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NT1.

2
Primeiro passo – Entrevista com o Prof. Celso
Favaretto
Cara(o) Estudante,

Sua caminhada por este Núcleo Temático (NT) inicia-se com o


acesso ao vídeo da entrevista concedida pelo Prof. Celso Favaretto.
Nesta entrevista, o Prof. Favaretto indica diferentes dificuldades que
a presença da filosofia no Ensino Médio Brasileiro precisa enfrentar.
Quais são os objetivos da disciplina? Como a filosofia se dirige às
pessoas? Como ela se constitui como necessidade? Como
implementar, institucionalmente, a filosofia? Como produzir
conceitos na experiência pedagógica do ensino de filosofia? Qual a
relação da filosofia com a problematização? A formação do docente
para o ensino de filosofia é adequada? Estas questões tecem esta
conversa que se motiva a partir do tema central deste Núcleo
Temático: o sentido da filosofia e da sua prática de ensino.

Nota

É preciso observar que essa entrevista foi realizada em 2010 num


contexto bastante diferente daquele que encontramos hoje no país
para o ensino de filosofia. Fazia então pouco tempo, desde 2008,
que a disciplina de filosofia voltara a ser obrigatória no currículo do
ensino médio e provocava o debate sobre o melhor caminho para
sua implementação no país, o que é um dos temas da entrevista.
Hoje sabemos que essa obrigatoriedade deixou de vigorar desde a
reforma do ensino de médio aprovado em 2017 e confirmada pela
Base Nacional Comum Curricular publicada em 2018. Feita essa
ressalva, a entrevista, contudo, não perde sua atualidade, tendo em
vista não apenas que a filosofia continua a ser reconhecida como
conteúdo transversal a ser ensinado nas escolas, mas
principalmente porque as questões ali tratadas vão muito além do
debate curricular e dizem respeito ao papel mais amplo da filosofia
na formação dos indivíduos.
Nesta atividade espera-se que você: 1) assista a entrevista
relacionando as questões levantadas à sua prática docente; 2) que
anote em seu Diário de Bordo, apontamentos, comentários e
reflexões, informais, sobre a entrevista.

O Paradoxo da volta da filosofia

Segundo passo - Fórum de reflexão e debates


Cara(o) Estudante,

Agora que você já assistiu a entrevista, participe desse fórum de reflexão e


debates. Mas lembre-se que, assim como na entrevista, o fórum também não lhe
fornecerá conceitos precisamente definidos ou formulações teóricas
detalhadamente elaboradas.

Espera-se que você, assim como cada participante do fórum, inspirado pela
entrevista e por sua própria experiência docente, levante temas que considere
relevantes para discussão, explicite sua própria leitura do conteúdo da entrevista,
explore possíveis compreensões daquele material.

A multiplicidade de leituras, cada qual a partir de sua própria experiência, será um


dos objetivos deste espaço. Para iniciar a discussão, que tomará os rumos
traçados pelos próprios participantes, sugerimos como questões iniciais:

 Os desafios apontados na entrevista para o ensino de filosofia são


vividos como problemas no seu exercício da docência em filosofia?
 Na sua percepção, o objetivo da filosofia, nos limites do Ensino Médio,
está posto adequadamente?
 A filosofia é construção de conceito? O papel do docente de filosofia
no ensino médio se realiza de forma plena se centrado na
apresentação da história da filosofia?

Lembre-se que o objetivo é trocarmos diferentes percepções sobre o assunto,


como em um grande bate-papo. Não se deve privilegiar, neste momento, uma
atividade de síntese ou a construção de um relatório sobre o conteúdo da
entrevista. Compartilhar os sentidos, as ações, as estratégias é o que se espera.

Frutíferas reflexões.

Grupos separados: Vl Cachoeirinha-2

https://periodicos.uninove.br/dialogia/article/view/2894/2112
Favaretto
– Bom, a questão realmente é importante e complicada. A complicação
vem, não só das dificuldades de se fazer uma escolha de conteúdos e de se
desen
-
volverem processos e procedimentos de trabalho de filosofia com alunos
jovens,
como também, as dificuldades estão ligadas à própria estrutura escolar
brasileira.
A carga horária excessiva aliada à formação deficiente dos professores faz
com que
as dificuldades naturais, como a de que os alunos em não verem relevância na
disciplina, tornem a aula de filosofia um problema de difícil solução.

