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Estética
Após esse período, e com o início da Idade Moderna, surge o racionalismo, que marcará o
desenvolvimento da estética no período.
Existia a crença de que o mundo poderia ser controlado uma vez estudado, categorizado,
organizado e entendido através das faculdades intelectuais.
David Hume (1711-1776) trouxe para a Estética a teoria do gosto. Para ele, o belo depende
da capacidade sensitiva e racional do homem, que julga o que sente.
“O belo ainda existe, e só é possível de ser notado por meio de uma sofisticação das
“O belo ainda existe, e só é possível de ser notado por meio de uma sofisticação das
capacidades sensitivas e racionais do apreciador.” (SILVA, 2017)
Para ele, a beleza não é uma qualidade das próprias coisas, existe apenas no espírito que as
contempla, e cada espírito percebe uma beleza diferente.
Hume afirma que também o gosto é uma questão de hábito e que varia conforme a realidade
e experiência vividas.
A Estética na Modernidade
No século XVIII, um problema ganha força, que é saber se o belo é sentimento subjetivo ou
objetivo, e os autores tentarão responder isso nas suas obras. Essa discussão ainda estava
viva na época em que Hume viveu.
Kant elabora sua teoria estética na obra Crítica do Juízo do Gosto (Crítica da Faculdade
do Juízo).
Essa última obra é uma crítica do nosso poder de julgar e uma obra estética que trata da
apreciação e da criação do belo.
Kant desenvolveu sua obra no meio da discussão entre empiristas e racionalistas, segundo
Noyama (2016, p. 126):
“Os racionalistas defendiam que a razão era inata e que a experiência não poderia promover o
conhecimento verdadeiro, e empiristas defendiam justamente o contrário, que somente a partir
da experiência se poderia iniciar uma caminhada que garantisse o alcance da verdade”.
Kant e o juízo do gosto
Hume: o
conhecimento
começa com a
experiência
Interatividade
Para Kant, a concepção do belo só pode emanar do sentimento humano. Os juízos estéticos
são pura e somente frutos da experiência subjetiva dos indivíduos. Partindo desse
pressuposto, é correto afirmar que:
Para Kant, a concepção do belo só pode emanar do sentimento humano. Os juízos estéticos
são pura e somente frutos da experiência subjetiva dos indivíduos. Partindo desse
pressuposto, é correto afirmar que:
Kant discute na sua obra o problema do gosto, ou seja, que “cada um tem seu gosto” ou que
“gosto não se discute”.
Dessa forma, o gosto não poderia servir de critério para o julgamento das obras de arte.
Todo o processo é individual e incomparável entre si.
Esse pensamento resulta numa questão importante: como ser um avaliador de obras de
arte? Como dar universalidade a esse juízo?
Nos apropriamos das coisas como elas chegam até nós. Para Kant, as pessoas têm contato
apenas com a aparição fenomênica das coisas tal como as percebemos.
Esse fenômeno deve ser acessível tanto para o sujeito como para todos os outros.
A intersubjetividade
Para Kant, o sujeito percebe as coisas a partir das sensações e não pela formulação de
julgamentos racionalmente elaborados.
A intersubjetividade
A intersubjetividade
A beleza percebida na contemplação de um objeto não é apenas pelo fato de o objeto ser
belo. Ela provoca um sentimento de caráter subjetivo, que é a sensação de prazer.
Para Kant, um objeto não pode ser belo se o mesmo for aprazível apenas para um sujeito.
Assim, qualquer indivíduo que contemple livremente um objeto terá a mesma condição de
prazer que outra pessoa.
A intersubjetividade
Quando ele afirma que o belo agrada universalmente, está criando a ideia do senso comum
estético.
Ele acredita que, ao compartilhar um objeto que causa prazer, a outra pessoa tem uma
sensação e um sentimento muito parecido com o primeiro indivíduo.
