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Resposta de Popper:
Para Popper, o cientista é um sujeito ativo, criativo e crítico, mas comprometido com ideias, valores
e princípios que influenciam o seu trabalho. Porém, o conhecimento científico é independente do
sujeito que o produz e do contexto.
Para Popper, a ciência resulta de uma atividade conjetural. O investigador formula conjeturas
(hipóteses explicativas para os problemas identificados), de seguida, coloca-as à prova, sujeitando-
as a testes de falsificação. Se uma teoria for falsificável empiricamente é uma teoria científica.
Deste modo, se for falsificável também é passível de ser substituída por outras com melhor
desempenho face aos testes de falsificação. Estas substituições representam um passo em frente
no processo de evolução do conhecimento científico. Logo, não significa que são verdades, porque
nada nos garante que não falhe nos próximos testes de falsificação, mas é a mais próxima da
verdade (a meta da ciência).
Em suma, no que diz respeito à questão da objetividade da ciência, Popper considera que, pelas
características logicas inerentes às teorias científicas, o conhecimento científico é objetivo.
Resposta de Kuhn:
Para Kuhn, o cientista nunca é um sujeito neutro nem isolado, mas sim alguém condicionado e
contextualizado, de tal modo que a ciência nunca poderá ser verdadeiramente objetiva e imparcial.
Segundo Kuhn o progresso científico ocorre no interior de cada paradigma, e não na transição de
um paradigma para outro. Ou seja, a mudança de um paradigma para outro não e cumulativa, uma
vez que a verdade das teorias científicas esta sempre dependente do paradigma em que se insere.
Os paradigmas são incomensuráveis, logo não há um padrão que permita estabelecer a
superioridade de um paradigma em relação a outro. Daí afirmarmos que a verdade é sempre
definida pelos princípios e regras do paradigma em que se insere, então o seu valor é apenas
relativo. Assim, para Kuhn, só podemos falar de progresso, objetividade e verdade de modo
relativo.
Para além disso, Kuhn destaca os fatores históricos, sociológicos e psicológicos que interferem na
mudança de paradigma. O que obriga à argumentação. Logo, este processo de escolha é
intersubjetivo e nele os cientistas usam critérios objetivos e subjetivos de justificação. O que
também põe em causa o valor da objetividade científica.
A Estética:
A estética como área especializada da filosofia foi criada no século XVIII por Alexander Baumgarten.
A estética é a disciplina filosófica que analisa a experiência estética em geral, discutindo problemas
relativos à arte, ao gosto e à natureza da arte (filosofia da arte). A estética pode se então classificar
como o estudo da sensibilidade.
Subjetivismo estético:
Defende que a beleza não é uma propriedade intrínseca dos objetos, mas é antes o resultado da
experiência humana. Ou seja, a beleza depende dos sentimentos de prazer ou desprazer que
acompanham a contemplação desinteressada do objeto estético. Deste modo, cada ser humano
pode “criar” essa beleza, transformando todos os juízos estéticos em juízos subjetivos. Uma vez que
ao afirmarmos que um juízo é belo, isto traduz apenas uma apreciação subjetiva do sentimento que
a contemplação da obra nos fez experienciar.
Objetivismo estético:
Defende que a beleza é uma qualidade intrínseca do objeto, a qual depende das propriedades dos
objetos, sendo independente do que sente o observador. Logo, o ser humano nunca é visto como
criador da beleza, mas como um ser capaz de a reconhecer. Para os autores que defendem o
objetivismo estético, os juízos estéticos nunca poderiam ser juízos subjetivos, pois os objetos são
objetivamente belos ou não. Então, qualquer juízo estético objetivo limita-se a fazer uma descrição
das qualidades da obra, podendo essa descrição ser verdadeira ou falsa. O que levanta questões
como: Que propriedades podem tornar um objeto intrinsecamente belo e quem as decide?
NOTA: juízo estético- é a apreciação do valor estético do objeto a partir do sentimento que
acompanha a sua contemplação.
Resposta de Kant:
Kant pretende solucionar esta discórdia em torno dos juízos estéticos. Ele afirma que apesar do
juízo estético ser, originalmente, subjetivamente, uma vez que resulta de uma experiência subjetiva
de um sujeito, a verdade é que ele se tende a universalizar. Já que o juízo estético resulta de uma
experiência desinteressada dos interesses pessoais e egoísticos dos indivíduos, de tal modo que os
juízos estéticos estariam despidos da individualidade da pessoa que os enuncia tornando-os quase
uma norma ideal e universal.
Teorias essencialistas
Teoria da arte como imitação/ representação:
A Teoria da arte como imitação (mimese) tem como base da sua tese central a definição que uma
obra é arte se, e só se, é produzida pelo o homem e imita algo. Para além da finalidade
contemplativa, qualquer obra, para ser considerada artística, deve ainda ter sido produzida pelo o
homem e imitar alguma coisa. Resumidamente:
Nem toda a arte pretende imitar a realidade, como por exemplo, a arquitetura e a arte
abstrata. (demasiado excludente)
E como podemos avaliar o grau de fidelidade com que uma obra imita a realidade, se não
pudermos aceder a essa realidade?
Teoria expressionista:
Com o surgimento da Teoria da arte como expressão o universo artístico sofre uma revolução. Para
de estar em causa a realidade e o mundo visível, que devia ser fidedignamente copiado e foca-se na
realidade interior e emocional do próprio artista. Um objeto só poderia ser considerado artístico se,
para além da sua finalidade contemplativa, exprimir sentimentos e emoções (dai ser apelidada
Teoria emocionalista da arte). Resumidamente:
Finalidade da arte: exprimir e comunicar sentimentos (por exemplo através do uso de cores
quentes).
Função do artista: provocar nos outros o mesmo sentimento que o afeta.
Prazer estético: resulta da identificação com o sentimento transmitido.
Críticas:
Nem toda a arte se propõe ou consegue provocar emoções estéticas a partir da sua forma.
Quase sempre a arte se apresenta como um todo, onde forma e conteúdo são inseparáveis.
A arte não se restringe a aspetos visuais (ex. música).