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O que é a arte?
A arte é uma manifestação cultural na qual todas as sociedades
humanas a podem produzir, ou seja, a atividade de produção e de apreciação
da obra de arte é uma prática social. O olhar filosófico, preocupa-se com a arte,
mas principalmente com os problemas da definição e do seu valor.
Característica partilhada
Condição necessária
por todas as obras de arte.
da arte
O que
éa
arte?
Teorias
Histórico-
Institucional
intencional
Teoria institucional:
Esta teoria tem a seguinte tese:
Esta teoria foi uma das tentativas mais bem conseguidas para definir a
arte a partir de ideias. O seu defensor mais famoso é George Dickie , que usou
o argumento dos objectos visualmente indistinguíveis. Este argumentos diz-nos
que nós perante dois objectos indistinguíveis, na qual um é considerado arte e
o outro não, devemos então procurar no contexto do objecto que é considerado
arte as razões da diferença de estatuto. Porém a distinção nas teorias não
essencialistas baseia-se nas propriedades relacionadas com a relação deste
objecto com o seu contexto.
Esta teoria é baseada em 2 argumentos.
Argumentos:
1. Primeira versão da teoria institucional
Este argumento é considerado “a versão antiga” da teoria institucional,
tal como falei anteriormente apresente duas condições necessárias, ou seja um
conjunto de coisas suficientes para que algo seja considerado arte. Esta versão
é considerada “antiga” por George Dickie que após reflectir sobre as várias
críticas que recebeu, reformulou então a sua teoria, tornando-a mais constante.
A versão antiga, dizia que uma obra de arte é um artefacto, isto é, algo
que é produzido por um ser humano, fazendo com que não possamos incluir no
conceito de arte, um exemplo disso é as maravilhas da natureza. Podemos
incluir a foundart ou então os ready-mades, pois estes dois revelam um
trabalho nem que seja mínimo de um artista sobre a realidade, mesmo que o
artista tenha pegado num objecto o tenha exposto numa galeria por exemplo.
A segunda condição que define algo como arte, diz-nos que é
considerado arte, aqueles artefactos que têm um conjunto de propriedades que
adquiriam um certo estatuto no interior de um enquadramento institucional
particular chamado “o mundo da arte”. Alguns filósofos interpretaram isto como
se Dickie afirmasse que existia uma estrutura organizada de especialistas na
arta, na qual reúnem algo para definir o que é a arte do que não é a arte. Mas
Dickie admitiu então que as expressões que utilizou forma demasiado formais
causando assim uma confusão acerca do conceito de “instituição”
2. Versão recente da teoria institucional.
Este argumento assenta em cinco definições que podem ser vistas
individualmente como condições necessárias, mas se forem vistas em conjunto
são vistas como condições suficientes para definir o conceito de arte. As cinco
definições são as seguintes:
1º- Um artista é uma pessoa que participa, com conhecimento de causa,
na produção de uma obra de arte.
Esta primeira definição quer dizer que um artista é um ser
humano que requer conhecimento por as técnicas, processos de produção, etc,
estes processos e técnicas estão envolvidas na produção de uma obra de arte.
Sendo então a produção de esta obra de arte uma actividade intencional,
podendo ocorrer o acaso durante a produção da obra de arte, desde que o
artista esteja consciente do que está a fazer.
2º- Uma obra de arte é um artefacto de uma espécie criada para ser
apresentada a um público do mundo da arte.
Esta definição implica que uma obra de arte possua um estatuto
social ou cultural. Dickie abandonou a sua posição defendendo que nas suas
primeiras obras de arte que esse estatuto é concedido. O estatuto é alcançado
através de um esforço e labor do artista em causa. Podemos então dizer que
as obras de arte são objectos intencionalmente preparados para serem alvos
de apreciação pelo público, mesmo que estas não sejam apreciadas ou até
mesmo apresentadas, a sua produção tem de ter sempre o objectivo em vista.
3º Um público é um conjunto de pessoas que estão preparadas, em
certo grau, para compreender um objecto que lhes é apresentado.
A definição de público é geral, pois aplica-se a qualquer tipo de
público. Um exemplo de público é por exemplo um grupo de alunos de uma
turma, este é um exemplo de público pois é um conjunto de pessoas que estão
preparadas, para conseguirem compreender um objeto que lhes está a ser
apresentado. Cada público tem um sistema particular na qual está envolvido,
portanto o público do mundo da arte está ligado ao artista e às obras de arte.
4º- O mundo da arte é a totalidade dos sistemas do mundo da arte.
Esta expressão “o mundo da arte” é designada por o sistema de
cada um das artes, ou seja, pode ser designado o sistema teatral, sistema
literário, o sistema das artes plásticas e assim por diante. Este “sistema” é um
conjunto de desorganizado e muito diversificado. As teorias tradicionais que
existem, tentaram encontrar um elemento comum que unisse a diversidade
existente entre todas, mas Dickie considerou essas tentativas inúteis, aceitou
também a desorganização destas teorias achando-as natural. Na vez de
procurar uma essência da arte, a teoria institucional orienta-nos para
conseguirmos encontrar aspetos culturais e relacionais de cada objeto.
5º- Um sistema do mundo da arte é um enquadramento para a
apresentação, por um artista, de uma obra de arte e um público do mundo da
arte.
Cada sistema particular é o enquadramento na qual o artefacto é
compreensível como obra de arte. Pra conseguirmos uma definição, nós
precisamos de ligar todos os conceitos, pois o conjunto de todos os conceitos
constitui uma condição suficiente do conceito de “obras de arte”. Para
conseguirem definir o que é a arte existiram umas tentativas tradicionais, estas
tentativas tradicionais apresentam condições necessárias e suficientes, estas
condições podiam ser conhecidas independentemente do seu conceito de arte,
mas para a teoria institucional isso é impossível. O conceito de arte não pode
ser compreendido separadamente da “instituição da arte” que está presente na
nossa vida desde a nossa infância. As condições necessárias só podem ser
compreendidas em inter-relações, e em conjunto são condição suficiente do
conceito de arte.
Esta teoria não permite distinguir a boa arte da má arte, pois propõe-se que
apenas um critério classificativo. Alguns filósofos, sentem que sabe a pouco,
por isso pensam que uma teoria deveria incluir alguma forma de explicação
acerca dos motivos que nos levam a valorizar mais umas obras de arte e não
outras.