Olá a todos. Realmente os vídeos do professor Celso Favaretto são muito bons
e esclarecedores quanto ao caminho percorrido pelo ensino da Filosofia, seus
maiores desafios e dificuldades em 3 ordens.
1- Definir o objetivo da filosofia no nível médio tendo como base o domínio
do saber, sendo parte integrante da formação cultural, social e política
dos discentes. Principalmente para o domínio da linguagem garantindo
o desenvolvimento da reflexão.
2- Criar a necessidade pela Filosofia, ser curioso, gostar de saber das
coisas por ser quem é, não para ser mais ou sentir-se melhor, ela é um
acumulo de conhecimento guardado ao decorrer do tempo, e é preciso
saber usa-la.
3- Reconhecer a Filosofia como uma disciplina do currículo obrigatório, ter
um professor eficaz, e sua implantação concreta e objetiva.

Historia da Filosofia. Mesmo que essa entrevista tenha sido


realizada em 2010, bem atual. Relembrando em 2008 a
disciplina de filosofia voltara a ser obrigatória no currículo
do Ensino Médio, sabemos que essa obrigatoriedade
deixou de vigorar desde a reforma do Ensino Médio
aprovada em 2017 e confirmada pela BNCC publicada em
2018.
O Prof. Celso falou das dificuldades, em 3 ordens. 1-
Definir claramente objetivo; A formação dos jovens é
trabalho que a escola realiza em todos os níveis
principalmente no Fund II e Ensino Médio, a inserção dos
jovens nos domínios cultural, sociedade e política.
Desenvolvimento da reflexão, da potencialidade reflexiva,
que todas as pessoas tem, mas que a escola desempenha
esse papel. A Filosofia é manancial de conhecimento
acumulada há muitos séculos.
2- Não se dirigi as pessoas sem mais ou menos, é preciso
criar necessidade pela filosofia, advenha da curiosidade,
reflexão, interpretação e busca.
3- As necessidades materiais, prédio, sala de aula,
materiais para os alunos. O papel do Professor eficaz,
saber fazer da disciplina de filosofia uma disciplina
pedagógica. Desenvolver práticas de pensamento,
despertar a curiosidade dos estudantes.
É na sala de aula que se joga o jogo, como realizar na sala
de aula o próprio jogo da filosofia. Como operacionalizar o
conceito, como reconhecer, elaborar, e entender conceitos.
Trabalhar e treinar argumentos na construção de
problemas.
A problematização pode levar aquilo, que frequentemente é
considerado essencial no trabalho filosófico.

Discussão de problemas, pode não servir para nada em


termo educacionais e inclusive pode não trazer ou levar
nenhum requisito ao aluno, não configura um trabalho de
formação. Se tem uma tópica conceitual e uma certa
orientações argumentativas, pode construir uma discussão
como problema exatamente.
o professor Celso Favaretto explica a inserção da Filosofia no
Ensino Médio destacando suas dificuldades e os desafios no
processo inicial de sua implementação, dividindo-as em três ordens,
a primeira ordem esta ligada na definição dos objetivos no ensino
médio, tendo como base o domínio do saber, a Filosofia em sua
tarefa educacional com o principio da formação do jovem (aluno)
para sua inserção nos domínios da cultura, da sociedade e politica,
mas principalmente para o domínio da linguagem.
Sendo visto pela LDB - lei de diretrizes e base, desde a década de
1920 e 1930 até as atuais orientações do currículo, que a Filosofia
esta no nível Médio é para garantir a possibilidade de desenvolver a
reflexão. Na segunda ordem, o professor diz que a Filosofia não se
dirigi as pessoas sem mais sem menos, ele destaca que é preciso
criar a necessidade pela Filosofia, ser curioso, gostar de saber das
coisas por ser quem é, não para ser mais ou sentir-se melhor, ela é
um acumulo de conhecimento guardado ao decorrer do tempo, e é
preciso saber usa-la.

Aonde todas Diretorias de Estado ofereçam recursos para suprir as


necessidades materiais de toda a construção, desde o prédio
(patrimônio) até sala leitura, laboratório, biblioteca, informática,
refeitório, funcionários.
Compartilhp de seu diálogo quando ele focaxxxxxxxxxx

Nesse contexto partilho da fala dele ao dizer que o mais importante


no papel do professor é ser eficaz, na maneira que faz da Filosofia
uma disciplina pedagógica, estabelecendo uma relação de seleção
de conteúdos e de práticas de aprendizagem, pratica de
desenvolvimento de pensamento que satisfaçam a curiosidade dos
alunos. Mas não podemos deixar de lado a questão
socioeconômica e sua importância para o desenvolvimento e
acesso do jovem a escola pública, a condição sócio emocional e
como esse individuo interage ao ambiente em que vive.

Olá a todos. Realmente os vídeos do professor Celso Favaretto são


muito bons e esclarecedores quanto ao caminho percorrido pelo
ensino da Filosofia e seus maiores desafios. Mesmo sendo uma
entrevista de 2010, o debate ainda é muito atual.
Assim como o professor, eu acredito que o objetivo da filosofia no
nível médio tem como base o domínio do saber, sendo parte
integrante da formação cultural, social e política dos discentes.
Principalmente para o domínio da linguagem, em se garantindo o
desenvolvimento da reflexão. Porém, como docente, meu maior
desafio ainda é apagar a imagem estereotipada que a disciplina
carrega consigo e fazer com que as pessoas enxerguem a Filosofia
não como um discurso ideológico desvalorizado. Mas sim como um
conhecimento desejado pelos alunos. Pois, por vezes temos uma
juventude que não lê, que não reflete, é conduzida facilmente ao
vazio do abismo social e descaradamente manipulada.

Fórum uni2

Quarto passo - Fórum Documentos oficiais x práticas


docentes
Cara(o) Estudante,

Os temas propostos pelo NT 1.2 buscam também, a partir da


contextualização sobre os processos de inserção e de supressão do
ensino de filosofia nas matrizes curriculares, provocá-lo a conhecer
de forma mais profunda as orientações oficiais que norteiam o
último retorno da filosofia às instituições do ensino brasileiras.

Sabemos que, para além das críticas de caráter conceitual que


possamos estabelecer ou não sobre os conteúdos expressos nas
normas, o desafio, muitas vezes, apresenta-se mais claramente
quando tentamos colocar em prática as orientações expressas na
legislação e nos parâmetros curriculares.

Dessa forma, a proposta de atividade neste momento é a de que


você explicite e compartilhe estas dificuldades e/ou desafios por
meio do Fórum Documentos oficiais x práticas docentes.

Tome como ponto de partida os elementos já indicados no roteiro


de leitura do texto teórico, conforme apresentado abaixo de forma
ampliada.

 Como você percebe a sua prática pedagógica diante do


exposto na LDB e nas Orientações Curriculares Nacionais -
Filosofia?
 Quais dificuldades você encontra na implantação das
orientações no dia a dia das salas de aula do ensino médio?
 Quais instrumentos metodológicos você adota em suas aulas?
Descreva seus instrumentos metodológicos sem se
preocupar, necessariamente, em “encaixá-los” em um modelo
metodológico específico (a reflexão mais aprofundada sobre
metodologia de ensino será desenvolvida em outro momento
do Módulo 1). Estes instrumentos têm se mostrado eficientes
no desenvolvimento de suas aulas?
 Como seus alunos encaram as aulas de filosofia? Você
conhece as expectativas deles em relação a estas aulas?

Observe que o Fórum proposto é um espaço de reflexão e debate.


Portanto, sua participação deve ser motivada pela troca de
experiências, pela apresentação de suas práticas e de seus
comentários sobre as que foram expostas pelos demais
participantes do curso.

Caros Estudantes

A filosofia passou a ser obrigatória a partir de 2008, quando se


acrescentou na LDB artigo 36 filosofia como disciplina obrigatória
no Ensino Médio em todas as suas etapas.

A filosofia ficou um longo tempo fora do currículo escolar, como


uma disciplina que não era obrigatória, a LDB 9394/96, explica que
os alunos tem que ter conhecimentos de Filosofia e Sociologia ao
final da conclusão do Ensino Médio.

