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O GRAU DE COMP?

Ir?Antônio Julião da Silva, Comp?Maç?

Or.'. de São José, 10 de maio de 2007, E?V?

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1 INTRODUÇÃO

A presente peça de arquitetura abordará de forma abreviada, mas procurando


trazer o que é essencial, todo o simbolismo do Grau de Comp?Maç?
Apresentará quais os requisitos necessários para que o Apr? possa ser elevado
ao Grau de Comp?, o Simbolismo das cinco viagens que o Apr?deverá realizar para
ser Elevado e fará um aporte suscinto das Cinco Instruções do Grau de Comp?- cujo
complemento deve ser buscado pelo leitor em obras Maçônicas.
Alguns itens, pela sua importância Simbólica, serão abordados à parte, embora
englobadas pelas cinco instruções do Grau: o Avental, a Marcha, o Toque, o Sinal e as
PP?.

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Requisitos necessários para que o Apr? possa ser elevado ao Grau de Comp?
Maç?

Após termos dado provas da nossa dedicação à causa em que estamos


empenhados, sendo devidamente instruídos pelos MM? durante o tempo necessário no
Grau de Apr? Maç?(t?a?), manifestamos nosso desejo em passar da Perpendicular
ao Nível, fomos submetidos à cinco viagens64.
Concluída as cinco viagens, demos ao Ir? Exp?a Pal?Sagr?do Apr? e
praticamos nosso último trabalho nesse 1º Grau Simb?.
Marchamos como AApr?até o Alt? do Ir? 2º Vig?, contemplamos a Est?
Flam?que “[...] não só é o emblema do gênio que leva o homem à prática das grandes
ações, mas também, o símbolo do Fogo Sagrado, com que nos dotou o G? A? D?
U?, e sob cujos raios devemos discernir, amar e praticar a verdade, a justiça e a
equidade.”65
Prestamos o compromisso solene de Comp? Maç?e passamos à trabalhar na
P? Cub?, políndo-a.
A jóia do Companheiro é a P? C?, destinada ao polimento e
justaposição, para a construção do Templo Simbólico, ou do Edifício
Social erguido com os fundamentos, juntas e cimento de
Fraternidade e amor ao Próximo, e com a solidez da verdadeira

64
ASLAN define viagens como sendo “Provas físicas a que são submetidos os candidatos, no
decorrer de sua Iniciação, na Maçonaria. Estas viagens imitam as que eram realizadas na
antigüidade pelos candidatos aos Grandes Mistérios e durante as quais percorriam grandes
subterrâneos, semeados de perigo, que tinham por finalidade provar a fortaleza de ânimo do
candidato. Na Maçonaria, no entanto, as viagens têm apenas um significado simbólico.
Representam a luta pela vida e, significam que não é sem dificuldades que se adquire as
virtudes. São para o Aprendiz, a representação da vida do homem. Para o Companheiro,
simbolizam o trabalho que proporciona a busca do conhecimento, [...].” ASLAN, Nicola.
Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia. 2. ed. Londrina: Ed.
Maçônica “A Trolha”, 2. ed.., pp. 1207 e 1208. Sobre o mesmo verbete ALEC MELLOR,
citado por ASLAN, define viagem como “Termo aplicado às perambulações do candidato ao
redor da Oficina no decorrer de suas provas. No 1º Grau, simbolizam a vida humana; no 2º Grau
a busca da Iniciação; [...]. Viagens simbólicas estão em uso igualmente nos Altos Graus do R?
E? A? A?, até ao 33º Grau inclusive. O simbólico viajante é geralmente acompanhado de um
guia e este último reveste ele mesmo, às vezes, o caráter de um personagem. Assim, no Grau de
Cavaleiro Rosa-Cruz, ele figura o arcanjo Rafael.” ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 1208.
65
Ritual de Companheiro Maçom. Grande Oriente de Santa Catarina. 2001, 1. ed., p. 42.

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Justiça, esta considerada no seu sentido amplo, isto é, social, sempre
atual e com o objetivo de satisfação geral.66 (os destaques são do autor)
Passamos então a receber nosso salário na Col? do S?pelo Ir? 2º Vig?.

2.2 Simbolismo das cinco viagens empreendidas pelo Apr?para ser elevado ao
Grau de Comp? Maç?

Assim como fizemos em nossa iniciação, a elevação ao Grau de


Comp?Maç?sujeita o pretendente a realizar viagens repletas de Simbolismo.

2.2.1 A primeira viagem: o Apr?Maç?deixando a régua que porta e recebendo o


Maço e o Cinzel, segurando-os com a mão esquerda, pratica a primeira viagem

A Primeira Viagem do Irmão companheiro é um tecido de meditações.


[...] Para que possais preencher as condições impostas pela Primeira
Viagem, é preciso que todas as vossas faculdades venham em vosso
auxílio. O estudo obriga vossos sentidos a uma ação exterior, a mais
essencial no interesse de vossas faculdades intelectuais, isto porque os
sentidos, mal compreendidos ou mal governados, acarretam desvio do
espírito e desordem do coração. 67 (grifamos)

O Maço simboliza “a força que age em direção do espírito” e o Cinzel, para o


Companheiro Maçom, “é o agente imediato do gênio, que embeleza e aperfeiçoa o que é
informe e grosseiro”.
Essa primeira viagem simboliza o primeiro ano do Comp? Maç? e os cinco
sentidos humanos (visão, audição, tato, paladar e olfato).68
Agora que a pedra bruta já está devidamente desbastada pelo trabalho do Apr?
Maç?, deve o Comp? Maç? empregar o Maço e o Cinzel para dar àquela Pedra o
devido polimento e elegância de formas que a tornará útil à construção de uma
sociedade melhor, convergindo todos os seus esforços no sentido de modificar,
melhorar e desenvolver as próprias faculdades.

66
VAROLI FILHO, Theobaldo. Op. Cit., p. 10.
67
Instruções do Grau de Companheiro Maçom. Grande Oriente de Santa Catarina – R? E?
A? A?, 2001, p. 11.
68
Para Leonardo da Vinci, “os cinco sentidos são os guias da alma”.

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“[...] os sentidos são os fatores de nossa inteligência e os agentes de nossas
faculdades. O desenvolvimento do pensamento está ligado ao bom funcionamento dos
sentidos e à sua sã educação.”69
SANT’ANNA CRUZ70 refere que a personalidade humana caracteriza-se pelo
desenvolvimento relativo, mas desigual, dos sentidos:
Por meio deles, adquirimos o conhecimento do mundo exterior e
desenvolvemos a nossa capacidade de sentir e de pensar, pois por eles
recebemos as impressões do mundo exterior que são o fator
fundamental na formação de idéias e emoções. Conhecê-los é, portanto,
desenvolver e aperfeiçoar as nossas faculdades intelectuais e morais.”
(destacamos)

Já a partir de nossa Iniciação, descobrimos a importância dos nossos cinco


sentidos, quando vendados (falta da visão) e guiados (tato) pelo Ir? Experto, fazemos
nossas três viagens, ouvindo (audição) sons dos mais variados, sentimos o cheiro
(olfato) de incenso, provamos (paladar) o conteúdo da taça sagrada e a final, recebemos
a “Luz” (visão).
ASLAN71 diz que,
Do ponto de vista maçônico, estas faculdades servem:
O olfato, para sentir os perfumes usados na purificação e cujo cheiro
tem ação na modificação ou na formação de um ambiente apropriado.
A audição, para ouvir as Palavras de Passe e Sagradas.
A visão, para ver os Sinais.
O tato, para perceber os Toques.
O paladar, para sentir a diferença de gosto no mesmo Cálice: a doçura
e a amargura, a fim de compreender a diversidade da sorte.
No segundo lance da Escada de Caracol constante no Painel Alegórico do Grau
de Comp? Maç?, com cinco degraus, que simbolizam também a idade do Comp?,
estão inscritos os cinco sentidos humanos.72

69
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Simbologia Maçônica dos Painéis – Lojas de Aprendiz,
Companheiro e Mestre. Londrina: A Trolha, 1997, p. 188.
70
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. cit., p. 188.
71
ASLAN, Nicola. Op. Cit., pp. 1051 e 1052.
72
Ver anexo I com detalhe dos degraus da Escada de Caracol.

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2.2.2 A segunda viagem: o Apr?Maç?deixando o Maço e o Cinzel, e recebendo o
Compasso e a Régua, que serão levados com a mão esquerda, pratica a segunda
viagem

“[...] Isto simboliza que vossa consciência é a Régua mística, que deve medir e
alinhar vossas ações, ante o grande princípio do bem moral. Vossa razão é o Compasso
da Justiça, que assegura o direito e determina sua origem e legitimidade.”73
“[...] é o símbolo do segundo ano, no qual o Apr? deve adquirir os elementos
práticos da Maçonaria, isto é, a arte de traçar linhas sobre os materiais desbastados e
aplainados, o que só consegue com a Rég? e o Compasso.” 74 (grifo nosso)
Simboliza o estudo da arte de arquitetura, suas cinco nobres ordens: Jônica,
Dórica, Coríntia, Toscana e Compósita.75 As três primeiras pertencem à ordem Grega e
as outras duas à Romana.
Essas cinco nobres ordens arquitetônicas estão representadas no corrimão
existente no segundo lanço dos cinco degraus da Escada de Caracol.
As três primeiras colunas foram objeto de estudo no Grau de Apr? Maçom e
representam as três luzes da L? e seus atributos: a Coríntia o S? V?, a Beleza, Hiram
Abi; a Dórica o P? V?, a Força, Hiram rei de Tiro; e a Jônica o V? M?, a Sabedoria,
Salomão.76
As colunas Toscana e Compósita (Romanas) aparecem apenas no Grau de
Comp? e, embora não tenham um simbolismo específico, representam “[...] os dois
IIr? que, somados ao V? M? e aos VV? , constituem a Loja”.77
Os Maçons operativos utilizaram o conhecimento dessa arte para embelezar os
templos e prédios que construíram.
Para os MMaç?especulativos simboliza o seu aperfeiçoamento moral e
intelectual para que venha servir a humanidade.
2.2.3 A terceira viagem: o Apr? Maç? deixando o Compasso, e recebendo a
Alavanca que deverá levar juntamente com a Régua, na mão esquerda, apoiados
no ombro esquerdo, pratica a terceira viagem

73
Instruções do Grau de Companheiro Maçom. Grande Oriente de Santa Catarina – R? E?
A? A? 2001, p. 12.
74
Ritual de Companheiro Maçom. Grande Oriente de Santa Catarina – R? E? A? A?,
2001, pp. 39 e 40.
75
Mais detalhes sobre essas cinco nobres artes arquitetônicas, acessar:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_arquitect%C3%B3nica#As_ordens_gregas>.
76
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. cit., p. 189.
77
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. cit., p. 189.

