Você está na página 1de 20

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO

DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO 3 – MODALIDADE NORMAL


ALUNA: VALERIA ROSA DE FARIA MATRÍCULA: 11216080256
POLO: SAQUAREMA SEMESTRE: 2022.2

RELATÓRIO 1

1- CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ESCOLHIDA

A instituição escolhida para realizar o Estágio Supervisionado 3, foi o


Colégio Estadual Oscar de Macedo Soares, situado à Avenida Saquarema, n°
381, Centro, Município de Saquarema – RJ – CEP: 28990 – 000, por ter sido o
colégio onde concluí o Curso Normal há 26 anos atrás, mas também o único
autorizado para ministrar o Curso Normal no município.

O Curso Normal é ofertado em período integral de forma a alinhar os


conhecimentos específicos para o exercício do magistério a preparação para o
ingresso no Ensino Superior.

2- ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico do CE Oscar de Macêdo Soares não


fora disponibilizado para análise, de acordo com a secretaria o mesmo está
sendo reavaliado.

3- DESCRIÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DAS AULAS OBSERVADAS

As disciplinas escolhidas por mim, para realizar o estágio, foi a


disciplina de Práticas Pedagógicas e Inovação a Pesquisa (PPIP), na turma CN
3001.

É uma turma mista, mas a maioria dos alunos é do sexo feminino.


É uma turma falante, mas o clima entre eles é agradável. Pude perceber que
os alunos têm um bom entrosamento com a professora, pautado no respeito
mútuo. Segundo a professora, essa tem uma característica que as diferem das
outras turmas, pois e embora sejam um pouco competitivos apresentam uma
intimidade acentuada. Essa característica traz uma facilidade para o trabalho
do professor, inclusive do trabalho mais lúdico, dinâmico e centralizado no
aluno.

A Disciplinas de Práticas Pedagógicas e Iniciação a Pesquisa vêm


realizando um trabalho pedagógico diferente: o corpo docente tem oferecido

1
uma série de atividades e laboratórios que buscam proporcionar a troca de
experiências, a simulação de regências de turma e a valorização cultural,
estimulando e promovendo o acesso aos diferentes meios de cultura, por
parcerias estabelecidas e outros projetos que visam enriquecer as atividades
curriculares.

No primeiro dia de observação a turma se organizou em semicírculo


para assistir à apresentação dos trabalhos em grupos, solicitados na aula
anterior. Como a semana do folclore e alguns alunos ainda iriam apresentar os
trabalhos solicitados. O professor solicitou que os grupos apresentassem uma
lenda ou um mito do folclore brasileiro e depois realizassem uma atividade com
as colegas, voltada para crianças com necessidades especiais.

Ao término de cada apresentação a professora fez uma avaliação


oral dos trabalhos, pontuando o que foi observado por ela.

Observei que depois da apresentação do terceiro grupo, os alunos já


não estavam mais interessados nos trabalhos. Talvez pelo fato de todos os
grupos terem realizado atividades em folhas papel. Seria mais agradável,
prazerosa e proveitosa a atividade se outras formas de trabalho fossem
desenvolvidas como: fantoches, dramatização, jogos, etc. Atividades que
solicitassem a participação dos alunos e sua integração uns com os outros de
forma lúdica, visando a prática de sala de aula.

No segundo dia de observação a professora exibiu o filme ”Mãos


Talentosas” (A história de Bem Carson). Após a exibição do filme os alunos
foram para o intervalo do recreio. Ao retornarem, a professora distribuiu uma
folha com 7 questões para serem respondidas em duplas.

Algumas duplas não conseguiram terminar o trabalho que ficou para


ser entregue na próxima semana.

Pude observar que alguns alunos prestaram atenção ao filme,


ficaram ansiosos pelo desfecho e até se emocionaram com ele, enquanto
outras, simplesmente, deitaram suas cabeças na carteira e dormiram. Dar
aulas para jovens não é uma tarefa fácil, pela agitação e excesso de energia da
faixa etária. Por isso considero que aulas expositivas se tornam
desinteressantes e pouco funcionais para essa faixa etária. Se estes alunos
estivessem envolvidos no planejar aulas de forma lúdica, ao invés de ler ou
escrever um texto, acredito que as aulas teriam melhores resultados.

No terceiro dia de observação, a professora distribuiu um texto


sobre o desenvolvimento das crianças e as fases pelas quais passam seus
desenhos.

O texto foi lido com colaboração das alunas.

Após a leitura do texto houve uma explicação da professora e os


alunos se reuniram em dupla para observar 4 desenhos infantis, distribuídos

2
pela professora, fazendo sua identificação e análise da fase em que se
encontram, por escrito.
No quarto dia a aula foi inclusão. Foi distribuído um texto sobre
inclusão, que relatava a visita de um professor a uma escola que se dizia
inclusiva. O texto foi lido coletivamente pelas alunas e depois comentado. A
professora pediu que com base no texto e o filme assistido em aulas anteriores
“Vermelho como o Céu”, as alunas elaborassem, em dupla, um texto colocando
suas impressões.

A aula foi produtiva, mas ao final, todos já estavam cansados de ler


e interpretar.