A partir da mudança na LDB em junho de 2008, a filosofia passou a


ser obrigatória, um outro desafio o que ensinar é como ensinar
filosofia para nossos alunos(a)

Vamos compartilhar nesse fórum nossas dificuldades no Ensino da


Filosofia, e como melhorar nossa prática docente no Ensino de
Filosofia, o que ensinar e como ensinar.

por DEBORAH LOPES DE BARROS - Tuesday, 23 Mar 2021, 16:36

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Pessoal, avisos gerais
Lembrando alguns cursistas, o que deve ser feito. Prazo de 3 dias
para entrega.
a- Na unidade 2, apropriação conceitual
b- Unidade 3-Produção teórica
c- Unidade 4, Produção final
d- Fórum da Unidade 4, um comentário simples do percurso feito
até aqui.
Abraços

Um primeiro tratamento do tema central deste Núcleo Temático já


foi apresentado na Unidade 1. Agora, outras perspectivas se
apresentam nesta videoaula como estratégia de aprofundarmos a
discussão a este olhar introdutório à prática do ensino de filosofia.

A Profa. Adriana Mattar Maamari, nesta aula, tratará da filosofia


como disciplina escolar.

Quais são as concepções presentes nos documentos que orientam


o ensino de filosofia?

As licenciaturas em filosofia preparam, adequadamente, para a


docência do ensino de filosofia?

Aqui será preciso lembrar mais uma vez que a entrevista foi
realizada em 2010 e que desde a reforma do ensino médio de 2017
a filosofia deixou de ser ensinada como disciplina, assim como a
maioria dos conteúdos didáticos lecionados até então. Temos agora
um novo documento, a BNCC (Base Nacional Comum Curricular),
aprovado, em 2018, que orienta a formação dos currículos das
escolas. Seria conveniente assimilar à nossa discussão esse
documento e avaliar o seu efeito sobre o ensino de filosofia.
Espera-se, neste momento, que você, ao acessar a videoaula,
amplie sua reflexão sobre a importância, o sentido e os desafios
que se apresentam diante da nova forma de inserção da filosofia no
ensino médio brasileiro. Essa reflexão envolve tanto um movimento
seu de distanciamento, buscando refletir sobre o processo como um
todo, como uma aproximação inicial sobre as práticas cotidianas do
docente de filosofia nas salas de aula do nível médio.

Aproprie-se de mais estes olhares, dialogando criticamente com


eles a fim de ampliar seu domínio do tema e de aprimorar sua
prática docente.

Não se esqueça de Anotar em seu Diário de Bordo apontamentos,


comentários e reflexões, informais, sobre a videoaula. Agora assista
a videoaula disponível a seguir.

aprofundarmos a discussão a este olhar introdutório à prática do


ensino de filosofia.
tratará da filosofia como disciplina escolar. Quais são as
concepções presentes nos documentos que orientam o ensino de
filosofia? As licenciaturas em filosofia preparam, adequadamente,
para a docência do ensino de filosofia? reflexão sobre a
importância, o sentido e os desafios que se apresentam diante da
nova forma de inserção da filosofia no ensino médio brasileiro. Essa
reflexão envolve tanto um movimento seu de distanciamento,
buscando refletir sobre o processo como um todo, como uma
aproximação inicial sobre as práticas cotidianas do docente de
filosofia nas salas de aula do nível médio.

VUdeo – diário bordo


historico do ensino de filosofia no Brasil – pesquisar googleo
A Filosofia foi inserida nos currículos das escolas brasileiras no
século XVII, precisamente no ano de 1663, momento em que foi
criada a primeira escola de Ensino Secundário pela Companhia de
Jesus, em Salvador, Bahia. A partir de então o ensino de Filosofia
passou por entradas e saídas da grade curricular de acordo com o
momento politico da época. Mesmo diante da tentativa de silenciá-la
a mesma foi se fazendo presente ao longo da história brasileira até
que retornou a base curricular nacional no ano de 2008.
A Filosofia no Brasil tem uma característica muito instável no
currículo escolar, pois apresenta várias continuidades e rupturas
É implantada na Bahia na Companhia de Jesus – reforçando os
dogmas da igreja

Video 2
No regime militar o ensino de filosofia é retirada do currículo por ser
julgado transgressor, subversiva e ameaçadora
Filosofia e realidade
Desafio do ensino filosófico;
1 Formacao docente (demanda imediata
2- O que é filosofia
O ensino da tolerância
Pitagoras – o amante da sabedoria sem tomar partido (atitude
contemplativa com distanciamento do conhecimento) é
Atitude filosofante – incentivar o aprender sem julgamento prévio,
sem dogmas
Conceito de cidadania – filosofia não forma cidadãos e sim
pensadores
Filosofia e (formação) consolidação democrática
Rejeição a volta do ensino Filosofia
# tipos de formação em filosofia no Brasil
1 Seminarísticos – forma padres pastores
2 Curso de bacharelado – forma pesquisadores
3 Licenciaturas – forma professores

