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Colégio estadual Democrático Líbia Tinoco Melo

Disciplina: Historia

Docente: Rodrigo

Discente: Mariana Barreto Lima

Data/10/11/2023

•Formação das monarquias nacionais:


“Os burgueses, então, se aproximam do rei em busca de proteção e ajuda”. Pag:1.

Até o século XI, a Europa era dividida em pequenos reinos e feudos, com poder político
descentralizado.

A partir do século XI, o revigoramento do comércio e das cidades, bem como o surgimento da
burguesia, levaram ao fortalecimento do poder real. A burguesia, interessada em facilitar seus
negócios, passou a apoiar os reis, que, por sua vez, passaram a favorecer a burguesia com impostos e
proteção.

Com o fracasso das cruzadas, muitos nobres voltaram do Oriente empobrecidos ou morreram,
enfraquecendo a nobreza. A nobreza, então, também passou a apoiar os reis, visando conseguir
cargos na corte, postos no exército e ajuda contra revoltas camponesas.

Com o apoio da burguesia e da nobreza, os reis foram capazes de centralizar o poder político,
estabelecendo impostos, moeda única e exército profissional. Assim, foi completado o processo de
formação das monarquias nacionais europeias, que se consolidaram nos séculos XII e XV.

Alguns dos principais fatores que contribuíram para a formação das monarquias nacionais foram:

 O revigoramento do comércio e das cidades, que levou ao surgimento da burguesia, um


grupo social interessado em facilitar seus negócios e que, por isso, passou a apoiar os reis.

 O fracasso das cruzadas, que enfraqueceu a nobreza, levando-a a também apoiar os reis.

 A centralização do poder político, estabelecida pelos reis, que passaram a ter autoridade
sobre todos os territórios de seus reinos.

As monarquias nacionais europeias tiveram um papel importante na história do continente, pois


contribuíram para a consolidação do Estado moderno e para o desenvolvimento econômico e social.

Comentário:

A Formação das Monarquias Nacionais ocorreu durante o período da Baixa Idade Média, entre os
séculos XII e XV, nos países da Europa Ocidental, com destaque para as monarquias portuguesa,
espanhola, francesa e inglesa. Esse processo ocorreu de maneira similar nos países europeus,
entretanto, em tempos distintos.
•Formação da monarquia francesa:
“Durante muito tempo, o atual território francês esteve nas mãos de vários senhores, e o rei era um
deles”. Pag:2.

A formação da monarquia nacional francesa foi um processo gradual que ocorreu entre os séculos XI
e XV. No início desse período, a França era um conjunto de pequenos reinos e feudos, com poder
político descentralizado. O processo de centralização do poder real começou com a dinastia
Capetíngia, que governou a França de 987 a 1328.

Os primeiros reis capetíngios fortaleceram o princípio da hereditariedade e, gradualmente,


reafirmaram o poder real no território francês.

Felipe Augusto, o Grande: foi um dos reis mais importantes da dinastia Capetíngia. Ele recuperou e
aumentou o território real, fortaleceu o exército e a administração central. Felipe Augusto foi
responsável por uma série de conquistas militares, incluindo a recuperação da Normandia, que havia
sido conquistada pelos ingleses, e a expansão do território francês para o sul, na direção da
Provença.

Ele também fortaleceu o exército francês, criando uma milícia permanente e um sistema de
recrutamento. Além disso, Felipe Augusto criou uma burocracia central, responsável por administrar
o território francês.

Luís IX, o Santo: foi outro rei importante da dinastia Capetíngia. Ele instituiu a moeda real em todo o
território, estimulou o comércio e instituiu o direito de apelo, pelo qual todo cidadão poderia apelar
ao rei. Luís IX também foi um líder religioso importante. Ele participou de duas cruzadas e foi
canonizado pela Igreja Católica em 1297.

Felipe IV, o Belo: foi o último rei capetíngio a reforçar o poder real. Ele exigiu que a igreja também
pagasse impostos, o que levou ao conflito com o papado e ao Cativeiro de Avignon. Ele exigiu que a
Igreja Católica pagasse impostos para ajudar a financiar as guerras contra a Inglaterra. O papa
Bonifácio VIII se opôs a essa cobrança e ameaçou Felipe IV de excomunhão.

Temeroso das consequências dessa ação, Felipe IV convocou pela primeira vez os Estados Gerais,
uma reunião das três ordens sociais da França: o clero, a nobreza e o povo. Os Estados Gerais
aprovaram a cobrança dos impostos clericais, o que acirrou o conflito entre a coroa francesa e o
papado.

Bonifácio VIII excomungou Felipe IV, mas o rei francês respondeu prendendo o papa e seus principais
apoiadores. Bonifácio VIII morreu em 1303 e seu sucessor, Clemente V, foi pressionado por Felipe IV
a se mudar para Avignon, na França.

