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INTRODUÇÃO

A Escola da Ponte é um bom exemplo de instituição com uma nova


visão de ensino e metodologia. Sua característica é levar em
consideração a promoção da autonomia e da liberdade dos
estudantes, pensando-os como protagonistas do processo de
ensino-aprendizagem.
Como podemos perceber, a visão de ensino semelhante a
uma linha de montagem – na qual professor e aluno
desempenham apenas um papel, tendo o mesmo tempo e a mesma
forma de aprender – está sendo repensada; por conta disso, novas
abordagens didáticas na área têm sido estudadas.
Com as mudanças nesses paradigmas da educação, o estudo das
abordagens didáticas passa a analisar como a prática docente –
compreendida pela dinâmica de ensino-aprendizagem – pode ser
executada de maneira mais eficiente.
Para obter essa eficiência, no entanto, não existe uma única linha
de abordagem. A maneira como os educandos aprendem é um
assunto amplamente debatido, influenciando tais abordagens. Para
compreendermos essas linhas, seguiremos os passos de um
professor que se depara com o desafio de escolher um caminho
para tornar a sua atuação mais eficiente.

Desse modo, como primeiro passo, serão apresentadas as


principais teorias da aprendizagem: elas são muito utilizadas e
conhecidas no campo da Educação, pois este espaço mostra-se
necessariamente complexo, com um conjunto de teorias que
sustenta o processo de ensino e de aprendizagem. Podemos,
assim, dizer que o professor precisa conhecer as teorias que vão
subsidiar sua abordagem didática.

Conhecer as principais teorias da aprendizagem deve representar


um constante exercício de estudos, possibilitando que os
professores se aprofundem e escolham aquelas com as quais mais
se identifiquem. Portanto, estamos falando de escolhas.

Essas escolhas têm se tornado cada vez mais difíceis quando


levamos em consideração o mundo contemporâneo com os
inúmeros desafios à vida cotidiana e ao exercício da docência.
Afinal, tais mudanças têm impactado fortemente a prática do
professor em sala de aula nos dias de hoje.

Neste momento, você deve estar se perguntando:

Essas (e outras) questões fazem parte da profissão docente,


embora seu raio de influência dependa da prática desenvolvida por
cada professor. Tais perguntas sempre lhe acompanharão em sua
atividade profissional.

O foco sobre as teorias da aprendizagem se concentra em sua


perspectiva de desenvolvimento, considerada por muitos como uma
das mais emblemáticas do século passado por meio da intensa
relação com a Psicologia da Educação. Vamos ver a seguir alguns
de seus conceitos.
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA OU
BEHAVIORISMO
Nossos estudos sobre as teorias da aprendizagem começam com o
destaque a uma das correntes teóricas mais importantes da área: o
behaviorismo. Originada em estudos feitos no campo da Psicologia,
esta corrente de pensamento compreende e define o
comportamento humano como o resultado de influências sociais.
Segundo a teoria behavorista, o sujeito pode ser moldado de acordo
com estímulos e respostas.

Podemos destacar John B. Watson como o principal criador dessa


teoria e, logo em seguida, outros estudiosos também se juntaram
ao behaviorismo, como Ivan Pavlov e B.F. Skinner.

Assim, podemos entender que o behaviorismo é parte de um


sistema educacional tradicional, pois está amparado em
estímulos, respostas e reforços. Talvez você ainda esteja se
perguntando:

Se já recebeu nota baixa alguma vez na vida, isso certamente


reforçou alguma ideia em você. É isso que o behaviorismo analisa.

À medida que somos elogiados, o nosso comportamento muda.

Nesta abordagem, o principal instrumento da modelagem é o


reforço. Este pode ser entendido como qualquer ocorrência que
aumente a intensidade de um determinado comportamento. Pode
ser positivo (recompensa) ou negativo (remoção de algo adverso).
Nessa perspectiva, a educação está fortemente ligada à
transmissão cultural, devendo imprimir no sujeito conhecimentos e
padrões de comportamentos éticos e sociais, além de competências
consideradas fundamentais para o controle do ambiente e da
realidade. O processo de ensino-aprendizagem é uma mudança
comportamental do sujeito resultante das práticas vividas e
reforçadas pelo professor. Por isso:
ABORDAGEM COGNITIVISTA
Nesta abordagem, o conhecimento é considerado uma construção
contínua do sujeito no meio em que transita. O cognitivismo realça
aquilo que é ignorado pela abordagem comportamentalista: o ato de
conhecer. O interesse da teoria cognitivista é saber como o ser
humano conhece o mundo, investigando a percepção, o
processamento de informação e a compreensão dele.