Percebi um certo incomodo e dificuldade em entender o que é lido e


expressar uma opinião a respeito.
No quinto dia a aula a professora solicitou um que fosse elaborado
um plano de aula para uma turma que tem alunos especiais de modo a inclui-
los.

A turma em sua grande maioria conseguiu apresentar o solicitado,


mas alguns apresentaram dificuldades em fazer essa inclusão, mesmo a
professora não especificando uma deficiência, deixando aberta a opção para
qual deficiência o aluno desejava planejar.

Diante das observações em sala, vejo que o curso de formação de


professores visa trabalhar a inclusão, sem distinções e preconceitos sendo
necessário que os futuros professores dominem conteúdos que privilegiem a
socialização do aluno com os demais colegas, criando atividades sem haver
diferenciação. Sendo assim é necessário que o futuro professor entenda o
aluno, identifique suas dificuldades e habilidades, trabalhando a autonomia
para inseri-lo inclusivamente no meio social em que vive e participa.

Observei que os conteúdos trabalhados pelo professor visam à


construção de conceitos e conhecimentos do aluno para atuar na prática com
consciência da realidade que o cerca. Constatei que o professor trabalha com
atitude profissional, focando valores, postura do aluno em sala, domínio do
conteúdo pelo aluno e o desenvolvimento da comunicação do mesmo em
grupo, enfatizando a formação do professor para atuar tanto no estágio quanto
no ensino em sala, com objetivo de saber planejar, atuar e interagir em
diferentes ações pedagógicas. Ele demonstra uma enorme preocupação em
preparar as alunas para estarem em sala de aula. O peso da responsabilidade
de formar professores é notório.

4- REFLEXÕES A PARTIR DOS DADOS COLETADOS COM OS


ALUNOS

3
Em entrevista aos alunos da turma CN 3001, 3° ano, onde realizei
as atividades de observação. Foram entrevistados 23 alunos e todas
responderam as questões propostas.

Quanto à escolha pelo curso, a maioria respondeu que fora por


influência familiar e devido a possibilidade de iniciar no mercado de trabalho já
com uma profissão definida e as oportunidades na profissão de professor
ofertas no município serem mais amplas, devido à grande quantidade de
escolas de ensino fundamental e creche que atualmente há no município.

Alguns alunos, por não terem feito sua opção pelo Curso Normal, e
ainda terem que cursá-lo em tempo integral, acabam demonstrando
desinteresse pelos estudos.

Quando perguntadas se pretendem trabalhar como professoras, a


maioria diz que sim e destes, mas que também pretendem se especializar
fazendo um curso superior na área da educação. Poucos não pretendem
exercer a profissão. Conclui-se que são adolescentes que cursam o Normal em
busca do primeiro emprego para mudar a realidade econômica familiar.

Constatei que a maioria não trabalha, nem faz outros cursos.


Pouquíssimos fazem cursinhos preparatórios ou trabalham.

A turma é quase unânime em dizer que o curso é bom, mas muito


cansativo por ser em horário integral, retirando a possibilidade de realizar
cursos, trabalhar e até mesmo realizar as tarefas propostas pelos professores,
necessitando de atividades fora da sala de aula e mais práticas pedagógicas.

Demonstraram satisfação total ou parcial em relação ao curso, como


uma boa opção de formação, em nível médio.

Quanto aos conhecimentos transmitidos, foram considerados


necessários ao bom desempenho profissional.

Em relação às expectativas das disciplinas ministradas no Normal,


os alunos também revelaram, em sua maioria, plena satisfação.

A grande maioria diz ter uma relação boa, respeitosa, afetiva e


amigável com os professores e com todos os funcionários da escola.

5- CONCLUSÃO

Esse relatório teve a finalidade de registrar minhas observações


sobre o funcionamento de uma Escola Normal, a realidade e a perspectiva de
professores e alunos.

Pude observar esforços da equipe gestora para a manutenção do


prédio, motivando toda a comunidade escolar a preservá-lo, embora em
algumas instalações fique muito evidente a necessidade de obras e reparos.

4
A escola através de atividades diárias, busca preservar e vivenciar
aspectos como solidariedade, respeito e sensibilidade, para que os interesses
sociais sejam atendidos.
A relação docentes/alunos demonstrou ser baseada no respeito
mútuo. O clima é agradável na escola, professores e alunos conversam nos
corredores, pátio e onde são solicitados. Pude perceber um livre acesso a
direção, que sempre que solicitada atendia os alunos com carinho e atenção.

O curso contempla uma carga horária total extensa, o que acarretou


na formação de horário integral para contemplar a densidade do currículo.

As aulas são em maioria expositivas o que desmotiva a maioria dos


alunos. Os alunos são incentivados a aprender a lecionar de forma lúdica,
atrativa e dinâmica, mas não vivenciam isso nas aulas do curso normal.

Durante as aulas pude observar a valorização da prática em


detrimento da teoria. A preocupação com a formação desses alunos é grande e
diante do pouco tempo e da falta de material de apoio (livros para disciplinas
pedagógicas) levam a professora a trabalhar com resumos e focar na prática.

Durante a leitura dos questionários, constatei que as respostas das


alunas muitas vezes eram invasivas, curtas.

O modelo de avaliação é satisfatório, o problema está para algumas


disciplinas que passam muitos trabalhos extensos não levando em conta o
pouco tempo que resta aos alunos fora da escola.

