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Filosofia – Arte e Religião

A experiência estética
A característica desta ideia é que para ser arte essa
obra tem de imitar algo. Daí que seja conhecida como
A arte é uma atividade muito antiga por isso tem teoria da arte como imitação.
uma importância antropológica, através dela
obtemos um maior conhecimento do Homem. Platão considerava que as obras de arte imitavam os
Vai ser um processo criativo, onde existe a ação objetos naturais, via essas obras como imagens
orientada para a produção de objetos. imperfeitas. Para ele os próprios objetos naturais
eram uma cópia de outros seres perfeitos.
Características:
-conhecimento do material Já Aristóteles tinha uma opinião mais favorável, uma
-novas perspetivas de ver a realidade vez que os objetos que a arte imita não são cópias
-esboça as suas ideias de nada.
-preocupações de criar algo belo
Vantagens Objeções

A estética não é apenas a reflexão da beleza física • apresentam um • há obras de arte que
(se algo é belo ou não). A estética é a perceção, critério rigoroso e não imitam e não por
capacidade de conhecer o mundo através da objetivo isso que deixam de
informação dada pelos cinco sentidos. • este é algo com que ser consideradas
estamos obras de arte
Por definição, a estética é a disciplina da filosofia familiarizados • não é um critério
suficiente uma vez
que estudar a forma como o ser humano aprecia
que há muitas
objetos considerados belos.
realidades que
imitam e não são
Para Baumgarten, a estética é uma teoria do obras de arte.
conhecimento sensível, ou seja, passa a ser uma ciência
da sensibilidade e uma capacidade de conhecer o mundo
através da informação dos cinco sentidos.

O conceito de beleza é a beleza que evoca o


prazer, causa agrado independentemente da A arte é a expressão da emoção do artista. Oferece
utilidade ou interesse. um critério valorativo: uma obra é tanto melhor
quanto melhor conseguir exprimir os sentimentos
A Filosofia da Arte vai refletir sobre a criação e a do artista que a criou.
apreciação da obra, é mais abrangente que o
domínio da estética, tem uma especialização da Uma obra é arte se, e só se, exprime
estética. sentimentos e emoções do artista.

A especificidade da experiência estética é a Para Tolstoi, a emoção transmitida pela obra de arte ao
maneira como o sujeito experiência sons, formas, público tem que ser a mesma emoção que o artista sentiu
cores, etc, sem se preocupar com a prática ou a
teórica.
Vantagens Objeções
Teorias essencialistas da Arte
As teorias essencialistas defendem que existe uma • aproxima-se da • é impossível saber
essência de arte, ou seja, que existem propriedades nossa perceção os sentimentos do
comum da arte; artista enquanto
essenciais comuns a todas as obras de arte e que só
• caracteriza-se pela realizava a obra de
nas obras de arte se encontram.
simplicidade arte, logo impossível
Uma definição essencialista exige também que tais o público ter os
• menos restritiva que
propriedades sirvam para distinguir a arte de outras mesmo sentimentos
outras teorias da arte
coisas que não são arte. Daí que se procurem apenas
identificar as propriedades essenciais que sejam
individuadoras da arte.
Para Collingwood considera que a verdadeira arte permite
expressar emoções. A emoção do artista não exprime
valor estético, a emoção do artista tem de ser amplificada Todas as obras de arte se relacionam com obras
por ele próprio. anteriores, têm a intenção de que o produto seja
uma obra de arte e o criador é o proprietário da
Objeções
obra.
• nem todas as obras de arte são criadas através
de emoções
Objeções

• a arte rupestre não tem obras de arte


antecedentes
• por exemplo, o grafiti por ser feito noutra
propriedade não é propriedade do autor
• os autores que morreram antes das suas obras
de arte serem conhecidas não tiveram a escolha
de querem que as suas obras de arte o fossem

Segundo Clive Bell, se for criado por um ser humano


provoca emoção estética e desperta o interesse do
público.
A experiência religiosa

Vantagens Objeções A filosofia da religião reflete os argumentos a favor


ou contra Deus e os conceitos utilizados são a fé e a
• procura um atributo • há objetos em crença.
exclusivo da arte museus que nós
(forma significante) encontramos no A religião tem como função voltar a unir/ criar uma
• chama a atenção nosso quoaatidiano e ligação com passado, isso vai implicar uma
para a forma da arte não são obras de aproximação a uma origem diferente que chamamos
(e não para o seu arte, por exemplo os
transcendência.
assunto) extintores

A experiência religiosa é uma experiência individual


de adesão ao divino, está ligado à necessidade de
esperança e consolo.
Teorias não essencialistas da Arte
Universalidade Constatada com a
Os não-essencialistas não esperam que a definição existência de vários
sirva para determinar os méritos ou a qualidade de deuses, crenças e
obras de arte particulares. Procuram, portanto, uma rituais
definição que seja compatível com a existência de Pluralidade Diferentes crenças e
boas e de más obras de arte. diferentes formas de
expressão dessas
crenças
Crença Leva-nos a acreditar
em algo obtido
A arte é um artefacto e o artefacto é algo mudado através do
pelo homem. Por exemplo, o urinol foi assinado pelo sentimento ou
autor e por isso é uma obra de arte. pensamento de cada
um
Fé Base da crença
Objeções religiosa, é visível
em práticas
• porque é que uma obra de arte precisa de uma religiosas
aprovação para fazer parte do mundo da arte
O argumento teológico é (teleologia significa
finalidade) um argumento designado argumento do
desígnio, conhecido pelo argumento do desenho
Ateísmo Negação da existência de Deus inteligente. O mundo existe com um determinado
Admissão da existência de Deus, propósito. Deus é o propósito, finalidade e ordem do
Fideísmo rejeitando que seja possível criar universo. Efeitos semelhantes devem ter sido
provas racionais da sua existência originados por causas iguais.
Kierkegaard defende ser a fé motivo
suficiente para acreditar em Deus.
Se houve um criador para um relógio então também
Para ele não há provas racionais da
deve de haver um criador para o universo (esse
existência de Deus
Deus é o criador, é possível a criador é Deus)
Teísmo demonstração racional da existência
de Deus.
Deus é omnipotente, omnipresente, Ao passo que o cosmológico quer justificar a
omnisciente, criador, bom, origem, o teleológico pretende justificar a finalidade
transcendente, infinito e necessário

Objeções

• o facto de haver semelhanças não quer dizer que


tudo seja semelhante
• Se Deus é o criador do universo como se explica
o sofrimento e drama da existência do humano?
Será Deus responsável?

O argumento ontológico é suportado por Santo


Anselmo que pretende fundamentar racionalmente
a existência de Deus. Deus é um ser suprema, não
apenas um conceito, mas também na realidade.

Objeções
são empíricos são conceptuais

• salto da existência do intelecto para a existência


da realidade (qualquer coisa que se pense como
pelo menos umas perfeito existe)
todas as
premissa do • Kant critica o Santo Anselmo por identificar
premissas são a
argumento é a existência de Deus como características de Deus
priori
posteriori

O argumento cosmológico (S. Tomás) é conhecido


por argumento da primeira causa ou argumento
causal. Todos os acontecimentos têm uma causa,
nenhuma causa se causou a si mesmo. Deus é a
causa que deu origem a todas as causas, Deus é
uma causa necessária, logo Deus existe.

Objeções

• Deus é uma causa que não foi causada


• Porque há necessidade de se encontrar uma
primeira causa?
• Se Deus é perfeito, porque há mal no mundo?

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