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Filosofia

A dimensão estética- a criação artística e a obra de arte


1. O que é a estética?
A palavra estética provém da palavra grega aisthesis, que significa “perceção através dos
sentidos e/ou sentimentos”. Nasce a partir do momento em que a crítica do “gosto”, ou
seja, a reflexão sobre as condições que permitem avaliar algo com belo, substitui qualquer
dogmática do belo. Emprega-se vulgarmente com sinonimo de belo ou como designação
daquilo que se refere beleza. A estética corresponde á teoria da sensibilidade, á beleza
artística, e, por extensão, á reflexão que se aplica á arte.

A experiencia estética é uma experiencia polivalente, já que pressupõe diferentes


conceções do objeto especifico da estética. É sempre uma vivência subjetiva de um prazer
ou desprazer provocado por um objeto, seja ele a contemplação da natureza ou da obra
de arte

É à palavra belo que recorremos para classificar o objeto que de tão singular maneira se
impôs à nossa atenção.

A estética seria então a ciência da sensibilidade e, consequentemente, uma capacidade


dos órgãos dos sentidos para apreciar a beleza. Mas surgiriam assim alguns problemas
sobre os quais a estética se debruça: O que é o belo? O que é uma experiência estética? O
que é um juízo estético?

A estética é a disciplina filosófica que estuda o conhecimento sensível e a relação do


homem com os objetos belos. É muitas vezes apresentada como a disciplina filosófica que
se ocupa dos problemas e dos conceitos que utilizamos quando nos referimos a objetos
estéticos.

Certos objetos estimulam as nossas faculdades de sentir e de compreender, impõem-se à


nossa atenção e atraem-nos mesmo sem sabermos ou querermos saber qual a sua
utilidade prática.

Que tipo de objetos? Naturais ou uma criação humana?

Chamamos-lhes objetos estéticos porque são objetos criados e/ou contemplados para
sentir.

Há objetos naturais como um pôr-do-sol ou um campo de amendoeiras floridas no início


da primavera.

Há objetos estéticos criados pelo ser humano – obras de arte ou objetos artísticos –
como A Alegria de Viver, de Matisse, o Hino à Alegria, de Schiller

O que é o belo? Não há uma única definição de beleza.

Kant:

A estética torna-se teoria do gosto, que é uma faculdade para julgar se os objetos são ou
não belos. A beleza de um objeto depende do sentimento de prazer ou de desprazer
provocado no sujeito.
O sublime é um conceito fundamental em Estética, como diz Kant, o sublime ”eleva alma
acima do nível e do lugar-comum vulgar”, o sublime gera sentimentos de medo e de
impotência perante a grandeza e, simultaneamente, de admiração e espanto, ex: os
fenómenos da natureza.

Hegel:

A estética dá primazia ao belo artístico. A beleza da arte é superior à beleza da natureza,


dado que todas as criações humanas são superiores aos objetos naturais e a arte é um
produto do espírito humano.

2. Atitude e experiência estéticas


A atitude estética centra-se no sentimento e na experiência que a contemplação (no que
se refere à contemplação da natureza e quanto à contemplação da obra de arte)
proporciona, para simplesmente desfrutar o prazer que pode provocar.

A atitude estética distingue-se da atitude prática, esta visa identificar problemas e formas
de os resolver. Não se dirige para a utilidade do objeto como acontece com a atitude
prática. Centra-se no sentimento e na experiência que a contemplação proporciona, para
simplesmente desfrutar o prazer que pode provocar, é uma atitude desinteressada.

O objeto estético, natural ou artístico, contemplado de forma desinteressada,


proporciona uma experiência estética, caracterizada por ser um estado de prazer que
acompanha o objeto belo e que é caracterizada como:

 atenta - concentrada no objeto


 desinteressada - desligada da utilidade do objeto
 empática - dialoga com o objeto
 contemplação ativa - o sujeito presta atenção às propriedades materiais e formais
do objeto

Para Kant os objetos capazes de suscitar experiências estéticas são de dois tipos:

 os objetos artísticos enquanto criações humanas, capazes de despertar emoções e


sentimentos que os avaliam como belos, horríveis ou sublimes, ex: teatro, música,
dança.
 os objetos naturais, produto da natureza, descobrimo-los e são capazes de
despertar emoções e sentimentos que os avaliam como belos, sublimes, horríveis.,
ex: tudo o que a natureza proporciona.

3. Juízo estético
Quando atribuímos uma propriedade estética a um objeto, fazemos um juízo estético. O
juízo estético é, assim, um juízo de valor ou de apreciação relativamente ao belo, ou às
categorias que lhe são afins. Vejamos alguns exemplos de juízos estéticos:

 Os quadros de Picasso são belos.


 Aquela paisagem é sublime.
 A poesia de Fernando Pessoa é encantadora.

O juízo estético é um enunciado valorativo, capaz de exprimir uma experiência estética


em que se atribui uma propriedade estética a algo que percecionamos.

Os juízos estéticos indicam juízos emitidos com base naquilo que se sente e que não é
suscetível de ser inteiramente motivado por uma explicação lógica. Neste sentido, com diz
Kant, é um juízo de gosto, pois depende unicamente do agrado ou desagrado do sujeito.

Para Kant, o juízo de gosto não é um juízo de conhecimento, é antes um juízo subjetivo,
pois corresponde a uma sensação de prazer do sujeito.

A questão da natureza dos juízos estéticos consiste em saber se a beleza é objetiva ou


subjetiva.

Experiência estética: A experiência estética é uma experiência polivalente, já que


pressupõe diferentes conceções do objeto específico da estética. É sempre uma vivência
subjetiva de um prazer ou desprazer provocado por um objeto, seja ele a contemplação da
natureza ou de uma obra de arte.

Estética: Nasce a partir do momento em que a crítica do «gosto», ou seja, a reflexão


sobre as condições que permitem avaliar algo como belo, substitui qualquer dogmática do
belo. Emprega-se vulgarmente como sinónimo de belo ou como designação daquilo que se
refere à beleza. A estética corresponde à teoria da sensibilidade, à beleza, particularmente
à beleza artística, e, por extensão, à reflexão que se aplica à arte.

4. Filosofia da arte
A arte procura, em termos gerais, distinguir objetos artísticos de objetos não artísticos.
Arte pode ser entendida como a atividade humana ligada às manifestações de ordem
estética ou comunicativa, é uma forma do ser humano se expressar. Apesar de ser
realizada nos mais variados meios, linguagens e técnicas, os artistas geralmente
compartilham o desejo de transmitir sentimentos e emoções.
A arte distingue-se, em geral, das demais atividades humanas enquanto modo intencional
de produção da beleza, ou pelo menos, de algo que possa captar a nossa atenção e a nossa
sensibilidade estética
A disciplina filosófica que estuda a problemática da definição da arte é a Filosofia da
Arte, a definição de arte não é consensual. Na antiguidade Clássica a arte era a arte do
belo, como o belo era considerado um atributo objetivo do objeto estético, a definição de
arte baseava-se nas suas características físicas.
Mas a definição de arte foi-se alterando à medida que esta deixou de ser apenas a arte do
belo e o belo começou a ter contornos mais subjetivos e indefinidos. O que hoje
designamos como arte abstrata não seria de todo considerada arte na Antiguidade.

Teorias essencialistas consideram que é possível definir arte.


Teorias não essencialistas consideram que não é possível definir arte.

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