Kant, ao introduzir a explicação sobre o belo, mostra que este depende do gosto e é um juízo
reflexivo estético.
O gosto, então, é relativo ao sujeito e sua capacidade de julgar sobre o que lhe é dado.
Enquanto o belo só pode ser referido a um objeto com forma, o sublime pode ser provocado
por um objeto sem forma.
“Todos nós já passamos por uma situação na qual a evidência de nossa pequenez nos fez
respeitar ou temer algo absolutamente maior que nós” (NOYAMA, 2016, p. 132).
Interatividade
Para Kant, um objeto não pode ser belo se o mesmo for aprazível apenas para um sujeito.
Assim, qualquer indivíduo que contemple livremente um objeto terá a mesma condição de
prazer que outra pessoa. Com isso, o belo, para Kant, é:
a) Subjetivo.
b) Universal.
c) Racional.
d) Ao mesmo tempo subjetivo e universal.
e) A verdade.
Resposta
Para Kant, um objeto não pode ser belo se o mesmo for aprazível apenas para um sujeito.
Assim, qualquer indivíduo que contemple livremente um objeto terá a mesma condição de
prazer que outra pessoa. Com isso, o belo, para Kant, é:
a) Subjetivo.
b) Universal.
c) Racional.
d) Ao mesmo tempo subjetivo e universal.
e) A verdade.
Hegel
Hegel pretende mostrar, na sua obra, o que merece de fato o título de Filosofia.
Seus estudos sobre estética são resultado de registros de suas aulas na Universidade de
Berlim, entre 1820 e 1830.
Hegel
A crítica da arte também se torna modelo da crítica filosófica: do mesmo modo que a obra de
arte é representação de uma verdade ideal numa forma sensível, assim também a tarefa da
crítica consiste em desvendar a ideia do fenômeno (manifesto).
O manifesto pode mudar em cada sistema filosófico, mas o núcleo racional deve ser o
mesmo em todo aquele sistema que mereça o título de Filosofia.
Hegel
Interessante que Hegel começa a propor o seu sistema alegando que os sistemas filosóficos
até então eram contraditórios, e ele gostaria de propor um sistema que respondesse todos
os fenômenos filosóficos.
Mas ele chega a entender que essa contraditoriedade, na verdade, é aparente, porque cada
pensador propõe o seu sistema à luz de sua época e das discussões que vivencia.
Nesse ponto, ele é influenciado por outros autores, como Kant e Schiller, discutindo a beleza
no campo da filosofia da história.
Para Hegel, a filosofia estética de Kant reconhece a possibilidade de unificação entre espírito
e natureza através da arte.
Para Hegel (na Fenomenologia do Espírito), a ideia do belo (que, para ele, é a verdade)
apresenta uma evolução interna, ligada à evolução histórica.
A diferença entre estética e Filosofia será o fato de que a estética continuará sendo pensada
como a ideia do verdadeiro, numa forma exterior a ele.
Hegel afirma que a ciência das sensações tem limites e que está restrita às sensações que
um objeto artístico pode provocar.
Hegel
Essa ciência teria limites, para Hegel, porque ela não diferencia essas sensações
provocadas pelo objeto artístico das sensações provocadas pela natureza, e isso seria,
então, um problema para ele.
Dessa discussão resulta a proposta de uma nova nomenclatura: “a autêntica expressão para
nossa ciência é, porém, filosofia da arte ou, mais precisamente, filosofia da bela arte”.
“Ao citar que a beleza artística é nascida do espírito, Hegel pretende dizer que ela é uma
construção e, como tal, tem como principal característica o fato de ser resultado de um
processo de superação e conservação entre espírito e natureza, isto é, entre o homem e a
realidade. Esse processo, necessariamente dialético, faz com que o espírito sempre acumule
mais experiências e forme uma consciência ciente destas, compreendendo-as e refletindo
sobre elas. Segundo Hegel, essa característica já é suficiente para declarar a arte como
superior à natureza, pois a natureza não tem consciência e sua criação não é resultado de
um processo dialético.” (NOYAMA, 2016, p. 147)
Hegel
Ou seja, para Hegel, diferente do que Platão afirmou, um desenho do Sol, qualquer desenho
que seja, será necessariamente mais belo que o próprio Sol, porque a reflexão do desenhista
sobre o objeto natural confere sua superioridade diante da natureza.
