Você está na página 1de 9

como Imitação

Essencialistas
como Representação
Todas as obras de arte contém
propriedades essenciais ou intrínsecas como Expressão
próprias e exclusivas
Formalista
TEORIAS
DA ARTE
Institucional
Não Essencialistas
Histórica
Discorda da perspetiva essencialista e
afirma que as propriedades para definir
uma obra de arte são extrínsecas e
relacionais (não dependem da obra
mas de quem a analisa)
Arte como Imitação e como Representação……..Platão & Aristóteles
Teses dos filósofos:
Platão - a arte copia o mundo sensível, que imita o mundo inteligível, ou seja, imita uma imitação.
Aristóteles - as artes distinguem-se entre si pelos meios usados para imitar (a cor, o som e as palavras), pelos
objetos que imitam (pessoas ou coisas) e pelo modo de imitação desses objetos (modo narrativo ou
dramático).
Objeções à teoria:
- Caricatura da vida - reduz a algo que serve para mostrar a habilidade técnica do artista e não para nos
oferecer um produto criativo. (Hegel)
- Arte não se reduz a meras imitações - muitos dos objetos e criações humanas considerados arte não são
imitações (terão de ser excluídos da arte ou, caso os aceitemos como tal, descartamos a teoria da imitação).
- Arte é uma reinterpretação do real - Muitos autores consideram que usando a imaginação, a sensibilidade e
a inteligência, o artista transfigura o real, criando novas formas, nas quais se encontra a sua marca pessoal,
sendo esta uma transfiguração (reinterpretação) do real.
- Inferioriza o belo artístico relativamente ao belo natural - reduz a arte a uma técnica de reprodução do
real. Na perspetiva da arte como transfiguração da realidade, a beleza artística passa a ser encarada como
superior à beleza natural, tal como o espírito é muitas vezes considerado superior à matéria.
Arte como Imitação e como Representação……..Platão & Aristóteles
Numa tentativa de melhorar esta teoria, alguns filósofos consideram que a arte, mais do que imitação, é
representação.
Tese:
Toda a imitação é representação, mas nem toda a representação é imitação. Na teoria da arte como
representação, o conceito de arte aplica-se a obras que a teoria da imitação exclui.
Objeções à teoria:
- Obras de arte que não são consideradas representações - no âmbito da arquitetura, da música (sobretudo
da música instrumental), da pintura, da poesia, da fotografia, etc. Muitas vezes, o objetivo das obras é
provocar determinadas experiências visuais ou auditivas e não representar seja o que for (Op Arte e Arte
cinética).
Arte como Expressão……………………………………………………..Liev Tolstoi
Teses:
Muitas obras desencadeiam em nós aquilo a que chamamos “emoção estética”. Podemos assim tentar afirmar
que a arte está ligada à expressão das emoções (do artista, que sente e cria, e do espectador, que observa e
sente). O valor da arte depende do prazer que ela proporciona e a sua natureza (a sua fonte de criação)
reside na expressão da emoção. No entanto, apesar da obra provocar emoção no observador não significa que
exprima a emoção do artista.
Liev Tolstoi - A arte é um meio para as pessoas comunicarem e se relacionarem, através da transmissão (com
clareza de expressão) de emoções e sentimentos (pressupondo que elas estejam presentes no artista). Leva o
espectador a experimentar sentimentos e emoções idênticos aos que o artista experimentou e inseriu na sua
obra: une as pessoas nos mesmos sentimentos e emoções. Transmite a singularidade do sentimento do artista
(sentimentos individuais e não gerais ou coletivos), que contagia o recetor, exigindo assim autenticidade e
sinceridade por parte do artista.
Arte como Expressão……………………………………………………..Liev Tolstoi
Objeções à teoria:
- Emoção não comanda os trabalhos criativos - Afirma a priori que a produção artística tem origem na
experiência emocional, quando já artistas afirmaram que a emoção não comanda os seus trabalhos
criativos, mas sim outros fatores e condições causais.
- Fingir sentimentos - O momento em que o artista cria a sua obra não coincide, em geral, com o do estado
emocional que a motivou, como é o exemplo dos atores ou escritores que precisam fingir sentimentos.
- Esta teoria parece admitir que a qualidade das obras decorre das condições emocionais que as originam,
quando afinal o mérito da obra assenta sobretudo na sua harmonia interna (“o valor da arte depende do
prazer que ela proporciona”).
- Pode levantar-se a dúvida a respeito do conteúdo emocional de certas obras. A ópera e a poesia são
exemplos de expressão emocional, já a arquitetura e muitas obras de pintura (sobretudo da chamada
pintura abstrata) não parecem sê-lo.
- Se a arte tende a suscitar emoções no público, terá ela de suscitar todo o tipo de emoções, do pessimismo
ao ciúme, do ódio ao desprezo? Apreciar e compreender uma obra que retrata o ódio racista não significa
necessariamente sentir, enquanto espectador, essa emoção.
- A expressão artística, apesar de veicular emoções, é uma expressão intencional e mediata, ao contrário do
que acontece com a expressão habitual de emoções, que é sobretudo espontânea.
Arte como Forma……………………………….………………………………Clive Bell
Teses:
Clive Bell - Uma verdadeira obra de arte desencadeia emoção estética, um objeto artístico, pelo contrário,
beleza natural. A emoção estética desencadeada no espectador pelas verdadeiras obras de arte, em qualquer
modalidade artística, decorre de uma qualidade que tais obras possuem: a forma significante (um conjunto
de características intrínsecas à obra que nos desencadeiam emoção estética). Nas obras de arte visuais é uma
combinação de linhas, formas e cores. O que é representado e o objetivo e/ou função são irrelevantes para a
apreciação da obra de arte. A forma significante é indefinível, e só os críticos mais sensíveis a reconhecem.
Objeções:
- Argumento circular: sentimos emoção estética quando numa obra de arte está presente a forma
significante, algo presente na obra propositadamente para nos fazer sentir emoção estética.
- Não pode ser refutada - caso uma pessoa diga que não sente emoção estética com uma obra de arte, os
defensores da teoria dirão que essa pessoa está enganada, já que a obra desencadeia tal emoção.
- Se uma obra de arte não despertar emoção estética ao crítico sensível, dir-se-á que esse objeto não é uma
verdadeira obra de arte. Não existe nada que nos permita refutar uma perspetiva desse género, já que
estamos no domínio da subjetividade do crítico. Não podendo ser refutada esta teoria é, segundo vários
filósofos desprovida de significado.
Arte Institucional…………………………………………………..……George Dickie
Critérios:
- ser um artefacto - se o objeto sofreu uma alteração por parte de um humano. A exposição intencional de
um objeto (uma pedra, um vaso, um sinal de trânsito) numa galeria de arte é um passo para que venha a ser
considerado uma obra de arte. É uma condição necessária mas não suficiente
- Estatuto de obra de arte por autoridades qualificadas - Estas pessoas (críticos, historiadores de arte,
filósofos, artistas já consagrados) transformam os objetos e artefactos em obras de arte, através da exibição,
da publicação dessas obras, ou simplesmente por lhes chamarem arte.
Objeções à teoria:
- Não distingue boa de má arte - quase tudo pode ser arte desde que alguém qualificado o afirme, não
classificando valorativamente se é uma obra boa, má ou indiferente.
- Teoria circular - arte é o que um grupo restrito decide considerar como tal. Poderíamos afirmar, por
exemplo: “x é uma obra de arte porque há pessoas que pensam desse modo, essas pessoas pensam desse
modo porque x é uma obra de arte”.
- A teoria não explica os critérios de uma obra de arte - o que leva os críticos a escolherem uns artefactos e
não outros. Se existem razões, então são essas que estipulam o que é arte ou não, tornando-se inútil esta
teoria. Se não existem razões então a arte pode ser arbitrária, não possuindo interesse.
Arte Institucional…………………………………………………..……George Dickie
Dickie propôs uma definição mais elaborada de arte
- Mundo da arte - a arte é inseparável de um contexto mais vasto correntes, sistemas, movimentos,
expressões artísticas diversas, os negociantes de arte, os artistas, os artefactos que estes produzem, assim
como o público que os aprecia.
- Campo cultural - se o artista é influenciado pela sua cultura e contribui igualmente para ela, então a
avaliação da obra de arte está dependente de critérios relacionados com a época histórica em que ela surgiu
e não de qualquer parâmetro intemporal e universal.

