À G.´.D.´.G.´.A.´.D.´.U.´.

AUG.´.RESP.´.LOJ.´.SIMB.´.JAIME JANEIRO RODRIGUES Nº 400

V.´.M.´. – Ir.´. 1º Vig.´. – Ir.´. 2º Vig.´. – Past Máster – OOF.´. – Meus IIr.´.

S.´.
F.´. U.´.
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QUINTA INSTRUÇAO - Apr.´.M.´.

Queridos IIr.´.

Não me lembro onde e nem quando, mas certa ocasião, li em algum lugar, que para se saber
bem, é preciso aprender varias vezes e talvez por isso a Quinta Instr.´.de Apr.´. M.´., inicia-se
recordando-nos que nossa Loja tem o formato de um Quadrilongo cuja altura vai da Terra ao
Céu, com comprimento que vai do Or.´. ao Oc.´. e cuja profundidade vai da superfície ao
centro da terra para nos relembrar que nossa Loja representa o Universo e tudo que
aprendemos em Loja, deve ser empregado em todos os lugares pois o Universo é a nossa
oficina.

A Quinta Inst.´. de Apr.´. também nos relembra que nossa Loja se apóia em três CCol.´. ; A
SABEDORIA, representada pelo V.´.M.´., A FORÇA, representada pelo Ir.´. 1º Vig.´. e a Beleza
que é representada pelo Ir.´. 2º Vig.´. e que estas 3 colunas são o complemento de tudo, pois
sem elas, nada é perfeito ou durável. Pois de nada adianta a SABEDORIA sem a FORÇA, por
outro lado a FORÇA sem sabedoria só nos causaria o mal e a SABEDORIA e a FORÇA sem a
BELEZA tiraria de nossa vida toda a razão de ser, nossa jornada resultaria arida e de
nenhum modo nos traria harmonia, bem estar ou felicidade.

A MAÇONARIA, combate a IGNORANCIA em todas as suas formas, pois pobre do Homem

que nada sabe , e que é incapaz de enxergar através da venda que lhe cobre os olhos. A
IGNORANCIA, mãe de todos os vícios e raiz de todos os males tem como principio o NADA
SABER, SABER MAL O QUE SABE ou ainda saber outras coisas além do que deve saber.

Quanto mais um povo é ignorante mais ele é escravo. Escravo de suas errôneas idéias,
escravo de suas paixões, escravo de Governos despóticos que se utilizam da ignorância do
povo como instrumento de manutenção do poder, escravo do destino, escravo das
circunstâncias, escravo de outros homens e escravo de sua própria IGNORANCIA, que
induzindo-o sempre ao erro, trava uma luta acirrada contra o progresso e entre outros
malefícios, impossibilita o homem de conhecer seus direitos, seus caminhos, de enxergar a
verdade e de ver a luz.

A exaltação religiosa é outro dos grandes malefícios da Humanidade. Quem dela é tomado,
corre o risco de praticar toda a sorte de ações condenáveis EM NOME DE SUA FÉ. A história
esta repleta destes exemplos e desde épocas imemoriais até os dias presentes, mata-se,
rouba-se, mente-se, escravizam-se os semelhantes e cultua-se a demonização de qualquer
outro que não compactue das mesmas crenças, idéias ou religiões. Por isso o fanatismo
deve ser combatido por cada Ir.´. , sempre cuidando para que ele próprio não seja também
acometido pelo mesmo mal que julga combater.

Fortalecemo-nos para estes embates através da SOLIDARIEDADE MAÇONICA que nos une e
que é fundamentada em um sentimento nobre, que fortalecendo nossos laços de
Fraternidade nos auxilia a superar os obstáculos e as intempéries da vida, e nos tornam
cada vez mais fortes e preparados para que possamos continuar a espalhar o bem e
contribuir de todas as formas para o progresso da humanidade, cultivando e adquirindo
firmeza de caráter e uma nítida compreensão de todos os nossos deveres sociais e dos
altos ideais de nossa amada Ordem.

Assim como ao acender uma luz combatemos a escuridão, e ao espalharmos o Bem

estamos de combatendo o mal. Auxiliarmos um Ir.´. é um ato que deve vir acompanhado do
sentimento de amor fraterno e de muita alegria, pois ao auxiliarmos um Ir.´. na verdade
estaremos fortificando uma luz QUE JÁ BRILHA NO UNIVERSO, pois que cada MAÇOM deve
ser sempre uma luz que brilha no seio de sua pátria, de sua família, de seu trabalho, de seus
amigos e da sociedade. Em virtude disso, toda vez que auxiliamos e fortalecemos um Ir.´.
estamos na verdade, fortalecendo o A SOCIEDADE e o UNIVERSO como um todo, pois
assim que fortalecido este Ir.´. terá mais e melhores meios e forças para realizar sua obra no
seio da MAÇONARIA e da HUMANIDADE. Saibamos antes e porem que a SOLIDARIEDADE
MAÇONICA, nunca, de nenhuma forma e sob nenhuma circunstancia, deve ser dirigida aos
que fugindo de suas responsabilidades se desviam do caminho da moral e da honra, pois
que ao agirmos de tal forma, ao invés de acendermos uma luz no universo, estaríamos
tomando a direção contraria do que pregam nossos ensinamentos e compactuando com
atos, que fortalecendo as trevas e apagariam as luzes que iluminam nossos corações e
atentam contra os ensinamentos de nossa ordem e da justiça universal.

Em igualdade de circunstancias é sempre meu dever dar preferência a um Ir.´., porem que
isso apenas aconteça, desde que ao fazê-lo eu não cometa uma injustiça que fira minha
consciência, pois não seria justo e nem honesto privilegiar o menos apto ou o menos digno
de trabalhar pelos interesses da sociedade ou da Pátria ou de nossa Ordem.

Antes de acolher a um profano, nossa amada ordem examina-lhe a inteligência, caráter e

probidade e apenas e tão só por isso, não há o que se estranhar quando vemos nossos Ir.´.
galgarem posições elevadas e de grandes responsabilidades sociais, conquistando a
riqueza, a sabedoria, a felicidade e a profundidade de idéias e a clareza de espírito que tanto
almejamos.

Apesar de todo cuidado que existe na escolha dos profanos que são convidados a adentrar
em nossa Ordem, por vezes ocorrem enganos, e nela ingressam elementos interessados
apenas em tirar proveito próprio de nossa associação. Alguns deles, em virtude da
convivência, dos ensinamentos e da egrégora que nos cerca, recuperam-se e se
transformam em valorosos obreiros, mas para aqueles que não são tocados pelos nossos
princípios existem as LEIS MAÇONICAS que nos oferecem meios seguros de separarmos o
Joio do Trigo e retirar de nossas fileiras aqueles que não correspondem as nossas
expectativas de retidão éticas e morais.

Em resumo, a JUSTA SOLIDARIEDADE MAÇONICA é apenas mais uma das ferramentas ou

instrumentos que utilizamos no nosso trabalho diário e deve ser usufruída apenas por quem
trilha o caminho do bem, que busca educar-se, instruir-se, desenvolver e praticar a
tolerância e que de acordo com os ensinamentos da Maçonaria sempre estende as mãos
para dar e não para pedir, a não ser nos casos da mais justa necessidade, estando assim
sempre a serviço da HUMANIDADE.

Oriente de Guarulhos, 23 de Outubro da E.´.V.´.

Ir.´. Francisco Tadeu Leite – Apr.´. M.´.