1. O fim da arte pode ter acontecido na própria Grécia Antiga. Foi o último cenário da arte
intuitiva da realidade humana.
2. Na Grécia Antiga, a arte representava conteúdos imagéticos aceitos universalmente, como
os deuses.
3. A partir da evolução do espírito e do saber científico, ficou mais importante a discussão e
investigação estética do que a própria obra de arte.
Hegel
Para Hegel, a beleza artística é única e quanto mais as produções se situam acima da
natureza, mais a beleza artística se eleva acima da beleza natural.
O momento central da estética do belo é a ideia, cabendo ao elemento sensível ser apenas
um meio no qual a verdade se torna perceptível.
Para Hegel, o belo é a ideia enquanto unidade imediata do conceito e de sua realidade e,
portanto, é verdadeiro.
Para Hegel, a obra de arte é o primeiro elo intermediário entre o que é meramente exterior,
sensível e passageiro e o puro pensar.
Por sua vez, o belo é a ideia enquanto unidade do conceito e da sua realidade e, portanto, o
verdadeiro.
Ao contrário, tudo que existe tem, por isso, apenas verdade na medida em que é uma
existência da ideia.
Dessa forma, a arte deve ser a apresentação sensível da verdade, ingressada na esfera
da historicidade.
Hegel
Interessante perceber que, em Hegel, a arte tem por objetivo a apresentação da verdade,
porém a apresentação da verdade, enquanto manifestação do espírito, não atinge sua forma
plena na arte.
Hegel
A partir daqui, a arte, para Hegel, possui uma mesma e idêntica meta que a religião e
a Filosofia.
Porém, quando a arte atinge sua forma ideal, ela percebe que não é o meio de expressão
mais adequado da ideia.
Quando Hegel apresenta os três momentos da arte, ele introduz a historicidade nela.
Ele também revela, nessa divisão, o sistema filosófico da totalidade, nos três tempos do
processo de vir a ser, que é o procurar, atingir e superar a ideia como verdadeira ideia
do belo.
Hegel
A arte simbólica, por representar a verdade de maneira inferior, ou seja, simbólica, é a forma
mais abstrata e a menos elevada.
Esse simbolismo tem sua autossuperação na arte clássica. Na arte clássica se atinge a
beleza perfeita pela adequação perfeita entre forma e conteúdo, entre apresentação sensível
e ideia.
A forma romântica é a superação do clássico: pois não supõe mais divisão entre o finito e o
infinito no mundo exterior. É a arte interiorizada.
A partir dessa hierarquia, percebe-se que a arquitetura é a arte menos elevada, pois
depende da matéria corpórea para se representar.
A escultura, por sua vez, deixa de ser somente mecânica para dar forma e individualidade, e,
por isso, a escultura supera a arquitetura.
A poesia, por sua vez, atinge o sentimental através do som, e também é dotada de
significado, representando mais autenticamente a ideia.
Por fim, para Hegel, a poesia é a arte que aspira a história da estética, onde desaparece a
pura sensibilidade para dar lugar à espiritualidade.
Hegel
Para os Antigos, a obra é entendida como um microcosmo – o que permite pensar que exista
fora dela, no macrocosmo, um critério objetivo e substancial do belo.
O belo tem uma evolução histórica, assim como uma hierarquia nas obras de arte.
Segundo Hegel, a hierarquia da obra de arte mostra que:
O belo tem uma evolução histórica, assim como uma hierarquia nas obras de arte.
Segundo Hegel, a hierarquia da obra de arte mostra que: