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e o juízo estético
Um dos objetivos da estética filosófica é compreender a natureza das
propriedades estéticas.
- Os juízos estéticos têm validade apenas para quem os profere ou possuem validade
universal?
- Que tipo de propriedades são aquelas que atribuímos aos objetos quando fazemos
um juízo estético? Serão as propriedades objetivas que encontramos nos objetos
meras projeções das nossas mentes?
O subjetivismo radical defende que:
- Os juízos estéticos são subjetivos, uma
vez que atribuem, aos objetos,
propriedades que são meras projeções,
resultantes dos sentimentos de prazer e
desprazer que ocorrem no sujeito.
- Os juízos estéticos têm apenas validade
individual, ou seja, são verdadeiros ou
falsos apenas em função dos
sentimentos de prazer ou desprazer de
cada sujeito.
Consequentemente, leva-nos a admitir que:
- Os juízos estéticos são juízos sobre o que nos é ou não agradável.
- A função dos juízos estéticos não é a de descrever a realidade, a de indicar
propriedades que os objetos tenham efetivamente.
- A função dos juízos estéticos é a de traduzir os sentimentos do sujeito aquando da
perceção de um certo objeto.
- Não há uma verdade única quando se trata de juízos estéticos. Se o sujeito A
afirma que x é belo e o sujeito B defende o contrário, nenhum deles está mais
certo do que o outro, dado que a beleza está nos olhos de quem vê e não nas
próprias coisas. Neste sentido, seria absurdo perguntar quem tem razão ou
procurar argumentar a favor desta ou daquela posição. Se os juízos estéticos são
juízos subjetivos, então não precisamos de outras razões para justificá-los para
além do prazer ou desprazer que sentimos perante o objeto em causa.
Consequentemente, leva-nos a admitir que:
- A função dos juízos estéticos não é a de descrever a realidade, a de indicar
propriedades que os objetos tenham efetivamente.
- A função dos juízos estéticos é a de traduzir os sentimentos do sujeito aquando
da perceção de um certo objeto.
- Não há uma verdade única quando se trata de juízos estéticos. Se o sujeito A
afirma que x é belo e o sujeito B defende o contrário, nenhum deles está mais
certo do que o outro, dado que a beleza está nos olhos de quem vê e não nas
próprias coisas.
O subjetivismo radical enfrenta algumas
dificuldades:
- O problema do gosto: Se os juízos estéticos
são meras expressões individuais do gosto,
não deveremos comportar-nos como se
tivessem validade universal nem dar
importância às justificações que podem
defender este ou aquele juízo estético.
- Argumento da coincidência de valores: Existe
um largo consenso na atribuição de certas
propriedades estéticas a alguns objetos,
reforçando a tese da objetividade dessas
propriedades.
O objetivismo estético defende que:
- Os juízos estéticos são objetivos, ou seja, verdadeiros ou falsos apenas em
função de propriedades que os objetos efetivamente têm, e não em função de
sentimentos do sujeito que faz o juízo.
- Os juízos estéticos têm, consequentemente, validade universal.
À luz do objetivismo estético, é razoável afirmar “x é belo, mas não gosto de x”.
O objetivismo enfrenta algumas dificuldades:
- Argumento do desacordo insanável: Raramente
se conseguem encontrar critérios que resolvam
disputas em torno dos juízos estéticos.
- Argumento da estranheza: Não existem dados
que possam esclarecer o que são as
propriedades estéticas nem sequer uma forma
de saber se elas existem no mundo
independentemente dos sentimentos dos
observadores. A existirem, serão propriedades
estranhas, diferentes de outras propriedades
objetivas, como ter cinco metros ou pesar um
quilo.
Existem várias propostas que defendem alguma forma de subjetivismo moderado.