Comentário:

A formação do Estado Absolutista Francês, ou da Monarquia Nacional Francesa, está ligada à


ascensão da defesa do modelo do absolutismo na França, cujo principal arquiteto foi Armand Jean
Du Plessis, o Cardeal Richelieu. Richelieu tornou-se ministro da França em 1624, nomeado pela
rainha Maria de Médice.
•O cativeiro de Avignon:
“Só que outro grupo de cardeais não aceitou essa eleição e, em agosto de 1378, assinou um
documento tornando nula a eleição de Urbano VI”. Pag:2.

O Cativeiro de Avignon foi um período de 70 anos, entre 1307 e 1377, em que sete papas residiram
na cidade de Avignon, na França. Esse período foi marcado por uma disputa de poder entre a
monarquia francesa e a Igreja Católica.

A disputa começou quando o rei Filipe IV, o Belo, da França, exigiu que a Igreja Católica pagasse
impostos. O papa Bonifácio VIII se recusou a pagar os impostos, e Filipe IV respondeu enviando
tropas para prender o papa.

Bonifácio VIII morreu em 1303, e seu sucessor, Clemente V, foi eleito sob pressão do rei Filipe IV.
Clemente V concordou em transferir a sede do papado para Avignon, na França.

A transferência da sede do papado para Avignon foi um golpe para a independência da Igreja
Católica. Os papas de Avignon ficaram sob a influência da monarquia francesa, e isso enfraqueceu o
poder da Igreja.

O Cativeiro de Avignon terminou em 1377, quando o papa Gregório XI voltou para Roma. No
entanto, o cisma já havia causado grande dano à Igreja Católica.

Principais consequências do Cativeiro de Avignon

 Enfraquecimento da independência da Igreja Católica;

 Diminuição da autoridade do papado;

 Aumento da influência da monarquia francesa sobre a Igreja Católica;

 Cisma do Ocidente, que dividiu a Igreja Católica em dois papados, um em Roma e outro em
Avignon.

Comentário:

O Cativeiro de Avignon foi um período em que os papas católicos residiram na cidade de Avignon,
França. Refere-se ao papado católico durante o período 1309-1377, quando os papas viviam e
operavam em Avignon, na França, em vez de sua casa tradicional em Roma.

•Formação da monarquia inglesa:


“Guilherme exigiu a fidelidade de toda nobreza e proibiu guerras particulares entre eles; dividiu o
território em condados administrados por xerifes”. Pag:4.

A formação da monarquia nacional inglesa foi um processo gradual que ocorreu entre os séculos XI e
XV.No início desse período, a Inglaterra era um conjunto de pequenos reinos e feudos, com poder
político descentralizado.

O processo de centralização do poder real começou com a conquista da Inglaterra pelos normandos,
liderados por Guilherme, o Conquistador, em 1066. Guilherme exigiu a fidelidade de toda nobreza e
proibiu guerras particulares entre eles; dividiu o território em condados administrados por xerifes.

Mais tarde, Henrique II deu início à dinastia Plantageneta (1154-1399), dando continuidade à
centralização do poder, exigindo que todas as questões fossem julgadas em tribunais reais.
Seu filho, Ricardo Coração de Leão, passou a maior parte do reinado nas cruzadas e morreu voltando
de uma delas. Como não tinha herdeiros, quem assumiu foi seu irmão, João I - Sem Terra, que vai ter
um governo marcado por uma política externa mal conduzida.

João I aumenta os impostos para cobrir gastos militares e perde os feudos que a família possuía em
território francês para Felipe Augusto. A nobreza se revolta e o obriga a assinar a Magna Carta, em
1215.

A Magna Carta limitava o poder dos reis e dava mais poder aos nobres, sendo considerado o início do
parlamentarismo inglês. Seguindo a linha sucessória, Henrique III desrespeitou a Magna Carta e
impôs uma nova cobrança de impostos, causando uma revolta na nobreza.

O grande conselho, já conhecido como parlamento, impõe uma reforma - Provisões de Oxford, 1258
- colocando o poder na mão da nobreza, fato que dá início a uma guerra civil.

Com o rei preso, o líder da oposição, Simon de Montfort, convoca o grande parlamento, incluindo
nobres, cavaleiros, gente do povo e a burguesia. Montfort se tornou, de fato, governante da
Inglaterra e convocou a primeira eleição direta parlamentar na Europa medieval.

Em 1265, ele foi derrotado e morto pelo príncipe Eduardo, filho de Henrique III da Inglaterra, na
Batalha de Evesham, e Henrique III recuperou o poder.

Eduardo I (1272-1307) foi obrigado a convocar regularmente o parlamento devido às constantes


guerras. Por volta de 1350, o já fortalecido parlamento se divide em duas câmaras:

 Câmara dos Lordes: Alta nobreza e alto clero.

 Câmara dos Comuns: Representantes da burguesia e da pequena nobreza.

Principais fatores que contribuíram para a formação da monarquia nacional inglesa

 A conquista normanda: a conquista da Inglaterra pelos normandos, liderados por Guilherme,


o Conquistador, em 1066, centralizou o poder nas mãos do rei.

 A dinastia Plantageneta: a dinastia Plantageneta, que governou a Inglaterra de 1154 a 1399,


continuou o processo de centralização do poder.

