retornando para o Eixo da Loj.´., que é a Linha do Equilíbrio, retornaremos também para a
segurança dos caminhos traçados pela nossa amada ordem , visto que nunca encontraremos fora
da M.´. outra moral mais pura nem ensinamentos mais proveitosos.

Seguindo este caminho, paulatinamente as dificuldades e asperezas da P.´.B.´. cairão sob os


golpes JUSTOS E PERFEITOS do nosso MAÇO que simboliza a FORÇA do nosso ESPIRITO
e se estes forem guiados pela SABEDORIA e senso de BELEZA através do CINZEL dará
forma e definirão os contornos de todas as nossas realizações conforme apreende-se em nossa
PRIMEIRA VIAGEM de C.´.M.´..

Nossa CONSCIENCIA é a RÉGUA, nosso COMPASSO é a RAZÃO, quando atuando juntos,


estes instrumentos medem e dão JUSTA MEDIDA às nossas ações e as alinham aos
PRINCICIPIOS DO BEM MORAL e da VERDADEIRA JUSTIÇA, o que nos proporciona a
certeza do pleno exercício do direito MORAL e confere legitimidade para todas as nossas ações.
Através destes instrumentos, quantizamos (4), medimos e visualizamos o resultado de nossos
atos, que se estiverem sendo guiados pela nossa SÃ CONSCIENCIA e estando de acordo com
os princípios maçônicos resultarão em ATOS JUSTOS E PERFEITOS.

Caminhando assim através de ATOS JUSTOS E PERFEITOS, avançaremos na vida social de


forma UTIL E HONROSA e nossa MORAL se transformará na ALAVANCA com a qual
moveremos o mundo e que resultará da certeza de agir de acordo com a expressão da força
divina, que SEMPRE pode resistir a tudo o que é impuro, aético (5), corrupto ou tirânico e que
multiplica a força física, moral e intelectual e espiritual do C.`.M.`.

Portanto queridos IIR.´., digo que A ALAVANCA É A FORÇA proveniente da MORAL e da


RETIDÃO que nos é conferida pela RÉGUA e pelo ESQUADRO, pela TRANSPARENCIA,
pela CONSCIENCIA LIMPA e pela CERTEZA de se estar fazendo o bem, o JUSTO e o
PERFEITO. Também vislumbro que o seu apoio é e sempre será A LÓGICA BASEADA NO
AMOR, sempre A SERVIÇO DO BEM COMUM.

Que nossas ações reflitam nossas reais necessidades e obrigações e não apenas gostos pessoais,
que nossos corações não calculem nossos afetos, que ao invés de nossos corações pensarem com
nossas mentes, que nossas mentes pensem através de nossos corações. Que não se premedite o
bem, que a caridade não se transforme em vaidade, que nossa mão direita desconheça tudo o
que fizer a esquerda. Que nossos cinco sentidos se desenvolvam cada vez mais e que somados
às nossas inteligências e ao nosso raciocínio, nos leve a dominar as sete ciências, que
consigamos elevar cada vez mais os nossos pensamentos e que estes estejam sempre
consonantes com os de nossa sublime ordem, para que possamos ver, julgar e eliminar nossos
próprios defeitos e a partir dos frutos destes conhecimentos, tornar mais acertadas nossas
próprias decisões. Que eu me afaste cada vez mais, do burburinho (6) das paixões, das ambições,
das lutas, dos tumultos das querelas dos partidos e que aprendamos a deixar que a obra do mal
venha a se extinguir por si mesma. Que através do ESTUDO, do TRABALHO e da
MEDITAÇÃO e com o auxilio do G.´. A.´.D.´.U.´., nossas ações sejam sempre dirigidas pelo
espírito da RETIDÃO, DA JUSTIÇA E DA VERDADE e que passo após passo, todos
possamos galgar o ponto mais alto da ESCADA DE JACÓ, no topo da qual divisaremos então a
plenitude do significado da E.´.F.´.. e da V.´. L.´.

Oriente de Guarulhos, 12 de novembro de 2.012 da E. ´.V.´.

IR. ´. C.´. M.´. Francisco Tadeu Leite

Bibliografia: - Manual do C. ´. M. ´.

Glossário: -

1)- Escrutina: Examina, cuidadosa e detalhadamente.

2) - Éter: LAROUSSE CULTURAL - 2. No ocultismo, substância primordial e


universal, agente fluídico geral capaz de se particularizar.

3) - Égide: - Escudo (esp). o de Palas Atenas, (deusa grega). O que serve de amparo,
defesa, proteção: Estamos sob a égide da lei.

4) - Quantizar: - Fazer a quantização de (um sistema físico) - : quant(um) + - izar. -


Quantum, 1. Fís. A menor quantidade, indivisível, de energia eletromagnética. 2. Est.
Em estatística, quantidade física de algo (em unidades, peso etc., produzido, exportado,
importado etc.), sem considerar seu valor. 3. Jur. Quantidade que toca a cada um em
uma partilha. 4. Jur. Montante de uma indenização.

5) - Aético: - Que é contrário à ética. 2. A que falta ética, ou que não respeita a ética, é
alheio a ela, não a tem como orientadora de comportamento.

6) - Burburinho: - som confuso, trêmulo e prolongado de muita gente falando ao mesmo


tempo; ruído, rumor, murmúrio.

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