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14 – FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS
INTRODUÇÃO
Hoje é comum ouvirmos um europeu dizendo “eu sou francês”, “sou inglês” ou “sou português”, mas nem
sempre foi assim. Na Europa do ano 1000, por exemplo, isso soaria estranho, pois os estados nacionais, como
França, Inglaterra ou Portugal, ainda não haviam se formado.
Naqueles tempos, a pessoa que nascesse em uma aldeia, vila ou cidade, se considerava membro daquela
comunidade, não mais que isso. A partir do século XI, essa situação começou a mudar.1

FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS

A partir do século XI, assistiu-se, no Ocidente europeu, o revigoramento do


comércio e das cidades e o surgimento de um novo grupo social, a BURGUESIA,
formada basicamente por artesãos e mercadores.

Entretanto, a existência de nobres com direito de cunhar sua própria moeda e


de cobrar taxas de quem passasse por seu domínios, encarecia as mercadorias,
dificultando os negócios da burguesia.

Os burgueses, então, se aproximam do rei


em busca de proteção e ajuda. O rei, por
sua vez, interessado nos impostos pagos
pela burguesia, passou a favorecê-la.

Ao mesmo tempo, com o fracasso das


cruzadas, muitos nobres voltaram do
Oriente empobrecidos; outros morreram
pelo caminho ou em combate, o que
causou o desaparecimento de muitas
linhagens nobres. O norte francês, região
que forneceu grande número de cruzadas,
foi uma das regiões que mais perderam
nobres.

Enfraquecida, a nobreza também se aproximou do rei, visando conseguir cargos na corte, postos no exército
real e ajuda militar contra revoltas camponesas. Os camponeses, por sua vez, passaram a ver
o rei como alguém capaz de protegê-los contra os abusos da nobreza.

Assim, aos poucos, o rei assumiu o papel de mediador das disputas entre os diferentes
grupos sociais e, valendo-se disso, criou impostos, estabeleceu uma moeda única e usou o
dinheiro arrecadado para montar um exército profissional assalariado. Com o fortalecimento
dos reis, completou-se o processo de formação das monarquias nacionais europeias.

1
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2.ed. São Paulo: Ftd,
2015.p.237.
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14 – FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS
FORMAÇÃO DA MONARQUIA FRANCESA
Durante muito tempo, o atual território francês esteve nas mãos de vários senhores, e o rei
era um deles.
HUGO CAPETO foi o primeiro monarca da DINASTIA CAPETÍNGIA (987-1328), sucedendo o
último rei carolíngio. Os primeiros reis dessa dinastia fortaleceram o princípio da
hereditariedade e, gradualmente, reafirmaram o poder real no território francês.
FELIPE AUGUSTO é um dos reis mais admirados e estudados da França medieval, não só
pela extensão do seu reinado, como também pelas importantes vitórias
militares, pelo aumento dos domínios diretos da coroa, principalmente à
custa dos reis da Inglaterra, e pelo fortalecimento da monarquia contra o
poder dos senhores feudais. É responsável pela recuperação e aumento do território
real. Ele incorporou terras por meio de compras, casamentos e de campanhas
militares.
Seu sucessor, LUÍS IX, conhecido como “São Luís”, instituiu a moeda real em todo o
território, estimulando o comércio e o “direito de apelo”, pelo qual todo
o cidadão poderia apelar ao rei. Participou de duas cruzadas e morreu
na oitava
Com FELIPE IV, O BELO, o processo de centralização chega ao auge.
Fortalecendo o poder real, exigiu que a igreja
também pagasse impostos, mas o Papa Bonifácio VIII
se opunha à cobrança e ameaçou Felipe IV de
excomunhão. Temeroso das consequências dessa
ação, o rei convocou pela primeira vez, em 1302, os
Estados Gerais, reunindo o clero, a nobreza e os
comerciantes das cidades que aprovaram a sua decisão.
Esses decidiram pela cobrança dos impostos clericais, acirrando o
conflito entre a coroa francesa e o papado.

