Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
mas sim pela forma como influencia o mundo exterior. Uma obra de arte pode ter várias
funções, de acordo com o contexto em que se encontra, sendo por esta razão que estas teorias
também são designadas por teorias contextualistas.
O que conta para estas teorias é sobretudo o modo como um dado objeto adquire o estatuto de
obra de arte e não as propriedades internas que esse objeto tem.
Os não essencialistas
Admitem que a arte possa ter as mais variadas funções: alargar o conhecimento, exprimir
e explorar emoções, proporcionar experiências compensadoras, divertir, proporcionar
prazer, ajudar-nos a ser pessoas melhores, comunicar ideias, criticar a sociedade,
transformar o mundo, criar coisas belas, valorizar as nossas vidas, ajudar-nos a suportar
os males;
O que torna inútil procurar nos objetos de arte características permanentes e
comuns supostamente associadas a funções tão diferentes;
Teoria histórica da Arte (Jerrold Levinson): Esta teoria procura definir Arte apelando as
propriedades extrínsecas e relacionais/contextuais e não a propriedades intrínsecas e manifestas
nos objetos; uma obra de arte deve ser avaliada pelo seu caráter histórico e não pelas suas
características visíveis. Os pressupostos são: Direito de propriedade: um artista só pode
transformar em arte algo que lhe pertença ou algo que foi autorizado a usar; Intenção duradoura-
o artista pretende que a sua obra seja vista tal como foram vistas as obras do passado; as obras
atuais devem ser avaliadas com os mesmos critérios usados para avaliar as obras do passado e as
obras de arte têm de permanecer no futuro (terem continuidade histórica).
Por outras palavras, Um objeto só adquire o estatuto de arte quando o seu criador estabelece uma
relação intencional com a tradição histórica relativa ao processo de criação artística, de modo a
que esse objeto seja interpretado da mesma maneira que as obras de arte que o antecederam.
Objeções:
1. A primeira objeção diz respeito ao direito de propriedade. É discutível que o direito de
Propriedade possa ser apontado como uma condição necessária para haver arte quando
Podemos pensar em muitos artistas que criaram autênticas e genuínas obras de arte
recorrendo a materiais/espaços que não lhes pertenciam.
2. De acordo com o critério da intenção duradoura, se uma obra sucede outra fica sem se
Todos os artistas consagrados tiveram a intenção de que as suas obras fossem vistas como
arte.
Uma das teorias mais populares da arte é a institucional. Ela foi sustentada em Art and the
aesthetic (1974) pelo filósofo americano George Dickie. ” Para a teoria institucional de Dickie
em sua primeira versão, “Uma obra de arte no sentido classificativo é um artefacto tendo sido
conferido a um conjunto dos seus aspectos o estatuto de candidato à apreciação por uma ou
várias pessoas que atuam em nome de uma determinada instituição social (o mundo da arte)”. A
primeira condição de artefato deve ser entendida numa acepção ampla do que seja um artefato.
Por exemplo, um artista pode levar uma pedra para um museu para ser contemplada, a pedra
pode ser dita como um artefacto nessa concepção e depois, jogada novamente de onde foi
tomada, deixa de ser arte. A segunda condição se assemelha a um batismo, alguém do mundo da
arte apresenta o artefacto como “candidato à apreciação”. Como num batismo, isso só faz sentido
num contexto de convenções que evoluíram ao longo da história e que são mutuamente aceitas.
Exemplo: Urinol colocado a exposição (Duchamp) e a Banana colada a uma pare por uma fita-
cola adesiva (Maurizio Cattelan)
Uma obra de arte é, no sentido classificativo, um artefacto (objeto feito ou colocado noutro
contexto por um artista) ao qual foi atribuído o estatuto de obra de arte/ candidato a apreciação
(nem todas as obras de arte são apreciadas) por uma instituição artística/ mundo da arte (artistas,
críticos, colecionadores, etc.).
De acordo com a definição institucional algo é arte se e só se é um artefacto que foi proposto por
alguém como candidato a apreciação. Esse “alguém” agiu em nome de uma instituição chamada
“mundo da arte”. O mundo da arte é uma instituição informal, cujos membros são os artistas das
várias áreas, o público, os jornalistas, os críticos, os filósofos da arte. Esta instituição integra
também os lugares e eventos próprios para a apresentação das obras de arte.
Objeções:
A teoria é circular, pois para definir mundo da arte recorre-se ao conceito de arte, e para
definir arte usa-se o termo “mundo da arte”; o estatuto da obra de arte é atribuído por
representantes do mundo da arte e o mundo da arte é definido como o conjunto daqueles
que têm o poder de fazer essas atribuições.
A definição é criticada por não admitir a figura do artista isolado e independente, que cria
arte fora do contexto institucional e por inviabilizar a existência de Arte Primitiva.
Quais as razões para que certos artefactos sejam considerados obras de arte e outros não?
Se existem razões, então são essas razões os critérios a adotar na definição de obra de
arte, tornando-se inútil a teoria institucional. Se não existem essas razões, então a arte é
arbitrária podendo qualquer coisa ser considerada arte (e se isto acontecesse, que razões
teríamos para nos preocuparmos com a distinção entre arte e não arte?).
Referencias
.
https://www.artcontext.info/
images/stories/picture/
podbor/Marcel-
Duchamp/Marcel-Duchamp-
003.jpg
.
https://www.artcontext.info/
images/stories/picture/
podbor/Marcel-
Duchamp/Marcel-Duchamp-
003.jpg
.
https://www.artcontext.info/
images/stories/picture/
podbor/Marcel-
Duchamp/Marcel-Duchamp-
003.jpg
.
https://www.artcontext.info/
images/stories/picture/
podbor/Marcel-
Duchamp/Marcel-Duchamp-
003.jpg
.
https://www.artcontext.info/
images/stories/picture/
podbor/Marcel-
Duchamp/Marcel-Duchamp-
003.jpg
.
https://www.artcontext.info/
images/stories/picture/
podbor/Marcel-
Duchamp/Marcel-Duchamp-
003.jpg
.
https://www.artcontext.info/
images/stories/picture/
podbor/Marcel-
Duchamp/Marcel-Duchamp-
003.jpg
.
https://www.artcontext.info/
images/stories/picture/
podbor/Marcel-
Duchamp/Marcel-Duchamp-
003.jpg
.
https://www.artcontext.info/
images/stories/picture/
podbor/Marcel-
Duchamp/Marcel-Duchamp-
003.jpg
.
https://www.artcontext.info/
images/stories/picture/
podbor/Marcel-
Duchamp/Marcel-Duchamp-
003.jpg
.
https://www.artcontext.info/
images/stories/picture/
podbor/Marcel-
Duchamp/Marcel-Duchamp-
003.jpg
.
https://www.artcontext.info/
images/stories/picture/
podbor/Marcel-
Duchamp/Marcel-Duchamp-
003.jpg
.
https://www.artcontext.info/
images/stories/picture/
podbor/Marcel-
Duchamp/Marcel-Duchamp-
003.jpg
https://www.studocu.com/pt/document/undefined/filosofia/teorias-da-arte-nao-essencialistas-
filosofia-11o-ano-20202021-pequeno-resumo/17647660
http://lolaeafilosofia.blogspot.com/2020/02/teorias-nao-essencialistas-da-arte_9.html
https://core.ac.uk/download/pdf/233155258.pdf