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https://www.ruigoncalvessilva.com/apontamentos-diversos/imperatriz-sissi-de-austria-e-a-
madeira

https://youtu.be/GNesyZik-oc

A Imperatriz SISSI e a Madeira

Esta não é uma crónica, nem qualquer historiografia da imperatriz SISSI, é uma simples
impressão pessoal, um olhar pela sua vida, mas sobretudo pela sua pessoa,
independentemente do seu estatuto, apenas como ser inquieto e sofrido, que passou e esteve
em sítios que são também locais da minha vivência. Daí este olhar, este registo, do que me
sensibiliza nesta personagem, que passou inquieta e intranquila por esta vida, com tantos
sonhos por realizar, apesar de rainha.

A vida deste imperatriz é fascinante. Por ela, pela sua postura, pela sua beleza, pela sua
irreverência na rejeição dos formalismos da Corte, pela sua inquietude, pela busca de uma
felicidade algo espiritual, pela procura incessante de si própria, quando podia, pura e
simplesmente, usufruir de todos os privilégios do seu estatuto, que lhe permitiam ter tudo, no
que isto tem de posse, de luxo.

Elisabeth Amalie Eugenia Ostererreich-Ungan, conhecida como Isabel da Bavária e


posteriormente, como Sissi, casada aos 16 anos com o Imperador Francisco José I, teve uma
vida plena de romance, no afecto dessa relação, mas ao mesmo tempo, o seu trajecto de vida
deu-lhe dissabores, entre os quais a morte da sua filha Sofia de 2 anos e depois do seu filho
Rodolfo e o até o seu fim trágico, aos 60 anos (Setembro de 1898) vitima de assassinato por
um anarquista italiano, em Genebra.

Neste registo breve, apenas evidencio o que me seduz na vida desta imperatriz, que sempre
pairou no meu imaginário, porque dela sempre ouvira falar, com o encanto das princesas e das
vidas mágicas, quer por ter estado na Madeira, duas vezes, minha terra natal, quer por mais
tarde, nos percursos pela Europa romântica pela Àustria (Viena) pela Hungria (Budapeste),
sempre sentir o seu passado, bem presente na memória histórica destes povos, e depois, nas
minhas várias estadias em Genebra, onde muitas vezes olhei o lago Lemam, junto da lápide
evocativa do exacto local do seu assassinato e na escultura esguia que lembra a sua altivez, nos
jardim de Genebra, ou mais recentemente, na evocação escultórica que se ergue no Funchal,
nos jardins anexo ao Casino.

Esteve na Madeira, pela primeira vez em 1860/61 - de Novembro a Abril - no esplendor dos
seus 26 anos e encantou todos com a sua beleza, com a sua bondade mas também revelando
alguma melancolia e tristeza. Procurava nesta terra a amenidade do clima, para escapar aos
rigores do Inverno da Europa Central e recuperar da sua doença pulmonar, mas também
libertar-se da vida agitada da Corte, buscando nas viagens, nas ausências, ao que se supõe, o
conforto e apaziguamento da sua perpétua inquietação, da sua angustia, como expressou nos
seus versos " ando solitária sobre a terra há tempo, alienada da vida e do prazer, não tenho
nem nunca tive alma que me entendesse ".Mais tarde, aos 56 anos, esteve novamente na
Madeira ( 1893), mas era outra pessoa, marcada pela idade e o sofrimento e vestida de preto
pelo eterno luto pelo seu filho Rudolfo.

"Uma gaivota sou, de terra nenhuma, não chamo pátria a nenhuma praia, não me prende
terras ou lugares, eu vou de onda em onda", outros versos seus, que gritam a sua mágoa, a sua
sede de outros lugares, a sua persistente procura, revelando a sua ânsia de viver, para além
dos rituais da Corte, mas na liberdade dos seus sentimentos.

A sua vida foi ficcionada, no cinema, como SISSI, a imperatriz da paixão, do sonho, da beleza,
através de Romy Schneider, outra mulher singular, na arte e na vida, que emprestou assim
outro fascínio e sedução à sua vida.

A imperatriz SISSI, está bem presente na Madeira, como depois o seu sobrinho Carlos I de
Áustria, ultimo imperador, aqui falecido e sepultado(1922) ,bem como a sua esposa a
imperatriz Zita que faleceu em 1989 em Viena, acentuando a forte ligação dos Habsburgos a
esta terra.

