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Africanas
Tema: A Formaçã o do Império do
Monomotapa e a sua Conjuntura Política e
Socioeconó mica.
Discentes Docente
Gilene Menezes
Vânia Tete
Introdução
O elemento humano era representado pelos bantus que segundo sabemos, não são
originários da África do Sul, mas emigrantes, tal como os bosquimanos, hotentotes e
europeus. Teriam vindo do norte, das regiões dos grandes lagos da África Central. Dali
emigrariam para o sul, em vagas sucessivas, atravessando o Zambeze em períodos
diferentes. Hoje os seus descendentes encontram-se numa vasta área geográfica que se
estende do Nilo ao Cabo, e do Atlântico ao Índico. Os principais representantes das tribos
bantas da África do Sul são, atualmente os matabelés da Rodésia do Sul, os suázis, os zulos
e fingoses da costa Entre os Rios Limpopo e Kei, as tribos da Bechuanalândia conhecidas
por betchuanas e a nação dos bassutos.
È importante ressaltar que ao contrário dos soberanos de muitos reinos atuais, ou recentes
os mwenemutapas não formavam uma cadeia de descendentes. O sucessor de um
Mwenemutapa falecido era escolhido pelo conjunto dos seus conselheiros, chefes, aliados,
guiados por um ou mas chefes espirituais que interpretavam os sinais enviados pelos
espíritos ancestrais da tribo. Todos esses príncipes eram vassalos (independente) do grande
Monomotapa. O Monomotapa era considerado a terra do ouro onde os régulos (sobas)
reuniam, grandes aldeamentos, ao passo que pelo império se dispersavam povoações
menores. A sua língua oficial é língua Xona, a sua religião é animismo e a sua forma de
governo é monarquia.
A população vestia panos de algodão, enquanto a nobreza, usava trajos de seda com riscos
vivos de ouro, e o preço de cada vestimenta era de 20 cruzados. Os panos de seda, e a
maior parte de algodão, viam da Índia. Os intrusos europeus, muçulmanos, etíopes,
egípcios e indianos, é que consideravam o rico metal amarelo a grande atração, e que o
ouro era o mais valioso instrumento de aquisição de riqueza, senão a própria riqueza. As
avançadas classes econômicas do Oriente e do Ocidente tinham fome de ouro, fome
insaciável. O ouro, era mais do que outra qualquer riqueza, o grande instrumento regulador
das trocas à distância. As fabulosas riquezas douradas fizeram do Monomotapa uma das
presas mais cobiçadas da Antiguidade, da Idade Média e do Mundo Moderno. A alta febre
do ouro chamou a atenção de todos, as suas minas de ouro atraíram e fascinaram os
grandes impérios africanos e asiáticos desde os mais recuados tempos. A Etiópia, a Arábia,
o Egito e a índia, abasteceram seus tesouros com o precioso metal amarelo resgatado nos
sertões auríferos de Sofala. Na ânsia de possuírem o metal fino, os grandes impérios
tomaram contacto com a terra, reconhecendo as vantagens do seu domínio econômico e
político. A miragem do ouro em pó, que se apanhava nas terras de aluvião ao longo dos
rios, constituiu eterna obsessão.
Os seus ricos depósitos auríferos constituíam enorme atração. Sem ouro, todo o edifício
dos poderosos impérios estaria, fatalmente, condenado à estagnação económica. Por isso é
que os sertões de Sofala atraíram ao aliciante e enigmático Monomotapa uma série
contínua de ofensivas de natureza comercial. O ouro era a grande força que chamava a si
as atenções dos grandes impérios. Quando os pioneiros portugueses tomaram contacto com
a terra, encontraram no interior de Sofala o poderoso império politicamente centralizado,
nos primeiros anos do século XVII, em 1609.
Ao norte da grande via fluvial havia um outro império negro que, tudo indica, seria
inimigo do Monomotapa, era o Marave ou Moenemuge, cujas populações e do comércio
externo, sobretudo do ouro.
Cada comunidade aldeã tinha a obrigação de entregar ao Estado Mwenemutapa o
equivalente a produção de 7 dias de trabalho por mês. Havia ainda uma taxa importante, a
curva. A curva era geralmente paga pelos estrangeiros e consistia num pagamento em
tecidos. No final do século XV, o Grande Zimbabué começa a ser abandonado por boa
parte da sua população. As forças associadas ao poder económico e político deslocaram-se
para o Sul e para o Oeste, sob a chefia do poderoso clã Rozwi. As tradições orais
registaram o surgimento de um soberano hereditário, o mwene mutapa (senhor do saque),
sendo o primeiro Mutota. O monomotapa obriga os seus negros a cultivarem campos de
uma fantástica vastidão. Finalmente aquando da colheita desses enormes campos a perder
de vista, consegue obter um volume de produtos suficientemente vasto para viverem
perfeitamente a vontade, tanto eles como as suas mulheres.
Decadência
Terminou no início do século XX, em 1917, numa batalha contra Portugal. Aí morreu o
último mambo, Chioko. Contudo, já desde 1890 que estava num período de decadência.
Classes sociais: Aristocracia dominante (Mwenemutapa e seus familiares e funcionários
proximos). Comunidades aldeãs (agricultores, pastores, ferreiros, mineiros)
Fontes económicas do poder dos chefes: Exploração e comércio do ouro e tributos das
populações aldeãs (produção de 7 dias do mês)
O chefe máximo designado por Mambo. Era o soberano, representante supremo de todas as
comunidades, em cuja administração era apoiada por um corpo de funcionários espalhados
pelo vasto estado. Esta estrutura contava com as três mulheres do soberano e com
funcionários da corte – mutames ou infices. O desmembramento político do império foi
feito por um Monomotapa que dividiu os seus vastos territórios com seus três filhos:
Quiteve, recebeu as terras ao longo do rio de Sofala, Sedanda foi aquinhoado com a região
regada pelo Sabié, que confina com o reino de Botonga, e a Chicanga foram dados os ricos
campos de Manica, onde se encontravam os mais valiosos depósitos auríferos.
O território estava dividido também em unidades que se podem designar por províncias,
sob a chefia de um fumo ou encosse. Estas províncias, integravam por sua vez um conjunto
de comunidades ou musha, à frente das quais se encontrava um mukuru ou muenemusha.
Conclusão
Concluímos que o império de Monomotapa era um império vasto e rico, que tinha a sua
moeda principal o ouro. E po desse mesmo ouro, teve o seu declínio devido a guerra que
ocorreu em 1567, e como consequência foi dividido entre as potências europeias. E
possibilitou as consolidações dos portugueses no território de Moçambique.