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AS EXCELÊNCIAS DE CRISTO - ALLEN HOOD

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Sessão 3: A Preexistência de Cristo Página 2

Sessão 3: A Preexistência de Cristo


I. A FUNDAÇÃO: A TRINDADE, UM DEUS EM TRÊS PESSOAS

A. Thomas Oden afirma em sua teologia sistemá tica, “sem a premissa de preexistência, nã o
se pode falar de encarnaçã o.”1 A encarnaçã o necessita que o Filho tenha existido
anteriormente. Jesus é o unigênito, enviado do Pai. Ele é de eternidade a eternidade, e é
o Deus eterno conosco. Em seu ensinamento, Jesus reivindicou uma relaçã o especial
com o Pai. Vê-lo é ver o Pai (Jo 14: 9); ouvi-Lo é ouvir o Pai; encontrar-Lo é encontrar o
Pai.

B. Jesus choca as multidõ es, alegando maior autoridade do que Abraã o. Ele afirma que,
como Deus, Ele existia antes de Abraã o: “Antes que Abraã o existisse, eu sou” (Jo 8:58.).
Mais tarde, Jesus diz a Filipe que Ele e o Pai sã o um (Jo 14: 9). Nas horas preocupantes
diante da cruz, Ele se fortalece no amor das memó rias de sua relaçã o eterna com o Pai.
Ele reflete sobre a gló ria anterior que ele compartilhava com seu pai e meditava no
amor que o Pai tinha para com ele antes da fundaçã o do mundo (Jo 17).

C. Apó s a ressurreiçã o, Jesus é adorado e exaltado como Senhor e Cristo. Ouvir a emoçã o
nas palavras de Tomas enquanto ele coloca a mã o no lado de Jesus: ‘Meu Senhor e meu
Deus’ (Jo 20:28.). Depois de Sua morte e ressurreiçã o, Jesus nã o só é visto por seus
discípulos, mas “por mais de quinhentos irmã os de uma ú nica vez” (1 Co 15: 6). Agora
esses judeus sã o confrontados com um dilema teoló gico enquanto eles veem o Jesus
ressuscitado, que nã o os impede de o adorarem, o que só pode ser dado ao Senhor.
Como pode o “Senhor Deus” ser um Deus e agora existir para sempre como o um Deus
homem?

D. O Senhor da Shema (Dt 6: 4-5) é Emanuel, “Deus conosco” (Mt 1:23; cf. Is 7:14). Na
ressurreiçã o, a revelaçã o de Deus é clara: Ele é um Deus em três pessoas, iguais em
substâ ncia, poder e autoridade. Assim, Jesus declara: “Toda a autoridade foi-me dada no
céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as naçõ es, batizando-os em nome
do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28: 18-19).
4
“Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. 5Amarás, pois,
o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a
tua força. “(Dt 6: 4-5).
14
“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá
e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel” (Is 7:14).
6
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre
os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte,
Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; 7para que se aumente o seu governo, e
venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o
estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para
sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto. (Is 9: 6-7)
1
Thomas C. Oden, A Palavra da Vida, Teologia Sistemá tica: Volume Two, 1ª ed. livro (New York: Harper Collins Publishers
Inc., 1992), 66.

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E. Paulo abençoa a Igreja de Corinto, dizendo: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de
Deus, e a comunhã o do Espírito Santo estejam com todos vó s” (2 Co 13:14). Ele afirma a
unidade de Deus em 1 Coríntios 8 e Efésios 4, e defende o monoteísmo, ao expandir o
Shema para incluir Jesus dentro da identidade divina (1 Co 8: 6).
4
No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo, de si
mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus. 5Porque, ainda
que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a
terra, como há muitos deuses e muitos senhores, 6todavia, para nós há um
só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só
Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele. (1
Co 8: 4-6).
4
Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa
só esperança da vossa vocação; 5há um só Senhor, uma só fé, um só
batismo; 6um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de
todos e está em todos. (Ef 4: 4-6)

Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados
13

pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação,
pela santificação do Espírito e fé na verdade, 14para o que também vos
chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso
Senhor Jesus Cristo. (2 Ts 2: 13-14)
1
Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos peregrinos da Dispersão[...] 2segundo a
presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a
aspersão do sangue de Jesus Cristo, (1 Pe 1: 1-2)

Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no


20

Espírito Santo, 21guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia


de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna. (Jd 20-21)

F. Assim, a Trindade é um dos grandes mistérios da fé. Ela sustenta que Deus é um em três
pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Três pessoas participam da natureza.
Norman Geisler descreve desta forma:

As três pessoas compartilham da mesma essência. Assim, Deus é uma


unidade da essência com uma pluralidade de pessoas. Cada pessoa é
diferente, mas eles compartilham uma natureza comum. Deus é o ú nico
em sua substâ ncia. A unidade está em sua essência (que é Deus), e a
pluralidade está nas pessoas de Deus (como ele se relaciona consigo
mesmo). Esta pluralidade de relaçõ es é tanto interno como externo.
Dentro do Trindade, cada membro se relaciona com os outros em
determinadas maneiras. Estes sã o um tanto aná logo ao relacionamento
humano.2

2
“A Trindade”, o Dr. Norman Geisler, http://www.jashow.org/Articles/ATRI-Bible-School/Summer-Bible-School/The
%20Trinity.pdf

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G. Santo Agostinho define um exemplo da Trindade, que enfatiza a dinâ mica relacional de
Deus em três Pessoas. Deus é amor. Amor envolve três aspectos: um amante, um amado,
e o espírito de amor entre eles. O Pai é semelhante ao amante. O Filho é o amado. O
Espírito é o amor entre o Pai e o Filho.