Diante das aulas observadas pude compreender a dificuldade da


preparação do professor em nível médio. A carga horária das disciplinas
pedagógicas não é suficiente para dar um embasamento teórico junto a um
aprimoramento da prática pedagógica.

Como fiz meu Curso Normal nesta mesma escola, achei muito
diferente os procedimentos atuais para os da minha época. É claro que, de lá
para cá, houveram inúmeras mudanças, mas eu esperava que fossem para
melhor.

Embora haja preocupação dos professores com a formação de


futuros mestres, há também muita dificuldade encontrada na realização do
trabalho árduo de formar professores.

5
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO 3 – MODALIDADE NORMAL
ALUNA: VALERIA ROSA DE FARIA MATRÍCULA: 11216080256
POLO: SAQUAREMA SEMESTRE: 2022.2

RELATÓRIO 2

INTRODUÇÃO

Apesar de já conhecer a educação de perto há anos, a cada dia


venho me surpreendendo e aprendendo mais na prática e são os estágios que
vêm cumprindo este papel. Este estágio no Curso Normal me proporcionou
uma experiência singular, ampliado minha visão com relação ao poder da
educação para nossa sociedade e sua importância. Cabe ressaltar que o
estágio é um momento oportuno para os futuros docentes se aproximarem da
realidade escolar e daqueles que já atuam de refletirem sobre suas
concepções e suas ações diárias em sala de aula.
O relatório 2 tem como finalidade o registro das práticas
desenvolvidas na turma 3001 – 3ª série do Curso Normal - durante o período
de estágio no Colégio Estadual Oscar de Macedo Soares, sito à Avenida
Saquarema, n° 381 no bairro de Saquarema, Município de Saquarema – RJ –
CEP: 28990 – 000.

OBSERVAÇÕES FEITAS A PARTIR DAS MINI-CLASSES

 O aluno A falou sobre o poder pedagógico da música na alfabetização


apresentando diferentes músicas, de modo a trabalhar a oralidade, a
escrita, desenho e expressões físicas, onde através das atividades
desenvolvidas os alunos desenvolvessem um relatório sobre o tema
abordado e importância do uso da música como ferramenta de
aprendizagem.

6
 O aluno B falou sobre multiletramento e ensino, com o objetivo de
enfatizar a importância do desenvolvimento da capacidade crítica dos
leitores de diferentes tipos de textos.
 O aluno C apresentou o tema vivencias no cotidiano escolar sobre dois
instrumentos de pesquisa: o questionário e a entrevista, onde foram
apresentados os tipos de entrevistas e questionários e suas finalidades
e a importância na formulação das perguntas.
 O aluno D apresentou o tema Abordagens e praticas pedagógicas para
a inclusão de alunos com Transtornos do Espectro Autista. A aula teve
por objetivo compreender os princípios de uma escola inclusiva. Fora
uma aula desenvolvida de forma interativa e dialógica visando uma
participação reflexiva e crítica do alunado.
 O aluno E apresentou uma aula Quem são os sujeitos da Educação de
Jovens e Adultos, no qual ele apresentou o tema, Carlos e a Escola,
onde se colocou como sujeito na aula e sua experiência como aluno da
EJA. Fora feita uma palestra sobre o tema e a necessidade de se
conhecer o alunado, sua história e algumas particularidades individuais
a fim de atender os diferentes indivíduos de uma classe da EJA.
 O aluno F falou sobre o tema Planejamento de aula com base na BNCC,
onde o aluno teve que elaborar um planejamento utilizando os códigos e
objetivos de acordo com as regras da BNCC. O tema fora abordado pela
necessidade de se atentar as diferenças atuais de acordo com as regras
da BNCC.
 O aluno G ministrou sua aula com o tema Jogos apoiador para
letramento digital. Onde foram apresentados dois vídeos, um sobre a
evolução tecnológica e outro sobre uso dessa tecnologia na escola,
enfatizando que os jogos tecnológicos podem auxiliar no processo de
ensino aprendizagem.
 O aluno H apresentou o tema A inclusão da pessoa com necessidades
especiais na rede regular de ensino, com o tema Desafios da Educação
Inclusiva, com objetivo de identificar e compreender o processo
educacional, visando uma abordagem humanista. Fora apresentado
vídeo Inclusão e Socialização e a dinâmica “As nossas diferenças nos
tornam iguais”. Que fora uma dinâmica que particularmente achei muito
interessante.
 O aluno I apresentou o tema Múltiplas Deficiências, que teve por objetivo
conhecer as múltiplas deficiências e a forma de trabalhá-las em sala de
aula e a construção de diferentes materiais pedagógicos para estimular
a aprendizagem. A aula foi desenvolvida de forma interativa buscando a
participação dos envolvidos.
 O aluno J apresentou o tema Praticas Pedagógicas e Iniciação Pesquisa
– Conhecimentos didáticos para a Educação Infantil Creche, que teve
por objetivo compreender e conhecer os interesses e necessidades da
pratica na educação infantil e creche. A aula fora ministrada para que os

7
alunos percebessem a importância e a indissociabilidade do cuidar,
brincar e educar.
 O aluno K apresentou o tema Você não é igual a mim, eu não sou igual
a você, mas nada disso importa porque somos iguais! O tema fora
apresentado com o objetivo de compreender a inclusão como um todo,
buscando desenvolver o senso crítico. Foram usados material impresso
de relatos reais tirados da internet que contavam sobre o dia a dia de
pessoas com deficiência e propôs um debate. Após o debate fora feito
uma dinâmica de grupo. A aula buscou mostrar que incluir não é apenas
estar matriculado em uma turma regular, incluir é atender e tornar o
indivíduo com necessidades especiais um elemento ativo dentro dos
objetivos propostos.

