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Feito por

Gabriel 11ºA

Problema de Definição
de Arte
Problema da Definição de Arte

A definição de arte é um tema complexo , que tem sido objeto de debate ao longo dos
séculos. Este conceito de arte aplica-se a uma grande diversidade de objetos e práticas
sociais e o próprio significado de arte não é arbitrário. Este problema surge porque
não existe uma definição amplamente aceita que abarque todas as formas de
expressão artística. A arte é multifacetada, subjetiva e em constante evolução, o que
dificulta uma definição precisa.

Importância deste problema-Uma definição clara e abrangente de arte


pode contribuir para uma melhor compreensão e apreciação das obras de arte. Ao
estabelecer critérios e características fundamentais, podemos desenvolver uma base
concetual sólida para discutir, analisar e interpretar as obras de arte. Esta influencia
diretamente a identidade cultural de uma sociedade. Ao determinar o que é
considerado arte, estamos definindo também o que é valorizado como expressão
cultural e criativa. Isso afeta as tradições, narrativas e património de uma
comunidade.Em alguns casos, a definição legal de arte pode afetar questões como
direitos aurorais, proteção do património cultural e financiamento público para
iniciativas artísticas. Além disso, instituições como museus e galerias baseiam suas
políticas de aquisição e exibição nas definições de arte adotadas.

Foram apresentadas dois tipos de teorias de modo a resolver este problema , as


teorias essencialistas e não essencialistas.As teorias essencialistas defendem que
existem propriedades essenciais comuns a todas as obras de arte e que só nas obras de
arte se encontram.Uma propriedade é essencial se os objetos que a exemplificam não
podem deixar de a exemplificar sem que deixem de ser o que eram. Isso significa que
as propriedades essenciais da arte são exemplificadas por todas as obras de arte, reais
ou meramente possíveis. Mas uma definição essencialista exige também que tais
propriedades sirvam para distinguir a arte de outras coisas que não são arte. Daí que
se procurem identificar as propriedades que, sendo essenciais, são também
individuadoras da arte. Ora, se há propriedades comuns a todas as obras de arte e
individuadoras das obras de arte, é então possível dizer quais são as condições
necessárias e suficientes da arte, quer dizer, é possível fornecer uma definição
explícita de arte. As teorias não essencialistas na filosofia da arte questionam a
existência de uma essência fixa que define o que é arte. Elas enfatizam a importância
do contexto, da interpretação e da diversidade de formas artísticas. Essas teorias
reconhecem que o valor estético da arte não pode ser reduzido a seus elementos
formais e enfatizam a influência do contexto social, cultural e subjetivo na apreciação
e na valorização da arte. Elas abrem espaço para uma compreensão mais flexível e
diversificada da arte, valorizando a multiplicidade de perspetivas e interpretações
estéticas.
As teorias não essencialistas apresentadas foi a teoria institucional que enfatiza o
papel das instituições culturais e do contexto social na definição e no reconhecimento
da arte, segundo essa abordagem, a arte não é determinada apenas pelas características
intrínsecas da obra, mas também pelas práticas e normas estabelecidas pelas
instituições artísticas,estas instituições, como museus e galerias, têm influência na
seleção, exibição e validação das obras de arte, moldando assim a definição e o valor
da arte dentro de um contexto social e cultural específico.A outra teoria não
essencialista é a teoria historicista que afirma que o significado e o valor de uma obra
de arte são moldados pelo contexto histórico e cultural em que ela foi produzida,
rejeitando os critérios universais e atemporais de avaliação artística, enfatizando a
importância da análise histórica e da interpretação cultural para compreender e
apreciar uma obra de arte em sua totalidade.

As teorias essencialistas apresentadas a este problema foi a teoria expressionista,


que enfatiza a expressão de emoções e sentimentos como a essência da arte,sendo esta
uma forma de comunicação emocional entre o artista e o espetador, permitindo a
transmissão de experiências e sensações e a teoria , a outra teoria essencialista
proposta de modo a resolver este problema é a teoria da arte como imitação,esta tese
sustenta que a arte é uma imitação da natureza ou do mundo real, ela remonta à
Antiguidade clássica, onde se acreditava que a arte deveria imitar a beleza e a
harmonia da natureza.A ultima teoria essencialista é a teoria formalista, que
pessoalmente é a que se melhor encaixa neste problema