Segundo passo – Texto Teórico – leitura


Cara(o) Estudante,
O texto Filosofia Como Disciplina Escolar: história, políticas e
práticas formativas (páginas 113 a 153), de autoria de Adriana
Maamari Mattar, Elisete M. Tomazetti e Márcio Danelon, amplia a
reflexão já proposta sobre a inserção e a supressão da filosofia no
ensino brasileiro nos diferentes contextos históricos. Aprofunda
também a reflexão sobre os limites e os desafios que a
obrigatoriedade do ensino de filosofia nas escolas brasileiras
carrega.

Observe que o texto confrontará as perspectivas compartilhadas e


debatidas na Unidade 1, o que o desafia a um primeiro exercício de
revisão. Para a adequada compreensão do texto, propõe-se que
você:

a) Fique atento às questões principais do texto lido. A feitura de


sínteses sobre as partes do texto auxiliará no entendimento do
tema.

b) Observe também a aparição de novas perspectivas, distintas das


anteriores, relativas ao tema desta Unidade: a prática do ensino de
filosofia.

c) Anote em seu Diário de Bordo suas observações sobre o texto.


Isso o ajudará na elaboração da atividade que será solicitada
adiante.

Clique aqui para acessar o texto.

Roteiro de leitura do Texto

Para auxiliá-la(o) na leitura e na sistematização do texto,


disponibilizamos um roteiro de leitura. O roteiro objetiva apenas
orientá-lo sobre questões relevantes a serem destacadas no texto,
mas não demanda envio de atividade com respostas às questões
nele contidas.

Faça uma primeira leitura do texto e, no momento da releitura,


utilize o roteiro como recurso de sistematização.

Clique aqui para acessar o roteiro.

.
Boa Leitura!

Após se percorrer, ainda que sucintamente, a trajetória do ensino de


Filosofia no Brasil, constata-se que o movimento pendular da disciplina de
Filosofia, no contexto educacional brasileiro, foi causado por razões
ideológicas que inibiam o pensar crítico, e que, quando se defende a
obrigatoriedade do retorno da disciplina de filosofia no Ensino Médio, faz-
se necessário pensar que Filosofia aplicar, para que e para quem, tarefa
esta que vem sendo tema de pesquisas e debates em nosso país. Nesse
sentido, acreditamos que o processo de ensino-aprendizagem da Filosofia
deve ser crítico-construtivo! Ele deve orientar o indivíduo a uma postura
consciente, a uma visão ampla e crítica da realidade em que se
Disciplinarum Scientia. Série: Ciências Sociais e Humanas, Santa Maria,
V.2, n.1, p.1-13, 2001 13 encontra inserido, pois só assim, poderá assumir
a sua cidadania com dignidade, liberdade e criticidade. Então o que
representa a Filosofia? Ela é uma ciência radical, ou seja, “no sentido em
que ela vai às raizes das questões muito mais profundamente que
qualquer outra ciência; la onde as outras se dão por satisfeitas, ela
continua a indagar e a perscrutar” (BOCHENSKI, 1977). A Filosofia,é,
portanto, uma prática, um cultivo, um modo de aprender, de conhecer e
pensar que, em sua autonomia, em sua radicalidade crítica constitui, na
verdade, o vigor e a própria essência de todo aprender, de todo conhecer,
de todo pensar. Quando se defende a obrigatoriedade do retorno da
disciplina de Filosofia nos currículos, quer-se justamente, que ela venhe
despertar, em cada cidadão, o desejo de pensar a realidade com
criticidade e vislumbrar, na totalidade, os diferentes aspectos que a
compõem e, assim, olhar para a sua existência de uma maneira mais
reflexiva.

nsino

REFilo – Revista Digital de Ensino de Filosofia | periodicos.ufsm.br/refilo | vol.5 n.1 – jan./jul. 2019
19
2004 (FAVERO, 2004). Até mesmo as escolas particulares haviam tomado essa
medida, inclusive, no ensino fundamental, etapa em que a Filosofia se fazia presente
em quase todos os estados.
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Terceiro passo – Apropriação conceitual


Cara(o) Estudante, entrega 06 abril

Esta atividade consiste na construção de uma síntese do debate


realizado na videoaula e no texto. Ela deverá demonstrar a sua
compreensão de conceitos, temas e problemas apresentados até
aqui.