COLÉGIO ESTADUAL OSCAR DE MACEDO SOARES


CURSO: Normal - 3ª SÉRIE – TURMA 3001 – ANO: 2022
DISCIPLINA: Práticas Pedagógicas e Iniciação à Pesquisa (PPIP)
PROFESSORA ESTAGIÁRIA: Valeria Rosa de Faria

PLANO DE AULA

CONTEÚDO/TEMA: A Importância do ato de planejar e como Planejar Projetos


Pedagógicos

DURAÇÃO: 3 aulas (50 min. cada)

DEFINIÇÃO DO TEMA: A definição se deu devido a importância do ato de


planejar.  O planejamento auxilia na orientação, organização e concretização
dos objetivos que busca alcançar, o ato de planejar significa ter orientações
presentes e futuras, que tem por finalidade atingir objetivos, reduzindo as
incertezas futuras, possibilitando a tomada de decisões de forma antecipada a
situações que poderão ocorrer. Depois de estabelecer todos os subsídios
essenciais para a elaboração do planejamento, é chegada a hora de registrar
as disposições que serão adotadas.

OBJETIVOS:

8
 Compreender a necessidade de planejar, como, porquê e para quê.
 Identificar os diversos tipos de planejamento e suas aplicações.
 Reconhecer as etapas constitutivas de um trabalho de pesquisa: o
projeto, a coleta e a análise dos dados, o relato escrito e a divulgação
dos resultados.
 Elaborar um projeto de pesquisa coletivamente, a partir de um tema
sugerido, utilizando suas etapas constitutivas.
 Reconhecer o projeto como um processo de permanente discussão e
avaliação.
 Analisar as formas de avaliação e de autoavaliação.

RECURSOS DIDÁTICOS: Data Show, Notebook, Quadro Branco, Caneta,


Papel A4 e Livros de Histórias Infantis que façam alusão à diferença de raça
(cor) como: “Menina Bonita do Laço de Fita”, “Meninos de todas as cores”,
“Bruna e a Galinha D’Angola”, “Contos Africanos para Crianças Brasileiras”,
“Uma Amizade Colorida”, “Betina”, “A Cor da Ternura”, “O Menino Marrom”.
(Todos previamente selecionados).

ORGANIZAÇÃO DA TURMA: Os alunos se sentarão dispostas em um grande


semicírculo; depois a turma será dividida em grupos de 6 alunas; para finalizar
voltam à disposição inicial, sentadas em semicírculo, novamente.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
1° Momento: Leitura compartilhada feita pelos alunos sobre o texto
“Planejamento Escolar” com conversa direcionada sobre a importância do ato
de planejar. O que é planejar? Para que serve o planejamento? Por que é
necessário planejar? Como? Para quem? A professora vai fazendo
observações à medida que o texto é lido, ou dúvidas vão surgindo, lançando
perguntas e anotando as respostas no quadro branco.
2° Momento: Apresentação de slides sobre a construção de um projeto e suas
etapas, com exposição sobre os tópicos e seus significados.

9
3° Momento: Em grupo, as alunas montarão um projeto de leitura para o 2° ano
do EF, sobre miscigenação das raças, tendo como recursos, livros de histórias
infantis sobre o tema.
4° Momento: De volta à formação inicial (semicírculo), os grupos apresentam
seus projetos e é feita a avaliação e a autoavaliação de cada trabalho.

AVALIAÇÃO: A avaliação será realizada por observação durante as atividades


se os alunos compreenderão a importância e função de um planejamento e se
conseguem fazer esboço de um projeto pedagógico de leitura.

CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA: A partir do Currículo mínimo recebido pelos


professores e que deve ser aplicado aos alunos do 3° ano, a disciplina tem
como tema “Os Saberes Docentes e A Prática Pedagógica”. No 4° bimestre
serão trabalhados “O Exercício das Atividades de Magistério, de Forma Crítica
e Investigativa, a partir das Sistematizações Elaboradas”.

REFERÊNCIAS:
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção magistério
2° grau. Série formação do professor).