IMPORTANTE
Com a morte de Bonifácio VIII, em 1303, Felipe IV pressionou pela eleição
de um Papa francês, fazendo substituto de Bonifácio VIII o Papa
Clemente V; e para manter um controle mais rígido sobre o papado, Felipe
IV transferiu Clemente V de Roma para Avignon, no sul da França.

O CATIVEIRO DE AVIGNON
Tinha início o período conhecido como o Cativeiro de Avignon, ou segundo cativeiro da Babilônia, que
durou de 1307 a 1377, em que sete papas se submeteram ao poder dos reis capetíngios.
Após a morte de GREGÓRIO XI, O ÚLTIMO PAPA DE AVIGNON, em 1377, um novo Papa foi escolhido em um
conclave de 16 cardeais. O cardeal de Bari, na Itália, passou a ser o Papa Urbano VI, que pressionaria para
que a sede do papado novamente se instalasse em Roma.
Só que outro grupo de cardeais não aceitou essa eleição e, em agosto de 1378, assinou um
documento tornando nula a eleição de Urbano VI.
Pouco mais de um mês depois, elegeram outro papa, o cardeal de Genebra, que passou a se
chamar Clemente VII, cuja sede do papado se mantinha em Avignon. Iniciou, assim, o
período conhecido como O GRANDE CISMA DO OCIDENTE, dividindo a Igreja Católica
europeia de 1378 a 1417.
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Em Roma, Urbano VI era Em Avignon, Clemente VII

era

apoiado pelos ingleses, Sacro Império, apoiado por diversos monarcas e pessoas de
Flandres e norte da Itália. destaque na Igreja (França, Nápoles, Castela,
Aragão, Lorena e Escócia).

Com a morte de Clemente VII, o PAPA BENEDITO XIII foi eleito, mas foi contestado por um colégio de cardeais
em Pisa, na Itália, que elegeu ALEXANDRE V. Este governou por um ano e teve como seu sucessor o
ANTIPAPA JOÃO XXIII, com sede em Piza (Itália).
Esse foi o cisma dentro do cisma e teve alcance continental, chegando a Igreja a ter três papas, um em
Roma, outro em Avignon, na França, e por fim um em Pisa, na Itália.

Para acabar com essa


divisão que
enfraquecia o poder
político da Igreja, foi
convocado o Concílio
de Constança (1414)
para solucionar a crise
dos três papas.
Em 1417, os católicos
ocidentais escolheram apenas um novo nome, MARTINHO V, acabando com o Cisma do Ocidente e
retornando a sede do pontificado para Roma.

O Cisma do Ocidente levou a uma sucessão de papas nas duas cidades até o seu fim, em 1417, mas o
motivo de ter durado tanto tempo se deve também à disputa de poder entre os vários reinos europeus no
período, episódios que demonstram a intenção do Rei da França de controlar o poder da Igreja Católica e,
portanto, a fragilização da Igreja Católica diante do crescente poder Estatal.
FORMAÇÃO DA MONARQUIA INGLESA
Na Inglaterra, a centralização política foi iniciada com a conquista desse país pelos normandos, liderados por
GUILHERME, O CONQUISTADOR, DUQUE DA NORMANDIA, que invade a Inglaterra e vence os saxões, em
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1066, e se torna o primeiro rei da Inglaterra. Guilherme exigiu a fidelidade de toda
nobreza e proibiu guerras particulares entre eles; dividiu o território em condados
administrados por xerifes.