A Teoria formalista : Esta teoria defendida, entre outros, pelo filósofo


Clive Bell, considera que não se deve começar por procurar aquilo que define uma
obra de arte na própria obra, mas sim no sujeito que a aprecia. Isso não significa que
não haja uma característica comum a todas as obras de arte, mas que podemos
identificá-la apenas por intermédio de um tipo de emoção peculiar, a que chama
emoção estética, que elas, e só elas, provocam em nós. De acordo com a teoria
formalista de Clive Bell, Uma obra é arte se e só se provoca nas pessoas emoções
estéticas.Tendo em conta a definição dada, reparamos que a característica de provocar
emoções estéticas constitui, simultaneamente, a condição necessária e suficiente para
que um objeto seja uma obra de arte. Mas se essa emoção peculiar chamada emoção
estética é provocada pelas obras de arte, e só por elas, então tem de haver alguma
propriedade também ela peculiar a todas as obras de arte, que seja capaz de provocar
tal emoção nas pessoas. Mas essa característica existe mesmo? Clive Bell responde
que sim e diz que é a forma significante. Esta tese afirma que a apreciação da arte
deve se concentrar nos aspetos formais da obra, como composição, cor, forma e
estrutura, independentemente de qualquer contexto externo valorizando a habilidade
técnica do artista e destacam a universalidade estética dos elementos formais, que
podem ser apreciados além de barreiras culturais e histórica. Alguns exemplos de
frase são por exemplo:“este quadro é uma verdadeira obra prima devido à excecional
harmonia das cores e ao equilíbrio da composição”, ou como “aquele livro é excelente
porque está muito bem escrito e apresenta uma história bem construída, apoiada em
personagens convincentes e bem caracterizadas”. Para os formalistas a arte também
tem o poder de nos fazer ver o mundo de uma maneira nova, ao desaromatizar nossa
perceção e tornar o familiar estranho ao apresentar objetos e situações de forma
inesperada ou descontextualizada, desafiando as nossas suposições permitindo
experimentar uma perspetiva diferente.Os formalistas argumentam que a arte deve ser
apreciada por sua existência autónoma, e ao analisar as qualidades formais da obra,
eles defendem que a arte possui um valor intrínseco que não depende de referências
externas ou associações culturais. Isto possibilita a apreciação da arte como uma
experiência puramente estética, sem necessidade de justificativas externas.

Sou defensor desta teoria, pois para que algo seja arte necessita focar na forma
estética, permitindo que os espetadores apreciem a obra de arte independentemente de
seu contexto, conteúdo ou intenções do artista ampliando a liberdade e a subjetividade
na apreciação da arte, permitindo que cada indivíduo tenha uma experiência única
pois para que algo seja arte tem que haver uma emoção especial ,de modo que a obra
que ta a ser observada seja especial também , apesar de haver pessoas que não sentem
nada quando vem uma obra de arte, isto acontece apenas por elas não terem
sensibilidade estética. Esta teoria ressalta também a importância de considerar a obra
de arte como um objeto em si mesmo, separado de seu contexto ou intenções evitando
que o valor da arte seja reduzido a fatores externos, como o autor, a mensagem social
ou a utilidade prática, Desta forma, o formalismo permite uma apreciação mais pura e
desprendida da arte como um fim em si mesma.

Esta teoria tem também uma grande vantagem em relação as outras pois pode
incluir todo o tipo de obras de arte, inclusivamente obras que exemplifiquem formas
de arte ainda por inventar, desde que provoque emoções estéticas qualquer objeto é
uma obra de arte, ficando assim ultrapassado o carácter restritivo das teorias
anteriores, não necessitando de representar algo, pois nem sempre as obras de artes
imitam alguma coisa, como por exemplo pintura abstrata ou obras de musica
instrumentais, ou quando representam a sua imitação e muito vaga, ou seja, vazia.Não
necessita também de expressar algum tipo de emoção pois nem sempre o artista sente
o que obra exprime e existe vários tipos de arte que são inexpressivas, ou seja, não
transmitem qualquer tipo de emoção como por exemplo um quadro de um artista
famoso, o Kandisky , que não transmite qualquer tipo de sentimento.

Conclusão-A teoria formalista na filosofia da arte, é uma abordagem que


enfatiza a importância da forma estética na apreciação e compreensão da arte. Essa
teoria se concentra na estrutura formal da obra de arte, como a composição, cores,
linhas, proporções e outros elementos visuais, em vez de se basear em seu conteúdo
ou mensagem. De acordo com o formalismo, a forma estética de uma obra de arte é o
que a torna valiosa e significativa. Ela defende que a experiência estética é autónoma,
ou seja, a obra de arte é apreciada por suas qualidades intrínsecas, independentemente
de qualquer referência externa ou contexto social. Assim, o formalismo valoriza a
excelência técnica, a harmonia e a organização estética da obra. Os formalistas
acreditam que a forma estética desperta emoções e sentimentos no espetador, e que a
apreciação da arte é uma experiência subjetiva. Eles argumentam que a arte é uma
forma de expressão não verbal, e sua significância está na forma como ela cria uma
experiência estética única para o observador.
Defendo esta teoria pois acredito para que algo seja arte necessita de transmitir uma
emoção no telespectador, mas não uma emoção qualquer , tem que ser uma emoção
estética que é provocada pela composição , as cores e as linhas nas artes plásticas ,por
exemplo, ou pelas melodias , alternância de tom e ritmos nas musicas, o que torna um
certo objeto em obra de arte, não necessitando de representar algo ou expressar
sentimentos

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