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educação -


CURRÍCULO MÍNIMO 2013 – CURSO NORMAL – FORMAÇÃO DE
PROFESSORES – PRÁTICASPEDAGÓGICAS E INICIAÇÃO À PESQUISA

CONCLUSÃO

Ao realizar o Estágio supervisionado 3 tive a possibilidade de voltar


à sala da formação de professores. Nesse período pude perceber o
funcionamento da escola, a realidade vivida pelos professores e as
perspectivas dos alunos.
Há interesse, mas um despreparo muito grande por parte dos
alunos, inclusive uma grande dificuldade em elaborar um projeto didático
pedagógico. Durante a realização do estágio compreendi que faltam alguns

10
ajustes para a escola oferecer ao aluno um ensino de qualidade. E para
alcançar o objetivo de formar bons professores.
Não tive dificuldades na elaboração do meu Plano de Aula, realizei
pesquisa bibliográfica sobre o conteúdo e procurei direcionar as atividades
focando sempre o aluno, e seu desenvolvimento na construção da
aprendizagem. Utilizei métodos e técnicas de contextualização e pesquisei um
texto na internet. Procurei escolher os recursos audiovisuais, didáticos e os
livros de literatura infantil de acordo com o assunto trabalhado.
A turma e a professora me aceitaram muito bem e os alunos
estavam dispostas a colaborarem comigo. Assistiram atentamente a minha
aula.
A professora me deu total liberdade para desenvolver a aula. Iniciei
com a leitura compartilhada do texto que trouxe, fazendo observações
pertinentes ao assunto e esclarecendo as dúvidas à medida que surgiam.
Apresentei o slide de como montar um projeto, deixando que os alunos
conversassem sobre o assunto e demonstrassem sua participação com
questionamentos, opiniões, experiências vividas, etc. Sugeri uma atividade de
criação de um pequeno projeto, que foi imediatamente aceita e desenvolvida. A
aula foi bastante proveitosa. A partir das propostas levei os alunos à reflexão,
gerando assim uma atividade significativa que veio contribuir com a
aprendizagem deles e o avanço em busca da autonomia na elaboração de
projetos.
Pude notar que os alunos cooperam uns com os outros, não tendo
vergonha de mostrar como escreveram, aceitando com facilidade quando as
orientamos com relação à estrutura e criação de um projeto e demonstrando
muita força de vontade em avançar.
Concluo que esta 2ª etapa, significou para mim um melhor
conhecimento em saber lidar com a diversidade, a flexibilidade, a cooperação e
a participação em um segmento diferente da realidade do cotidiano do meu
trabalho, trazendo diferentes significados para minha formação profissional. A
escola é um espaço de grandes oportunidades para todos, onde podemos
vivenciar várias experiências significativas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

11
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção magistério
2° grau. Série formação do professor).

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educação -


CURRÍCULO MÍNIMO 2013 - CURSO NORMAL - FORMAÇÃO DE
PROFESSORES -
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E INICIAÇÃO À PESQUISA

VASCONCELLOS, Celso dos S: Planejamento: Projeto de Ensino


Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico Ladermos Libertad-1. 7º Ed. São
Paulo, 2000.

GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. São Paulo, Editora


Edições Loyola. 1985.

Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. 2º Ed. Editora Pioneira. 2002.


Vários Autores.

CUNHA, Maria Isabel: O bom professor e sua prática. Campinas, São Paulo,
Papirus, 1989.

MOURA, D. G.; Barbosa, E. F. Trabalhando com projetos – planejamento e


gestão de projetos educacionais. Ed. Vozes – 2006.

SANTOMÉ, Jurgo Torres. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo


integrado. Trad. Cláudia Schilling. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul
Ltda., 1998.

CUNHA, Marcus Vinícius da. John Dewey: Uma Filosofia para Educadores em
Sala de Aula. Ed. Petrópolis – RJ: Vozes, 1998.

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/14-perguntas-
respostas-projetos-didaticos-626646.shtml?page=

ANEXO I
(Texto lido em sala de aula)

PLANEJAMENTO ESCOLAR

Por que e para que fazer o planejamento?

O planejamento é um processo que ajuda a promover e avaliar


mudanças no interior da escola, considerando espaços e tempos pedagógicos.
É um processo de racionalização, organização e coordenação da ação
docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. A
12
escola, os professores e alunos são integrantes da dinâmica das relações
sociais; tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por influências
econômicas, políticas e culturais que caracterizam a sociedade de classe. Isso
significa que os elementos do planejamento escolar - objetivos-conteúdos-
métodos – estão recheados de implicações sociais, têm um significado
genuinamente político. Por essa razão o planejamento, é uma atividade de
reflexão a cerca das nossas opções e ações; se não pensarmos didaticamente
sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos
rumos estabelecidos pelos interesses dominantes da sociedade.
O primeiro passo é ter clareza sobre o que você quer ensinar, o
que espera que os alunos aprendam e o que eles já sabem. Assim é
possível garantir dois importantes critérios didáticos: a continuidade e a
variedade de conteúdos ao longo dos anos.
O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a
previsão das atividades em termos de organização e coordenação em face dos
objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do
processo de ensino. O planejamento é um meio para programar as ações
docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente
ligado à avaliação. É um guia de orientação para o planejamento do processo
de ensino. Os professores precisam ter em mãos esse plano abrangente, não
só para uma orientação do seu trabalho, mas para garantir a unidade teórico-
metodológica das atividades escolares. Portanto, essa modalidade de planejar
constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a
preocupação é com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a
escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes
curriculares.
O plano é um guia de orientação, pois nele são estabelecidos as
diretrizes e os meios de realização do trabalho docente. Sua função é orientar
a prática, deve ter uma ordem sequencial, progressiva. Para alcançar os
objetivos, são necessários vários passos, de modo que a ação docente
obedeça a uma sequência lógica.
Por objetividade entendemos a correspondência do plano com a
realidade que se vai aplicar. Não adianta fazer previsões fora das
possibilidades humanas e materiais da escola, fora das possibilidades dos
alunos.
Deve haver coerência entre os objetivos gerais, objetivos específicos,
os conteúdos, métodos e avaliação. Coerência é relação que deve existir entre
as ideias e a prática.
O plano deve ter flexibilidade no decorrer do ano letivo, o professor
está sempre organizando e reorganizando o seu trabalho. Como já dissemos o
plano é um guia e não uma decisão inflexível.

