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O problema de definição da arte é dos mais complexos e controversos da filosofia da arte. Este consiste na
dificuldade em encontrar uma definição precisa e universalmente aceite do que é arte. Esta questão torna-se
evidente quando objetos com uma forma indistinguível das suas contrapartes mundanas são, por vezes,
exibidos, apreciados e comercializados como sendo obras de arte, como o urinol de Marcel Duchamp, por
exemplo. É importante sabermos distinguir as obras de arte dos objetos comuns do dia a dia pois a forma
adequada de nos comportarmos perante uns não se pode confundir com a forma como nos devemos
comportar perante os outros. Perante esta adversidade, também se questiona se existem características
comuns a todas as obras de arte. Há quem pense que não por achar que a arte se trata de um conceito aberto,
ou seja, que se pode sempre aplicar a um novo caso não implicando que este tenha de partilhar uma
característica com todos os seus antecessores. Por outro lado, há filósofos que defendem que há, de facto,
características comuns a todos as obras de arte embora estes divirjam quanto à origem dessa característica:
as teorias essencialistas da arte argumentam que essa propriedade comum a todas as obras de arte é uma
característica intrínseca inerente ao próprio artefacto; já as teorias não-essencialistas da arte advogam que a
propriedade comum a todas as obras de arte está relacionada com os aspetos extrínsecos da obra de arte, por
exemplo o contexto histórico e social na qual esta se insere e os processos por que passa.