125
“[...] simboliza o terceiro ano, no qual se confia ao Apr? a direção, o transporte
e a colocação de materiais trabalhados, o que alcança com a Rég? e a Alav?.”78
“Dando-vo a Alavanca79, emblema do poder que sustenta o fraco e faz
tremer o mau, a Maçonaria desejou simbolizar a expressão da força
divina, da força moral, da que resiste a tudo o que é impuro e corrupto,
a tudo o que é arbitrário ou tirânico, a ignorância, à superstição, aos
impostores que se aproveitam da ignorância dos povos para torná-los
impotentes escravos de seus caprichos. [...] O saber sem critério é uma
luz mortiça, e sem sacrifício, os atos virtuosos são, muitas vezes,
estéreis. [...].” (sublinhamos)
Essa terceira viagem simboliza o estudo das Artes e Ciências Liberais que
devemos estudar e aplicar com critério.
São elas: a Gramática, a Retórica, a Lógica, a Aritmética, a Geometria, a
Astronomia e a Música.
A Gramática estuda a linguagem falada e escrita. Representa o Apr? Maç?
pois, simbolicamente, n? s? l? n? e? a? s?.
A Retórica é a arte de falar bem, de usar todos os recursos da linguagem com o
objetivo de provocar um efeito determinado nos ouvintes, simboliza o M?.
A Lógica é a arte de pensar, disciplina a argumentação e o pensamento.
Simbolicamente é a Arte do Companheiro que, já conhecendo os
símbolos considerados separadamente, soletrados, agora já pode estuda-
los de uma forma conjunta, silabada, como o faz nas Viagens da
Elevação, onde as ferramentas lhe são apresentadas combinadas.80
A Aritmética é a parte da Matemática que trata do cálculo numérico.
A Geometria81 é o ramo da Matemática que estuda o espaço e as figuras que nele
se podem conceber.
“Esta, era a principal ciência para a edificação de edifícios e, conseqüentemente,
a mais estudada pelos Maçons Operativos”.82

78
Ritual de Companheiro Maçom. Grande Oriente de Santa Catarina – R? E? A? A?,
2001, p. 40.
79
Arquimedes (287-212 a. C.), matemático e inventor grego, foi quem estabeleceu as leis da
Alavanca, só as divulgando depois que conseguiu as explicações racionais para a teoria. É muito
conhecida e popularizada sua frase “dai-me uma alavanca e um ponto de apoio e moverei a
Terra”, que destaca a utilidade e o seu poder.
80
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. cit., p. 192.
81
É conhecida pelos MMaç? especulativos como a “Quintessência”.
82
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. cit., p. 192.

126
A Música é a “Arte e técnica de combinar os sons e tonalidades de modo
agradável ao ouvido”.83
Segundo Leibniz (1646-1716), matemático e filósofo alemão, “a música nada
mais é do que uma operação matemática que a alma executa sem saber”.
A Astronomia é a Ciência que estuda o movimento e a constituição dos astros.
Essa Artes ou Ciências liberais, “[...] eram tradicionalmente ensinadas nas Lojas,
paróquias e municipalidades e os mestres dessas escolas eram chamados de scholastius
ou Escolásticos, que posteriormente foi estendido a todos aqueles que tivessem
adquirido conhecimentos através de uma Escola.”84
Tinham seu estudo dividido em duas partes: Trivium (cursado em 4 a 5 anos e
onde se ensinavam a Gramática, a Retórica e a Lógica) e o Quadrivium (cursado em 3 a
4 anos e onde se ensinavam a Aritmética, a Geometria, a Astronomia e a Música).85
Concluído o Quadrivium, “[...] podia-se optar por uma Universidade, a
Universitas Scholarium et magistrorum (Corporações de estudantes e professores), para
o estudo de Teologia, Medicina e Direito, tendo sido posteriormente incluída a
Arquitetura.86

2.2.4 A quarta viagem: o Apr? Maç? deixando a Alavanca, e recebendo o


Esquadro, que deverá levar juntamente com a Régua, na mão esquerda, apoiadas
no ombro esquerdo, pratica a quarta viagem

Simboliza o quarto ano de um Apr?, “[...] no qual ele deve ocupar-se


principalmente na elevação do edifício, na direção do seu todo [...]”.87
Então, os horizontes do vale começam a refletir os raios de luz; a
Estrela Flamejante vai aparecendo e logo a luz invadirá o Templo. [...].
Assim, como digno filho da Maçonaria, vos entregará ao estudo e ao
trabalho, empregando vossas horas de ócio para nutrir o vosso coração
com o espírito de solidariedade, que Deus inspirou ao homem virtuoso.

83
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa. 2. ed. Reform. São
Paulo: Ediouro, 2000, p. 649.
84
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. cit., p. 191.
85
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. cit., p. 191.
86
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. cit., p. 191.
87
Ritual de Companheiro Maçom. Grande Oriente de Santa Catarina – R? E? A? A?,
2001, p. 41.

127
Dessa forma, chegareis à perfeição moral e cumprireis a missão que vos
compete como construtor social.”88
Essa viagem é destinada ao estudo da Filosofia89, em especial, aos seguintes
filósofos da antigüidade: Sólon, Sócrates, Licurgo e Pitágoras.90

2.2.5 A quinta viagem: o Apr? Maç? deixando o Esquadro e a Régua nada leva.
O M? de CCer? coloca a ponta de uma espada sobre o seu coração, que a fixa
com os dedos, o polegar e o indicador da mão direita, praticando a quinta e última
viagem

“Esta quinta viagem mostra que o Apr? suficientemente instruído das práticas
manuais, durante o quinto e último ano, deve aplicar-se ao estudo teórico”.91
É dedicada à Liberdade:
De vós depende tornar-vos homem útil à Humanidade. A Liberdade,
tesouro social, alma da vida, princípio de nossa natureza, ou melhor, da
natureza de todos os seres que possuem um instinto; a Liberdade que,
infelizmente, tanto é confundida com a licenciosidade, impõe ao
homem social deveres tão pesados que se os fracos e ambiciosos
pudessem compreendê-los, jamais desejariam possuí-la. E, no entanto, a
Liberdade é necessária ao homem, como o sol à terra. A sabedoria
humana esbarra ante as dificuldades de usar a Liberdade, sem negá-la a
seus semelhantes. O grande segredo de gozá-la, sem desordem, consiste
na arte de vencer essas dificuldades e é isso que a Maçonaria vos ensina
pelo simbolismo de vossa passagem a Companheiro.92
O Apr? nessa última viagem não porta mais nenhum instrumento de trabalho
pois já se encontra devidamente instruído, livre para ocupar seu lugar no edifício social.

88
Instruções do Grau de Companheiro Maçom. Grande Oriente de Santa Catarina – R? E?
A? A?, 2001, p. 14.
89
Peça de arquitetura “Alguns temas para o Segundo Grau”. Disponível em:
<http://www.freemasons-freemasonry.com/segundo_grau.html>. Acesso em: 10 maio 2007.
90
DA CAMINO, Rizzardo. O Companheirismo Maçônico. São Paulo: ed. Madras.
91
Ritual de Companheiro Maçom.Grande Oriente de Santa Catarina – R? E? A? A?,
2001, p. 41
92
Instruções do Grau de Companheiro Maçom.Grande Oriente de Santa Catarina – R? E?
A? A?, 2001, pp. 14 e 15.

128
A espada contra o peito “representa a proteção do Anjo da Guarda para o
Homem que, expulso do Éden, precisa defender-se do mal que existe no mundo externo;
que ele não entra no seu Templo Interior”93.

2.3 Instruções do Grau de Comp? Maç?

Assim como os AApr?, os CComp? recebem instruções em L?, agora em


número de cinco.

2.3.1 A Primeira Instrução

Aborda as deduções morais e filosóficas contidas na Cerimônia de Elevação,


interpretando as cinco viagens empreendidas pelo Apr?Maç? para ser elevado ao Grau
de Comp? e que já foram abordadas no item 2.2 retro.