Mais tarde, HENRIQUE II deu início à DINASTIA


PLANTAGENETA 1154 -1399, dando continuidade à
centralização do poder, exigindo que todas as questões
fossem julgadas em tribunais reais.
Seu filho, RICARDO CORAÇÃO DE LEÃO (1189-1199),
passou a maior parte do reinado nas cruzadas e morreu
voltando de uma delas, devido a uma flechada no abdômen.
Como não tinha herdeiros, quem assumiu foi seu irmão, JOÃO I - SEM TERRA
(1199-1216) – que vai ter um
governo marcado por uma política
externa mal conduzida.
João I aumenta os impostos para cobrir gastos
militares e perde os feudos que
a família possuía em território
francês para Felipe Augusto.
A nobreza se revolta e o obriga a
assinar a MAGNA CARTA, em
1215 – ESSE DOCUMENTO
LIMITAVA O PODER DOS REIS E
DAVA MAIS PODER AOS
NOBRES, SENDO CONSIDERADO O
INÍCIO DO PARLAMENTARISMO INGLÊS, MAS, NA VERDADE, FOI
ASSINADO APÓS UMA REVOLTA DOS NOBRES BARÕES, QUE
QUERIAM AUMENTAR O SEU PODER EM RELAÇÃO AO REI.
MAGNA CARTA
"Nenhum homem livre será preso, aprisionado ou privado de uma propriedade, ou tornado
fora da lei, ou exilado, ou de maneira alguma destruído, nem agiremos contra ele ou
mandaremos alguém contra ele, a não ser por julgamento legal dos seus pares, ou pela lei
da terra."
Significa que o rei devia julgar os indivíduos conforme a lei, seguindo o devido processo
legal, e não segundo a sua vontade, até então absoluta.
"A ninguém venderemos, a ninguém recusaremos ou
atrasaremos direito ou justiça."
Tais cláusulas representavam um freio ao poder do
rei e o primeiro capítulo de um longo processo que levou à
monarquia constitucional e ao constitucionalismo.

Seguindo a linha sucessória, HENRIQUE III (1216-1272) desrespeitou a Magna Carta e impôs uma nova
cobrança de impostos, causando uma revolta na nobreza.
O grande conselho, já conhecido como parlamento, impõe uma reforma - PROVISÕES DE OXFORD, 1258 -
colocando o poder na mão da nobreza, fato que dá início a uma guerra civil.
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Com o rei preso, o líder da oposição, SIMON DE MONTFORT,
convoca o grande parlamento, incluindo nobres, cavaleiros,
gente do povo e a burguesia.

Montfort se tornou, de fato, governante da Inglaterra e


convocou a primeira eleição direta parlamentar na Europa
medieval.
Por essa razão, Montfort é conhecido hoje como um dos
progenitores do moderno parlamentarismo. Foi o primeiro
parlamento inglês de caráter nacional (1265).

Em 1265, ele foi derrotado e morto pelo


príncipe Eduardo, filho de Henrique III da Inglaterra, na Batalha de
Evesham, e Henrique III recuperou o poder.
Eduardo I (1272 -1307) foi obrigado a convocar regularmente o parlamento devido às constantes guerras.

Por volta de 1350, o já fortalecido parlamento se divide em


duas câmaras:
CÂMARA DOS LORDES: Alta nobreza e alto clero.
CÂMARA DOS COMUNS: Representantes da burguesia e da
pequena nobreza.

IMPORTANTE
NESSAS DUAS NAÇÕES, O PODER POLÍTICO DOS REIS SÓ
VAI ESTAR CONSOLIDADO APÓS A GUERRA DOS CEM
ANOS (1334 -1453), QUE ENFRAQUECEU OS SENHORES
FEUDAIS E FACILITOU O FORTALECIMENTO DO PODER
NAS MÃOS DO REI.

FORMAÇÃO DA MONARQUIA PORTUGUESA


A formação da monarquia portuguesa está ligada às guerras de reconquista, que tentaram expulsar os
muçulmanos da Península Ibérica.
Desde o século VIII, os árabes haviam dominado boa parte do território ibérico em função da expansão
muçulmana, ocorrida no final da Alta Idade Média, a partir do século XI, no contexto das Cruzadas, os reinos
cristãos que dominavam a região norte formaram exércitos com o objetivo de reconquistar as terras dos
chamados “infiéis”.
Os reinos de Leão e Castela, Navarra e Aragão
juntaram forças para uma longa guerra, que chegou
ao fim somente no século XV e, nesse processo, os
reinos participantes dessa guerra buscaram o
auxílio do nobre francês, HENRIQUE DE
BORGONHA.
Em troca, ele recebeu terras do chamado Condado
Portucalense e casou-se com Dona Teresa, filha
ilegítima do rei de Leão.