Vamos entender como a teoria cognitivista funciona:


O cognitivismo não concebe modelos prontos de mundo, aluno ou
sala de aula. Tudo está em um contínuo processo de vir a ser, pois
seu objetivo didático é a autorrealização e o uso pleno das
potencialidades do sujeito. Desse modo, de acordo com a
abordagem cognitivista, o mundo e o homem não estão prontos e
acabados (como ocorre no behaviorismo).

A abordagem cognitivista leva em consideração o cotidiano, a


vivência, a realidade e as experiências do aluno. No entanto, muitas
vezes, é difícil estabelecer a relação entre a teoria ensinada e a
prática.
O processo de ensino cognitivista ocorre a partir de uma
metodologia criada pelo professor na qual a aprendizagem do aluno
se desenvolve em um contexto que privilegia a liberdade para
aprender. Notemos que várias correntes e diversos representantes
desta teoria podem ser agrupados da seguinte maneira:
Segundo as teorias cognitivistas, o processo do conhecimento é
construído pela relação entre sujeito e sujeito ou sujeito e objeto, ou
seja, cada sujeito constrói o seu conhecimento a partir do contato
com o meio e da relação que ele faz.
O sujeito constrói o seu conhecimento não a partir de uma estrutura
fixa, mas sempre em uma relação de troca. Por isso, tais teorias
designam a existência de uma variedade de elementos responsável
por possibilitar o aprendizado.
Vamos conhecê-las mais profundamente a partir de agora.
Teoria cognitivista construtivista
O Construtivismo é uma linha de pensamento que gerou um grande
impacto na Pedagogia, principalmente pelas ideias de Jean Piaget.
Sua principal indagação diz respeito à forma como o sujeito
conhece o mundo. Uma das principais preocupações de Piaget era
compreender como e quais são os mecanismos utilizados pelo
homem para o conhecer e se adaptar a ele.

Cada informação do meio social é processada na mente do sujeito


a partir dos elementos que lhe são oferecidos. Assim, cada um
reestrutura de maneira única esse conhecimento e o integra ao
corpo de um saber já construído. Dessa maneira, Piaget avalia o
contato social como o principal meio de aprendizado.
Para Jean Piaget, a interação social não está relacionada apenas a
uma transferência verbal, e sim ao uso do pensamento e da
cooperação.
Essa afirmação propicia a compreensão de que a abordagem
construtivista estabelece diferenças entre ensino e aprendizagem.
Afinal, o que cada estudante aprende não constitui exatamente
aquilo que o docente explica em sala de aula, tampouco o que era
planejado previamente por ele. A aprendizagem, portanto, depende
diretamente de conhecimentos anteriores àqueles evocados por
nossas experiências.
Então, talvez apareça a seguinte questão:

O professor precisa estabelecer situações que desestabilizem os


conhecimentos anteriores de seus alunos. No entanto, é
fundamental haver a compreensão de que isso,
concomitantemente, requer a presença de:
Teoria cognitivista sociointeracionista
Lev Vygotsky é seu maior representante. Para este autor, a
mediação é um fato fundamental para o processo cognitivo do
sujeito, sendo realizada por meio da relação interpessoal e dos
sistemas de signos(linguagem, escrita, símbolos e objetos).
A linguagem é um instrumento de mediação da aprendizagem para
criar situações concretas de produção, reflexão, colaboração e
construção de conhecimento. Ela abandona, dessa forma, o
esquema linear de reprodução ou consumo.
Podemos reconhecer a interação entre os alunos como uma
estratégia pedagógica. Para que haja um conhecimento, o sujeito
deve ser entendido como um ser social que constrói sua
individualidade a partir das interações mediadas pela cultura. Dessa
maneira, a relação que a pessoa estabelece com o meio social é
condição fundamental para ela se constituir como indivíduo.