2.3.2 A Segunda Instrução

Refere-se aos Painéis (do Grau e Alegórico) da L? de Comp? Maç?, ao


traçado dos meios postos à disposição do Comp? para atingir a perfeição exigida na
realização do seu trabalho.
Resumidamente, os elementos contidos nos Painéis do Grau de Comp? Maç?,
apresentam as seguinte interpretações, segundo SANT’ANNA CRUZ94:
Elementos comuns ao Grau de Apr? Maç?:
x Orla Dentada: Atração Universal, através da Fraternidade;
x Pavimento Mosaico: Harmonia dos contrários. No Grau de Comp?”[...]
traduzem a rigorosa exatidão que a tudo equilibra no domínio de nossos
sentidos, submetidos, fatalmente, à lei dos contrastes.”95
x Pórtico: Umbral da Luz;
x Delta: Divindade;
x Três Janelas: As três Luzes da L?: O V? M?, o P? V? e o S? V?,
a Sabedoria, a Força e a Beleza;

93
Peça de arquitetura “Alguns temas para o Segundo Grau”. Disponível em:
<http://www.freemasons-freemasonry.com/segundo_grau.html>. Acesso em: 10 maio 2007.
94
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Simbologia Maçônica dos Painéis – Lojas de Aprendiz,
Companheiro e Mestre. Londrina: A Trolha, 1997, pp. 137-197.
95
Instruções do Grau de Companheiro Maçom. Grande Oriente de Santa Catarina – R? E?
A? A?, 2001, p. 31.

129
x Maço: Vontade;
x Cinzel: Inteligência;
x Régra de 24 polegadas: Retidão de caráter e a Exatidão de conduta.
Representa a divisão do dia entre o trabalho, o repouso e o estudo;
x Pedra Bruta: Representa os AApr?;
x Prancheta: Representa os MM?;
x Esquadro: Retidão, a Moralidade, a Matéria;
x Compasso: Justiça, o Espírito;
x Nível: Igualdade;
x Prumo: O Equilíbrio, a Prudência e a Retidão;
x Espada: A Igualdade e também o Poder e a Autoridade. Representa
ainda a Coragem, a Lealdade e a Honra;
x Sol e Lua: Antagonismo da Natureza que gera o equilíbrio, pela
conciliação dos contrários;
x Estrelas: Em número de sete representam o número mínimo de IIrm?
que deverão estar presentes para se abrir uma Loja e ainda as 7 Artes e
Ciências Liberais. Quando em número indeterminado representa a
Universalidade de Maç?;
x As Colunas “B” e “J”: A Coluna “B” localiza-se ao Norte da L?, onde
sentam-se os AApr?. Recebe o nome de Booz ou Boaz, que significa em
força, com força, solidamente. É também a P? S? do Grau de Apr?A
Coluna “J”, estudada detalhadamente no Grau de Comp?Maç?., situa-
se ao Sul da L?, onde sentam-se os CComp?. Recebe o nome de Jackin,
que significa estabilidade, firmeza, sendo esta a P? S? do Grau de
Comp?. Quando reunidas, querem dizer Beleza, representando ainda os
dois pontos solsticiais.

Outros elementos contidos nos Painéis:


x Os Capitéis: SANT’ANNA CRUZ96, aponta que os globos celeste e
terreste contidos acima das CCol? Vestibulares, seriam adaptações,
“[...] sendo difícil acreditar que em 1.000 a. C. [ano previsto da

96
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. Cit., p.p. 150 e 151.

130
conclusão do Templo de Salomão] já se conhecesse sobre a
esfericidade da Terra.” Dessa forma os globos celeste e terrestre não
poderiam constar acima das colunas “B” e “J” do Templo de
Salomão, pois o primeiro Mapa da Terra, que se tem notícia foi
elaborado pelo grego Anaximander, por volta do ano 500 a.C. e a
Teoria da Terra Redonda de Nicolau Copérnico e Galileu Galilei,
quase 1.500 d.C.97
x A Pedra Polida: Representa o Comp?, simbolizando o homem
desbastado, aperfeiçoado, pronto para ocupar o seu lugar na
Construção Social a que a Maç? se propõe;
x Os Degraus: Os Degraus podem ser vistos no Painel Simbólico, em
número de 5, representando a idade do Comp? Maç? e no Painel
Alegórico, na Escada de Caracol98, composto de 3, 5 e 7 degraus,
possuíndo o seguinte simbolismo: primeiro lanço com 3 degraus onde
estão desenhados, pela ordem, o Prumo, o Nível e o Esquadro,
representam, respectivamente o V? M?(Salomão). o P?
V?(Hiram rei de Tiro) e o S? V? (Hiram Abi), simbolizando
também a id? do Apr?. O segundo lanço com 5 degraus,
representam a i? do Comp?, onde estão inscritos os cinco sentidos
(Audição, Visão, Tato, Olfato e Paladar). Para o Rito de York,
representam ainda os cinco IIr? que constituem uma L?. Vê-se
também um corrimão, onde estão representadas as cinco nobres
ordens da arquitetura: Jônica, Dórica, Coríntia, Toscana e Composita.
x A Corda com Nós: No Painel do Rito Escocês, Antigo e Aceito
utilizado pelas LL? francesas há uma Corda com 9 nós ou laços e no
Painel Simbólico aparece em quantidade de 3. Há quem interprete a
Corda com 3 nós como as três fases da vida humana: a infância, a
Juventude e a Maturidade; já a de 9 nós: Trabalho, Caridade, Família,
União, Espiritualidade, Igualdade, Sinceridade, Saber e Sigilo. As
duas borlas: Força e Beleza e todos os atributos para chegar-se à

97
ASSIS CARVALHO, Francisco de. Xico Trolha. Companheiro Maçom. 3.ed. Londrina:
Ed.Maçônica “A Trolha”, 2006, pp. 74 e 75.
98
Ver anexo I: detalhe da Escada de Caracol.

131
Verdade. Entretanto, esses duas Cordas representariam, A Corda de
81 Nós, já estudado no Grau de Apr? que representa a Cadeia de
União, o sentimento de União Fraterna que une todos os MMaç?.
x A Alavanca: É o símbolo da força, da firmeza da alma, da coragem
inquebrantável do homem independente, serve para vencer a
resistência da inércia e possibilita o desempenho de grandes tarefas.
Bem empregado pode vencer grandes resistências, desde que
sabendo-se dosar a força e a inteligência99. Do ponto de vista
intelectual, a Alavanca exprime a segurança da lógica e a força da
vontade, que se tornam irresistíveis quando emanam da inteligência
isenta e da justiça.
x O Esquadro e o Compasso na Posição do Grau100: A posição
desses dois instrumentos de trabalho identificam o Grau em que a L?
está trabalhando. Os ramos do Esquadro estarão sempre voltados para
o Oriente e o Compasso com suas pontas voltadas para o Ocidente.
No Grau de Comp?, o Esquadro e o Compasso se apresentam
entrelaçados, com o ramo direito do Esquadro sobre a haste direita do
Compasso, mas com a haste esquerda do Compasso livre, sobre o
ramo esquerdo do Esquadro, simbolizando que o Comp? já alcançou
um estágio evolutivo de equilíbrio entre Matéria e Espiritualidade.
Essa posição do Esquadro e do Compasso demonstra ainda que a
mente turvada por preconceitos e conveções que impediam o Apr?
de livremente pesquisar e procurar a Verdade, começa a se abrir e o
Comp?, já com certa liberdade de raciocínio, encotra-se no caminho
para se tornar um verdadeiro Livre-Pensador, que lhe possibilitará
entrar a Verdade101.

99
“dai-me uma alavanca e um ponto de apoio e moverei a Terra” (Arquimedes – 287-212 a.C.-,

Ver anexo II: posição do esquadro e do compasso no Grau de Comp? Maç?.


matemático e inventor Grego).
100
101
Os antigos sábios Chineses já diziam que “[...] existe a sua verdade, a minha verdade e a
verdade verdadeira.” (BETTO, Frei. A mosca azul. Rio de Janeiro: Rocco, 2006, p. 231). “O
desafio é buscarmos, juntos, a verdade verdadeira”. (BETTO, Frei. Op. Cit., p. 231).

132
x A Trolha102: Consta apenas no “Painel Simbólico” e, segundo,
SANT’ANNA CRUZ103 não faz parte do ritual do Grau de Comp?
do R? E?A? A?, pertencendo, conjuntamente com a Espada, em
um Grau Filosófico do mesmo Rito. Já no Rito Moderno, que se
utiliza apenas desse “Painel Simbólico”, a Trolha integra o
simbolismo do Grau 2, sendo utilizada, inclusive, na Cerimônia de
Elevação, na Quinta Viagem, glorificada ao Trabalho. Há uma grande
controvérsia com relação ao nome correto desse instrumento que é,
também, a Jóia distintiva do cargo de Arquiteto: Trolha ou Colher de
Pedreiro? Com base nas definições do dicionarista da lingua
portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda, conclui-se que aquele
instrumento triangular que consta desse Painel, não é uma Trolha e
sim uma Colher de Pedreiro. Controvérsias à parte, os dois
instrumento tem a mesma finalidade, o de “alisar, desempolar e
desempenar”, segundo aquele dicionarista, ou “perdoar um agravo,
esquecer uma injúria, desprezar um ressentimento”, como dispõe o
Ritual do Rito Moderno. Justificando sua preferência pela Colher de
Pedreiro à Trolha, SANT’ANNA CRUZ argumenta: “Ressalte-se que
Tolerância e Indulgência não podem ser confundidas com Conivência
ou omissão. Tolerar é uma virtude, se omitir é um erro. Ser
indulgente é uma coisa, ser conivente é outra. Nesse sentido, parece
que a figura da Colher de Pedreiro está mais de acordo com a virtude
da Tolerância, posto que com este instrumento é impossível alisar ou
regularizar grandes superfícies, grandes faltas. A ação da Colher de
Pedreiro é limitada, enquanto que a Trolha, mais apropriada para a
tarefa de alisar, desempolar e desempenar, pode vir a encobrir em
demasia a imperfeição, a falta, correndo-se o risco de se passar para o
terreno da Conivência ou da Omissão. Quem sabe se não é por isso
que a Trolha é sempre representada pela figura da Colher de
Pedreiro?”104 (Grifei).