IMPORTANTE – FEUDALISMO ÁTIPICO


As terras conquistadas eram diretamente
controladas pela autoridade do rei, que não
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concedia a posse hereditária dos feudos cedidos aos membros da nobreza.
Após a morte de Henrique de Borgonha, seu filho, AFONSO HENRIQUES, lutou pela
autonomia política do condado e a partir desse momento, em 1139, a primeira
dinastia monárquica (Borgonha) se consolidou no Condado Portucalense, dando
continuidade ao processo de expulsão dos muçulmanos.

No ano de 1383, o trono português ficou sem herdeiros, com a morte do rei, DOM
FERNANDO.
Nesse momento, o reino de Castela
tentou reivindicar o domínio das terras lusitanas, apoiando o genro de Dom
Fernando. Sentindo-se ameaçada, a burguesia lusitana empreendeu uma
resistência ao processo de anexação de Portugal, formando um exército próprio.

Na BATALHA DE ALJUBARROTA, os burgueses venceram os castelhanos e, assim,


conduziram DOM JOÃO, MESTRE DE AVIS, Ao trono português.
Essa luta – Revolução de Avis – marcou a ascensão de uma nova dinastia (AVIS),
comprometida com os interesses da burguesia lusitana.

IMPORTANTE
Com isso, o estado nacional português se fortaleceu, com o franco
desenvolvimento das atividades mercantis e a cobrança sistemática de
impostos.
Tal associação promoveu o pioneirismo
português na expansão marítima, que se
deflagrou ao longo do século XV.
FORMAÇÃO DA MONAQUIA ESPANHOLA
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Formação, também, no contexto das guerras de reconquista. A partir do casamento dos “reis católicos” –

Fernando de Aragão e Isabel de Castela.

IMPORTANTE - 1492
A formação do estado moderno espanhol se
consolida com a tomada de Granada em 1492,
data que marca o início da expansão
ultramarina espanhola.
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FORMAÇÃO DO SACRO IMPÉRIO ROMANO GERMÂNICO


Dá-se o nome de Sacro Império à união de alguns territórios da
Europa Central durante o final da Idade Média e o início da
Idade Moderna.
Na verdade, este império era uma espécie de mosaico de
pequenos Estados, condados, ducados, principados e reinos
que se revezavam entre períodos de ampla autonomia e outros
de poder central maior.
Este poder central dependia da capacidade do imperador de
fazer alianças e exercer influências.
O imperador era geralmente escolhido pela nobreza do Sacro
Império e pela Igreja

ORIGENS
Localizado na França Oriental no
território que pertencia ao antigo
IMPÉRIO CAROLÍNGIO que se extinguiu
em 911 e, desde então, passaram a
existir dois projetos para esta região.
O projeto da nobreza era de
autonomia local, já a Igreja, defendia a
manutenção do poder central que era característica do Império Carolíngio.
Dessa forma, em 919, Henrique da Saxônia assumiu o trono como Henrique I da
Germânia, ele era reconhecido pelos demais nobres da região, mas seu poder não
podia ser comparado com o dos carolíngios.
Henrique I morreu em 936 e foi sucedido por seu filho Oto I que no ano de 962 foi
coroado pelo papa João XII como Imperador do Sacro Império Romano Germânico,
buscando uma espécie de continuidade do Império Carolíngio.
QUERELA DAS INVESTIDURAS
Consolidado até o início do século XIX, esse novo império
fortificou a influência da Igreja sobre o Estado. Buscando a
reversão deste quadro, Oto I criou diversos bispados e abadias,
e concedeu cargos religiosos aos nobres que o apoiasse. Essas
disputas entre Imperador e papa se prolongaram, dando
origem a um conflito longo denominado QUERELA DAS
INVESTIDURAS, que se estendeu do século X ao século XII.

