Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2020
2
INTRODUÇÃO
A atividade de estágio curricular em educação especial e inclusiva é uma
atividade que se constitui de análise crítica da realidade educacional, das ações
desenvolvidas no meio, dos procedimentos e recursos pedagógicos utilizados e
adaptados ás necessidades educativas dos educandos com necessidades
educacionais especiais, estabelecendo um olhar amplo e sensível aos inseridos no
cotidiano escolar da educação especial e inclusiva. O estágio em educação especial
e inclusiva é um marco de suma importância na construção da identidade
profissional, tanto do educador que atua há anos na área da educação especial,
quanto para o educador que está iniciando a sua carreira profissional. O estágio
concebe a realidade dos fatos no contexto estagiado, como também, a reflexão e a
análise crítica do âmbito educacional especial e inclusivo, confrontando á realidade
escolar com a realidade social.
O estágio curricular permite avaliar os diversos contextos educativos, uma
vez que permitem inúmeras reflexões em torno dos aspectos didático-pedagógicos,
administrativos, políticos, psicológicos, filosóficos, curriculares entre outros que
compõem a instituição escolar.
O estágio em educação especial e inclusiva teve por objetivo a análise e as
implicações didático-pedagógicas, quanto ao planejamento curricular, conteúdos,
objetivos, métodos, avaliações e relações pedagógicas no processo de inclusão dos
educandos com necessidades educacionais, possibilitando identificar os
procedimentos e recursos adaptados ás necessidades dos alunos, estabelecendo
uma análise crítica da realidade escolar atual, refletindo sobre a questão do
professor frente ás novas demandas no ensino regular no processo de inclusão
social, e ás possibilidades das novas tecnologias para a educação especial e
inclusiva. O estágio orienta positivamente professores, estudantes, pesquisadores,
curiosos e interessados em atividades de investigação da prática pedagógica no
contexto educacional inclusivo.
Acredita-se, que a investigação é um dos princípios científicos mais
significativos para a construção do conhecimento, sendo indispensável á formação
docente, pois estagiar é sentir–se instigado pela curiosidade, pelo desejo da busca e
da superação, é saber trabalhar com os indicadores que afloram durante a coleta de
dados, visto que todo o processo é importante, não somente o resultado alcançado,
3
DESENVOLVIMENTO
desses profissionais que contam com anos de serviço e possuem experiência na área
educacional especial. Os responsáveis pela merenda e pela segurança dos alunos na
escola possuem cursos e treinamento no atendimento ao público “especial”. A escola
funciona no período matutino das 07h15min ás 11h15min, e no período vespertino
das 13h00min ás 17h00min, a mesma oferta atendimento há várias modalidades de
ensino, desde para os anos iniciais do ensino fundamental, educação de jovens e
adultos E.J.A e educação especial e inclusiva.
A escola possui um regime jurídico público, a mesma possui 6 salas de
aula e atende a um número de 48 alunos matriculados, variando de 5 a 10 alunos por
turma. A escola tem sua proposta pedagógica baseada na inclusão educacional/
social, onde se adota atitudes de respeito, valores, ética e procedimentos adaptados
às necessidades de atendimento ao seu público educacional. A escola possui uma
metodologia diversificada e qualitativa no ensino-aprendizagem dos seus educandos
com necessidades educacionais especiais, assim como recursos adaptados, como a
sala de recursos multifuncionais.
1. CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO:
Um ambiente tranquilo e baseado em estímulos faz toda a diferença na
construção e no resgate da modificabilidade cognitiva de qualquer estrutura mental
humana. Desde então, observa-se na instituição estagiada, duas alunas
superdotadas e uma menina e um menino com Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH). Com essa situação, pode-se destacar a importância de
realizar durante a semana na escola, diversas atividades lúdicas no espaço formal e
não formal, e assim aproveitar ao máximo o potencial da turma em geral. Pois o
ensino-aprendizagem baseado em quadros paredes, não se fundamenta
propriamente na diversidade cultural presente no contexto escolar.
O ensino deve ter base em diferentes formas de aprendizagem, em diversos
contextos e ambientes formais e não formais, sendo que o lúdico enquanto
instrumento, favorece qualitativamente o ensino-aprendizagem na educação
especial.
11
JUSTIFICATIVA
A proposta de intervenção com base na ludicidade é de suma importância na
área da educação especial e inclusiva, sendo que têm por principal objetivo o
resgate da modificabilidade cognitiva estrutural dos educandos, assim como nos
prova a Teoria de Reuven Feuestein sobre a importância do lúdico, dos estímulos e
do ambiente no ensino-aprendizagem na educação especial. Observa-se a
necessidade de uma proposta de intervenção pedagógica diferenciada no contexto
educacional inclusivo/ especial, onde, muitas vezes a caracterização da situação
pedagógica é um pouco fragmentada por falta de estímulos no ensino-aprendizagem
dos discentes, a relação professor-aluno pode ser mais ativa no ambiente formal e o
não formal. Os ambientes devem ser mais bem reutilizados com diversas atividades
lúdicas na conquista da modificabilidade cognitiva estrutural dos educandos com
necessidades educacionais especiais.
O ambiente formal e o não formal oferecem estímulos que devem ser
usados competentemente pelo mediador no resgate da modificabilidade cognitiva,
na construção do conhecimento, da autonomia, da mediação e da consciência do
aluno, onde crianças “normais” trocam ideias, sentimentos e brincadeiras com as
crianças consideradas “especiais”.