Todos esses expositores das divinas Escrituras, tanto do Antigo como do


Novo, a quem eu tenho sido capaz de ler, que escreveram antes de mim a
respeito da Trindade, e sobre quem é Deus, tiveram como propó sito
ensinar, de acordo com as Escrituras, está doutrina, o Pai, e o Filho, e o
Espírito Santo sã o íntimos em uma unidade divina e da mesma substâ ncia
em uma igualdade indivisível; e, portanto, que eles nã o sã o três deuses,
mas um Deus: embora o Pai tenha gerado o Filho, e assim por Aquele que
é o Pai nã o é o Filho; e o Filho é gerado pelo Pai, e assim por Aquele que é
o Filho nã o é o Pai; e do Espírito Santo nã o é nem o Pai nem o Filho, mas
somente o Espírito do Pai e do Filho, Ele também é co-igual com o Pai e o
Filho, e pertencente à unidade da Trindade.3

H. Jonathan Edwards tentou descrever o grande mistério em seu trabalho intitulado Uma
Dissertação sobre a Trindade. Edwards admitiu depois de sua breve dissertaçã o: “Estou
longe de tentar explicar a Trindade, de modo a tentar torná -la nã o mais um mistério. Eu
acho que ela seja o mais alto e mais profundo de todos os mistérios divinos.” 4 Edwards
continua:

Se um homem pudesse ter uma ideia absolutamente perfeita de tudo o


que se passa em sua mente, toda a série de ideias e exercícios em todos os
aspectos perfeitos quanto à ordem, grau, circunstâ ncia etc. para qualquer
espaço do tempo passado, suponha que a ú ltima hora, ele seria realmente,
para todos os intentos e propó sitos, a mesma coisa ou estado que foi que a
ú ltima hora. E se fosse possível para um homem pela reflexã o perfeita,
contemplar tudo o que está em sua pró pria mente em uma hora, como ele
é e, ao mesmo tempo que ele está lá , em sua primeira e direta existência;
se um homem, isto é, teve um reflexo perfeito ou ideia contemplativa de
cada pensamento no mesmo momento ou momentos que esse
pensamento era, e de cada exercício e durante a mesma época em que o
exercício foi, e assim por todo o momento, um homem seria realmente
dois durante esse tempo, ele seria de fato duplo, ele seria duas vezes ao
mesmo tempo. A ideia que ele teria de si mesmo seria ele mesmo
novamente[...]

Portanto, assim como Deus, com perfeita clareza, plenitude e força,


compreende a si mesmo, vê a sua essência (em que nã o há distinçã o de
substâ ncia e agir, mas que é inteiramente substâ ncia e agir), essa ideia
que Deus tem de si mesmo é absolutamente Ele mesmo. Esta
representaçã o da natureza Divina e essência é a natureza Divina e a
essência de novo, de modo que, pelo pensamento da divindade de Deus
[divindade] certamente deve ser gerada. Nisto há uma outra pessoa
3
Saint Augustine, On the Trinity, Book 1, trans. Arthur West Haddan,
http://www.logoslibrary.org/augustine/trinity/0104.html
4
John Piper, O Prazer de amar a Deus (Portland: Multnomah Press, 1991), 38, 42-43.

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gerada, há um outro infinito eterno todo-poderoso e mais santo e o


mesmo Deus, a mesma natureza divina[...]

A Divindade sendo assim gerada por Deus ama a ideia de si mesmo e se


manifesta em uma subsistência distinta ou pessoa nessa ideia; procede
um ato mais puro, e uma energia infinitamente santa e sagrada surge
entre o Pai e o Filho em mutuamente amor e prazer no outro, porque seu
amor e alegria é mú tuo, Provérbios 8:30: “eu estava com ele e era seu
aluno; e era cada dia as suas delícias, folgando perante ele em todo o
tempo”. Este é o ato eterno e mais perfeito e essencial da natureza
divina, em que Deus age em um grau infinito e na forma mais perfeita
possível. A Divindade torna-se ato, a pró pria essência Divina flui para
fora e é, por assim dizer, respirando amor e alegria. Assim que a
Divindade é uma forma de subsistência, e procede a terceira pessoa da
Trindade, o Espírito Santo. A divindade em ato, pois nã o há outro ato,
mas o ato da vontade [...]

E isso eu suponho ser a Santíssima Trindade que lemos nas Escrituras


Sagradas. O Pai é a divindade subsistindo na forma privilegiada, sem
origem e sendo absoluto, ou a divindade em sua existência direta. O Filho
é a divindade gerada pelo entendimento de Deus, ou uma ideia de si
mesmo e a subsistência dessa ideia. O Espírito Santo é a divindade
subsistindo em ato, ou a essência divina que flui para fora, soprando o
amor infinito de Deus e prazer em si mesmo. E eu acredito que toda a
essência divina que verdadeiramente e distintamente subsistem tanto na
ideia Divina como no Amor Divino, e que cada um deles sã o [sic5]
pessoas devidamente distintas.6

II. TEOFANIAS E PROFECIAS DO VELHO TESTAMENTO

A. O Anjo de Senhor (Yahweh)

Enquanto Deus declarou que “ninguém Me verá , e viverá ” (Ex 33:20), o Antigo Testamento
registra a aparência contínua de Deus aos patriarcas e profetas na forma de um homem - estes
sã o conhecidos como teofanias. As escrituras chamam este indivíduo “o Anjo do Senhor
(Yahweh)” ou “Anjo de Deus”, reconhecendo-o, assim como a manifestaçã o do pró prio Jeová . O
Dicionário Bíblico de Fausset dá a seguinte explicaçã o:

O “Anjo de Deus” muitas vezes significa a Palavra divina, “a imagem do


Deus invisível”, o pró prio Deus manifestado (Cl 1:15; Gn 22:11-12;
16:7,13; 31:11, 13; 48 :15-16; 33:14; comparar Is 63:9; Ex 3:2; Ex 3:6,14;
23:20-22; Atos 27:23-24, comparar At 23:11; 22:22 Nm 32 e35);
aceitando como Sua a adoraçã o que os anjos rejeitam como meras
criaturas (Ap 19:10; 22:9); esta manifestaçã o foi como homem, uma
antecipaçã o da encarnaçã o (Jo 1:18; Gn 18:2, 22; 19:1; 32:24, 30; Js
5:13,15).7
5
Credo em um Deus.
6
. Ibid., 42-44
7
O Dicioná rio Bíblico de Fausset, eletrô nico Banco de Dados Copyright (c) 1998 por Biblesoft.

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1. A serva egípcia Hagar recebe duas visitas.


9
Então, lhe disse o Anjo do Senhor: Torna-te para tua senhora e humilha-
te debaixo de suas mãos. 10Disse-lhe mais o Anjo do Senhor: Multiplicarei
sobremaneira a tua semente, que não será contada, por
numerosa que será. 11Disse-lhe também o Anjo do Senhor: Eis que
concebeste, e terás um filho, e chamarás o seu nome Ismael, porquanto
o Senhor ouviu a tua aflição (Gn 16: 9-11).

E ouviu Deus a voz do menino, e bradou o Anjo de Deus a Agar desde os


17

céus e disse-lhe: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do
rapaz desde o lugar onde está (Gn 21:17).

2. Em Gênesis 18 três visitantes vêm à Abraã o anunciando o nascimento de Isaque


e o julgamento sobre Sodoma e Gomorra. Dois deles sã o reconhecidos como
sendo anjos. O terceiro é revelado como nada menos do que o pró prio Yahweh.
1
Depois, apareceu-lhe o Senhor nos carvalhais de Manre, estando ele
assentado à porta da tenda, quando tinha aquecido o dia. 2E levantou os
olhos e olhou, e eis três varões estavam em pé junto a ele. E, vendo-
os, correu da porta da tenda ao seu encontro, e inclinou-se à terra, 3e disse:
Meu Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que
não passes de teu servo (Gn 18: 1-3).

3. Em Gênesis 22, Abraã o começa a oferecer seu filho Isaque ao Senhor, mas o Anjo
do Senhor chama-lhe do céu para intervir. Reconhecendo o amor de Abraã o, Ele
diz: “Nã o estendas a tua mã o sobre o moço e nã o lhe faças nada; porquanto agora
sei que temes a Deus e nã o me negaste o teu filho, o teu ú nico” (v. 12). Entã o
Abraã o viu o carneiro sacrificial “ 13 [...]um carneiro detrá s dele, travado pelas
suas pontas num mato; e foi Abraã o, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em
holocausto, em lugar de seu filho. 14E chamou Abraã o o nome daquele
lugar o Senhor proverá [...] 15Entã o, o Anjo do Senhor bradou a Abraã o pela
segunda vez desde os céus 16e disse: Por mim mesmo, jurei, diz o Senhor,
porquanto fizeste esta açã o e nã o me negaste o teu filho, o teu ú nico, 17que
deveras te abençoarei e grandissimamente [...]” (v.13-17).

Imagine a Cristo pré-encarnado chamando a Abraã o, o pai de muitas naçõ es,


para impedi-lo de matar seu filho, porque o Senhor providenciou. É como se o
Cristo pré-encarnado estivesse clamando a Abraã o, “Pare Abraã o! Você nã o tem
que matar o seu filho para ser aprovado como o pai das naçõ es. O Pai celeste vai
matar-me, o Seu Filho. Eu sou o ú nico verdadeiro sacrifício. Mas abençoado seja
você por sentir as emoçõ es que Meu Pai vai sentir enquanto Ele redime a
humanidade através do sacrifício de Seu Filho Amado.” Aqui temos o ensaio
geral para um dia que viria em que o Pai celeste entregaria o Seu Filho para a
redençã o das naçõ es.

4. Outras apariçõ es do Anjo de Deus aos patriarcas sã o os seguintes:

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11
" E disse-me o Anjo de Deus, em sonhos: Jacó! E eu disse: Eis-me aqui
[…] 13Eu sou o Deus de Betel, onde tens ungido uma coluna, onde me tens
feito o voto”. (Gn 31: 11-13)

Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um varão, até que a alva subia […]
24

E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a
30

Deus face a face, e a minha alma foi salva. (Gn 32:24, 30)
15
E [Jacó] abençoou a José e disse: O Deus, em cuja presença andaram os
meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou, desde que eu nasci
até este dia, 16o Anjo que me livrou de todo o mal, abençoe estes rapazes
[filhos de José].” (Gn 48: 15-16).
2
E apareceu-lhe [Moisés] o Anjo do Senhor em uma chama de fogo, no meio
de uma sarça […] 4E, vendo o Senhor que se virava para lá a ver, bradou
Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! (Ex 3:2–4)

5. O Anjo do Senhor continuou a aparecer ao longo da histó ria de Israel.


22
E a ira de Deus acendeu-se, porque ele [Balaão] se ia; e o Anjo
do Senhor pôs-se lhe no caminho por adversário […] 25Vendo, pois, a
jumenta o Anjo do Senhor, apertou-se contra a parede […] 31Então,
o Senhor abriu os olhos a Balaão, e ele viu o Anjo do Senhor, que estava no
caminho, e a sua espada desembainhada na mão; pelo que inclinou a
cabeça e prostrou-se sobre a sua face. 32Então, o Anjo do Senhor lhe disse:
Por que já três vezes espancaste a tua jumenta? Eis que eu saí para
ser teu adversário, porquanto o teu caminho é perverso diante de
mim; 33porém a jumenta me viu e já três vezes se desviou de diante de mim;
se ela se não desviara de diante de mim, na verdade que eu agora te
mataria e a ela deixaria com vida […] 35 […] Vai-te com estes. (Nm 22: 22-
35).