O auge desse confronto ocorreu no século XI, principalmente


entre o imperador Henrique IV e o Papa Gregório VII. Tanto o
papa, quanto o imperador utilizavam-se das investiduras para
expandir sua influência no Sacro Império. O Papa Gregório VII,
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buscando a independência da Igreja em relação ao
poder imperial, proibiu que as investiduras fossem
feitas por leigos. Henrique IV negou-se a
reconhecer a autoridade do papa para tal regra e
seguiu utilizando-se do poder de investir seus
aliados em cargos eclesiásticos

Gregório VII excomungou Henrique IV, que teve


que pedir perdão ao papa pois liderava um
exército cristão.
Em 1077 o papa concedeu o perdão a Henrique,
que logo atacou Roma com as suas tropas, e entre
1077 e 1081, as forças do papa e do imperador se
enfrentaram, levando Gregório a fugir de Roma.
Essa situação só foi resolvida em 1122, quando o
papa Calisto II e o Imperador Henrique V
assinaram a CONCORDATA DE WORMS. Este
acordo determinou que a Igreja teria a
exclusividade na investidura de bispos, abades e
cardeais, mas o Imperador poderia vetar tais
escolhas, atuando mais como uma espécie de juiz

De certa forma, começavam a se


separar aqui os poderes temporal e
espiritual.
A rixa estabelecida entre os reis
germânicos e o pontífice romano
enfraqueceu a influência política de
ambos os lados, fortalecendo a
autoridade local dos nobres. Dessa
forma, vários pequenos Estados se
formaram, dando caráter simbólico
à autoridade do imperador do Sacro
Império Germânico.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARRUDA, José Jobson de; PILETTI, Nelson. Toda a História: História geral e história do Brasil. 6.ed. São Paulo:
Ática, 1996.

COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.

JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 2, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.

JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 3, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.

WRIGHT, Edmund; LAW, Jonathan. Dicionário de História do Mundo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

QUESTÕES
1- (FUVEST) No processo de formação dos Estados Nacionais da França e da Inglaterra podem ser
identificados os seguintes aspectos:
a) fortalecimento do poder da nobreza e retardamento da formação do Estado Moderno
b) ampliação da dependência do rei em relação aos senhores feudais e à Igreja
c) desagregação do feudalismo e centralização política
d) diminuição do poder real e crise do capitalismo comercial
e) enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre o Estado e a Igreja

2-Os Estados Nacionais Português e Espanhol só se consolidaram efetivamente a partir do século XV. A
formação desses dois Estados, que se localizam na Península Ibérica, está relacionada diretamente:

a) à aliança com holandeses, que venderam os seus domínios para ambos os Estados.
b) à expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica.
c) ao acordo com o califado de Córdoba, que cedeu territórios para a criação desses Estados.
d) ao acordo com o Império Romano, que até então dominava a região.
e) à Reforma Protestante, que mudou completamente os hábitos religiosos da Península Ibérica.

3- (UEPA/2001)
“No século XII, os cristãos europeus já haviam retomado uma grande parte da Península, e a reconquista
prosseguiu (...) Todavia, os árabes só foram expulsos definitivamente da Península Ibérica no final do século
XV, com a tomada de Granada”.
MARTINS, José Roberto Ferreira.História.V. 2 . São Paulo: FTD: 1995.
Nesse contexto, destaca-se:
a) A formação do Estado Português em uma parte das terras retomadas das mãos dos árabes.
b) O enfraquecimento econômico do Reino Português, que teve perdas territoriais durante a Guerra.
c) A tomada de Granada que foi decisiva para a união política de Portugal e Castela.
d) A unificação dos reinos cristãos ibéricos de Castela, Aragão, Navarra e Leão.
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e) A expansão marítima de Castela, primeiro Estado Moderno a se formar na Europa.
4- (UEPB/1999) Do ponto de vista político, a transição da sociedade feudal para a sociedade moderna foi
caracterizada
a) pela luta do clero e da aristocracia para manter seus privilégios.
b) pela associação de interesses dos grupos burgueses em ascensão e das monarquias interessadas em
retomar efetivamente o poder.
c) pela manutenção dos privilégios do clero e da aristocracia por parte dos reis, ao mesmo tempo em qu
permitia à burguesia acumular capitais e parcelas do poder.
d) pela diminuição do poder de intervenção da Igreja nos assuntos internos das monarquias em formação.
e) por todas as alternativas citadas.
5-(PUC SP/2007) “Nos tempos de São Luís, as hordas que surgiam do leste provocam terror e angústia mundo
cristão. O medo do estrangeiro oprime novamente as populações. No entanto, a Europa soubera digerir e
integrar os saqueadores normandos. Essas invasões tinham tornado menos claras as fronteiras entre o
mundo pagão e a cristandade e estimulado o crescimento econômico. A Europa, então terra juvenil, em plena
expansão, estendeu-se aos quatro pontos cardeais, alimentando-se, com voracidade, das culturas exteriores.
Uma situação muito diferente da de hoje, em que o Velho Continente se entrincheira contra a miséria do
mundo para preservar suas riquezas.”.
Georges Duby. Ano 1000 ano 2000. Na pista de nossos medos. São Paulo: Editora da Unesp, 1998, p. 50-51