Teoria cognitivista significativa


Os estudos sobre esta teoria têm como base o autor David Paul
Ausubel, responsável pela elaboração do conceito de
aprendizagem significativa. Na abordagem cognitiva, ele observa
o que ocorre dentro da mente humana durante a construção do
conhecimento.
Para Ausubel, a estrutura cognitiva refere-se ao conteúdo total
das informações, aos fatos, aos conceitos e aos princípios
organizados pela pessoa. A aprendizagem é vista como o processo
em que o novo conteúdo se organiza e se integra à estrutura
cognitiva já existente. Dessa maneira, o professor precisa fazer a
relação significativa entre o conteúdo acadêmico e o social para que
o aluno perceba o significado do que aprende.
Para haver aprendizagem significativa, são necessárias duas
condições:

Com esse duplo marco de referência, as proposições de Ausubel


partem da consideração de que os indivíduos apresentam uma
organização cognitiva interna baseada em conhecimentos de
caráter conceitual, sendo que a sua complexidade depende muito
mais das relações que eles estabelecem entre si que do número de
conceitos presentes.
Essas relações têm um caráter hierárquico; dessa forma, a
estrutura cognitiva é compreendida fundamentalmente como uma
rede de conceitos organizados hierarquicamente de acordo com o
grau de abstração e de generalização.
Agora que você já foi apresentado às teorias contempladas na
abordagem cognitivista, demonstraremos como elas influenciam na
atuação do professor e na sua prática em espaços escolares.
No módulo anterior, buscamos perceber como os sujeitos aprendem
e como esse aprendizado pode ser visto de formas diferentes.
Diante desse desafio, passamos a refletir sobre o professor e seu
papel na construção dessa abordagem didática.
Quanto à investigação de seus processos na prática docente, talvez
você esteja com os seguintes questionamentos:
Dessa maneira, cabe ao professor acompanhar o processo de
ensino-aprendizagem ao fomentar novas descobertas, possibilitar a
ampliação desses conhecimentos e adaptar as suas práticas de
acordo com a turma.

A didática serve para indicar os processos de ensino-aprendizagem.


Com eles, você vai poder pensar tecnicamente e acompanhar a
evolução dos alunos.
Não basta, porém, compreender um conteúdo do ponto de vista
técnico. O processo de compreensão é do aluno, e não do
professor, pois será o estudante que vai descobrir os seus
caminhos e construir as pontes necessárias para seu
desenvolvimento. Ser didático, além de se preparar, é estar
disposto a compreender que seu aluno precisa de
acompanhamento no processo de aprendizado.
A didática não deve ser entendida como uma prática, mas como um
processo no qual cada aluno desenvolve seus aspectos cognitivos.
O professor, por sua vez, acompanha esse processo e fomenta
novas descobertas, possibilitando a ampliação desses
conhecimentos.
Todo aquele que se coloca na condição de educando espera que
quem o conduzirá esteja preparado. Independentemente de nosso
tempo de convivência, nós, enquanto professores, devemos estar
dispostos e sermos capaz de acompanhá-lo para provocar e
permitir processos de aprendizagem, cada um com seu ritmo e
dentro de suas necessidades. Desse modo, atuar didaticamente é:
O uso da didática, aliás, possui uma funcionalidade muito mais
ampla: fundamental para todo sujeito no ato de educar, ela impacta
diretamente o processo de ensino-aprendizagem.

CONCEITUANDO A DIDÁTICA
A didática deve ser entendida como uma ferramenta pedagógica
que impulsiona o professor a refletir sobre as formas de
abordagem do conhecimento, das metodologias, da
necessidade de planejamento e de tudo que envolve o
processo de ensino-aprendizagem. Como não se limita à técnica,
ela se dedica ao estudo do processo de ensino-aprendizagem,
oferecendo uma reflexão constante que orienta as abordagens
didáticas a fim de fortalecer tal processo.
A abordagem didática deve ser entendida como um “fazer
reflexivo” que leva o professor a ampliar sua visão sobre as formas
de ensinar e de aprender, facilitando a escolha das metodologias
que dão sentido à sua prática.
Ela provoca reflexões sobre a forma de atuação dela no processo
de aprendizagem dos alunos e a maneira de melhorar sua prática
a partir do seu cotidiano.
A abordagem didática também ultrapassa a dimensão técnica, pois
exige compromisso do mestre com o aprendiz, fazendo com que o
professor adote uma postura reflexiva, na qual a construção de
conhecimentos ganha nova dimensão, provocando a entrada de
aprendizagens significativas que façam sentido para o público a que
se destina.
O papel da abordagem didática é fazer a diferença em qualquer
campo com demanda educativa (instituições públicas, privadas ou
do terceiro setor), pois ela auxilia na construção de cenários de
ambientação para que a aprendizagem aconteça e se consolide.
Na abordagem didática, o professor deve:

Dar sentido ao que é apresentado


Podemos dizer que ela é a proposta de reflexão sobre a prática. O
professor utiliza variadas teorias da aprendizagem para observar o
andamento do processo de ensino.