Segundo Vasconcellos (2000):


Planejar é antecipar mentalmente uma ação ou um
conjunto de ações a serem realizadas e agir de acordo
com o previsto. Planejar não é, pois, apenas algo que se
faz antes de agir, mas é também agir em função daquilo
que se pensa. O planejamento enquanto construção-
transformação de representações é uma mediação
teórica metodológica para ação, que em função de tal
mediação passa a ser consciente e intencional. Tem por
finalidade procurar fazer algo vir à tona, fazer acontecer,

13
concretizar, e para isto é necessário estabelecer as
condições objetivas e subjetivas prevendo o
desenvolvimento da ação no tempo.

Existem pelo menos três níveis de planos: o plano da escola, o plano de


ensino, o plano de aula.

O plano da escola é um documento mais global; trata-se do que


chamamos de Projeto Político Pedagógico, sendo esse plano integral da
instituição. O mesmo é composto de marco referencial, diagnóstico e
programação. Este nível envolve tanto a dimensão pedagógica quanto a
comunitária e administrativa da escola. Expressa orientações gerais que
sintetizam, de um lado, as ligações da escola com o sistema escolar mais
amplo e, de outro, as ligações do projeto pedagógico da escola com os planos
de ensino propriamente ditos.

O plano de ensino (ou plano de unidade) é a previsão dos objetivos e


tarefas do trabalho docente para o ano ou semestre; é um documento mais
elaborado, dividido por unidades sequenciais, no qual aparecem objetivos
específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológicos.

O plano de aula é a previsão do desenvolvimento do conteúdo para


uma aula ou conjunto de aulas e tem um caráter específico. É um
detalhamento do plano de ensino. As unidades e subunidades (tópicos) que
foram previstas em linhas gerais são agora especificadas e sistematizadas
para uma situação didática real. A preparação de aulas é uma tarefa
indispensável e, assim como o plano de ensino, deve resultar em um
documento escrito que servirá não só para orientar ações do professor como
também para possibilitar constantes revisões e aprimoramentos de ano para
ano. Em todas as profissões o aprimoramento profissional depende da
acumulação de experiências conjugando a prática e reflexão criteriosa sobre
ela, tendo em vista uma prática constantemente transformada para melhor.

Na elaboração de um plano de aula, deve-se levar em consideração,


em primeiro lugar, que a aula é um período de tempo variável. Dificilmente
completamos em uma só aula o desenvolvimento de uma unidade ou tópico de
unidade, pois o processo de ensino e aprendizagem se compõe de uma
sequência articulada de fases: preparação e apresentação de objetivos,
conteúdos e tarefas; desenvolvimento da matéria nova; consolidação (fixação,
exercícios, recapitulação, sistematização); aplicação, avaliação. Isso significa
que devemos planejar não uma aula, mas um conjunto de aulas.

Na preparação de aulas, o professor deve reler os objetivos gerais da


matéria e a sequência dos conteúdos do plano de ensino. Não pode esquecer
que cada tópico novo é uma continuidade do anterior; é necessário assim,
considerar o nível de preparação inicial dos alunos para a matéria nova.

O professor consciencioso deverá fazer uma avaliação da própria


aula. Sabemos que o êxito dos alunos não depende unicamente do professor e
do seu método de trabalho, pois a situação docente envolve muitos fatores de

14
natureza social, psicológica, o clima geral da dinâmica da escola etc.
Entretanto, o trabalho docente tem um peso significativo ao proporcionar
condições efetivas para o êxito escolar dos alunos. Ao fazer a avaliação das
aulas, convém ainda levantar questões como estas: Os objetivos e conteúdos
foram adequados à turma? O tempo de duração da aula foi adequado? Os
métodos e técnicas de ensino foram variados e oportunos em suscitar a
atividade mental e prática dos alunos? Foram feitas verificações de
aprendizagem no decorrer das aulas (informais e formais)? O relacionamento
professor-aluno foi satisfatório? Houve uma organização segura das atividades,
de modo ter garantido um clima de trabalho favorável? Os alunos realmente
consolidaram a aprendizagem da matéria, num grau suficiente para introduzir
matéria nova? Foram propiciadas tarefas de estudo ativo e independente dos
alunos?

REFERÊNCIAS:

VASCONCELLOS, Celso dos S: Planejamento: Projeto de Ensino


Aprendizagem e Projeto Político – Pedagógico Ladermos Libertad-1. 7º Ed.
São Paulo, 2000.

GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. São Paulo, Editora


Edições Loyola. 1985.

Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. 2º Ed. Editora Pioneira. 2002.


Vários Autores.

CUNHA, Maria Isabel: O bom professor e sua prática. Campinas, São Paulo,
Papirus, 1989.

