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EXPERIÊNCIA ESTÉTICA

A estética é uma disciplina filosófica que reflecte sobre a natureza do belo.


Faz perguntas como: O que é o belo? Qual a natureza do belo?
Atitude estética: a experiência de apreciar a realidade do ponto de vista
da beleza (aplica-se tanto a objectos artísticos como a objectos naturais)
Características da experiência ou atitude estética:

• Experiência sensível: o homem aprecia a realidade com os sentidos


e experimenta as suas emoções.
• Contemplativa (observar, percepcionar) e desinteressada: não
cognitiva (olhamos para as coisas independentemente de querer
conhecê-las), não utilitária (não considera a utilidade dos objectos),
não moral (independentemente de julgar se o objecto é bom ou é
mau)
• Deixar-se guiar pela percepção dos objectos (pura percepção fora
dos juízos habituais do entendimento)
• Apreciação/contemplação que se traduz num juízo (a árvore é bela)
que não diz nada acerca das coisas, mas que corresponde apenas a
um sentimento de prazer
• Juízo estético não é um juízo de conhecimento (suspensão do
entendimento): não é um juízo explicativo.

A árvore é bela – juízo estético que não é um juizo explicativo (não dá


informação sobre o que é a árvore)

A árvore é verde – juízo explicativo, porque me dá informação sobre uma


característica da árvore

Problema de definição de belo: conceito de belo


→ Antiguidade: harmonia e simetria das partes
→ Idade média: manifestação da beleza de Deus
→ Modernidade: capacidade de sentir a harmonia e a plenitude. O belo
é um sentimento subjetivo de gosto/prazer.
→ Época contemporânea: o belo é uma emoção estética entre outras
(horror, angústia, medo, tristeza): a arte deixou de se centrar
unicamente na beleza e passou a transmitir outras emoções: a arte
contemporânea teve início a partir da 2ª guerra mundial.

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Problema da natureza do belo:

Mas afinal o que é o belo? De onde surge? É uma propriedade das coisas
(é objectivo) ou um sentimento do sujeito (é subjectivo)?

• Objectivismo: o objecto possui características independentes que o


tornam belo. A função do sujeito é descobrir a beleza que já existe
nas coisas. Segundo o objectivismo, beleza e gosto não são a mesma
coisa.

→ Objecção: se a beleza está nas coisas, então por que razão há uma
diversidade de avaliações quanto à beleza das coisas?

• Subjectivismo:
Para o subjectivismo o objecto é belo em virtude do sentimento de
prazer do sujeito. Para o subjectivismo, e beleza reduz-se ao
sentimento de gosto. (a beleza está nos olhos de quem vê).

→ Objecção: se a beleza depende unicamente do sujeito, então por


que razão existem objectos considerados belos e artísticos
independentemente dos sujeitos que avaliam?

O juízo estético do belo é um juízo de gosto: capacidade de julgar


apenas em função do sentimento de prazer que acompanha a pura
representação ou percepção da realidade.
Este prazer não resulta da satisfação de qualquer interesse ou
agradabilidade dos sentidos, mas é a o sentimento subjacente ao
próprio acto de percepcionar.

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