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A arte e as teorias não essencialistas

Trabalho realizado por: Iara Linhares, nº5, 11ºBD


Índice:

Introdução --------------------------------------------------------- página


O que é a arte----------------------------------------------------- página
Problema do valor da arte ------------------------------------- página
Problema da definição da arte --------------------------------página
Condição necessária da arte --------------------------------- página
Condição suficiente de arte ----------------------------------- página
Teorias não essencialistas da arte -------------------------- página
Teoria institucional ---------------------------------------------- página
Teoria histórico-intencional ----------------------------------- página
Introdução:
Neste trabalho vou abordar o tema da arte e as suas teorias não essencialistas.
Começando por explicar o que é a arte e os seus problemas, dando exemplos.
De seguida irei falar das condições da arte e falando então das suas teorias
não essencialistas explicando uma a uma e dando de novo exemplos para
cada uma. Falando também dos seus argumentos e das suas teses.
Terminando então com uma breve conclusão dando então a minha opinião em
relação a este tema.

O que é a arte?
A arte é uma manifestação cultural na qual todas as sociedades
humanas a podem produzir, ou seja, a atividade de produção e de apreciação
da obra de arte é uma prática social. O olhar filosófico, preocupa-se com a arte,
mas principalmente com os problemas da definição e do seu valor.

O que define algo como uma obra de arte?


Podemos definir algo como uma obra de arte, para sabermos se é uma obra de
arte ou não nós temos de a conseguir interpretar, avaliá-la.

Problema do valor da arte:


Este problema nasceu da preocupação em descobrirmos os critérios que
nos permitem distinguir se uma obra de arte é boa ou má. Este problema
aborda questões que nos ajudam a saber se uma obra de arte tem ou não valor
por si mesma ou se o seu valor depende daquilo que ela traz ao seu autor, e ao
público que a observa.

Problema da definição de arte:


Este problema aborda a arte apenas pela sua dimensão descritiva, este
critério ajuda a entender o que é arte daquilo que não é. Se nós pensarmos na
diversidade da arte e na diversidade de obras de arte, nós entendemos que
não é fácil. Dentro de um tipo de arte existem as manifestações artísticas,
estas são diversas e podem parecer impossível de encontrarmos ao em
comum com a s obras de arte. Porém por outro lado, a arte é diversa entre si e
para as conseguirmos definir como arte é impossível.
Existem duas condições a condição necessária e a condição suficiente de
arte, que nos dizem que para considerarmos algo como arte temos de realizar
intervenções humanas o que é uma característica de obra de arte, pois todas
as obras de arte possuem essa condição. Ou seja, isto é uma condição
necessária das obras de arte, porém não é uma condição necessária da arte
em si. Ou seja, não é suficiente afirmar que uma obra de arte é algo que um
ser humano produz e para nos definirmos de arte.

Característica partilhada
Condição necessária
por todas as obras de arte.
da arte

Condição suficiente da Característica que apenas


arte as obras de arte possuem.

Existem então duas teorias, as teorias essencialistas e as não essencialistas.

Teorias não essencialistas:


Estas teorias são o contrário das teorias essencialistas, pois estas olham
não só para um objeto mas também par as relações que são estabelecidas
entre nós e esse objeto. Estas teorias são chamadas não essencialistas pois
procura, definir o que é arte não tendo características intrínsecas do objecto,
mas sim a relação que este estabelece com o seu contexto, ou seja, as
características extrínsecas desse objecto.
A arte nestas teorias tem duas teorias incluídas, ou seja, pode ser
explicada por a Teoria institucional e por a Teoria histórico- intencional.

O que
éa
arte?

Teorias

Histórico-
Institucional
intencional
Teoria institucional:
Esta teoria tem a seguinte tese:

Algo é arte se e só se é um artefacto


criado para ser apresentado a um
Tese
público do mundo da arte.

Esta teoria foi uma das tentativas mais bem conseguidas para definir a
arte a partir de ideias. O seu defensor mais famoso é George Dickie , que usou
o argumento dos objectos visualmente indistinguíveis. Este argumentos diz-nos
que nós perante dois objectos indistinguíveis, na qual um é considerado arte e
o outro não, devemos então procurar no contexto do objecto que é considerado
arte as razões da diferença de estatuto. Porém a distinção nas teorias não
essencialistas baseia-se nas propriedades relacionadas com a relação deste
objecto com o seu contexto.
Esta teoria é baseada em 2 argumentos.

