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Introdução

Bom dia a todos.


Esta foto lembra-vos alguém? É com certeza alguém que terá nascido no século passado
ou quem sabe até no século 19. O que vos parece?

Já esperava que esta imagem não vos dissesse nada e por isso vou ajudar-vos.
Nesta apresentação, irei recuar cerca de 135 anos atrás para conhecermos a vida e obra
assim como o movimento literário que esta personagem seguiu. Durante este percurso, irei
apresentar-vos um poema da sua autoria e conto com a vossa participação para juntos
descobrirmos o movimento literário no qual ele se enquadrava.

Biografia
Thomas Stearns Eliot nasceu a 26 de setembro de 1888 no Missurí, Estados Unidos e
faleceu a 4 de janeiro de 1965 em Londres. Foi um poeta, dramaturgo e crítico de língua
inglesa.
Começou muito cedo a escrever poesia e ainda como estudante escreveu e publicou o seu
primeiro poema intitulado “The Love Song of J. Alfred Prufrock”. Contudo, o seu
reconhecimento internacional ocorreu em 1922 com “The Waste Land”, um dos poemas
mais influentes do século XX. Assim, com o seu sucesso ganhou o Prémio Nobel da
Literatura de 1948.
Eliot estudou filosofia e literatura em Harvard, estados esses que completou na Sorbonne
onde se dedicou pela filosofia contemporânea e pela literatura francesa.
Depois de alguns anos, Eliot emigrou para Londres no início da Primeira Guerra Mundial,
onde passou a morar, enquanto trabalhava como professor.

A influência da literatura francesa na poesia de Eliot é imensa. Após a I Guerra Mundial, o


poeta residiu algum tempo em Paris, onde leu não apenas a poesia

De Paris, o poeta viajou para Londres, onde foi atraído pelas religiões orientais, em especial
o hinduísmo.

A crítica à banalidade da vida cotidiana, o desconforto em relação à modernidade, a


inclinação para a espiritualidade e a cultura enciclopédica de Eliot deram origem ao
poema capital do século XX, The waste land, publicado pela primeira vez no jornal
The Criterion em 1922,

Poema

https://www.jstor.org/stable/27666510

https://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_obrasraras/or289659/or289659.pdf

https://www.revistazunai.org/post/sobre-a-terra-desolada-de-t-s-eliot-por-jos%C3%A9-arnaldo-villar
https://pt.scribd.com/document/368075858/T-S-Eliot-De-poesia-e-poetas-ensaios-pdf

The Waste Land (A terra desolada)

I – O Enterro dos Mortos

ABRIL é o mais cruel dos meses, gerando


Lilases que saltam da terra morta, misturando
Lembranças e desejos, excitando
Raízes inertes com as chuvas da primavera.
O inverno manteve-nos aquecidos, cobrindo
A terra com a neve do olvido, nutrindo
Com os seus tubérculos ressequidos um pouco de vida.
O verão pegou-nos de surpresa no Starnbergersee
Com uma pancada de chuva; esperamos sob a colunata
E, com o sol, prosseguimos pelo Hofgarten,
Tomamos café e conversamos bastante.
Bin gar keine Russin, stamm’aus Litauen, echt deutsch.
Quando éramos crianças, em visita ao arquiduque
Meu primo, ele me levou a passear em seu trenó
E tive medo. Marie, Marie, disse ele,
Segura firme. E começamos a descer.
É nas montanhas que nos sentimos livres.
Leio a noite quase toda e vou para o Sul no inverno.

Análise

Revolucionou a mentalidade poética contemporânea.


'The Waste Land,' with its overarching complexity, fragmented structure, and vast allusions,
is a masterpiece of literary modernism depicting the mood of its times, including the
desolation and hopelessness of the modern human condition.

Imediatamente, o poema começa com a imagem recorrente da morte:

expressa com grande poder o desencanto, a desilusão e o desgosto do


período após a Primeira Guerra Mundial.

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