Da imperatriz SISSI a memória de uma senhora fora do seu tempo, desencontrada de si, pelo
desajustamento dos limites da sua condição, um pássaro em gaiola dourada, que amava mais
que tudo a sua liberdade, os seus sonhos, sedenta de paz, amor, compreensão, que viveu na
procura de outro lugar e outro modo de ser feliz, sem realizar o essencial dos seus sonhos, até
ao fim: " Gostaria de partir deste Mundo, como um pássaro ou uma nuvem de fumo" e nem
isso aconteceu, ou talvez sim.

Por isso, quando passo pelo jardim, perto de onde ela também passou, imagino que há uma
flor, igual a uma qualquer outra que ela contemplou, porque a vida é feita de memórias, passe
o tempo que passar e sobretudo de encantos e sentimentos.

Podemos sentir a luz de uma estrela do céu, por mais distante que ela esteja, ou entender o
silêncio de uma nuvem ou o sussurro de uma gota de água, ou a dor de alguém que não está
presente, mas paira, algures, por aí, nos sinais ocultos que deixou.

* Rui Gonçalves da Silva /Madeira

https://www.swissinfo.ch/por/o-%C3%BAltimo-passeio-da-princesa-sissi/5436170

O último passeio da princesa Sissi

Elisabeth von Österreich-Ungarn ("Sissi"), a princesa mais querida da história.


www.cronologia.it

Elisabeth von Österreich-Ungarn, princesa da Áustria e rainha da Hungria, mais conhecida


como "Sissi", gostava de se hospedar em hotéis de luxo na região do lago de Genebra.
Durante um dia do verão em 1898, ela foi assassinada por um anarquista italiano na calçada
em frente ao hotel Beau Rivage, em Genebra.

Sábado, 10 de setembro de 1898, no passeio público em frente ao hotel Beau Rivage, no lago
de Genebra. Um corvo sobrevoava Elisabeth von Österreich-Ungarn, que estava sentada num
banco de praça no local junto com uma amiga.

Contam os cronistas da época, que a expressão do seu rosto parecia prever a tragédia que
estava prestes a alcançá-la.

De longe observava um homem todos os passos da dama com a sombrinha. As duas amigas
haviam acabado de se levantar para caminhar em direção ao porto, quando este se
aproximou, jogando-se sobre ela e levando-a ao chão.

À primeira vista parecia apenas uma trombada não proposital, porém, depois do primeiro
susto, Sissi se levantou e dirigiu-se ao barco à vapor que a levaria de volta para Montreux,
onde ela estava hospedada.

Poucos minutos depois do incidente, Sissi começou a se sentir mal e desmaiou no convés do
barco. As pessoas que a acudiram abriram o seu vestido para tentar reanimá-la, quando
descobriram uma mancha de sangue na altura do coração. Apesar dos passageiros terem
chamado um médico, ele só teve tempo de diagnosticar o falecimento da jovem mulher.

Uma princesa cansada da vida

"Povo suíço, suas montanhas são maravilhosas e seus relógios, pontuais. Porém como é
perigoso para nós a sua vingança de assassínio do rei". Essas poucas linhas, escritas por
Elisabeth em 1880, mostrava o medo que ela tinha de viver num país que se tornou também
refúgio para um grande número de anarquistas e revolucionários.

Ao ler sua biografia, o estudioso interessado descobre facilmente que, nos últimos anos de
vida, Sissi parecia ter perdido um pouco do medo. Porém a tristeza que ela vivia era como um
convite impaciente à chegada da morte.

Pouco antes do assassinato, ela chegou a dispensar todos os guarda-costas, apesar das
recomendações insistentes da polícia helvética.

1893: descanso no lago de Genebra

"Cheguei em Territet às três da tarde com o trem de Nizza, acompanhada por oito empregados
e 42 malas". Essa frase foi registrada por Sissi no seu diário em 20 de fevereiro de 1893.

Em meio a uma grande crise conjugal depois de flagar seu marido, o imperador Franz-Josef,
nos braços de uma condessa, Sissi seguiu os conselhos do médico da corte e partiu em viagem.

Ela iniciou uma longa odisséia através da Europa, passando por Zurique, Lucerna, Genebra,
antes de chegar no hotel dos Alpes, em Territet, pequena localidade às bordas do lago de
Genebra.

Apaixonada pelas caminhadas através da região e pelas excursões nas montanhas, Sissi
terminou retornando várias vezes ao cantão de Vaud e Genebra.