Argumentos:
1. Primeira versão da teoria institucional
Este argumento é considerado “a versão antiga” da teoria institucional,
tal como falei anteriormente apresente duas condições necessárias, ou seja um
conjunto de coisas suficientes para que algo seja considerado arte. Esta versão
é considerada “antiga” por George Dickie que após reflectir sobre as várias
críticas que recebeu, reformulou então a sua teoria, tornando-a mais constante.
A versão antiga, dizia que uma obra de arte é um artefacto, isto é, algo
que é produzido por um ser humano, fazendo com que não possamos incluir no
conceito de arte, um exemplo disso é as maravilhas da natureza. Podemos
incluir a foundart ou então os ready-mades, pois estes dois revelam um
trabalho nem que seja mínimo de um artista sobre a realidade, mesmo que o
artista tenha pegado num objecto o tenha exposto numa galeria por exemplo.
A segunda condição que define algo como arte, diz-nos que é
considerado arte, aqueles artefactos que têm um conjunto de propriedades que
adquiriam um certo estatuto no interior de um enquadramento institucional
particular chamado “o mundo da arte”. Alguns filósofos interpretaram isto como
se Dickie afirmasse que existia uma estrutura organizada de especialistas na
arta, na qual reúnem algo para definir o que é a arte do que não é a arte. Mas
Dickie admitiu então que as expressões que utilizou forma demasiado formais
causando assim uma confusão acerca do conceito de “instituição”
2. Versão recente da teoria institucional.
Este argumento assenta em cinco definições que podem ser vistas
individualmente como condições necessárias, mas se forem vistas em conjunto
são vistas como condições suficientes para definir o conceito de arte. As cinco
definições são as seguintes:
1º- Um artista é uma pessoa que participa, com conhecimento de causa,
na produção de uma obra de arte.
Esta primeira definição quer dizer que um artista é um ser
humano que requer conhecimento por as técnicas, processos de produção, etc,
estes processos e técnicas estão envolvidas na produção de uma obra de arte.
Sendo então a produção de esta obra de arte uma actividade intencional,
podendo ocorrer o acaso durante a produção da obra de arte, desde que o
artista esteja consciente do que está a fazer.
2º- Uma obra de arte é um artefacto de uma espécie criada para ser
apresentada a um público do mundo da arte.
Esta definição implica que uma obra de arte possua um estatuto
social ou cultural. Dickie abandonou a sua posição defendendo que nas suas
primeiras obras de arte que esse estatuto é concedido. O estatuto é alcançado
através de um esforço e labor do artista em causa. Podemos então dizer que
as obras de arte são objectos intencionalmente preparados para serem alvos
de apreciação pelo público, mesmo que estas não sejam apreciadas ou até
mesmo apresentadas, a sua produção tem de ter sempre o objectivo em vista.
3º Um público é um conjunto de pessoas que estão preparadas, em
certo grau, para compreender um objecto que lhes é apresentado.
A definição de público é geral, pois aplica-se a qualquer tipo de
público. Um exemplo de público é por exemplo um grupo de alunos de uma
turma, este é um exemplo de público pois é um conjunto de pessoas que estão
preparadas, para conseguirem compreender um objeto que lhes está a ser
apresentado. Cada público tem um sistema particular na qual está envolvido,
portanto o público do mundo da arte está ligado ao artista e às obras de arte.
4º- O mundo da arte é a totalidade dos sistemas do mundo da arte.
Esta expressão “o mundo da arte” é designada por o sistema de
cada um das artes, ou seja, pode ser designado o sistema teatral, sistema
literário, o sistema das artes plásticas e assim por diante. Este “sistema” é um
conjunto de desorganizado e muito diversificado. As teorias tradicionais que
existem, tentaram encontrar um elemento comum que unisse a diversidade
existente entre todas, mas Dickie considerou essas tentativas inúteis, aceitou
também a desorganização destas teorias achando-as natural. Na vez de
procurar uma essência da arte, a teoria institucional orienta-nos para
conseguirmos encontrar aspetos culturais e relacionais de cada objeto.
5º- Um sistema do mundo da arte é um enquadramento para a
apresentação, por um artista, de uma obra de arte e um público do mundo da
arte.
Cada sistema particular é o enquadramento na qual o artefacto é
compreensível como obra de arte. Pra conseguirmos uma definição, nós
precisamos de ligar todos os conceitos, pois o conjunto de todos os conceitos
constitui uma condição suficiente do conceito de “obras de arte”. Para
conseguirem definir o que é a arte existiram umas tentativas tradicionais, estas
tentativas tradicionais apresentam condições necessárias e suficientes, estas
condições podiam ser conhecidas independentemente do seu conceito de arte,
mas para a teoria institucional isso é impossível. O conceito de arte não pode
ser compreendido separadamente da “instituição da arte” que está presente na
nossa vida desde a nossa infância. As condições necessárias só podem ser
compreendidas em inter-relações, e em conjunto são condição suficiente do
conceito de arte.

Esta teoria apresenta duas críticas:

Crítica Tudo pode ser arte?

Esta teoria não permite distinguir a boa arte da má arte, pois propõe-se que
apenas um critério classificativo. Alguns filósofos, sentem que sabe a pouco,
por isso pensam que uma teoria deveria incluir alguma forma de explicação
acerca dos motivos que nos levam a valorizar mais umas obras de arte e não
outras.

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