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Definição de Arte

O que é a arte?

O Problema Da Arte
Ao longo do trabalho iremos apresentar o problema do valor
da arte, ou seja, o que permite distinguir o que é arte do que
não é arte. Este problema surgiu na filosofia qaundo nasceu a
“A fonte” preocupação em descobrir critérios que nos possam permitir
distinguir a arte, este problema foi adquirindo importância para
a filosofia na medida em que se tornou necessário saber a
postura que devemos assumir e a forma que devemos
interagir com os objetos que nos vão aparecendo ao longo da
vida . Afim de esclarecer este problema da concessão de arte
iremos utilizar uma obra chamada “ A fonte” e utilizando , uma
Marcel Duchamp das teorias não essencialistas, a teoria institucional iremos
Eskenazi Museum of Art at indiana apresentar esta obra como arte.
university

1917

Comtemporâneo Teorias
Desde os anos 60 foram surgindo várias tentativas de
Urinol Masculino
defenir o conceito de arte de uma forma inovadora, tendo em
 Enquanto a realização da obra o
artista tinha como objetivo utilizar a conta não só o objeto, mas também as relações que o
obra como algo impactante no
pensamento de quem via para criar observador estabelece com ele. A estas teorias damos o
uma revolução entre o conceito e nome de teorias não essencialistas pois procuram defenir a
arte, com isso a obra passou a
pertencer ao dadaísmo um arte não em caracteristicas do objeto, mas sim na
movimento artístico da época.
relaçãoque este estabelece com o seu contexto.
este argumento diz-nos que quando nos encontramos
Teoria institucional
perante dois objetos que á primeira vista são
A teoria que serve de base do nosso trabalho,
iguais/indistinguíveis mas um deles é considerado arte
é a teoria institucional, é uma das tentativas de
e o outro não devemos sempre procurar explicações
defenir o conceito de arte, sendo considerarada
para esta diferença de estatuto no que toca ao ao
uma das mais bem explicadas e formuladas.
reconhecimento como arte.
A obra “a fonte” foi criada em 1917 pelo o
A teoria institucional divide-se em duas grandes
artista francês Marcel Duchamp, que consiste
“Eras”, ou seja, na versão antiga e na versão mais
em um urinol virado ao contrário e é
recente, formuladas pelo próprio George Dickie.
considerado arte aos olhos da teoria
institucional. Esta teoria incide essencialmente A versão antiga baseava-se na crença de que uma
na crença de que algo é arte se é um artfacto obra de arte é um artefacto, isto é, alguma coisa que
criado para ser apresentado a um público do tivesse sido produzida por umser humano, e que as
“mundo da arte”, o que vai ao encontrodo obras de artesão artefactos que respeitam um conjunto
objetivo de Marcel que era criar um impacto nas de propriedades queadquiriam um certo estatuto no
pessoas que viam a obra e consequentemente “mundo da arte”, o que levou muitos filosofos a
criar uma revolução entre conceito e arte. perguntarem-se se segundo esta teoria as maravilhas
da natureza poderiam ser consideradas arte ou não.
O seu apoiador mais influente é George Dickie,
Mais tarde George Dickie reformulou a teoria tornando
que tem como base na sua pesquisa o
esta mais recente e atualizada.
argumento dos objetos visualmente
indistinguíveis
Segundo a teoria institucional, para algo ser arte
implica necessáriamente a existência de um
estatuto bem defenido dentro de uma estrutura
Nesta reformulação George Dickie criou cinco social / cultural, no entanto nesta nova versão da
definiçãoes para defenir o conceito de arte, sendo teoria, George Dickie abandonou por completo a
elas: ideia de que este estatuto apenas pode ser
cocedio á obra, e reformolou a ideia chegando á
1º Um artista é uma pessoa que participa, com
conclusão de que o estatuto pode ser
conhecimento de causa, na produção de uma
conseguido através do esforço do artista dentro
obra de arte.
do enquadramento do mundo da arte.

Esta defenição diz nos que um artista é 3º Um público é um conjunto de pessoas que
necessáriamente um ser humano conciente da estão preparadas, em certo grau, para
sua atividade artística, possui também um vasto compreender um objeto que lhes é apresentado
conhecimento acerca de técnicas, processos e
criatividade. Em geral, a produçãode uma obra de Esta defenição de público é considerada muito
arte é intensional no sentido em que o artista tem abrangente na medida em que se pode aplicar a
total noção do que está a fazer é uma obra de arte qualquer tipo de público e não apenas ao público
no seu todo. do mundo da arte. Neste sentidocada público

2º Uma obra de arte é um artefacto de uma está ligado a um sistema particular em que está

espécie criada para ser apresentada a um público envolvido, no caso do público do “mundo da arte”

do “mundo da arte” está ligado aos artistas e ás suas respetivas


obras de arte.
Para a teoria institucional o conceito de arte não
pode ser comprendido separadamente da
“instituição da arte”. As condições necessárias só
podem ser compreendidas em interelações
4º O mundo da arte é a totalidade dos formando a condição suficiente do conceito de
sistemas do “mundo da arte”. arte.

O “mundo da arte” é a função desorganizada


Críticas
diversificada, do sistema de cada uma das artes.
Tal como todas as teorias filosóficas a teoria
Enquanto todos buscavam unir e organizar todos
institucional possui algumas críticas sendo elas:
estes sistemas George Dickie, esta busca
1º “Tudo pode ser arte?”: Está crítica diz nos que
incançavel e apenas aceitava tal desorganização
a teoria institucional escrita e rescrita por
como algo natural e em vez de buscar a essência
George Dickie não distingue a boa arte de a má
da arte orientou a nossa atenção para aspetos
arte, neste sentido os filósofos acreditam que
culturais e relacionais de cada objeto.
esta teoria deveria incluir de alguma forma os
5º Um sistema do “mundo da arte” é um
motivos para se valorizar mais algumas artes do
enquadramento para a apresentação, por um
que outras. No entanto esta crítica pode ser
artista de uma obra de arte a um público do
refutada com a simples situação de que o
“mundo da arte”
conceito de arte está em constante evolução e
Segundo esta defenição é necessário ligar todos ao estabelecermos condições e distinções entre
os conceitos de arte existentes para construirmos boa e má arte estaríamos a excluir várias formas
uma condição suficiente do conceito “obra de de artes futuras, tornando se assim uma forma
arte”. de valorizar artes menos convencionais.
Para concluir podemos afirmar que aos
olhos da teoria institucional de George Dickie
a obra “ A fonte” é uma obra de arte na
2º “ A tese é demasiado vaga”: esta crítica diz medida em que é um artefacto alterado pelo
nos que Dickie na sua defenição de arte foi muito o homen que possui consciência de que o
superficial na medida em que não defeniu que está a criar é arte e com intenção de ser
critérios específicos que possam determinar o apresentado ao “ mundo da arte”.
que é arte do que não é. Em resposta a essa
crítica, podemos argumentar que a teoria
institucional não pertende ser explicativa em
termos específicos, mas sim uma teoria
descritiva que forne-se um quadro conceitual
para entender como as instituições funcionam na
sociedade. A teoria institucional não procura
justificar as causas ou efeitos de fenómenos
específicos, mas sim fornecer uma estrutura
Trabalho realizado
geral para entender como estas surgem, se por:
desnvolvem e mudam ao longo do tempo. Beatriz silva nº 4
Iara maia nº11
Portanto, embora seja verdade que a teoria
institucional pode parecer abrangente em termos
gerais, isso não significa que ela não seja útil na
análise de questões específicas.

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