Curso: Licenciatura em Educação Especial

Instituição: Cruzeiro do Sul

Nome: Laís Caroline da Silva Souza
RGM: 22620681
Disciplina: Estágio Curricular Supervisionado em Educação Especial: Espaços Não- Formal
II
Ano/semestre de realização do estágio: 2022/6° semestre
Quantidade de horas realizadas: 100 horas

2) CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
Nome da escola: Escola de Educação Especial Rumo do Futuro - APAE
Endereço/região da cidade em que se situa: Rua Major Pereira,1513/ Espera Feliz -Mg
Dependência administrativa: privada
Diretoria/Secretaria de Ensino a que está vinculada: Secretaria Municipal de Educação de
Espera Feliz
Ano(s) e nível(eis) escolar(es) observado(s): 1° ao 5° ano do Ensino Fundamental
Com relação a estrutura da escola, o espaço externo possui um amplo terreno para a área de
lazer, refeitório bastante espaçoso para a boa transição dos alunos, como também as salas de
aula acessíveis ao estudante, porém, de pouca iluminação e escasso de equipamentos
eletrônicos.
A escola possui diferentes espaços para auxiliar a prática docente como: Biblioteca,
Brinquedoteca (sala de jogos) e Sala de Informática.

3) INTRODUÇÃO
A escola onde realizei o estágio foi na APAE localizada na cidade em que resíduo, no dia
22/02/2022. Iniciei o estágio na turma 1-° ao 5° ano do Ensino Fundamental.
As atividades realizadas na primeira semana de estágio foram de observar e analisar o perfil
de cada aluno da turma, ou seja, conhecer o discente e sua deficiência; a estrutura da escola e
os recursos utilizados para auxiliar a prática docente, como também a postura e os elementos e
materiais aplicados pelo professor no período de aula, a qual são utilizados pelo docente uma
rotina que inclui cantigas, leitura do método de alfabetização, higienização, jogos de
empilhamento, atividades de pintura e contagem de 0 a 10.
Minhas impressões a respeito da escola na parte de organização e infraestrutura é o zelo e o
cuidado das salas de aula e os espaços de lazer como parque, cantina, sala de recursos, jardim,
como também ao acesso de rampas para a transição dos alunos. E aos funcionários, gestores e
professores são deveras qualificados, receptivos e de grande excelência a sua postura
profissional no processo de administração pedagógica.

4) PERFIL DOS PROFESSORES

A professora que acompanhei, foi somente uma, ela tem graduação em pedagogia e
especialização em Educação Especial, trabalha a mais de 20 anos como docente no ensino
educacional. Começou a trabalhar na área da estimulação no início da carreira, e logo após, se
tornou professora efetiva da turma do Ensino Fundamental - 1° ao 5°, da Apae. Também atua
como pedagoga em uma escola de ensino regular, próxima a minha cidade.
O tempo que realizei de estágio na Apae foi de 4 horas, pois chegava na escola pela manhã
no horário das 7;00 e saia às 11;00, totalizando no final do estágio 100 horas.
O nível da turma que estagiei foi a classe multisseriada 1° ao 5° ano do Ensino Fundamental.

5) PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES

As metodologias e práticas pedagógicas utilizadas pela professora dentro de sala de aula,
que em alguns casos, são recursos adaptáveis para o melhor acesso e aprendizagem de cada
aluno como, por exemplo, jogos de empilhamento para os alunos com autismo, cantigas e
atividades sensoriais para os alunos com paralisia cerebral, como também métodos de
alfabetização adaptados pela escola para o aluno com transtorno do déficit de atenção com
hiperatividade. Porém, devo destacar que a professora acompanhada tem um perfil bastante
autoritário disponibilizando, no caso dos alunos que não possui comorbidade, pouquíssima
liberdade para dialogarem ou escolherem alguma atividade de sua preferência e interesse,
causando então, uma abordagem mais tradicional de ensino.
A relação da professora com os alunos é mais afetiva que profissional, pelo fato dos alunos
na grande maioria dependerem totalmente do docente para alimentar, higienizar, transportar
para o refeitório.
Outra observação foi com relação a quantidade de alunos com deficiências distintas na
mesma classe, fazendo com que o docente abra mão de trabalhar com alunos que apresentam
deficiência mais severa, para dar uma atenção maior aos alunos sem comorbidade e com mais
possibilidade e capacidade para alfabetização e desenvolvimento.