ANEXO II
(Síntese da apresentação de slides)

O Método de Projetos foi criado pelo norte-americano William Kilpatrick


(1871-1965) baseado nas idéias de John Dewey (1859-1952). Em setembro de
1918, uma das mais importantes revistas de educação, Teachers College
Recort, divulgou um artigo no qual este autor explica e denomina o “Método de
Projetos”. Tal proposta caracteriza-se como uma forma de integração curricular
e preocupa-se com o “interesse” que deve acompanhar o trabalho pedagógico
de modo a suscitar no aluno a vontade de saber. O embasamento teórico de
Kilpatrick estava fundamentado nos estudos de uma “escola ativa” de John
Dewey. A dimensão socializadora das propostas curriculares foi a grande
impulsionadora do Método de Projetos.

15
COMO REALIZAR UM PROJETO: Passo a passo

1° Passo: Tema
Escolha do tema que será o fio condutor do projeto: folclore,
ecologia, trabalho, higiene pessoal, algum tema transversal, algum fato da
atualidade, alguma personalidade etc. 

O tema é escolhido pelo professor, tendo em vista os objetivos


didáticos e os conteúdos a serem trabalhados. Isso não impede que os alunos
tenham participação ativa, pois precisam estar interessados em desenvolver o
projeto proposto e devem colaborar no planejamento e decisões subsequentes.

Delimitação do tema: a fim de que a realização do tema se torne possível,


deve-se selecionar apenas um aspecto a ser abordado. Em cada nível de
escolaridade essa escolha adota características diferentes.

Problema: o problema sempre vem em forma de questionamento. Surge de


uma insatisfação, de uma curiosidade. O professor e/ou os alunos devem
perguntar-se sobre a necessidade, relevância, interesse ou oportunidade de
trabalhar um ou outro determinado tema.

Momento em que o professor, aproveitando-se de uma dúvida,


desejo, problema ou curiosidade dos alunos, introduz as ideias do projeto,
salientando a importância do trabalho coletivo. Momento em que motiva os
alunos, desafiando-os a buscarem soluções para os problemas emergentes,
concretos e significativos, sejam eles resultantes de velhas ou de novas
questões.
 
Hipóteses: é preciso estabelecer uma série de hipóteses em termos do que se
quer saber. São as perguntas que devem ser respondidas.
É essencial que o professor conheça a fundo as necessidades de
aprendizagem de seus alunos para chegar a uma definição de porquê trabalhar
este ou aquele tema. Essa etapa refere-se às razões que justificam o objetivo e
o próprio conteúdo que estará sendo trabalhado. Refere-se aos antecedentes,
causas e importância da situação que motivou o projeto. É conveniente
levantar os benefícios e vantagens que derivam da proposta, bem como suas
desvantagens e limitações. 

2° Passo: Disciplinas

As áreas do conhecimento são inúmeras e, por isso, devem ser


claramente definidas para facilitar a pesquisa bibliográfica, fichamentos,
arquivos etc. A definição das matérias e conteúdo que estarão envolvidos no
projeto, que pode ser ou não interdisciplinar. 

3° Passo: Público Alvo

Turma e série que vai desenvolver o projeto.

16
4° Passo: Cronograma

Construir um cronograma detalhando como desenvolver o trabalho


em sala e definindo as datas de: leitura do livro paradidático, trabalho de
campo, pesquisas, provas ou outros métodos de avaliação.
É conveniente que o professor elabore um cronograma com objetivos parciais a
serem atingidos e que conduzam ao objetivo final. 

5° Passo: Justificativa

É preciso a clareza da viabilidade da realização do projeto que se


propõe desenvolver. Os argumentos devem ser convincentes e claros.

6° Passo: Objetivo Geral e Objetivos Específicos

O que pretendemos com esse trabalho? Qual a finalidade de sua


realização? Os objetivos estão divididos em dois grupos: geral e específicos.

O que se pretende alcançar com o conjunto de atividades que


constituem o projeto e como o tema se liga ao programa curricular. É
necessário que o professor defina claramente as competências que espera que
os alunos desenvolvam e os conhecimentos que permitirão essa conquista. Os
objetivos subjacentes ao projeto determinam o tipo, a quantidade e o nível de
informação a ser priorizado. 

Compete ao professor garantir a fluência de todo o processo,


favorecendo a emergência de um clima de colaboração, integração e respeito
entre as equipes. Além disso, cabe-lhe perceber se a equipe está madura o
suficiente para tomar decisões autônomas ou se necessita de
seu monitoramento. 

7° Passo: Metodologia/Procedimentos Metodológicos

Especificação das principais atividades a serem realizadas, tais


como entrevistas, visitas a museus, desenhos de observação, leitura de textos,
etc. É um conjunto de instrumentos que deverá ser utilizado na pesquisa e tem
por finalidade encontrar o caminho mais racional para atingir os objetivos
propostos.

Definição de como cada professor irá trabalhar o tema em sua


disciplina. No caso de um projeto interdisciplinar, é conveniente que essa
decisão seja compartilhada pela equipe de professores e que alguns
combinados fiquem estabelecidos para que haja integração e harmonia de
atitudes.

8° Passo: Atividades Propostas/Desenvolvimento

Todo projeto é dividido em etapas. Pensar no encadeamento das


etapas é fundamental.