Estas definições não adiantam muito sobre o problema de saber o que é a arte, mas ajudam-nos a perceber
melhor os aspetos associados à teoria institucional da arte.
Arte Histórica……………………………………………………………………..Levinson
Critérios:
- Direito de propriedade - o objeto é nosso ou temos o direito de o usar como tal (válido para o suporte e
materiais usados)
- Intenção e historicidade - intenção de que o objeto seja visto como uma obra de arte, isto é, que seja visto
como são vistas as obras de arte do passado. Assim, as obras de arte têm um tipo especial de relação com as
práticas do presente e do passado, tanto de artistas como de observadores.
Objeções:
- Condição do direito de propriedade é uma condição necessária? - se um artista consagrado pintou um
quadro usando uma tela e tintas que não pagou. Será que não estamos perante uma obra de arte?
- A condição da intenção é necessária? – existem artistas que não tiveram a intenção de que as suas obras
fossem vistas como obras de arte e só após a sua morte elas foram publicadas e consideradas como tal.
- A primeira obra de arte e a historicidade - Se o que faz de algo uma obra de arte é a sua relação com a arte
anterior, levanta-se um problema ao considerar a primeira obra de arte a surgir no mundo. Esta não pode
ser arte, por não haver arte anterior, tal como as obras seguintes também não o podem ser
- Não explica o que é uma obra de arte

Você também pode gostar