 A Magna Carta: a Magna Carta, assinada pelo rei João I em 1215, limitou o poder dos reis e
deu mais poder aos nobres, o que acabou por fortalecer o parlamento.

 A Guerra dos Cem Anos: a Guerra dos Cem Anos (1334-1453) enfraqueceu os senhores
feudais e facilitou o fortalecimento do poder nas mãos do rei.

Comentário:

A monarquia inglesa está em formação desde a Idade Média, período da história da Europa entre os
séculos V e XV. Em 1215 foi assinada a Magna Carta, que consistia em um acordo para dirimir
conflitos entre o rei e a nobreza, que acabou limitando o poder do monarca da Inglaterra.
•Formação da monarquia portuguesa:
“A formação da monarquia portuguesa está ligada às guerras de reconquista, que tentaram expulsar
os muçulmanos da Península Ibérica”. Pag:5.

A formação da monarquia portuguesa foi um processo gradual que ocorreu entre os séculos XI e XV.
No início desse período, o território português era dividido entre vários condados, com poder político
descentralizado.

O processo de centralização do poder real começou com a chegada do nobre francês Henrique de
Borgonha, que se casou com Teresa, filha ilegítima do rei de Leão. Seu filho, Afonso Henriques, lutou
pela autonomia política do condado e, em 1139, foi reconhecido como rei de Portugal.

Afonso Henriques continuou o processo de reconquista cristã da Península Ibérica, expulsando os


muçulmanos da maior parte do território português.

No século XIV, o trono português ficou sem herdeiros, com a morte do rei Fernando. O reino de
Castela tentou reivindicar o domínio das terras portuguesas, apoiando o genro de Fernando.

A burguesia portuguesa, sentindo-se ameaçada, resistiu ao processo de anexação castelhana. Na


batalha de Aljubarrota, os burgueses portugueses venceram os castelhanos, elevando ao trono o
mestre de Avis, João I.

A ascensão da dinastia de Avis marcou o fortalecimento do estado nacional português. Com o apoio
da burguesia, o rei João I promoveu o desenvolvimento das atividades mercantis e a cobrança
sistemática de impostos.

Essa associação entre o estado português e a burguesia promoveu o pioneirismo português na


expansão marítima, que se deflagrou ao longo do século XV.

Principais fatores que contribuíram para a formação da monarquia portuguesa

 Guerras de reconquista: as guerras de reconquista contra os muçulmanos unificaram os


territórios portugueses e fortaleceram o poder real.

 Dinastia de Borgonha: os reis da dinastia de Borgonha promoveram a centralização do poder


real e a expansão territorial portuguesa.

 Revolução de Avis: a Revolução de Avis, liderada pela burguesia portuguesa, garantiu a


independência de Portugal e fortaleceu o estado nacional português.

Comentário:

O início da formação da monarquia portuguesa se dá com a expulsão dos Mouros na Guerra de


Reconquista, ou seja, a guerra que tinha como objetivo expulsar os invasores árabes. Entretanto, foi
durante a Revolução de Avis que se iniciou de fato a Monarquia.
•Formação do sacro império romano germânico:
“Dá-se o nome de Sacro Império à união de alguns territórios da Europa Central durante o final da
Idade Média e o início da Idade Moderna”. Pag:8.

O Sacro Império Romano Germânico foi uma união de territórios da Europa Central que existiu entre
os séculos X e XIX. O império foi fundado em 962, quando o rei alemão Oto I foi coroado imperador
pelo papa João XII.

A formação do Sacro Império Romano Germânico foi um processo gradual que envolveu diversos
fatores. Um dos principais fatores foi a queda do Império Carolíngio, que deixou um vácuo de poder
na região. Outro fator importante foi a crescente influência da Igreja Católica, que buscava expandir
seu poder na região.

O imperador do Sacro Império Romano Germânico era geralmente escolhido pela nobreza e pela
Igreja Católica. No entanto, o poder do imperador era limitado, pois ele dependia do apoio da
nobreza local.

O Sacro Império Romano Germânico foi marcado por uma série de conflitos, incluindo a Querela das
Investiduras, que opôs o imperador ao papa. A Querela das Investiduras terminou com a Concordata
de Worms, que estabeleceu que a Igreja Católica teria a exclusividade na investidura de bispos, mas
o imperador poderia vetar tais escolhas.

A Querela das Investiduras enfraqueceu a autoridade do imperador, fortalecendo a autoridade local


dos nobres. Isso levou à formação de vários pequenos Estados na região, dando caráter simbólico à
autoridade do imperador.

Principais características do Sacro Império Romano Germânico

 Era uma união de territórios descentralizada, com poder político limitado.

 O imperador era geralmente escolhido pela nobreza e pela Igreja Católica.

 O Sacro Império Romano Germânico foi marcado por uma série de conflitos, incluindo a
Querela das Investiduras.

Comentário:

Com o intuito de evitar novas invasões, os germânicos do sul se uniram com os italianos do norte. Os
germânicos do norte invadiram o sul da Germânia e o norte da Itália, formando o Sacro Império
Romano-Germânico. Apesar do nome, a cidade de Roma não foi incluída nas cidades dominadas
durante o Império.

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