Ter o cuidado de buscar novos caminhos


O professor deve desenvolver e adaptar métodos e técnicas que
possam ser utilizados na construção de determinados
conhecimentos, sabendo contextualizá-los a cada realidade e
respeitando os procedimentos mentais desenvolvidos nessa
construção.

Quem é didático, atua como um mediador que considera e respeita


a cultura e a história do seu aluno, associando, a partir dessas
singularidades, os saberes da vida aos que precisam ser
construídos. Portanto, no universo da abordagem didática, diversas
teorias podem ser utilizadas para a obtenção da melhor proposta
com o objetivo de atender à necessidade dos alunos. Ou seja, você
precisa compreender que todo professor tem uma abordagem
didática para pensar, fazer sua aula e instruir seu aluno.
ABORDAGEM DIDÁTICA PARA AS
FUTURAS GERAÇÕES
Você sabia que a nossa sociedade passa por grandes
transformações e que cada geração é classificada de uma maneira
diferente? Para a reflexão apropriada de uma abordagem didática
atual, o professor deve ter algum conhecimento sobre as gerações
e seus processos históricos.
Pensar a abordagem didática atualmente é compreendê-la de uma
forma diferente, pois é preciso considerar os avanços tecnológicos,
a popularização da internet e a mistura geracional.
Como você pôde observar, cada uma dessas gerações (X, Y, Z e
Alpha) apresenta características diferentes. A definição de uma
abordagem didática que não leve em conta tais elementos pode
interferir profundamente no processo de ensino e aprendizagem. As
diferenças geracionais direcionam a construção do seu processo
docente, mas sem haver a criação de uma “camisa de força”.
Portanto, sempre deve existir espaço para a criatividade.
Precisamos, enquanto professores, reconhecer as diferenças
geracionais e nos comportar como um orientador de caminhos.
Nosso objetivo é propor desafios e, principalmente, direcionar os
alunos para o trabalho cooperativo e colaborativo mediante a
potencialização do diálogo, da troca de conhecimentos e da
produção coletiva dos discentes.
Atualmente, o professor na sala de aula da educação básica
trabalha principalmente com crianças das gerações Z e Alpha.
Dessa forma, ele terá de repensar sua prática pedagógica e seus
caminhos didáticos, pois precisará lidar com perfis geracionais
diferentes do seu.

Essas medidas são importantes. Nossos alunos têm um perfil


geracional diferente, já que cresceram utilizando ambientes
colaborativos, como Instagram, Facebook, Pinterest e Snapchat.
Além disso, eles estão acostumados aos games, que são jogados
em grupos, embora seus jogadores estejam distantes
geograficamente.
Por essa razão, a abordagem didática atual deve enfatizar o
enfoque social em detrimento do individual, privilegiando atividades
e trabalhos realizados em mesas agrupadas fisicamente nas quais
sejam utilizadas ações de pesquisa, análise de situações e
resolução de problemas.

O melhor procedimento didático é aquele acompanhado de uma


significação para cada geração. A didática está presente de forma
imperativa em todos os espaços de aprendizagem: na construção
de instrumentos de apoio ao ensino, como conteúdos digitais, assim
como em materiais, livros e projetos didáticos. Afinal, ela mesma é
um instrumento qualificador do trabalho educativo.

RECAPITULANDO
Como vimos no módulo anterior, a abordagem didática se separa
em dois grandes blocos. Amparada por uma teoria e concepção de
mundo, de sujeito e de sociedade, ela propõe um:

Fazer reflexivo

O professor deve pensar sua prática de forma contextualizada a


partir de uma teoria da aprendizagem. Assim, cabe ao docente
refletir sobre as relações, reações e ações que vão influenciar a
aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos.
Ensino-aprendizagem

Todo professor precisa saber que o processo de aprendizagem não


está desvinculado do ensino: ambos estão juntos.

O professor ensina e o aluno aprende, mas ele também acaba


aprendendo nesse processo. Todos nós, enfim, aprendemos e
ensinamos no ato educativo.