E sucedeu que, estando Josué ao pé de Jericó, levantou os seus olhos, e


13

olhou; e eis que se pôs em pé diante dele um homem que tinha na mão uma
espada nua; e chegou-se Josué a ele e disse-lhe: És tu dos nossos ou dos
nossos inimigos? 14E disse ele: Não, mas venho agora como príncipe do
exército do Senhor. Então, Josué se prostrou sobre o seu rosto na terra, e o
adorou, e disse-lhe: Que diz meu Senhor ao seu servo? 15Então, disse o
príncipe do exército do Senhor a Josué: Descalça os sapatos de teus pés,
porque o lugar em que estás é santo... 6:2 Então, disse o Senhor a Josué:
Olha, tenho dado na tua mão a Jericó. (Js 5:13; 6: 2)
3
E E o Anjo do Senhor apareceu a esta mulher e disse-lhe: Eis que,
agora, és estéril e nunca tens concebido; porém conceberás e terás um
filho. . . 6Então, a mulher entrou e falou a seu marido, dizendo: Um homem
de Deus veio a mim, cuja vista era semelhante à vista de um anjo de Deus
[...] 9E Deus ouviu a voz de Manoá; e o Anjo de Deus veio outra vez à mulher
[...] 11Então, Manoá levantou-se, e seguiu a sua mulher, e veio àquele
homem, e disse-lhe [...] 12 [...] Cumpram-se as tuas palavras [...] 13E disse o

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Anjo do Senhor a Manoá [...]. 18 [...] Por que perguntas pelo meu nome, visto
que é maravilhoso? [...]. 22 E disse Manoá à sua mulher: Certamente
morreremos, porque temos visto a Deus! (Jz 13: 3-22)

Então, o anjo do Senhor respondeu e disse: Ó Senhor dos Exércitos, até


12

quando não terás compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá [...]? (Zc
1:12)
1
E me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo
do Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor. (Zc 3: 1)
8
Naquele dia, o Senhor amparará os habitantes de Jerusalém; e o que
dentre eles tropeçar, naquele dia, será como Davi, e a casa de
Davi será como Deus, como o anjo do Senhor diante deles. (Zc 12: 8).

B. Teofanias e profecias sobre Jesus encontrados nos grandes profetas

1. Isaías
2
Naquele dia, o Renovo do Senhor será cheio de beleza e de glória; e o fruto
da terra, excelente e formoso para os que escaparem de Israel. (Is 4:2)
1
No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um
alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. (Is 6: 1)
39
Por isso, não podiam crer, pelo que Isaías disse outra vez: 40Cegou-lhes os
olhos e endureceu lhes o coração, a fim de que não vejam com os olhos, e
compreendam no coração, e se convertam, e eu os cure. 41Isaías disse
isso quando viu a sua glória e falou dele. (Jo 12: 39-41; citado de Is 6:10).

Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem
14

conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel. (Is 07:14)
6
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está
sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro,
Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Is 9: 6).
1
Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas
raízes um renovo frutificará [...]. 10E acontecerá, naquele dia, que as nações
perguntarão pela raiz de Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do
seu repouso será glorioso. (Is. 11: 1,10).

2. A visã o de Ezequiel de um homem no trono a semelhança da gló ria do Senhor.


26
E, por cima do firmamento, que estava por cima da sua
cabeça, havia uma semelhança de trono como de uma safira; e, sobre a
semelhança do trono, havia como que a semelhança de um homem, no alto,
sobre ele. 27E vi como a cor de âmbar, como o aspecto do fogo pelo interior
dele, desde a semelhança dos seus lombos e daí para cima; e, desde a
semelhança dos seus lombos e daí para baixo, vi como a semelhança de

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fogo e um resplendor ao redor dele. 28Como o aspecto do arco que aparece


na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em
redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor. (Ez 1: 26-28.)

O homem flamejante tendo a aparência da gló ria de Yahweh aparece a Ezequiel


novamente (Ez. 8-9) e fala como o Yahweh.
1
Sucedeu, pois, no sexto ano, no mês sexto, no quinto dia do mês, estando eu
assentado na minha casa, e os anciãos de Judá, assentados diante de mim,
que ali a mão do Senhor Jeová caiu sobre mim. 2E olhei, e eis uma
semelhança como aparência de fogo; desde a aparência dos seus lombos, e
daí para baixo, era fogo e dos seus lombos para cima, como aspecto de um
resplendor, como cor de âmbar. 3E estendeu a forma de uma mão e me
tomou pelos cabelos da minha cabeça; e o Espírito me levantou entre a
terra e o céu. (Ez 8:1-3)

3. Daniel
24
Então Então, o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa, e
disse aos seus conselheiros: Não lançamos nós três homens atados dentro
do fogo? Responderam ao rei: É verdade, ó rei. 25Tornou ele e disse: Eu,
porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo,
sem nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos
deuses. (Dn 3:24-25).

“Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as
13

nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e


o fizeram chegar até ele. 14Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para
que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu
domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será
destruído. (Dn 7:13-14).

C. Profetas menores
2
E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares
de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são
desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. (Mq 5:2)

D. Asher Intrater em teofanias do Antigo Testamento:

Um todo-poderoso Deus na forma de um homem - essa é a revelaçã o. A ideia de que


Deus pode ser visto na forma de um homem é o que é tã o chocante. Se Deus apareceu na
forma de um homem a Abraã o, Moisés, Ezequiel e muitos de nossos profetas e
patriarcas, entã o nã o há nenhuma contradiçã o entre a fé dos nossos antepassados e a
divindade do Messias. Pode-se ter uma visã o diferente do que esse Homem-Deus era no
capítulo Ezequiel 1. No entanto, a realidade de Sua existência de um ponto de vista
bíblico é inegá vel. Se Deus todo-poderoso aparece na forma de um homem, entã o nã o há
nenhuma razã o para rejeitar completamente a possibilidade de que Yeshua [Jesus] foi

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um ser divino. O conceito de um Deus-Homem é perfeitamente legítimo dentro da


cosmovisã o da Lei e os Profetas.8

III. O TESTEMUNHO DE JOÃO BATISTA

A. No Novo Testamento, a declaraçã o de preexistência de Jesus aparece tã o cedo quanto o


tempo de Joã o Batista. Na verdade, o ministério de Joã o era preparar Israel para a
revelaçã o do Senhor na forma de um homem. Joã o cita Isaías 40: 3 e identifica-se como
aquele que prepara o caminho para a vinda do Senhor.
1
Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. 2Como está escrito
no profeta Isaías: Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual
preparará o teu caminho diante de ti. 3Voz do que clama no deserto:
Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. (Mc 1:1-3; cf.
3:1-12; Lc 3:1-20; Jo 1:19-28).

João testificou dele e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: o
15

que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu. (Jo
1:15)
26
João respondeu-lhes, dizendo: Eu batizo com água, mas, no meio de vós,
está um a quem vós não conheceis. 27Este é aquele que vem após mim, que
foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar as correias das
sandálias. (Jo 1:26-27)

B. O Sermã o pú blico de Joã o Batista a respeito de Jesus em Joã o 1 apresenta uma


cristologia altamente desenvolvida. Tanto o nascimento e preexistência de Jesus estã o
estabelecidas.
29
No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30Este é aquele do qual eu
disse: após mim vem um homem que foi antes de mim, porque já era
primeiro do que eu. 31E eu não o conhecia, mas, para que ele fosse
manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água. 32E João
testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba e
repousar sobre ele. 33E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar
com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito e sobre
ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo. 34E eu vi e tenho
testificado que este é o Filho de Deus. (Jo 1:29-34).

C. Novamente Joã o aborda a identidade de Jesus quando os seus discípulos questionam


sobre as multidõ es se voltarem para os discípulos de Jesus para o batismo de á gua.

O homem não pode receber coisa alguma, se lhe não for dada do
27

céu. 28Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: eu não sou o Cristo,
mas sou enviado adiante dele. 29Aquele que tem a esposa é o esposo; mas
o amigo do esposo, que lhe assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do
esposo. Assim, pois, já essa minha alegria está cumprida. 30É necessário que
8
Asher Intrater, Quem Almoçou com Abraã o? (Peoria, AZ: Intermedia Publishing Group, 2011), 92.

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Sessão 3: A Preexistência de Cristo Página 11

ele cresça e que eu diminua. 31Aquele que vem de cima é sobre todos, aquele
que vem da terra é da terra e fala da terra. Aquele que vem do céu é sobre
todos. 32E aquilo que ele viu e ouviu, isso testifica; e ninguém aceita o seu
testemunho. 33Aquele que aceitou o seu testemunho, esse confirmou que
Deus é verdadeiro. 34Porque aquele que Deus enviou fala as palavras de
Deus, pois não lhe dá Deus o Espírito por medida. 35O Pai ama o Filho e
todas as coisas entregou nas suas mãos. 36Aquele que crê no Filho tem a
vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de
Deus sobre ele permanece. (Jo 3: 27-36)

IV. A SABEDORIA / TRADIÇÃO DA PALAVRA

A. No Antigo Testamento, a sabedoria é personificada e vista como agente criativo usado


por Deus na criaçã o. A Palavra de Deus sai como sabedoria personificada. Provérbios 8,
em um dos exemplos principais da personificaçã o da sabedoria, nos fornece uma
imagem do Cristo pré-encarnado.

1. Provérbios 8: 22-31

a) Versos 22-26: a personificaçã o e a eternidade da sabedoria: “Desde a


eternidade, fui ungida; desde o princípio, antes do começo da terra” (v
23).

b) Versos 27-29: a presença da sabedoria durante a criaçã o: “Quando ele


preparava os céus, aí estava eu” (v 27).

c) Versos 30-31: a sabedoria se alegra na criaçã o da humanidade -


“entã o, eu estava com ele e era seu aluno; e era cada dia as suas delícias,
folgando perante ele em todo o tempo, folgando no seu mundo habitá vel
e achando as minhas delícias com os filhos dos homens”.

(1) Sabedoria: como o instrumento de criaçã o, é retratada como o


artesã ao lado do Pai e como objeto de afeto e prazer dele. O Pai se
encanta de criar através do Filho e para o Filho.

(2) Sabedoria: o Filho é mostrado regozijando-se no Pai, sempre se


alegrando, sempre se deleitando com Seu Pai.

(3) Sabedoria: alegra-se com a humanidade.