102
XICO TROLHA em sua obra Símbolos Maçônicos e suas origens, Vol. II, pp. 24-101 traz
extenso trabalho sobre a Trolha.
103
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. Cit., p.157.
104
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. Cit., p.p. 159 e 160.

133
x A abertura do L? da L? no Grau 2: O Grau de Apr? Maç? é
dedicado à Fraternidade, abrindo-se o L? da L? com o Salmo
133105. No Grau de Comp? Maç?o L? da L? é aberto no Livro de
Amós106, nos versículos 7 e 8 do capítulo 7 (Amós 7:7-8)107, onde há

105
“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso
sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão, e que desce à orla de seus vestidos.
Como o orvalho de Hermon, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordena a
bênção e a vida para sempre.”
106
Quem foi o personagem Bíblico Amós? SANT’ANNA CRUZ, conta sua historia e
interpreta a mensagem contida nos versículos lidos na abertura do Grau 2: “Amós era da cidade
de Técoa, situada a cerca de 20 Km ao sul de Jerusalém e jurisdicionada à tribo do reino de
Judá. Exercia a atividade econômica do pastoreio, além do cultivo de sicômoros (figos
silvestres), que para as categorias da época eram atividades de pessoas de certas posses,
significando dizer que Amós era um representante do que poderíamos chamar de burguesia
média. Perto do ano 760 a. C., quando Uzias (780-740 a. C.) era o rei de Judá, Amós saiu de
Técoa, deslocando-se para o norte, até a cidade de Bettel, pertencente ao reino de Israel, cujo rei
era Jeroboão II (785-744 a. C.). Em Betel, Amós iniciou sua missão de transmitir a palavra
divina através de profecias. O santuário de Betel era um templo pagão e seu sacerdote Amasias,
tudo fez para expulsar Amós de Israel, fazendo-o finalmente retornar para Judá. A época de suas
profecias era politicamente áurea para as nações judaicas, conquanto houvesse injustiças sociais
e uma acentuada decadência na observância dos preceitos morais e religiosos. Amós é
considerado pela Igreja Católica como o terceiro dos doze ‘profetas menores’: Oséias, Joel,
Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Os
‘profetas maiores’ são cinco: Isaías, Jeremias, Baruc, Ezequiel e Daniel. Os termos ‘maiores’ e
‘menores’ referem-se unicamente à extensão de seus escritos. [...]. No capítulo 7, objeto de
nossa atenção, Amós apresenta três visões simbólicas: a da nuvem de gafanhotos (versículos 1-
3), a do fogo (vv 4-6) e a do Prumo ou Trolha (vv 7-9). Os versículos 10-17, que completam
esse capítulo 7, contam o que sucedeu a Amós após as suas profecias, explicam o porquê de
Amós tê-las feito e as imprecauções que lançou contra Amasias, sacerdote de Betel, que
conseguiu expulsá-lo de Israel: ‘Tua mulher se prostituirá na cidade, e teus filhos e tuas filhas
cairão à espada, e a tua terra será repartida a cordel, e tu morrerás na terra imunda, e Israel
certamente será levado cativo para fora da sua terra’. Depois de apresentar as visões da nuvem
de gafanhotos e do fogo, que foram atenuadas por Deus por intercessão de Amós – e que
significariam as primeiras invasões assírias antes da cruel devastação de Israel por Salmanasar -
surge a terceira visão: a do Prumo, segundo Almeida, ou a da Trolha, segundo Figueiredo. [...].
Sabe-se que as principais cidades dos reinos judaicos eram protegidas dos invasores por muros
fortificados, sendo que o da cidade de Jerusalém era tido como uma das muralhas mais bem
fortificadas da época. Daí podemos concluir que Deus estava em cima de um muro aprumado
(ou rebocado) e tinha em Sua mão o instrumento que o aprumou (ou rebocou), para significar
que Ele, e não os muros, é quem protegia Israel de seus inimigos. Ao dizer que poria o prumo
no meio do povo ou que não Se utilizaria mais da trolha, Deus avisava que não mais protegeria
Israel de seus inimigos, agiria com imparcialidade, faria justiça (Prumo); não mais toleraria sua
faltas (Trolha), deixando-a a mercê da própria sorte, em razão de Israel não estar obedecendo
aos Seus preceitos, especialmente os habitantes de Betel – cidade em que Amós fez suas
profecias – onde havia um templo pagão dedicado ao culto de bezerros de ouro. No versículo 9
do capítulo em foco, Amós reforça sua indignação ao profetizar que os altares consagrados aos
ídolos seriam destruídos, os santuários derrubados e que os da casa de Jeroboão (rei de Israel)
seriam mortos pela espada. Com efeito, a profecia se realizou pois, além de Zacarias, filho e
sucessor de Jeroboão, ter sido morto pela espada, o rei assírio Salmanasar sitiou Samaria – que
era a capital do reino de Israel – durante três anos, matou muitos de seus habitantes sem
distinção de sexo ou idade e depois de destruir a cidade, levou os samaritanos cativos para a

134
referência a um instrumento bastante usado no simbolismo Maç?.
Conforme tradução de Almeida, o instrumento mencionado é o
Prumo, empregado no Trabalho necessário à construção da Obra
Maç?, qualquer que seja sua natureza, manual ou intelectual, mas
sempre desempenhado com prudência, equilíbrio e dentro da retidão
de consciência, de procedimentos e da justiça.108 Já na tradução de
Figueiredo o instrumento citado é a Trolha. SANT’ANNA CRUZ
ressalta que “A Trolha quando largada, significa que o Edifício está
concluído e o Trabalho completo. Assim a Trolha é mais facilmente
identificada com o Trabalho do que o Prumo”109. Independente do
instrumento de trabalho citado pelos tradutores a interpretação que
deve ser dado a eles é o mesmo: o Trabalho que o Maç? está
desempenhando.
x A Estrela Flamejante: Nos diversos rituais praticados no Brasil no
R?E?A?A?(Estrela Flamejante ou Flamígera), representa o
Companheiro Maçom, o Iniciado que já atingiu um certo estado de
espiritualidade e de iluminação que permite que sua mente esteja
aberta a todas as compreensões, mas com o discernimento de uma
inteligência verdadeiramente esclarecida. “Cinco Pontas é colocada
sobre o Altar do 2º Vig.’. ou na parede (às costas deste), à altura do
capitel das colunas zodiacais. A Estrela deverá ser iluminada
internamente, tendo a letra G no centro.”110 ASLAN111 interpreta a
Estrela Flamejante, no vertebe “Estrela Flamígera”, como “o
emblema da Divindade, é o Símbolo de iluminação e de boa conduta

Assíria. Portanto, a abertura do L? da L? no Grau 2 além de pretender mostrar a importância


do Trabalho do Maçom, de que ele deve ser executado com Perfeição e dentro dos princípios da
Tolerância, da Prudência, da Retidão, do Equilibrio e da Justiça, indica também que a
Tolerância tem um limite e, quando tal limite é transposto, deve-se usar a Justiça.” (grifei) Op.
Cit. p.p. 161 à 164.
107
“[...], e eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo: e tinha um prumo na sua
mão. E o Senhor me disse: Que vês tu, Amós? E eu disse: um prumo. Então disse o Senhor: Eis
que eu porei o prumo no meio do meu povo Israel; nunca mais passarei por ele.”
108
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. Cit., p.p. 160 e 161.
109
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. Cit., p. 161.
110
Compêndio Litúrgico. Rito Escocês Antigo e Aceito. Grande Oriente de Santa Catarina.
Florianópolis, 2001, 1. ed., p. 53.
111
ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia. 2ª ed.
Londrina: Ed.Maçônica “A Trolha”, 2000, p. 402.

135
e a representação de todos os Símbolos do Grau de Companheiro. É o
espírito que anima o Universo, o princípio e toda sabedoria., e o
poder gerador da natureza”. VAROLI FILHO sustentando que ela
tem origem pitagórica112, anota que “O verdadeiro sentido da Estrela