Segundo Evelyne Lüthi Graf, o arquivista de Montreux, a imperatriz (oficialmente) apreciava a


tranqüilidade e beleza da região.
Hóspede apreciado

Apaixonada pelos hotéis de luxo da região do lago de Genebra, Sissi decidiu se hospedar no
famoso hotel Beau Rivage, em Genebra, logo após a visita à baronesa de Rothschild.

Voltando ao presente, a memória da imperatriz austríaca vive até hoje nos aposentos desse
estabelecimento de cinco estrelas. "A imagem da Sissi permanece ligada ao nosso hotel.
Muitas pessoas vêm nos visitar para conhecer a sua suíte e o pequeno museu que fizemos em
sua homenagem", declara Charles Buffle, diretor comercial do Beau Rivage.

1898: os últimos dias de um turista

Voltando ao passado, a última viagem de Sissi à Suíça começou no final de agosto de 1898.
Nessa ocasião ela acabou não se hospedando em Territet, que tanto gostava, mas em Caux,
outra localidade nas proximidades de Montreux. No espaçoso quarto no Grand Hotel, ela
sentia-se distante das massas que freqüentavam o passeio à beira do lago.

Mesmo as visitas a lugares turísticos como o Château Chillon e ao vilarejo Glion, assim como
passeios a Bex ou de barco no lago de Genebra, não conseguiam acalmar o espírito inquieto da
imperatriz. Cada dia que se passava Sissi se aproximava mais do seu final trágico.

Esse dia de verão, ainda em setembro, terminaria marcando para sempre o chamado "fin-de-
siècle". Curiosamente Luigi Lucheni, o anarquista italiano que seria seu algoz, pareceu atender
um último desejo de Sissi.

Ele deu-lhe a chance de morrer como havia desejado: uma morte imediata, sem dor, longe da
sua família para não os amedrontar, e cercada pela natureza que ela tanto amava.

Para expressar esse sentimento com palavras: a faca de Lucheni permitiu Elisabeth de fugir da
sua própria vida como um pássaro.

O lado sombrio de Sissi

Um museu recém-inaugurado

em Viena mostra como a imperatriz

era infeliz e obsessiva

(Fonte da materia Revista Veja)

É difícil dissociar a imagem de Sissi, a imperatriz Elisabeth da Áustria, da atriz Romy Schneider,
que, na década de 50, estrelou os três filmes sobre uma das mulheres mais fascinantes da
Europa do século XIX. Na trilogia do diretor Ernst Marischka, Sissi é uma moça adorável e cheia
de alegria de viver, que se casa com um apaixonado imperador Franz Joseph I. A imperatriz
passa por alguns percalços, mas acaba vivendo feliz para sempre. A Sissi de verdade, no
entanto, tinha pouco a ver com a Sissi do cinema. A imperatriz era uma mulher infeliz no
casamento, depressiva, vaidosíssima e anoréxica. O lado mais sombrio de sua personalidade
está retratado em cartas, poesias e diários expostos no recém-inaugurado Museu Sisi, no
Palácio de Hofburg, antiga residência de inverno da família imperial, em Viena. "Nosso objetivo
é mostrar a imperatriz como ela era na realidade, por trás de todos os clichês", disse a VEJA a
curadora do museu, Katrin Unterreiner.

Numa época em que a magreza estava longe de ser um padrão de beleza, Sissi controlava o
peso com rigor obsessivo. Ela tinha o costume de se pesar três vezes por dia. Com exíguos 45
quilos distribuídos por 1,73 metro de altura (um índice de massa corporal inferior ao de Gisele
Bündchen e abaixo do considerado saudável pela Organização Mundial de Saúde), a imperatriz
vivia o eterno drama das vítimas da anorexia: por mais que emagrecesse, nunca era o
suficiente. Sissi era dada a dietas malucas. Durante um período só se alimentava com meia
dúzia de laranjas por dia. Em outro passava dias à base de sopa. Houve época em que Sissi se
recusava a comer alimentos sólidos e mandava espremer bifes crus, para, então, beber o caldo
– esses espremedores estão expostos no museu. A obsessão da imperatriz pela magreza era
tanta que ela acreditava que choques térmicos poderiam ajudá-la a perder peso. Sissi tinha o
costume de tomar banhos de vapor e, logo em seguida, mergulhar numa banheira com água a
7 graus. Tanta privação alimentar e pouco cuidado com a saúde renderam-lhe, por volta de
1895, o diagnóstico de desnutrição e problemas pulmonares. "Receio que tu não sigas o
conselho do médico e continues a minar a tua saúde, até quando for tarde demais e não
houver mais remédio. Nada mais posso fazer que rogar-te sobretudo que te alimentes",
escreveu-lhe o imperador Franz Joseph.