2. Joã o 1: 1-18

1
No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus. 2Ele estava no princípio com Deus. 3Todas as coisas foram feitas por
ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. 4Nele, estava a vida e a vida era a
luz dos homens. (Jo 1:1-4)

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Sessão 3: A Preexistência de Cristo Página 12

a) Joã o 1: 1-3 leva imediatamente o leitor de volta a Gênesis 1:1 e coloca


Jesus dentro da histó ria do Gênesis.

Assim, os versos de abertura do Pró logo, interpretados à luz da declaraçã o de que o


Verbo se fez carne e habitou entre nó s, como Jesus Cristo (1,14), inclui Jesus na
identidade divina ú nica, identificando-o com a Palavra que estava com Deus no
princípio e que, como agente de Deus que criou todas as coisas. Ele coloca Jesus
inequivocamente do lado divino da distinçã o absoluta entre o Criador e todas as
outras coisas.9

b) A fonte do uso no Novo Testamento da palavra logos para “a Palavra”, isto


é, Jesus, encontra-se no conceito hebraico de Dabar-Yahweh, a “Palavra de
Deus”. Dabar-Yahweh é aquele que fez o mundo e inspirou os profetas. É
visto como a força criativa da Divindade. A Palavra de Deus cria; ela é
liberada para cumprimento de sua finalidade (Is 55).

c) Em Joã o 1:1-4, vemos que a Palavra é uma pessoa distinta que é tanto
relacionado à Deus e é de fato Deus. No evangelho de Joã o, Jesus Cristo é
visto como separado de Deus, enquanto, ao mesmo tempo é Deus. Jesus
como o Logos é o pró prio instrumento de criaçã o.

Todo este Evangelho [Joã o] deve ser lido à luz deste primeiro versículo, pois significa
que os atos e palavras de Jesus sã o os atos e palavras de um ser divino, e nã o um ser
sobrenatural criado, porque ele existia antes de toda a criaçã o.10

B. Nos textos Paulinos, Cristo é apresentado como a sabedoria de Deus e o mediador de


toda a criaçã o. E. J. Schnabel, em seu artigo “Sabedoria”, escreveu: “O Cristo pré-
existente é o mediador da criaçã o e o Cristo encarnado é o mediador da salvaçã o” (1 Co
8:6; Cl 1:15-20).11
23
Nós pregamos a Cristo crucificado[...] 24 Mas para os que são chamados,
tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e
sabedoria de Deus. (1 Co 1:23-24)

Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus
30

sabedoria[...] 2:7 mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a


qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória. (1 Co 1:30; 2:7)

todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós
6 [...]

vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós
por ele. (1 Co 8:6)
15
O qual é a imagem do Deus invisível[...] 16[...]Tudo foi criado por ele e para
ele. 17 E ele é antes de todas as coisas. (Cl 1:15-17)
9
Richard Bauckham, O Testemunho do Discípulo Amado [The Testimony of the Beloved Disciple] (Grand Rapids: Baker
Academic, 2007), 242.
10
Ben Witherington III, Jesus o sá bio: A Peregrinaçã o da Sabedoria, [Jesus the Sage: The Pilgrimage of Wisdom] 1ª ed
paperback. (Minneapolis: Augsburg Forte, 1994), 287.
11
EJ Schnabel, “sabedoria” no Dicioná rio de Paulo e suas cartas [Wisdom” in Dictionary of Paul and His Letters,], eds.
Gerald F. Hawthorne, Ralph P. Martin, e Daniel G. Reid (Downers Grove: InterVarsity Press, 1993), 970.

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Sessão 3: A Preexistência de Cristo Página 13

1
Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras,
aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, 2a
quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. 3O qual,
sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e
sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder[...]. (Hb 1:1-3)

C. Nos textos de Pedro, ele estabelece o Espírito de Cristo como o agente ativo de
inspiraçã o dos profetas do Antigo Testamento.

Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que


10

profetizaram da graça que vos foi dada, 11indagando que tempo ou que
ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava,
anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a
glória que se lhes havia de seguir. (1 Pe 1:10-11.)

D. No livro de Apocalipse, o Pai, e Jesus compartilham o mesmo título de Alpha e Ô mega. É


importante notar que Joã o usa o mesmo título que o profeta Isaías para se referir a
Deus.
8
“Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor que é, que era e
que há de vir, o Todo-Poderoso. 11 [...] Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e
o Último.” (Ap 1: 8, 11)

A capacidade de Yahweh para declarar o futuro e fazer com que recaia ira para com
os ídolos das naçõ es, como falsos deuses feitos pelas mã os fracas dos homens. Eles
nã o têm poder real e nã o podem declarar o futuro e muito menos afetar o futuro de
qualquer forma. Só o Senhor é Deus. Ele é o primeiro e o ú ltimo (Is 41:4; 44:6; 48:12);
O criador dos céus e da terra (Is 40:22, 26, 28; 42:5; 44:24; 45:12, 18; 48:13). Nã o há
nenhum outro! Ao longo dos capítulos 41-48 as naçõ es e Israel sã o chamadas a
testemunhar a verdade das declaraçõ es de Yahweh, e para testemunhar a mudez dos
ídolos. A idolatria é exposta, o monoteísmo é estabelecido, e os idó latras persistentes
sã o mostrados como merecedores de julgamento.12

V. TRADIÇÃO ORAL ANTES DE PAULO

A.[B.] Logo apó s a ressurreiçã o, mas antes da conversã o de Paulo, os crentes em Cristo -
provavelmente crentes judeus que desejavam simular adoraçã o na sinagoga -
cometeram a prá tica de hinos e credos litú rgicos para serem usados em sua adoraçã o.
Hinos e fragmentos de liturgia sã o encontrados em todo os escritos paulinos e
declararam a pessoa e obra de Jesus Cristo.