Assim, além de apresentar as principais ideias do texto e da


videoaula, você evidenciará a sua compreensão crítica sobre o
conteúdo dos materiais até então disponibilizados. Isto significa que
a síntese é mais do que cópia das principais ideias, mas a
capacidade de dizê-las de modo rápido, claro e seu.

Esta atividade, que registra a sua apropriação conceitual, deverá,


ainda, se articular criticamente com os saberes e as práticas
discutidos na unidade anterior. Trata-se de confrontar a sua prática
docente com as perspectivas agora expostas.

A atividade deverá ter no mínimo 1 e no máximo 3 laudas.

Frutíferas reflexões.
Status de envio

Quarto passo - Fórum Documentos oficiais x práticas


docentes
Cara(o) Estudante,

Os temas propostos pelo NT 1.2 buscam também, a partir da


contextualização sobre os processos de inserção e de supressão do
ensino de filosofia nas matrizes curriculares, provocá-lo a conhecer
de forma mais profunda as orientações oficiais que norteiam o
último retorno da filosofia às instituições do ensino brasileiras.
Sabemos que, para além das críticas de caráter conceitual que
possamos estabelecer ou não sobre os conteúdos expressos nas
normas, o desafio, muitas vezes, apresenta-se mais claramente
quando tentamos colocar em prática as orientações expressas na
legislação e nos parâmetros curriculares.

Dessa forma, a proposta de atividade neste momento é a de que


você explicite e compartilhe estas dificuldades e/ou desafios por
meio do Fórum Documentos oficiais x práticas docentes.

Tome como ponto de partida os elementos já indicados no roteiro


de leitura do texto teórico, conforme apresentado abaixo de forma
ampliada.

 Como você percebe a sua prática pedagógica diante do


exposto na LDB e nas Orientações Curriculares Nacionais -
Filosofia?
 Quais dificuldades você encontra na implantação das
orientações no dia a dia das salas de aula do ensino médio?
 Os livros, especialmente de Filosofia, deveriam proporcionar
acesso a bons textos filosóficos e não filosóficos. Em sua
maioria, pelo menos em relação aos que eu tive acesso para
análise, não correspondem. Parecem manuais de instrução

questões relacionadas às abordagens: histórica, temática ou


problematizadora. Por qual delas optar? Refletindo sobre isso na
prática, desde o 1º dia, compreendi que todas são importantes,
dependendo do que se pretende atingir. Não é possível transformar
as aulas de Filosofia (apenas 2 aulas semanais) em momentos que
propõem meramente debates. Logo compreendi que pode parecer
bom, mas não é capaz de dar conta das demandas de um
pensamento filosofante. É necessário haver pré-requisitos para não
ficar no senso comum, no achismo. É fundamental propor que
alunos e alunas tenham alguma base sobre o conhecimento
filosófico acumulado por séculos, até para compreenderem que se
trata de processo

sempre busquei utilizar todos os recursos midiáticos possíveis para


ilustrar os conteúdos, para chamar a atenção, para convidá-los a
participar ativamente. Vídeos, propagandas, charges, notícias,
clipes musicais, trechos de filmes, fragmentos de textos em PPT...
enfim, tudo o que pudesse surpreender, mas ao mesmo tempo,
suscitar interesse e curiosidade. Em minha primeira escola, me
lembro de ser a primeira professora a levar os alunos com
regularidade para a sala multimídia, que além de projetor, telão, TV,
tinha acesso à Internet. Eu sempre procurava baixar o material
antes em um pen drive, para evitar imprevistos de ordem técnica.
Porém, incentivo sempre a pesquisa, a busca, converso sobre como
selecionar material. Penso que isso seja parte muito importante das
aulas de Filosofia num momento em que há tanta informação
disponível. Sempre precisei lidar com a questão do papel da
Filosofia enquanto formação para exercer a cidadania. Ao expor
isso aos alunos e alunas, sempre indaguei: “de que cidadania
estamos falando? ”, “o que é ser cidadão/cidadã”? Muitas e muitas
vezes, eles mesmos percebem que há muitos desafios e
contradições nessa premissa.