Extremamente vaidosa, Sissi tinha o costume de colecionar fotografias de outras mulheres


bonitas só para lhe servir de comparação. Dona de uma beleza rara, ela sempre aparentava ter
menos idade. Aos 42 anos, não se deixou mais retratar para que a imagem de sua juventude
esplendorosa fosse perpetuada. Um de seus maiores complexos eram os dentes amarelados.
Por isso, evitava sorrir. Sissi dedicava cerca de três horas do seu dia para pentear a longa
cabeleira, que lhe chegava aos pés. Nas sessões de lavagem, que aconteciam a cada duas
semanas, ela usava uma mistura de conhaque e ovos. Para a pele, Sissi mandava preparar
máscaras faciais à base de morangos prensados e dormia com bifes sobre o rosto.

Sissi e Franz Joseph eram primos. A prometida do imperador era sua irmã mais velha, Helene.
Mas, ao bater os olhos em Sissi, Franz Joseph decidiu que aquela menina de 15 anos seria a
futura imperatriz da Áustria. Menos de um ano depois os dois estavam casados. Sissi sentia-se
profundamente angustiada com a vida na corte vienense e, principalmente, com o tumultuado
convívio com a sogra, Sophie. Conforme o tempo passava, o relacionamento com o imperador
tornava-se insuportável. E ela se sentia cada vez mais sozinha. "Perambulo solitária sobre a
Terra há tempo, alienada da vida e do prazer; não tenho e nunca tive alma que me
entendesse", descreveu Sissi, em seu diário. Aflita, em 1860 ela deixou Viena e partiu para
uma viagem de dois anos pela Europa. Mãe de quatro filhos, Sissi só teve uma relação mais
estreita com a caçula, Marie Valerie. A mais velha, Sophie, lhe foi tomada pela sogra e morreu
aos 2 anos de idade. O único filho, Rudolf, foi educado longe de sua influência e, aos 31 anos,
cometeu suicídio.

Sissi, contudo, tinha outra faceta. Ela se engajou em causas humanitárias e chegou a visitar
hospitais e asilos durante uma epidemia de cólera. A imperatriz da Áustria foi para a Europa do
século XIX o que seria a princesa Diana 100 anos depois. As duas eram lindas, invejadas,
copiadas e envoltas em uma aura de bondade. Mas foram também muito infelizes e morreram
de forma trágica. Sissi foi assassinada em 1898, aos 60 anos, em Genebra, na Suíça, por um
anarquista italiano.

Lembranças de um mito

Alguns objetos da imperatriz expostos no Museu Sisi

Fotos divulgação

ANÚNCIO DE CASAMENTO
Um retrato da jovem Sissi estampava o comunicado de seu casamento com o imperador da
Áustria, Franz Joseph, em 24 de abril de 1854. Primos, ela contava 16 anos e ele, 23. O casal
teve quatro filhos

CONJUNTO DE RUBIS

O colar, o broche e a coroa de ouro e rubis eram freqüentemente usados por Sissi em
cerimônias oficiais. Como não se sabe o paradeiro das jóias originais, o museu encomendou
réplicas à Swarovski, tradicional fábrica de cristais austríaca

ESTRELA DE DIAMANTES

Sissi tinha o costume de enfeitar seu longo cabelo, que chegava aos pés, com estrelas de ouro
branco cravejadas de diamantes (como mostra o retrato da imperatriz de autoria do pintor
alemão Franz Xaver Winterhalter, de 1865 ). Das cerca de dez estrelas, restaram apenas três.
Sissi presenteou suas damas de companhia com jóias desse tipo. Desenhadas pela própria
imperatriz, as estrelas foram copiadas por várias mulheres de outras cortes europeias

Biografia

Isabel da Baviera, depois Isabel da Áustria, (Munique, 24 de Dezembro de 1837 — Genebra, 10


de setembro de 1898) foi imperatriz da Áustria e rainha da Hungria. Ficou mundialmente
conhecida pelo nome que recebeu nos primeiros anos de vida, Sissi.

Filha do duque da Baviera, Maximiliano e de Ludovica, irmã da arquiduquesa Sofia (mãe de


Francisco José), a jovem imperatriz casou com Francisco José I em Abril de 1854. Sissi tinha
então 16 anos e era considerada uma das mais belas princesas do mundo. Do casamento
nasceram quatro filhos: Sofia, Gisela, Maria Valéria e o príncipe herdeiro, Rudolfo, que foi
assassinado em 1889 causando a Sissi um desgosto de que a imperatriz nunca recuperou.