112
Pitagórica é uma referência ao filósofo e matemático PITÁGORAS que nasceu em Samos
pelos anos de 571 a. C. e 570 a. C. e morreu provavelmente no ano de 497 a. C. ou 496 a.C. em
Metaponto. Foi o fundador de uma escola de pensamento grega chamada em sua homenagem de
Pitagórica. “Os pitagóricos (seguidores da escola Pitagórica) interessavam-se pelo estudo das
propriedades dos números - para eles o número (sinônimo de harmonia) era considerado como
essência das coisas - é constituído então da soma de pares e ímpares , noções opostas (limitado e
ilimitado) respectivamente números pares e ímpares expressando as relações que se encontram
em permanente processo de mutação, criando a teoria da harmonia das esferas (o cosmos é
regido por relações matemáticas). A observação dos astros sugeriu-lhes a idéia de que uma
ordem domina o universo. Evidencia disso estariam no dia e noite, no alterar-se das estações e
no movimento circular e perfeito das estrelas, por isso o mundo poderia ser chamado de cosmos,
termo que contem as idéias de ordem, de correspondência e de beleza. Nessa cosmovisão
também concluíram que a terra é esférica, estrela entre as estrelas que se movem ao redor de um
fogo central. Alguns pitagóricos chegaram até a falar da rotação da Terra sobre seu eixo, mas a
maior descoberta de Pitágoras ou de seus discípulos (já que há obscuridades que cerca o
pitagorismo devido ao caráter esotérico (e secreto da escola) deu-se no domínio da geometria e
se refere às relações entre os lados do triângulo retângulo. Foi expulso de Crotona e passou a
morar.em.Metaponto,.onde.morreu.provavelmente.em.497.a..C..ou.496.a..C.”.(Disponível.em:.<
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pit%C3%A1goras>. Acesso em: 10 maio 2007). Sobre a Escola
Pitagórica: “Segundo o pitagorismo, a essência, que é o princípio fundamental que forma todas
as coisas é o número. Os pitagóricos não distinguem forma, lei, e substância, considerando o
número o elo entre estes elementos. Para esta escola existiam quatro elementos: terra, água, ar e
fogo. Assim, Pitágoras e os pitagóricos investigaram as relações matemáticas e descobriram
vários fundamentos da física e da matemática. O símbolo utilizado pela escola era o
pentagrama, que, como descobriu Pitágoras, possui algumas propriedades interessantes. Um
pentagrama é obtido traçando-se as diagonais de um pentágono regular; pelas interseções dos
segmentos desta diagonal, é obtido um novo pentágono regular, que é proporcional ao original
exatamente pela razão áurea. Pitágoras descobriu em que proporções uma corda deve ser
dividida para a obtenção das notas musicais dó, ré, mi, etc. Descobriu ainda que frações simples
das notas, tocadas juntamente com a nota original, produzem sons agradáveis. Já as frações mais
complicadas, tocadas com a nota original, produzem sons desagradáveis. O seu nome está
ligado principalmente ao importante teorema que afirma: Em todo triângulo retângulo, a soma
dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. Além disto, os pitagóricos
acreditavam na esfericidade da Terra e dos corpos celestes, e na rotação da Terra, com o que
explicavam a alternância de dias e noites. A escola pitagórica era conectada com concepções
esotéricas e a moral pitagórica enfatizava o conceito de harmonia, práticas ascéticas e defendia
a metempsicose (doutrina da transmigração da alma. É usualmente denominada de
metacomorfose. Sustenta a transmigração da alma humana para corpos animais ou espécies
vegetais. Deste modo, um Espírito, que hoje anima um corpo humano, poderia retornar ao
mundo sob formas vegetais o animais). [...]. Pitágoras seguia uma doutrina diferente. Teria
chegado à concepção de que todas as coisas são números e o processo de libertação da alma
seria resultante de um esforço basicamente intelectual. A purificação resultaria de um trabalho
intelectual, que descobre a estrutura numérica das coisas e torna, assim, a alma como uma
unidade harmônica. Os números não seriam, neste caso, os símbolos, mas os valores das
grandezas, ou seja, o mundo não seria composto dos números 0, 1, 2, etc., mas dos valores que
eles exprimem. Assim, portanto, uma coisa manifestaria externamente a sua estrutura numérica,

136
Flamígera é hominal113, eis que o símbolo designa o Homem
Espiritual, o indivíduo dotado de alma (“anemos”) ou de fator de
movimento e trabalho. Ou seja, o indivíduo com espírito ou
fagulha interna que lhe concedeu o Grande Arquiteto do
Universo. A ponta superior da Estrela é a cabeça humana, a mente.
As demais pontas são os braços e as pernas. Na Maçonaria essa idéia
serve para lembrar ao maçom que o homem deve criar e trabalhar.
Isto é, inventar, planejar, executar e realizar, com Sabedoria
(“Sophia”) e Conhecimento (Gnose).”114 A utilização simultânea de
dois painéis (alegórico e simbólico), nos quais a Estrela Flamejante
aparece ora com cinco ora com seis pontas é, segundo SANT’ANNA
CRUZ115 “[...] uma situação que entendemos indesejável pois, a
rigor, a estrela de seis pontas é uma particularidade do Rito de York
que, como já vimos, interpreta a Estrela Flamígera como sendo o
símbolo da divindade.” Sobre a divergência verificada quanto a essa
representação da Estrela Flamígera, explica o mesmo autor: “A
estrela de seis pontas ou estrela de Davi, é formada por dois
triângulos, um de vértice para cima, simbolizando a tríplice

sendo.esta.coisa.o.que.é.por.causa.deste.valor.”.(Disponível.em:.<http://pt.wikipedia.org/wiki/Pi
t%C3%A1goras>. Acesso em: 10 maio 2007). Pitágoras é o primeiro matemático puro. A
palavra Matemática , surgiu com Pitágoras, que foi o primeiro a concebê-la como um sistema de
pensamento, fulcrado em provas dedutivas. Alguns pensamentos de Pitágoras: “Educai as
crianças e não será preciso punir os homens; Não é livre quem não obteve domínio sobre si;
Pensem o que quiserem de ti, faz aquilo que te parece justo; O que fala semeia, o que escuta
recolhe; Ajuda teus semelhantes a levantar a carga, mas não a carregues; Com ordem e com
tempo encontra-se o segredo encontrasse o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem; Todas as
coisas são números; A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se
de Deus; A Evolução é a Lei da Vida, o Número é a Lei do Universo, a Unidade é a Lei de
Deus; A Vida é como uma sala de espetáculos: entra-se, vê-se e sai-se.” (Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Pit%C3%A1goras>. Acesso em: 10 maio 2007). Importância de
Pitágoras para o Direito: “Pitágoras foi o primeiro filósofo a criar uma definição que
quantificava o objetivo final do Direito: a Justiça. Ele definiu que um ato justo seria a chamada
"justiça aritmética", na qual cada indivíduo deveria receber uma punição ou ganho
quantitativamente igual ao ato cometido. Tal argumento foi refutado por Aristóteles, pois ele
acreditava em uma justiça geométrica, na qual cada indivíduo receberia uma punição ou ganho
qualitativamente, ou proporcionalmente, ao ato cometido; ou seja, ser desigual para com os
desiguais a fim de que estes sejam igualados com o resto da sociedade.” (Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Pit%C3%A1goras>. Acesso em: 10 maio 2007).
113
Ver anexo III.
114
VAROLI FILHO, Theobaldo. Curso de Maçonaria Simbólica – Companheiro (II Tomo).
São Paulo: A Gazeta Maçônica. 1976, p. 80.
115
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. Cit. p. 174.

137
manifestação da Divindade: Ísis-Hórus-Osíris, Brahma-Shiva-
Vishnu, Pai-Filho-Espírito Santo, Atman-Budhi-Manas, etc., portanto
o masculino, o ativo, o positivo, o pensamento, a luz, o bem, o
espírito; e outro triângulo de vértice para baixo, significando o
feminino, o passivo, o negativo, a sombra, mal, a matéria.” Já a
estrela de cinco pontas é a estrela hominal, figurando os quatro
membros do homem e a cabeça, que o governa, pois é o centro das
faculdades intelectuais.116
x A letra G: Para os MMaç?Operativos a letra “G” significava a
Geometria, ciência de vital importância na arte da construção de
edifícios. Com a transmudação da Maç?Operativa e Especulativa,
todos os instrumentos utilizados naquela primeira fase passaram a ter
um significado simbólico de cunho moral. “Assim, associou-se a
construção de edifícios através da Geometria com a construção do
universo através da ciência divina. Os Maçons Operativos
construíram edifícios; os Maçons Especulativos construíram a
sociedade; e Deus tudo construiu.”117 Na França onde o R? E? A?
A? foi criado, a letra G recebeu outros significados além de Deus118
e Geometria: Gênio, Geração, Gnose, Gravitação ou Gravidade. O
rito adotado pela nossa L? interpreta esses significados da seguinte
forma: G? A? D? U?(God, Deus) – O Grande Arquiteto do
Universo, fonte de todos os conhecimentos humanos; Geometria –
aplicação dessa ciência à construção universal, ensinando-nos a polir
o homem para que torne-se digno de ocupar seu lugar no edifício
social; Gênio - O Maç? é um eterno pesquisador da Verdade e deve
sempre aspirar ao seu aprimoramento; Geração – O Comp? Maç? é
chamado a fazer a obra da vida, através de sua energia vital e
estudando os mistérios da existência; Gnose – em grego significa
“conhecimento” que deve ser a busca permanente da verdade, não só

116
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. Cit. pp. 174 e 175.
117
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. Cit., p. 175.
118
Coincidentemente a palavra Deus, em alguns idiomas, começa com a letra G: God (inglês),
Gad (siríaco), Gud (sueco), Gott (alemão), Gada (persa) etc.