Minha maior dificuldade no desenvolvimento das aulas é a carga


horária. Poucas aulas por semana e um conteúdo programático
extenso a seguir. Por isso, com a experiência, tenho realizado
algumas adequações, tendo como base o currículo da rede da qual
faço parte, porém tentando organizar os conteúdos de forma mais
otimizada e priorizando outros, para garantir os tais “pré-requisitos”
que permitam, minimamente, a constituição de uma base que
permita a interrelação de conceitos importantes. Um imenso desafio
é a produção escrita. Procuro investir muito na capacidade de
argumentação, a fim de que sejam capazes de defender suas ideias
e propor questionamentos. Percebo que antes de produzirem textos
escritos, convém organizar previamente essas ideias. Contudo,
ainda é um grande entrave. Outra estrategia que utilizo (é que, no
meu caso particular, tem sido possível) é procurar pegar as turmas
em sequência. Ou seja, dialogo com meus colegas professores e
busco pegar as mesmas turmas no ano subsequente. Dessa
maneira, penso ser mais produtivo. Assim, tem sido possível, na
maior parte do tempo, acompanhar os alunos durante os 3 anos do
Ensino Médio.

Por isso, devem pensar nas aulas como momentos de provocação.


Também procuro fazê-los entender que não existe a possibilidade
de neutralidade. Durante as aulas teremos que lidar com
subjetividades e sempre isso vem carregado de significados. Por
isso é importante considerarmos o contexto no qual aquilo foi dito e
no contexto no qual estamos observando o que foi dito. Faço
questão de enfatizar que estamos sujeitos às ideologias, quem
conta uma história sempre conta a partir de um ponto de vista. É
preciso observar isso. Até ao afirmamos que a Filosofia nasce na
Grécia. E o que considero mais importante - nunca esqueço de que
para que haja aprendizagem, é necessário o desejo de ambas as
partes. Meu mais recente desafio é a escolha do PNLD 2021, com a
introdução dos projetos integradores referentes ao Novo Ensino
Médio.

defesa da Filosofia no currículo, não de maneira diluída ou como


perfumaria, mas como área do conhecimento essencial para uma
leitura crítica do mundo, para valorização do espaço de fala, como
instrumentalização para a argumentação e defesa das ideias e
posicionamentos, para evitar sermos conduzidos e manipulados
sem oportunidade de nem mesmo nos darmos conta disso, para
tentarmos encontrar nosso lugar, para nunca desistirmos de
perguntar e para não nos contentarmos com qualquer resposta e
para entendermos que, mesmo assim, jamais saberemos tudo.


 Quais instrumentos metodológicos você adota em suas aulas?
Descreva seus instrumentos metodológicos sem se
preocupar, necessariamente, em “encaixá-los” em um modelo
metodológico específico (a reflexão mais aprofundada sobre
metodologia de ensino será desenvolvida em outro momento
do Módulo 1). Estes instrumentos têm se mostrado eficientes
no desenvolvimento de suas aulas?
 Como seus alunos encaram as aulas de filosofia? Você
conhece as expectativas deles em relação a estas aulas?

Observe que o Fórum proposto é um espaço de reflexão e debate.


Portanto, sua participação deve ser motivada pela troca de
experiências, pela apresentação de suas práticas e de seus
comentários sobre as que foram expostas pelos demais
participantes do curso.

Caros Estudantes MARCELO FRAN

A filosofia passou a ser obrigatória a partir de 2008, quando se


acrescentou na LDB artigo 36 filosofia como disciplina obrigatória
no Ensino Médio em todas as suas etapas.
A filosofia ficou um longo tempo fora do currículo escolar, como
uma disciplina que não era obrigatória, a LDB 9394/96, explica que
os alunos tem que ter conhecimentos de Filosofia e Sociologia ao
final da conclusão do Ensino Médio.

A partir da mudança na LDB em junho de 2008, a filosofia passou a


ser obrigatória, um outro desafio o que ensinar é como ensinar
filosofia para nossos alunos(a).

Vamos compartilhar nesse fórum nossas dificuldades no Ensino da


Filosofia, e como melhorar nossa prática docente no Ensino de
Filosofia, o que ensinar e como ensinar

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