Você, enquanto professor, deve refletir sobre qual abordagem irá


auxiliar no seu processo como educador. Seu objetivo é facilitar o
aprendizado do aluno, levando em consideração seu cotidiano, sua
vivência e seu saber. Para isso, é importante, antes de
tudo, planejar suas aulas tendo em vista os blocos da abordagem
didática e os currículos que atuam dentro dos espaços
educacionais.

PLANO DE AULA
Durante a elaboração do plano de aula, o professor deve articular
as competências e habilidades solicitadas pelo seu demandante
com as estratégias que serão utilizadas. Portanto, ele corresponde
ao nível de maior detalhamento e objetividade do processo de
planejamento didático, tendo como finalidade a previsão dos
conteúdos e atividades de cada aula.

Todo plano de aula deve ser composto por conteúdo e tema,


competências, estratégias didático-metodológicas e avaliação
(com possíveis intervenções didáticas). Durante a elaboração do
planejamento e deste plano, é preciso ter em mente as seguintes
perguntas:
O planejamento didático deve ser uma ferramenta teórico-
metodológica usada pelo professor para intervir na realidade. Celso
Vasconcelos (2000) define que o planejamento,

Nessa discussão, são estabelecidas três dimensões: a realidade


(onde estamos), os fins (aonde queremos chegar ou o que
desejamos alcançar) e a mediação (como alcançar o que
planejamos).
Quando planejamos e aplicamos nosso plano em sala de aula,
temos uma intenção subjacente à ação didática. Para que as
competências se concretizem mais facilmente, é necessário que
este plano tenha as seguintes características:

Agora que você já possui uma ideia sobre o plano de aula, que tal
elaborarmos um utilizando as duas teorias aprendidas (cognitivista
sociointeracionista e behaviorismo)? Para isso, lembre-se de que
todo plano deve conter:

1 - Conteúdo: assunto central sobre o qual será tratado o plano.

2 - Tema da aula: tópicos relacionados ao conteúdo da aula.

3 - Segmento: para o qual ano este plano foi pensado.

4 - Duração: tempo estimado da aula.

5 - Objetivos: aquilo que se pretende alcançar com ela.


6 - Metodologia: que caminhos são realizados nela e o que é feito.

7 - Recursos: que materiais são necessários para que haja a aula.

8 - Avaliação: como ocorre a mensuração da aprendizagem.

Behaviorismo
Imagine que você precisa ministrar uma aula para uma turma do
quarto ano do Ensino Fundamental sobre a superfície terrestre
brasileira. Levando em consideração a abordagem behaviorista,
veja um plano de aula com características behavoristas.
Sociointeracionista
Imagine-se agora ministrando, para a mesma turma, uma aula
sobre produção e interpretação de texto. Levando em consideração
a abordagem comportamentalista sociointeracionista, veja um
plano de aula que possua as características do
sociointeracionismo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, ao longo dos anos, o processo educativo foi se
tornando o foco de investigação e criação de diferentes teorias.
Entender como ocorre o aprendizado e a melhor forma de
potencializá-lo possibilitou que os professores aprofundassem
suas escolhas e suas ações dentro dos diversos espaços
educacionais. Nesse âmbito, aprendemos sobre duas importantes
teorias: a abordagem comportamentalista ou behaviorismo, que
busca compreender e definir o comportamento humano como o
resultado de influências sociais de acordo com estímulos e
respostas; e as abordagens cognitivistas, cujo objetivo é saber
como o ser humano conhece o mundo. O propósito deste tema é
instrumentalizar o professor para que ele seja capaz de perceber a
importância do direcionamento de sua abordagem.

A abordagem didática é um processo que busca dar significado ao


trabalho do professor, já que lhe permite perceber o fim de sua
ação, construindo propostas fundamentadas. Por isso, a didática
docente deve ser atrelada ao fazer reflexivo e ao ensino-
aprendizagem, levando em consideração as multiplicidades de
cotidianos que permeiam a escola. Já seu planejamento, seja ele
behaviorista ou cognitivista, deve conter os seguintes
itens: objetivo, finalidade do conteúdo, estratégias didático-
metodológicas e recursos. Além disso, é fundamental que a
construção do plano de aula possua coerência, unidade,
continuidade, sequência, objetividade, funcionalidade,
precisão e clareza nas informações detalhadas.
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