Um nú mero de passagens do Novo Testamento, sã o amplamente cogitadas na


incorporaçã o no material de hinos do culto de círculos cristã os do primeiro século
(por exemplo: Fl 2: 6-11; Cl 1:15-20; Jo 1:1-18; Ef 5: 14; 1 Tm 3:16). A primeira coisa
a se notar é o quanto este material de hinos nas cartas Paulinas e outros escritos
cristã os primitivos é focado na celebraçã o de Jesus, seu significado e trabalho. Se, por
exemplo, Filipenses 2:6-11 é (ou reflete) um hino Cristã o, este ilustra o foco em Jesus,
louvando seu status pré-histó rico “na forma de Deus” e sua deslumbrante abnegaçã o
12
Allen Hood, “Isaías 41-48 Notes,” (material informativo, Casa Internacional de Oraçã o, Kansas City, Missouri), 4.

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Sessão 3: A Preexistência de Cristo Página 14

até mesmo ao ponto de crucificaçã o, e, em seguida, proclamando a exaltaçã o de Deus


sobre Jesus a um estatuto de igualdade que lhe dá direito a reverência universal.13

B.[C.] Plínio, o Jovem (Pliny the Younger), o governador de Ponto e Bitínia 112-113 A.D.,
escreveu uma carta ao imperador romano Trajano, perguntando sobre o processo pelo
qual se deve julgar os cristã os em relaçã o à sua recusa a adorar os deuses romanos. Em
sua carta ele se referiu ao canto de mú sicas a Cristo.

Eles afirmaram, porém, que a soma e a substâ ncia de sua culpa ou erro, tinha sido
que eles estavam acostumados a se encontrarem em um dia fixo antes do amanhecer e
cantar um hino a Cristo como a um deus, e jurarem, nã o cometerem algum crime, nã o
cometer fraude, roubo ou adultério, nã o ser falso em sua confiança, nem a recusar a
confiar em retorno quando convidado a fazê-lo.14

C.[D.] Ben Witherington sugere: “Ainda que talvez seja um exagero dizer que no início da
Cristologia nasceu através da mú sica, pode-se dizer com certeza que o começo da
Cristologia cresceu a partir da adoraçã o a Cristo e foi, portanto, expressa de vá rias
formas litú rgicas – hinos, oraçõ es, credos [sic], declaraçõ es, testificaçã o e doxologias”. 15

D.[E.] Comentando sobre o aspecto Cristoló gico dos hinos da igreja primitiva, RP Martin
escreve:

O ensino do Novo Testamento sobre a pessoa de Cristo é virtualmente contida em


seus hinos[...] Senhor dos Cristã os é descrito em um papel cosmoló gico no duplo
sentido de seu adjetivo. Primeiro, sua pré-existência e atividade pré-temporal na
criaçã o sã o feitas na frontispício16 (folha de rosto) dos hinos, e da ordem divina na
qual ele existe eternamente, ele “descende” como o encarnado em uma epifania 17. Em
segundo lugar, na conclusã o de sua vida terrena, ele toma seu lugar na presença de
Deus, recebendo a homenagem universal e aclamaçã o dos poderes e espíritos
có smicos, que confessam o seu senhorio e por isso sã o forçados a abandonar seu
título de controle sobre o destino humano.18

E.[F.] As passagens seguintes sã o amplamente pensadas para conter hinos Cristoló gicos da
igreja primitiva.
5
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em
Cristo Jesus, 6que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser
igual a Deus. 7Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo,
fazendo-se semelhante aos homens; 8 e, achado na forma de homem,
humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de
cruz. 9Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome
13
Larry W. Hurtado, Senhor Jesus Cristo: A devoçã o a Jesus nas primeiras Cristianismo [Lord Jesus Christ: Devotion to Jesus
in Earliest Christianity] (Grand Rapids: Wm B. Eerdmans Publishing Co. 2003), 147-148.
14
Plínio o Jovem, Cartas [Pliny the Younger, Letters] 10.96-97,
http://www9.georgetown.edu/faculty/jod/texts/pliny.html.
15
Witherington III, Jesus, o Sá bio [Jesus the Sage], 249.
16
Frontispício é sinô nimo de: pó rtico, portada, fachada, frente, frontaria
17
No cristianismo, revelaçã o, manifestaçã o de Deus, ou sua encarnaçã o em Jesus
18
RP Martin “Hinos, Fragmentos de Hinos, Mú sicas, Mú sicas Espirituais” no dicioná rio de Paulo [Hymns, Hymn Fragments,
Songs, Spiritual Songs” in Dictionary of Paul], eds. Hawthorne, Martin, e Reid, 422.

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Sessão 3: A Preexistência de Cristo Página 15

que é sobre todo o nome, 10para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho
dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 11e toda
língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. (Fp
2:5-11)
15
O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a
criação; 16porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na
terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam
principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. 17E ele é
antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. 18E ele é a
cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos,
para que em tudo tenha a preeminência (Cl 1:15-18)

E E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se


16

manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado


aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória. (1 Tm 3:16)

O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do


47

céu. (1 Co 15:47)

VI.[V.] O ÚNICO FILHO ENVIADO PELO PAI

A. Jesus é apresentado no evangelho de Joã o como o Filho unigênito do Pai. “Unigênito” é


da palavra grega monogenes e significa “ú nico no seu género, o ú nico de seu tipo ou a
família.”