138
pelo Comp? mas por todos os MMaç?; e Gravidade - é a forma
irresistível que une todos os IIr?.
x O Rio e a Espiga de Trigo: No painel alegórico de autoria do Ir?
John Harris119 encontra-se localizada no lado norte, defronte ao
pórtico, um curso d’água e uma espiga de cereal crescendo a seu
lado. Embora a planta possa parecer um pé de milho, SANT’ANNA
CRUZ120 alerta que “[...] deve-se, de plano, destacar tal hipótese pois
o milho é originário das regiões tropicais das Américas, não sendo,
portanto, conhecido na época em que se desenvolveu a construção do
Templo de Salomão, ao contrário do trigo, que é conhecido desde
tempos imemoriais, sendo consumido como alimento no Egito desde
o período das pré-dinastias. E complementa: “[...] é interessante
observar que o milho está para as civilizações pré-colombianas assim
como o trigo para as civilizações do Velho Mundo, inclusive nos
aspectos religiosos e simbólicos, pois os dois cereais são associados à
fartura e à abundância.” Representa a p? d? p? do Grau de
Comp? Maç? e tem sua origem simbólica na época em que um
exército dos Efrainitas atravessou o rio Jordão para combater Jefté,
famoso general Galaadita (conforme Juízes, capitulo XII, versículos 5
e 6). O pretexto dessa desavença foi não terem os Efrainitas sido
convidados a participar da honra da Guerra Amonita. Sua verdadeira
causa, porém, foi a ambição pela captura dos despojos que, em
conseqüência dessa guerra, Jefté e seu exército tinham-se apoderado.
Os Efrainitas, povo turbulento e sedicioso, ansiavam pelo domínio
das tribos de Israel, não se conformando com as vitórias dos
Galladitas; daí jurarem exterminá-los. Jefté tentou, por todos os
meios, apaziguá-los, mas vendo que isso era impossível, avançou
com seu exército, deu-lhes combate, colocando-os em fuga. Para
tornar decisiva sua vitória, precavendo-se contra futuras agressões,

119
Ver anexo IV.
120
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. Cit. p. 178. No mesmo sentido: ASSIS CARVALHO,
Francisco (Xico Trolha). Companheiro Maçom. Londrina: Ed. Maçônica “A Trolha”, 2006,
pp. 51/56.

139
Jefté enviou destacamentos para guardar as passagens do Jordão, por
onde viriam forçosamente os insurretos de regresso a sua tribo. Deu
ordens severas para que fossem executados todos os fugitivos que por
ali passassem e se confessassem Efrainitas. Então, aqueles que
negavam ou tentavam usar de subterfúgios, os soldados de Jefté
ordenavam que pronunciassem a palavra SHIBBOLET. Por questões
de dialeto, os Efrainitas não conseguiam articular a primeira sílaba,
dizendo então sibbolet. Desse modo, a diferença de pronúncia
revelava sua origem e custava-lhes a vida. Segundo as escrituras,
morreram quarenta e dois mil Efrainitas. Como SHIBBOLET foi
então a palavra que serviu para distinguir amigos de inimigos121,
Salomão resolveu adotá-la como Palavra de Passe dos
122
Companheiros.
x As Figuras Humanas: No Painel alegórico do Grau de Comp?
desenhado pelo Irm? John Harris para o Rito de York (anexo IV) e
aproveitado por quase todas as Potências Maçônicas brasileiras para
o R? E? A? A?, vê-se , no pé da Escada de Caracol, uma figura
humana que muitos afirmam estar contemplando a paisagem, outros
que está saíndo e alguns que representa o C? E? ou o G? E?.123
Recorrendo ao Ritual para o qual o Painel foi elaborado, verifica-se
que aquela figura representa o S? V?: “Depois que os nossos
antigos IIrm? entravam no pórtico, chegavam ao pé da e? de c?,
que conduzia à Câmara do Meio; sua subida era impedida pelo S?
V? que lhes exigia o T? de P? e P? de P? que conduz do

121
SANT’ANNA CRUZ chama a atenção para o fato de que o ardil adotado por Jefté poderia
gerar confusão até mesmo entre os seus, caso não estivessem muito bem instruídos: “Jefté usou
de um ardil discutível quando escolheu a palavra Schibolet – que segundo a Vulgata significa
tão-somente “espiga” – para permitir a passagem pelo rio. Além dos Efraimitas terem
dificuldade de pronunciar o som palatal sibilante “Schi”, trocando-o pelo lingual sibilante “Si”,
o fato é que, nas margens de um rio, pedir-se para falar Schibolet, “espiga”, ao invés de Sibolet
que significa exatamente “rio”, “curso d’água”, “queda d’água”, convenhamos, poderia induzir
até mesmo os seus a incorrerem em erro se não estivessem convenientemente instruídos”. (Op.
Cit., p.p. 180-181.
122
Instruções do Grau de Companheiro Maçom do Rio Escocês Antigo e Aceito. Grande
Oriente de Santa Catarina. Florianópolis, 200l, 1. ed., pp. 20 e 21.
123
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. Cit., p. 182.

140
primeiro ao segundo Grau.”124 Para algumas Obediências, aquela
figura representa o P? V?. A segunda figura humana, minúscula,
pode ser vista no mesmo Painel, dentro do Sancto Sanctorum,
representando o P? V?. Vejamos o que diz o Ritual de York:
“Quando os nossos antigos Irmãos haviam alcançado o cimo da e?
de c? chegavam à porta da câmara do meio, que encontravam aberta,
mas devidamente coberta contra todos abaixo do Grau de Comp?
pelo P? V?, que lhes exigia S?, T?e P? de um Comp?. Depois
que eles lhe davam essa prova convincente, dizia: passai ... (P? S?).
Eles entravam então na Câmara do Meio do Templo, onde iam
125
receber os seus salários ...” . Essa segunda figura humana
representa o S? V?
x A Escada de Caracol: Está representada apenas no Painel Alegórico
elaborado pelo Ir? John Harris para o Rito Inglês de Emulação (no
Brasil, Rito de York) (anexo IV). Para ASLAN ela “[...] é o Símbolo
do Companheiro e significa que é por ela que ele conseguirá atingir
os pavimentos superiores do Conhecimento, representados pelos
cinco sentidos e pelas Sete Ciências Liberais. A espiral indica que o
Iniciado não poderá atingir a excelsitude, senão virando-se sobre si
mesmo. A escada em espiral se refere às palavras da Bíblia (I Reis,
IV, 8) descrevendo o Templo de Salomão e, segundo um teólogo,
indica que se refere aos conhecimentos ocultos através dos quais
pode alguém ascender às coisas celestes. Os sete degraus das Artes
Liberais são o Símbolo do progresso no conhecimento.”126 Os
degraus da Escala de Caracol estão divididos em três lanços: o
primeiro com três degraus desenhados ordenadamente com o Prumo,
o Nível e o Esquadro; o segundo com cinco onde se vê também um
corrimão; e o terceiro com sete, que dá acesso ao cimo, à Câmara do
Meio. Esses lanços de escada representam resumidamente: três
degraus: O S? V? (Prumo), O P? V? (Nível) e o V? M?

124
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. Cit., p. 182.
125
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. Cit., p. 183.
126
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 369.

141
(Esquadro), as LL? da L?, os três MM? que a governam, Salomão,
Hiram rei de Tiro e Hiram Abi. Representa também a idade do Apr?;
os cinco degraus e o corrimão: Os cinco degraus representam a
idade do Comp? e neles estão inscritos os cinco sentidos127:
Audição, visão, Tato, Olfato e Paladar. Representam também os
cinco IIrm? que constituem uma L? O corrimão é composto por
cinco colunas de arquitetura: Toscana, Dórica, Jônica, Coríntia e
Compósita. Simboliza o estudo da arte de arquitetura que era
utilizada pelos MMaç? operativos para embelezar os templos e
prédios que construíram. Já para os MMaç? especulativos
simbolizam o seu aperfeiçoamento moral e intelectual para que venha
a servir a humanidade128; os sete degraus: Simbolizam o estudo das
Artes e Ciências Liberais que devemos estudar e aplicar com critério.
São elas: a Gramática, a Retórica, a Lógica, a Aritmética, a
Geometria, a Astronomia e a Música.129
x A Câmara do Meio: Está representada no Painel elaborado pelo
Irm? John Harris para o Rito de York, pois nesse rito é alí que os
CComp? recebem o seu salário. Já para o R? E? A? A? o salário
é pago aos Comp? na Coluna J, sendo a Câmara do Meio privativa
aos MM?130, razão pela qual não será abordada neste trabalho.

2.3.3 A Terceira Instrução


Abrange todos os ensinamentos já proporcionados ao Comp?, é uma revisão do
que já lhe foi repassado.
É ministrada através de um diálogo entre o V? M? e os VVig?, abrangendo
vários elementos contidos nos Painéis do Grau e já referidos na item 2.3.2, alusivo à
Segunda Instrução: a Letra G; o Maço; o Cinzel, a Régua; a Alavanca; o Esquadro; o
Compasso; as CCol?; os ordenamentos da L?(Pavimento Mosaico, Estrela Flamejante

127
Os cinco sentidos foram objeto da 1ª viagem do Apr? para ser elevado à Comp?: ver item

As cinco colunas de arquitetura foram estudadas na 2ª viagem do Apr? para ser elevado à
2.2.1 retro.
128

As cinco Artes e Ciências Liberais foram estudadas na 3ª viagem do Apr? para ser elevado à
Comp?: ver item 2.2.2 retro.
129

Comp?: ver item 2.2.3 retro.