6) OBSERVAÇÕES ESPECÍFICAS - FOCOS DE DISCUSSÃO

Tema de observação; Utilização de recursos pedagógicos de acessibilidade.
 As atividades utilizadas pela professora que acompanhei são recursos pedagógicos de
acessibilidade eficazes para os alunos, porém, a quantidade de alunos cadeirantes, reduz ao
professor o acolhimento de todos os alunos ao mesmo tempo.
A aluna com autismo, por exemplo, possui sensibilidade e facilidade para música e ritmo,
com isso, a professora usou trabalhar métodos sonoros como bandinha e cantigas para estimular
a fala e a coordenação motora da aluna.
Já, no caso do aluno com paralisia cerebral ele apresenta comorbidade e braços e pernas
atrofiados, por esse motivo, a professora também, nesse caso, trabalhou cantigas e atividades
sensorias, mas sempre, acompanhando o aluno na atividade.
Todavia, nem todos os objetos, brinquedos utilizados são adaptados as diferentes
deficiências, exemplo; a sala onde acompanhei a professora era um espaço considerado
pequeno, em vista da quantidade de alunos cadeirantes, não possuindo banheiro para fazer a
higienização dos alunos. A sala comportava apenas uma mesa redonda, que infelizmente, não
é acessível aos alunos cadeirantes, que por sua vez, são atendidos na sua cadeira ou colocados
num tatame deitados.
Alguns objetos e brinquedos são inutilizados deixados no armário guardados. Já outros
ficam à vista dos alunos para serem utilizados na sala, porém, as atividades de registro também
não são acessíveis para os alunos com paralisia cerebral, pois é necessário o manuseio de lápis
ou pincel, dificultando o aluno em participar da atividade. Por este motivo, a professora opta
por atividades sensorias que possibilita melhor acesso aos alunos com paralisia cerebral.

6) FOCO - TÓPICO OU ATIVIDADE ESCOLHIDA

A atividade escolhida se aplica na disciplina de matemática, porém, a professora trabalha
apenas com um aluno da sala que se destaca entre os demais por possuir mais facilidade em
compreender e realizar a atividade de registro. Esse aluno apresenta transtorno do déficit de
atenção com hiperatividade, mas é o único que sabe contar de 0 a 10 e reconhecer o método de
alfabetização adaptada pela escola. Umas das atividades de registro é ligar os números iguais,
fazer contagem, pintar os números.
A professora costuma tirar um dia da semana para fazer uma atividade lúdica com esse aluno
dentro de sala de aula. Exemplo; ela descreveu que uma vez pediu para o aluno contar o número
que estava escrito na lousa, e em seguida, orientava o aluno em pegar a quantidade exata de
bolas coloridas que o número escrito na lousa indicava. Esta atividade contribuía não só para
o aprendizado, como também para estimular na concentração, memorização, atenção e
desenvolvimento do aluno.
 7) CONSIDERAÕES FINAIS
O Estágio Curricular Supervisionado em Educação Especial; Espaços Não- Formal I I, foi
bastante gratificante e que me disponibilizou explorar novas áreas, que até então eram
desconhecidas por mim, e assim, ampliando meus conhecimentos e experiências, que
certamente serão usufruídos para a minha formação e atuação profissional.
Também, o estágio me possibilitou conhecer melhor a realidade das escolas de educação
especial, principalmente, na sala de aula. Em como o professor atua e trabalha para promover
ao aluno dignidade, respeito, autonomia, conhecimento, disciplina e demais outros fatores que
contribuem positivamente para a formação do aluno e na sua independência na fase adulta.
As práticas apresentadas pelo professor, em algumas situações realmente são bastante
desafiadoras, já que a classe abrange alunos com diferentes tipos de deficiência, e assim,
sobrecarrega ao mediador descobrir e pesquisar novos meios e recursos que melhor se adequa
ao perfil de cada aluno para o seu desenvolvimento e aprendizado. Porém, o carinho,
profissionalismo e a empatia dos funcionários, gestores e professores pelos alunos, demonstra
que mesmo com toda a dificuldade e trabalho árduo, eles fazem o melhor e com excelência
para garantir aos alunos uma boa educação, conforto e acolhimento.
Para finalizar, um ponto bastante importante para a formação e atuação do professor na
prática pedagógica no ensino especial, é principalmente, a empatia, afeto e profissionalismo do
docente com o aluno, O professor precisa estar pronto, qualificado e disposto em criar,
pesquisar, desenvolver métodos e recursos pedagógicos acessíveis ao aluno, proporcionando a
eles atividades individuais e em grupos, acolhendo suas deficiência e dificuldades, buscando
meios que atraem o interesse e acesso dos aluno em realizar as atividades, para então, garantir
uma boa interação e convívio do professor com o discente, como também para o
desenvolvimento, estimulação, lazer, autonomia e aprendizado do aluno,