Nestas passagens, também, poderia ser traduzido como 'o ú nico filho de Deus'; para a
ênfase parece estar em Sua singularidade, em vez de Sua filiaçã o, embora ambas as
ideias sã o certamente presente. Ele é o filho de Deus num sentido em que outros nã o
sã o. “Monogenes” descreve a relaçã o absolutamente ú nica do Filho ao Pai em Sua
natureza divina; prototokos descreve a relaçã o de Cristo ressuscitado em Sua
humanidade glorificada ao homem. (Westcott em Hb 1:6).19
16
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
(Jo 3:16)

“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado,
18

porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”. (Jo 3:18)

B. O Novo Testamento descreve consistentemente Jesus como procedente, sendo enviado


e dado pelo Pai.

“Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do


13

Homem, que está no céu”. (Jo 3:13)


19
De International Standard Bible Encyclopaedia, Banco de Dados eletrô nico Copyright (c) 1996 por Biblesoft.

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Sessão 3: A Preexistência de Cristo Página 16

“Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá
51

para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do
mundo”. (Jo 6:51)

“Sabendo, pois, Jesus em si mesmo que os seus discípulos murmuravam a


61

respeito disso, disse-lhes: Isto vos escandaliza? 62Que seria, pois, se vísseis
subir o Filho do Homem para onde primeiro estava?” (Jo 6:61-62)

Jesus Disse-lhes, pois, Jesus: “Se Deus fosse o vosso Pai, certamente, me
42

amaríeis, pois que eu saí e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele
me enviou”. (Jo 8:42)
3
“E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e
a Jesus Cristo, a quem enviaste”. (Jo 17: 3).
8
“Porque lhes dei as palavras que me deste; e eles as receberam, e têm
verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste. “(Jo.
17: 8).
18
“Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo”.
(Jo 17:18)
3
Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela
carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo
pecado condenou o pecado na carne. (Rm 8: 3).

Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de
4

mulher, nascido sob a lei. (Gl 4:4)


9
Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu
Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. 10Nisto está 4o amor:
não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e
enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados[...]. 14E vimos, e
testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo. (1 Jo 4:9-
10, 14)

VII.[VI.] OUTRAS PASSAGENS DO NOVO TESTAMENTO

A. Preexistente gló ria e amor


5
“E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que
tinha contigo antes que o mundo existisse”. (Jo 17: 5).

“Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles
24

estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu
me hás amado antes da criação do mundo”. (Jo 17:24)

B. Antes da fundaçã o do mundo

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Sessão 3: A Preexistência de Cristo Página 17

4
[...]como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que
fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor. (Ef 1:4)
20
O qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da
fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de
vós. (1 Pe 1:20)
8
E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não
estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação
do mundo. (Ap 13: 8)

C. Cristo como o Redentor empobrecido

1. Na encarnaçã o, Jesus, como o preexistente Filho, divino, abraça voluntariamente


a pobreza, a fim de que nó s nos torná ssemos ricos.
9
Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por
amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis. (2 Co
8:9)

2. Jesus, sendo Deus, voluntariamente se esvaziou com o propó sito de redençã o.


5
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em
Cristo Jesus, 6que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser
igual a Deus. 7Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo,
fazendo-se semelhante aos homens; 8e, achado na forma de homem,
humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. (Fp
2:5-8.)

D. Interpretaçã o Cristoló gica no Novo Testamento

1. Assim como os israelitas beberam da rocha no deserto, nó s bebemos de Cristo, a


pró pria sabedoria de Deus. Cristo, a “Rocha espiritual”, é a preexistente
sabedoria divina, que se revelou na histó ria de Israel e agora é mediador da
redençã o através de sua vida, morte e ressurreiçã o.
1
Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos
debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar, 2e todos foram batizados
em Moisés, na nuvem e no mar, 3e todos comeram de um mesmo manjar
espiritual, 4e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque
bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. (1 Co 10:1-
4; cf. Ex 17:3-6).
4
“Ele é a Rocha cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos
juízo são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.” (Dt
32:4)

“E, engordando-se Jesurum, deu coices; engordaste-te, engrossaste-te e de


15

gordura te cobriste; e deixou a Deus, que o fez, e desprezou a Rocha da sua

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Sessão 3: A Preexistência de Cristo Página 18

salvação[...] 18Esqueceste-te da Rocha que te gerou; e em esquecimento


puseste o Deus que te formou”. (Dt 32:15, 18)
30
“Como pode ser que um só perseguisse mil, e dois fizessem fugir dez mil,
se a sua Rocha os não vendera, e o Senhor os não entregara? 31Porque a
sua rocha não é como a nossa Rocha, sendo até os nossos inimigos
juízes disso”. (Dt 32:30-31).

2. Ben Witherington explica a interpretaçã o Cristoló gica do Novo Testamento de


certas passagens do Antigo Testamento.

Paulo toma a sua herança judaica e reinterpreta com a ajuda final de tradiçõ es
sapienciais à luz de Cristo. Visto que, Cristo pode-se dizer que é a Sabedoria de Deus,
o que foi dito anteriormente da Sabedoria agora pode ser dito de Cristo. As
implicaçõ es de 1 Co 10:4 devem ser autorizadas a ter sua força total. Paulo muito
provavelmente acreditava em um Cristo pré-existente, e nã o apenas envolvido no
céu, mas intimamente envolvido em ajudar o povo de Deus na sua peregrinaçã o
histó rica rumo à terra prometida.20

20
Witherington III, Jesus, o Sá bio [Jesus the Sage], 318.

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