142
e a Orla Dentada); as Jóias existentes na L?(três móveis: o Esquadro, o Nível e o
Prumo; três imóveis: a Pedra Bruta, a Pedra Cúbica e a Prancheta da L?); as Janelas
que iluminam a L?
Trata também da M?, do S?, das PP? e do T? que serão abordadas
separadamente neste trabalho e da idade do Comp?que se refere à Quintessência.
FERREIRA DOS SANTOS, citado por ASLAN, aponta que a Quintessência
a) Segundo Empédocles, é o quinto modo de ser acrescentado ao quarto
elementos, que é o éter (aither, em grego), que é a essência do céu e
dos astros; b) O termo, na Idade Média, passou a indicar a idéia da mais
pura essência; c) Diz-se do extrato mais reduzido, o mais concentrado
de um corpo. É, numa doutrina, o pensamento mais resumido e mais
completo, e breve da mesma; d) Pejorativamente, é a sutileza inútil, e
que é compreendida com muita dificuldade.131
Na Idade Média essa designação era atribuída aos produtos mais voláteis.132
Segundo os cabalistas que levaram suas teorias a certos Ritos da
Maçonaria, deve-se entender por quinta-essência o espírito ou
substância depurada de um corpo. Resultado da elaboração dos quatro
elementos, este espírito não está como eles, sujeito a perturbação
alguma, porquanto a idéia de quinta-essência encerra a de
incorruptibilidade. Tomada num sentido geral, esta palavra significa
Éter, quinto elemento, o Akasha dos judeus, Horus, Jesus, o filho do
Sol, a estrela resplandecente etc.133 (grifei)
A. MELLOR, também lembrado por ASLAN, destaca que
Aplicada à Maçonaria, diz A. Mellor, a quinta-essência torna a ser
encontrada no número 5, considerado em gnose numeral, e também no
Símbolo constituído pela Rosa sobre a Cruz, o qual realiza a associação
dos números 4 e 5, o número 4 correspondendo à Tétrada sagrada. O
número 5 sendo também o do Grau de Companheiro no Rito Escocês
Antigo e Aceito, o seu Símbolo neste Grau é a Estrela Flamejante.134
(negritos do original)

130
SANT’ANNA CRUZ, Almir. Op. Cit., p. 194.
131
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 947.
132
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 947.
133
LORENZO FRAU ABRINES, citado por ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 948

143
2.3.4 A Quarta Instrução
Consiste na administração de noções Filosóficas que levam o Comp?a refletir
sobre o Enigma da Vida e a Meditação da Verdade.
O primeiro tema leva às seguintes indagações: O que é a vida? Para que ela
serve? Qual é o seu fim?
Já o segundo, leva-nos a questionar se existe a verdade absoluta, ou se cada um
tem a sua verdade.
Os antigos sábios Chineses já diziam que “[...] existe a sua verdade, a minha
verdade e a verdade verdadeira”135.
“O desafio é buscarmos, juntos, a verdade verdadeira.”136
Essa instrução adverte o Comp?que, agora, devidamente instruído, deve sempre
buscar, constante e incansavelmente, o caminho da verdade.
Deve ser um racionalista: não deve acreditar em tudo que lê, vê ou ouve, deve
valer-se sempre da razão como forma de chegar ao conhecimento pretendido.
GARDEN137 comentando sobre o filósofo René Descartes – um racionalista –
refere
[...] Também como Sócrates, ele [René Descartes] estava convencido de
que a razão era o único meio de se chegar a um conhecimento seguro.
Não devemos confiar no que lemos em livros antigos e não podemos
confiar sequer no que os nossos sentidos nos dizem. – Platão também
achava a mesma coisa. Ele dizia que só por meio da razão podíamos
chegar a um conhecimento seguro. [...] De Sócrates e Platão parte uma
linha direta até Descartes, passando por santo Agostinho. Todos eles
eram racionalistas convictos. Para eles, a razão era a única fonte segura
à conclusão de que não podia confiar muito no conhecimento herdado
da Idade Média. [...] O próprio Descartes conta que seu objetivo passou
a ser a procura por um conhecimento que ele podia encontrar dentro de
si mesmo ou ‘no grande livro do mundo’. [...]

134
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 949.
135
BETTO, Frei. A mosca azul. Rio de Janeiro: Rocco, 2006, p. 231.
136
BETTO, Frei. Op. Cit., p. 231.
137
GARDEN, Jostein. O mundo de Sofia: romance da história da filosofia. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995, pp. 252 e 253.

144
Nesta Quarta Instrução aprendemos também a virtude da humildade: “O sábio, o
pensador e o verdadeiro Iniciado humilham-se sempre, quando em presença de uma
verdade que reconhecem superior à sua compreensão”138 e,
Em matéria de saber, a qualidade supera a quantidade. Sabei pouco, mas
esse pouco sabei-o bem. Aprendei, principalmente, a distinguir o real do
aparente. Não vos apegueis às palavras, às expressões, por mais belas
que pareçam; esforçai-vos, sempre, em discernir aquilo que é
inexplicável, intraduzível, a idéia-princípio, no fundo, o espírito, sempre
mal e imperfeitamente interpretado nas frases mais buriladas. É
unicamente por esse meio que afastareis as trevas do mundo profano e
atingireis a clarividência dos iniciados. [...] Para vos tornardes
verdadeiros Iniciados, podeis ter pouco, mas pensai muito, meditai
sempre e, sobretudo, não tenhais receio de sonhar.139

2.3.5 A Quinta Instrução


Aborda a “gnose numérica”140.
A numerologia é a base para a perfeita compreensão dos símbolos.
O Apr? instruiu-se até a tétrade pitagórica, até o número 3; o Comp?, partindo
do 4, chegará até os números 5, 6 e 7; o M? os números 7, 8, 9 e 10.
Para ASLAN,
Os números não são apenas concepções de que nos servimos para
numerar, medir e ordenar coisas sensíveis. O seu domínio transcende
nos sentidos e nas idéias, elevando-nos e guiando-nos até a Intuição da
Eterna Realidade. A sua última essência escapa a toda tentativa de
circunscrevê-los no campo exclusivo da nossa ordinária experiência das
coisas, nas quais se impõe nas formas mais variadas. Não há domínio
físico, intelectual e social que possa escapar à sua ação. Regem e
dominam tudo.141
Colacionando MAGISTER (El Secreto Masonico), extrai-se de ASLAN:
Em seu aspecto mais filosófico, a Maçonaria é essencialmente uma
progressiva iniciação na Ciência dos Números, entendidos e

138
Instruções do Grau de Companheiro Maçom do Rio Escocês Antigo e Aceito. Grande
Oriente de Santa Catarina. Op. Cit. p. 37.
139
Instruções do Grau de Companheiro Maçom do Rio Escocês Antigo e Aceito. Grande
Oriente de Santa Catarina. Op. Cit., p. 39.
140
DA CAMINO, Rizzardo. Op. Cit., p. 241.

145
reconhecidos como Eternas Realidades Noumênicas que presidem à
construção ordenada do universo e da vida, dirigindo e determinando
todos os seus aspectos e experiências. E toda a Arte Real baseia-se em
seu mais sábio entendimento e aplicação.142
Resumidamente ASLAN143 apresenta o simbolismo dos números, advertindo
que o estudo mais aprofundado sobre o tema deve ser buscado em obras especializadas,
indicando, inclusive, a de sua autoria e de onde pinçamos:
1 – Um, Unidade;
2 – Dois, Binário, Díade, Dualidade;
3 – Três, Ternário, Delta, Triângulo;
4 – Quatro, Quaternário, Quadrado;

5- Cinco, Quinário;
6- Seis, Senário;
7- Sete, Setenário;
8- Oito, Octonário;
9- Nove, Novenário.
É que, segundo diz M. F. dos Santos (TDS), ‘ao examinarmos a
simbólica dos números primários, não só no pitagorismo como também
nos diversos pensamentos filosóficos, religiosos, herméticos, gnósticos
etc., não se pode deixar, no entanto, de assinalar a simbólica dos
números compostos, que oferece um ponto de partida para a melhor
compreensão do pensamento esotérico das religiões’.
E ainda;
10- Dez, Denário;
11- Onze;
12- Doze, Duodenário;
13- Treze;
21- Vinte e um;
26- Vinte e seis;
30- Trinta;
33- Trinta e três;
81- Oitenta e um.

141
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 770.
142
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 770.
143
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 771.

146
ASLAN144 alerta que “[...] a Maçonaria age em todas as coisas, segundo
números determinados, ligando os conhecimentos especiais de cada Grau à filosofia
numeral dos antigos.”
Cabe então, a todo o iniciado, aprofundar-se nos estudo do simbolismo
numérico.

2.4 Do Avental145 no Grau de Comp? Maç?

ASLAN146 refere-se ao Avental Maçônico como “[...] dos Símbolos mais


importantes da Maçonaria, constituindo, praticamente, a parte principal do traje
maçônico. Relembra as origens operativas da Instituição Maçônica, sendo ele o único
signo externo do período operativo.” O Avental dos AApr? é feito de pele de cordeiro,
o qual se dá a forma de um quadrado, com uma abeta triangular sobreposta na cor
branca. A cor branca representa a pureza, a candura e a inocência: representa o conjunto
de todas as virtudes.147 A Abeta do Avental do Apr? deve estar sempre levantada,
significando que, por ainda não saber trabalhar, deve proteger-se. Já o Comp?,
devidamente instruído utiliza a abeta abaixada.

2.5 A Marcha no Grau de Comp? Maç?


Chama-se marcha, em Maçonaria, a disposição dos passos que devem
ser dados para dar ingresso no Templo. A marca varia segundo os Graus
em quase todos os Ritos. [...] cada grau tem uma que lhe é peculiar e
que, na maioria dos casos, está em consonância com o simbolismo do
Grau e segundo a instrução recebida no fim de cada recepção.148
Ao executar sua Marcha, o Comp?, diferentemente do Apr?,
[...] não está obrigado a seguir, invariavelmente, a mesma direção. Para
que possa colher a verdade, por toda a parte, lhe é permitido afastar-se
do caminho normalmente traçado. A exploração do mistério, porém,
não deve desorientá-lo e, por isso, todo afastamento momentâneo da

144

Um estudo mais aprofundado sobre o Avental Maç? pode ser visto in: CARVALHO, Assis
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 770.
145

(XICO TROLHA). Símbolos Maçônicos e suas origens, Vol. II, pp. 109-187.
146
ASLAN, Nicola. Op. Cit., pp. 148 e 149.
147
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 150.
148
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 673.