Em 1867, juntamente com o marido, foi coroada rainha da Hungria na sequência da assinatura
do compromisso austro-húngaro. A sua dificuldade de adaptação às regras da corte de Viena e
a preferência da imperatriz pela Hungria afrontaram a Áustria e isolaram cada vez mais Isabel
da vida familiar e dos compromissos oficiais, que procurou abandonar desde o seu casamento,
por detestar o protocolo e as obrigações impostas pelo título do marido. Alguns problemas de
saúde, agravados pela incapacidade de educar os filhos numa atmosfera de informalidade, que
Sissi adorava, contribuíram igualmente para o afastamento em relação aos seus súditos. Em
Setembro de 1898, em Genebra, foi assassinada por um anarquista italiano, Luigi Lucheni.

Na década de 1950 os filmes de Ernst Marischka protagonizados por Romy Schneider


contribuiram decisivamente para espalhar o mito de Sissi. (Wikipédia)

Isabel da Áustria, "Sissi" (1837-1898)

A imperatriz Elizabeth da Áustria (nome de baptismo: Elisabeth Amalie Eugenie von


Wittelsbac) nasceu a 24 de dezembro de 1837, em Munique, foi imperatriz da Áustria e rainha
da Hungria.

Ficou mundialmente conhecida pelo nome que recebeu nos primeiros anos de vida, Sissi. Filha
do duqueda Baviera, Maximiliano e de Ludovica, irmã da arquiduquesa Sofia (mãe de Francisco
José), a jovem imperatriz casou com Francisco José I em abril de 1854. Sissi tinha então 16
anos e era considerada uma das mais belas princesas do mundo. A historiadora Brigitte
Hamann lembra que também as irmãs de Sissi eram "uma mais bonita do que a outra. E Isabel
adorava apresentar-se ao lado das suas irmãs. Então, a presença destas belas mulheres ajudou
a tecer a lenda de Sissi em dose dupla".

A beleza era o principal capital de Sissi. Segundo Brigite Hamann, biógrafa da imperatriz, a sua
tez marmórea, os cabelos longos até os joelhos, a figura esbelta e o sorriso de fada tornavam-
na irresistível já quando adolescente. Quando o jovem imperador austríaco Francisco José da
Áustria procurou uma esposa à altura de sua posição social, Sissi foi a eleita, em detrimento da
sua irmã mais velha, Helene, que já havia sido prometida ao imperador.

Do casamento nasceram quatro filhos: Sofia, Gisela, Maria Valéria e o príncipe herdeiro,
Rudolfo. Segundo Brigitte Hamann, ela dedicou-se de maneiras muito diferentes aos seus
filhos. "Quase não cuidou de Rudolph e ignorou Gisela completamente. Já Marie-Valerie era a
sua filha predilecta Os outros dois cresceram bastante solitários. Portanto, ela não pode ser
classificada pelos historiadores como uma grande mãe."

Segundo o professor Ulrich von Otto-Kreckwitz, ela era "uma mulher extremamente vaidosa,
muito egocêntrica e narcisista. O declínio de sua beleza doeu-lhe muito. Por exemplo, ninguém
sabia que ela tinha dentes postiços, o que ela escondeu cuidadosamente.

Na juventude, Isabel fizera questão de documentar e publicar a sua beleza em retratos. Mas a
sua velhice ninguém deveria ver. Realizou a façanha de manter-se viva na memória popular
como eternamente jovem. Não há retratos dela depois do trigésimo aniversário.

O Palácio de Gödöllő na Hungria.

Ela escondia a sua verdadeira face atrás de véus e leques. A fuga constante do olhar dos
curiosos tornou-a solitária. Preencheu com poesia seus últimos anos de vida em isolamento
voluntário.

Afundada na solidão, confiava ao diário o que sempre escondeu do imperador Francisco José I.
"Perambulo solitária sobre a Terra, há tempo alienada da vida e do prazer; não tenho e nunca
tive alma que me entendesse", escreveu pouco antes de morrer. Em Setembro de 1898, em
Genebra, foi assassinada por um anarquista italiano,Luigi Lucheni.

Na década de 50 do século XX os filmes de Ernst Marischka protagonizados por Romy


Schneider contribuíram decisivamente para espalhar o mito de Sissi.

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