Com a aplicação das atividades lúdicas, espera-se que os educandos com
necessidades educacionais especiais, desenvolvam a coordenação motora, a
atenção, o movimento ritmado, conhecimento quanto à posição do corpo e o
desenvolvimento cognitivo dos mesmos.
OBJETIVOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Aprofundar o conhecimento e o conceito dos estímulos que fazem toda
a diferença no ensino-aprendizagem, no psicomotor, cognitivo, emocional, social e
cultural dos alunos.
12
METODOLOGIA
Na procura de elaborar uma proposta de intervenção pedagógica na
área de educação especial e educação inclusiva, baseou–se em pesquisa
bibliográfica e pesquisa de campo, realizada na Escola Senhor do Bonfim
(livros de metodologia lúdica, obras literárias, cadernos, revistas, artigos
científicos, jornais e instituição escolar estagiada de educação especial).
DESENHOS E PINTURAS
Realizar a leitura do texto a Flauta de Luanda, e em uma folha de sulfite
branca, solicitar que cada educando desenhe o que obteve de entendimento da
leitura, depois de desenhado conforme o entendimento, a imaginação e a
criatividade de cada um, a pintura pode ser realizada diversificada de acordo com o
gosto dos educandos, com tinta guache, lápis de cor ou lápis de cera, canetinha
colorida, entre outros.
PARLENDAS
Desenvolver diversas parlendas populares no ensino-aprendizagem como,
“Um, dois, feijão com arroz”, “Serra, serra, serrador” “Amanhã é domingo, pé de
cachimbo”, acompanhadas de cantos, brincadeiras de roda e de círculos.
TEATRO MUDO
Em grupo de 3 alunos, distribuir a cada grupo três palavras formadas
diferenciadas, no qual com a mediação do educador cada grupo prepara uma
pequena cena teatral a partir das 3 palavras recebidas, em seguida, o grupo
apresenta através da mímica a peça teatral organizada.
RECURSOS
Cola branca e colorida, cadernos, barco de papel, barco de sucata, cata
vento, desenhos ilustrativos e realizados a mão, ambiente formal e ambiente não
formal, glitter, garrafa petti, papel sulfite, parlendas, lápis preto, lápis de cor, lápis de
cera, massinha colorida de modelar, música, tinta guache, textos, tesoura, livros
literários e informativos, ilustrações e quadro de giz.
15
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio em educação especial e inclusiva forneceu-me um grande
aprendizado e uma sólida formação por conta da participação real ao contexto
educativo “especial”, por haver a reflexão da realidade ali exposta, onde se analisa
os processos de inclusão x exclusão e da capacidade de conquistarmos á
modificabilidade cognitiva humana, independentemente das limitações específica de
cada pessoa. Em forma de conclusão do trabalho de estágio curricular, pode-se
afirmar que as contribuições trazidas pelo trabalho foram gradativamente
significativas á minha futura formação docente. Verificou-se que a inclusão social é
possível, e através dela se obtêm maiores oportunidades e capacidade de
estabelecer laços e se desenvolver fisicamente e cognitivamente todas as pessoas
com necessidades especiais.
Contudo, os estímulos da família, da escola e sociedade para com essas
pessoas, contribuem para que sejam membros ativos e autônomos na construção de
conhecimentos. Concluindo, os momentos de observações e participação ativa no
espaço estagiado foram momentos em que a descrição dos sujeitos foi observada
incluindo a cultura, posição social, os comportamentos, as dificuldades encontradas,
o modo de falar e outras especificidades. A reconstrução do diálogo foi analisada,
sendo que utilizei das palavras dos sujeitos tornando o documento mais preciso e
fidedigno, onde o local estagiado foi detalhado da melhor forma possível.
Devemos estar buscando conhecimentos no que diz a respeito há educação
especial e inclusiva, pois é uma prática inovadora que esta sendo enfatizada e
necessita sim, de qualidade no ensino-aprendizagem de todos os alunos, devemos
exigir que a escola se atualize diariamente, e que nós professores nos
aperfeiçoamos nas nossas práticas pedagógicas. É um novo paradigma que desafia
o cotidiano escolar brasileiro. São barreiras a serem superadas por todos:
16
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Política Nacional de Educação
Especial. Brasília, DF: Secretaria de Educação Especial, 1994.
____________.Constituição da República Federativa do Brasil, 1988 Brasília, DF,
Poder Executivo, 05 de outubro de 1988
____________.Ministério Público Federal Fundação Procurador Pedro Jorge de
Melo e Silva organizadores. O acesso de alunos com deficiência às escolas e
classes comuns da rede regular. Brasília: Procuradoria Federal dos Direitos do
Cidadão, 2004.
BUDEL, Gislaine Coimbra. Mediação de Aprendizagem na educação especial/
Gislaine Coimbra Budel, Marcos Meier. – Curitiba: InterSaberes, 2012. – (Série
Inclusão Social)
DECLARAÇÃO de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas
especiais. (1994, Salamanca). Brasília: CORDE, 1997.
FERREIRO, EMÍLIA. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 2004.
FEUERSTEIN, Reuven. A avaliação dinâmica da modificabilidade cognitiva: a
dispositiva propensão de aprendizagem: teoria, instrumentos e técnicas. Jerusalém,
Israel: ICELP Press, 2002.
FEUERSTEIN, Reuven. FALIK, Louis H. FEUERSTEIN, Rafi. As definições de
conceitos essenciais e termos: Um glossário de trabalho. Jerusalém, Israel: ICELP
Printshop de 2006. FEUERSTEIN
FREIRE, PAULO. Educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro: Paz e terra,
1967.
UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades
educativas especiais. Brasília, CORDE, 1994.
17