147
imaginação deve ser seguido de uma pronta volta à retidão do
raciocínio.149

2.6 Do Toque do Grau de Comp? Maç?


É o sinal maçônico para reconhecimento do Grau.
[...], além de ser mais discreto e mais seguro, pode determinar o Grau
possuído por um Maçom. É sempre acompanhado de palavras de passe,
sagradas e de reconhecimento. Cada grau tem seu próprio Toque e
alguns até possuem vários. O Toque geral e universal é o de Aprendiz,
pela qual é iniciada qualquer prova de reconhecimento.150
ASLAN151 sustenta que as antigas Fraternidades de Talhadores de Pedra alemãs
reconheciam-se por Sinais, Palavras e Toques.
O Toque para aqueles trabalhadores alemães
[...] consistia em tomar-se mutuamente a mão direita, mão da ação e do
trabalho, e com o polegar, dedo que enlaça e dá coesão aos outros
dedos, aplicavam determinado número de pancadas sobre outro dedo,
que se referiam ao próprio ensino ministrado ao Aprendiz. O
Companheiro acrescentava outras pancadas, indicando que o
conhecimento adquirido como Aprendiz devia ser completado e
desenvolvido com trabalho e segredo.152 (grifei)

2.7 Do Sinal do Grau de Comp? Maç?


ALEC MELLOR, citado por ASLAN, diz que “Pôr-se à ordem [...] significa em
Maçonaria efetuar o Sinal simbólico do Grau no qual trabalha a Oficina, ou pelo menos
a primeira parte do Sinal, o gesto inicial. Pequenas diferenças no que tange aos vários
Sinais existem de Rito a Rito, inclusive de ordem. [...]”153
O Sinal do Grau de Comp?
[...] lembra o compromisso de amar fervorosa e dedicadamente a seus Irmãos e
recorda o juramento prestado; a m?e?levantada reafirma a sinceridade da
promessa feita. [...] A m?e?levantada parece fazer apelo às forças astrais,

149
Instruções do Grau de Companheiro Maçom. Rito Escocês Antigo e Aceito. Grande
Oriente de Santa Catarina, 2001, 1. ed. , p. 31.
150
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 1151.
151
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 1152.
152
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 1152.
153
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 1077.

148
energias superiores, que a m? d? crispada se esforça para conter no c?, onde
elas devem acumular-se. Prestes a arrancar o c?, o Iniciado, além disso,
proclama que soube dominar seus sentimentos e que não cederá jamais a um
movimento irrefletido.154

2.8 As PP? do Grau de Comp? Maç?


Em Maçonaria, palavra “[...] é a expressão de uma idéia e o conjunto de sinais
que esta representa, graficamente. [...] é um dos meios adotados, desde tempos
imemoráveis, para o reconhecimento dos Iniciados entre si, e que também serve para
provar os Graus que possuem ou nos que pretendem dar-se a conhecer.”155
Está quase sempre acompanhada de outras formas de reconhecimento como os
SS? e os TT?para cada um dos Graus.
ASLAN destaca que
[...] Mackey afirma que a diferença existente entre a Palavra Sagrada e a
Palavra de Passe é que a primeira é dada com um sentido de instrução,
pois contém sempre um significado simbólico, ao passo que a segunda é
apenas um modo de reconhecimento, servindo para provar que quem a
dá é amigo, ao mesmo tempo que demonstra o seu direito de passar ou
de ser admitido em determinado lugar.156
No Grau de Comp? temos as PP? de P? e a S?

2.8.1 A P?de P? do Grau de Comp? Maç?

A P? de P? é a que é pronunciada ao dar-se os TT? e SS? de reconhecimento


em todos os Graus.
“É a única que pode autorizar a entrada nos Trabalhos Maçônicos, sendo
necessário, além disso, para tomar parte nos Trabalhos Maçônicos, possuir as condições
necessárias para dar a palavra. Os Aprendizes do R? E? A? A? não têm Palavra de
Passe.”157

154
Instruções do Grau de Companheiro Maçom. Rito Escocês Antigo e Aceito. Grande
Oriente de Santa Catarina, 2001, 1. ed. , p. 29.
155
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 1077.
156
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 814.
157
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 814.

149
SHIBBOLET, a P?de P? do Grau de Comp? teve sua origem simbólica na
época em que um exército dos Efrainitas atravessou o rio Jordão para combater Jefté,
famoso general Galladita, conforme narrativa em Juízes, capítulo XII, versículos 5 e 6.
Está simbolicamente representada no Painel Alegórico do Grau de autoria do
Irm? John Harris, no simbolismo do Rio e a Espiga de Trigo abordado no item 2.3.2
retro e significa Abundância.

2.8.2 A P?S? do Grau de Comp? Maç?

A P? S?é peculiar a cada Grau e deve ser pronunciada com muita precaução,
baixinho, como um sopro.
MACKEY, citado por ASLAN, define-a como um
Termo aplicado à palavra capital ou mais proeminente de um Grau,
indicando assim o seu peculiar caráter sagrado, em contraposição à
Palavra de Passe, que é entendida simplesmente como um mero modo
de reconhecimento. Diz-se muitas vezes, por ignorância, ‘Palavras
secreta’. Todas as palavras importantes da Maçonaria são secretas. Mas
somente algumas são sagradas.158 (o sublinhado é nosso os negritos do
original)
A P? S?do Grau de Aprendiz refere-se a uma das Colunas de bronze do
Templo de Salomão, a Coluna do Norte “B” – Booz – significando Força, e deve ser
sempre soletrada, nunca pronunciada, pois o Aprendiz ainda n? s? l? n? e?, a? s?.
A do Grau de Comp?é o nome da Coluna do Sul “J” – Jackin – que significa
Estabilidade, Firmeza e não é mais soletrada como no Grau de Apr?, pois “O
Companheiro não é mais ignorante: já fez prova de iniciativa intelectual e pode-se-lhe
pedir que dê antes de receber.”159

158
ASLAN, Nicola. Op. Cit., p. 816.
159
Instruções do Grau de Companheiro Maçom. Rito Escocês Antigo e Aceito. Grande
Oriente de Santa Catarina, 2001, 1. ed. , p. 30.

150
3 CONCLUSÃO

Conforme consta da Terceira Instrução do Grau de Comp?Maç? e após o


estudo de toda a sua simbologia, ser Companheiro “[...]. É ser Obreiro reconhecido apto
para exercer sua arte, senhor que é de sua energia de trabalho e que tem por dever
realizar, o plano teórico traçado pelos Mestres.”160, “[...] servindo-se de utensílios
preciosos para transformar a Pedra Bruta em Pedra Cúbica, talhada de acordo com as
exigências da arte.”161, a fim de tornar o homem “[...]” digno de ocupar seu lugar no
edifício social.”162

Florianópolis, 10 de maio de 2007.

Ir?Antônio Julião da Silva, Comp?Maç?

160
Instruções do Grau de Companheiro Maçom. Rito Escocês Antigo e Aceito. Grande
Oriente de Santa Catarina, 2001, 1. ed. , p. 25.
161
Instruções do Grau de Companheiro Maçom. Rito Escocês Antigo e Aceito. Grande
Oriente de Santa Catarina, 2001, 1. ed. , p. 25.
162
Instruções do Grau de Companheiro Maçom. Rito Escocês Antigo e Aceito. Grande
Oriente de Santa Catarina, 2001, 1. ed. , p. 25.

151
REFERÊNCIAS

ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia. 2.


ed. Londrina: Ed. Maçônica “A Trolha”, 2. ed.

ASSIS CARVALHO, Francisco de. Xico Trolha. Companheiro Maçom. 3.ed.


Londrina: Ed.Maçônica “A Trolha”, 2006

BETTO, Frei. A mosca azul. Rio de Janeiro: Rocco, 2006, 317 p.

Compêndio Litúrgico do GOSC, 2001, 1ª ed. R?E? A?A?

DA CAMILO, Rizardo. A Pedra Bruta. Londrina: ed. Maçônica “A Trolha”, 1996,


199 p.

GARDEN, Jostein. O mundo de Sofia: romance da história da filosofia. São Paulo:


Companhia das Letras, 1995, 555 p.

MELLOR, Alec. Dicionário da franco-maçonaria e dos franco-maçons. São Paulo;


Martins Fontes, 1989.

Ritual do Grau de Companheiro Maçom do Rio Escocês Antigo e Aceito. Grande


Oriente de Santa Catarina. Florianópolis, 200l, 1. ed.

SANT’ANNA CRUZ, Almir. Simbologia Maçônica dos Painéis – Lojas de


Aprendiz, Companheiro e Mestre. Londrina: A Trolha, 1997, 254 p.

VAROLI FILHO, Theobaldo. Curso de Maçonaria Simbólica – Companheiro (II


Tomo). São Paulo: A Gazeta Maçônica, 1976, 151 p.

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Origem_da_vida>. Acesso em: 31 Març. 2007

152
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa. 2. ed. Reform.
São Paulo: Ediouro, 2000, p. 649

153
ANEXOS

Anexo I

154
Anexo II

Posição do Esquadro e do Compasso no Grau de Comp.’. Maç.’. (Praça da Fraternidade,


Monumento à Maçonaria, inaugurado em 2006 e localizado no centro de Florianópolis-
SC)

155
Anexo III

Estrela.Hominal:.(Disponível.em:.<http://encyclopedia.quickseek.com/images/Pentagra
m3.jpg>. Acesso em: 07 maio 2007).

156
Anexo IV

Disponível.em:.<http://www.bradford.ac.uk/webofhiram/?section=lectures_craft&page
=2Lec.html>. Acesso em: 07 maio 2007.

157

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