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Manel -
Bárbara -
A teoria institucional foi proposta pelo filósofo norte americano George Dickie
Segundo Dickie, é possível definir arte, ou seja, indicar condições necessárias e
suficientes da arte.
Não se trata, contudo, de características que façam parte das próprias obras de
arte, mas sim do contexto em que estas se situam.
A teoria institucional é, portanto, uma teoria não-essencialista.
A primeira das condições necessárias da arte é a artefactualidade, isto é, só
artefactos podem ser obras de arte. Um artefacto é algo feito, produzido, criado ou,
de algum modo, transformado por um artista.
A segunda condição necessária é a atribuição do estatuto de candidato a
apreciação por alguém do mundo da arte.
Para Dickie, a arte não é simplesmente uma questão de algo ter certas
características; é antes uma questão de adquirir um certo estatuto.
Ser candidato a apreciação é ser apresentado para que seja apreciado, mas não é
o mesmo que ser apreciado. Há muitos candidatos a apreciação que quase
ninguém aprecia.
Esta teoria é classificativa e não avaliativa uma vez que apenas pretende definir oq
é ou não arte e não distinguir a boa e a má arte.
Caio-
Objeções
A teoria de Dickie tem dificuldade em lidar com obras que são habitualmente
consideradas artísticas, mas cujos autores não fazem parte do mundo da arte.
Emily Dickinson é considerada uma das maiores poetisas norte-americanas. Nunca
publicou nenhuma obra.
Após a sua morte, a família descobriu centenas de poemas que ela tinha escrito e
guardado e que hoje são celebrados como obras-primas. Vamos supor que a família
não tinha descoberto os poemas e estes se perdiam, só tendo sido lidos pela sua
autora. Nesse caso, segundo a teoria institucional, os poemas nunca teriam sido
obras de arte.
Outros possíveis contra exemplos são objetos de arte pré-histórica, período durante
o qual não é credível que tenha existido algo semelhante a uma instituição social
como a do chamado mundo da arte.
Além disso, o conceito de “mundo da arte” é vago, não é uma instituição bem
definida. Não se sabe exatamente quais são as suas regras, o que é legítimo ou não
um membro fazer etc.
Manel-
Opinião
Uma crítica à teoria institucional de George Dickie é a sua falta de atenção à
qualidade intrínseca da obra de arte. A teoria, ao confiar na definição de arte por
instituições e designadores, parece ignorar a avaliação artística com base em
critérios externos e sociais, negligenciando elementos cruciais como originalidade,
habilidade técnica e expressividade. Isso pode levar a uma visão da arte como algo
submetido a acordos sociais, subestimando a contribuição genuína do artista e o
impacto estético da obra no espectador. Essa perspectiva desvaloriza a
autenticidade e a excelência artística, colocando mais ênfase na instituição como
árbitro da validade artística em detrimento da apreciação individual da arte.