17
Partindo de situações concretas e contextualizadas que interessem
aos alunos, há que se discutir e planejar as estratégias, bem como distribuir
tarefas e responsabilidades. Esta é a etapa da formação dos grupos, realização
dos trabalhos de campo, reuniões e discussão do formato das apresentações. 

O momento em que realmente se aprende por meio do levantamento


de dúvidas, (Etapa da Problematização) da busca e seleção das informações,
(Etapa da Pesquisa) do fazer, do convívio e das trocas, das negociações e
tomadas de decisão. 

É fundamental que o professor compartilhe com as crianças, de uma


aprendizagem com sentido. Os alunos devem ter a oportunidade de imaginar
uma ação, traçar um plano para concretizá-la em um certo período de tempo e
desenvolver o planejado, controlando as variáveis do processo até o alcance
da meta. 

É importante que haja um registro do projeto, quer por meio de fotos,


filmagens ou registros escritos.

9° Passo: Recursos Didáticos

Levantamento dos recursos materiais requeridos para levar avante o


projeto, em especial, os fundos necessários. Qual será o custo do projeto para
a escola? Relação dos equipamentos, instalações, maquinaria, veículos etc.

Levantamento dos recursos humanos necessários, como por


exemplo um analista, um redator, etc. Aqui entram palestrantes, guias para
trabalhos de campo e outros.

Deve-se mencionar também se as pessoas solicitadas são por


tempo integral ou parcial, assim como os serviços de apoio administrativo,
técnico, legal, financeiro etc. É importante que se registre com clareza o nome
do(s) responsável(s) pelo projeto.

10° Passo: Contextualização: Justificativa pertinente do tema escolhido

11° Passo: Avaliação:

Por fim, é necessário definir os critérios de avaliação.

Toda atividade deve ser avaliada. Resta escolher o método de


avaliar. É aconselhável que ela se dê pelo método formativo, não esquecendo
de avaliar pelos conceitos, procedimentos e atitudes, principalmente para
continuar fazendo, e fazendo melhor.

O ideal é aproveitar a própria situação de aprendizagem para se


proceder à avaliação e não criar situações artificiais, mas é possível verificar o
nível do conhecimento atingido por meio da realização de avaliações formais
(provas) ou de peças teatrais, produções audiovisuais e trabalhos que devem

18
ser apresentados por grupos de alunos. É importante que a avaliação se dê no
início, durante o desenvolvimento dos trabalhos (pela análise dos objetivos
parciais, corrigindo os erros resultantes do planejamento ou do próprio
processo) e no final do projeto. A avaliação pode também ser realizada
individualmente para que o aluno tenha um retorno de sua evolução durante o
processo. 

12° Passo: Culminância/Socialização

O importante numa pesquisa é a socialização, a divulgação do


trabalho, isto é, torná-la pública. Com apresentações, exposições, cartazes,
encenações, palestras, uma feira cultural ou um blog, por exemplo. Uma
maneira de divulgar o trabalho. Qual o objetivo dessa culminância?

13° Passo: Referências Bibliográficas

Para ter credibilidade, uma pesquisa deve fundamentar-se em


teorias reconhecidas. Portanto, para que o aluno possa atingir seus objetivos, é
preciso conhecer a literatura, ler o que foi publicado anteriormente, para apoiar
seu trabalho em base sólida de conhecimentos e práticas reconhecidas, sem
esquecer de citá-las.

OBSERVAÇÃO: Essas dicas são só uma sugestão para auxiliar os


estudantes a terem um ponto de partida. Certamente é preciso elaborar melhor
para que se adeque aos seus objetivos específicos.

Os OBJETIVOS englobam seis grandes áreas:

• Conhecimento – Conhecer, apontar, criar, identificar, descrever, classificar,


definir, reconhecer e relatar.

• Compreensão – Compreender, concluir, demonstrar, determinar, diferenciar,


discutir, deduzir, localizar.

• Aplicação  – Aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar,


organizar, praticar, selecionar, traçar.

• Análise  – Analisar, comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar,


investigar, provar.

• Síntese – Sintetizar, compor, construir, documentar, especificar,


esquematizar, formular, propor, reunir, voltar.

• Avaliação – Avaliar, argumentar, contratar, decidir, escolher, estimar, julgar,


medir, selecionar.

Todo OBJETIVO traçado tem que ter um verbo da área do CONHECIMENTO e


outro da área de AVALIAÇÃO. Não se repete verbos.

19
HABILIDADE – É o saber fazer, saber ser. É o que o aluno deverá
desenvolver/adquirir durante o tempo planejado.

COMPETÊNCIA – É a capacidade de o sujeito mobilizar recursos cognitivos,


visando abordar uma situação complexa.

REFERÊNCIAS:

MOURA, D. G.; Barbosa, E. F. Trabalhando com projetos – planejamento e


gestão de projetos educacionais. Ed. Vozes – 2006.

SANTOMÉ, Jurgo Torres. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo


integrado. Trad. Cláudia Schilling. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul
Ltda., 1998.

CUNHA, Marcus Vinícius da. John Dewey: Uma Filosofia para Educadores em
Sala de Aula. Ed. Petrópolis – RJ: Vozes, 1998.

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/14-perguntas-
respostas-projetos-didaticos-626646.shtml?page=

20

Você também pode gostar