Luís IX (ou São Luís) governou a França de 1226 a 1270. Podem-se associar as “hordas [bandos de bárbaros
ou de desordeiros] que surgiam do leste” aos:
a) hunos que, liderados por Átila a partir de 433, avançaram violentamente até as penínsulas
Balcânica e Itálica.
b) grupos de nômades oriundos do Império Romano do Ocidente, no momento de sua desintegração, na
segunda metade do século V.
c) mongóis que, vindos da Ásia, atingiram, até 1250, a Hungria e a Polônia, devastando as terras por onde
passavam.
d) grupos de africanos trazidos das colônias portuguesas do litoral atlântico para o trabalho escravo nos
séculos XVI e XVII.
e) vikings que, após realizarem invasões e saques, se integraram, no século X, à cultura e ao comércio da
Europa mediterrânea

6-(UFAL/2014) O Estado Moderno é fruto da própria fragmentação do mundo feudal. Os poderes dos
senhores feudais sobre as terras proporcionavam uma força fragmentada sem um núcleo, cada feudo possuía
sua autonomia política o que dificultava o poder centralizado do rei.
Disponível em: http://www.primeiroconceito.com.br. Acesso em: 9 dez. 2013 (adaptado).
A emergência do estado moderno foi o fruto de vários aspectos da Baixa Idade Média, que possibilitaram o
crescente poder do rei com o apoio da burguesia comercial. Para centralizar maior poder, o Estado
monárquico buscou
a) atender as reivindicações dos senhores feudais, que formavam a base de sustentação da nobreza, sem a
qual o poder do rei desapareceria.
b) alianças com os servos para se contrapor a crescente força da nobreza feudal, que ameaçava o controle
real sobre as terras dos feudos.
c) o controle sobre questões de ordem fiscal, jurídica e militar. Em outros termos, o rei deveria ter autoridade
e legitimidade suficientes para criar leis, formar exércitos e decretar impostos.
d) conquistar novas terras, incorporando territórios vizinhos as suas posses e redistribuindo as novas terras
com os senhores feudais.
e) se afastar dos interesses dos senhores feudais, centralizando sua atenção no atendimento das
necessidades do povo, uma forma de ganhar o apoio popular.

7-Qual importância teve a criação da Assembleia dos Estados Gerais por Felipe IV, o Belo, para a consolidação
da Monarquia Nacional Francesa?
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a) isentou os comerciantes da cobrança de impostos, deixando-os livres da influência do rei.


b) garantiu ao rei a imposição de sua figura política sobre as demais instâncias da sociedade.
c) isentou a Igreja Católica de ter que prestar tributos à coroa.

d) resolveu o problema da falta de distribuição de terras no campo.


e) deu legitimidade política à burguesia.

8-(Unesp) No Século XIII, os barões ingleses, contando com o apoio de alguns mercadores e religiosos,
sublevaram-se contra as pesadas taxas e outros abusos. O rei João Sem Terra acabou aceitando as exigências
dos vassalos sublevados e assinou a Magna Carta. Pode-se afirmar que o documento apresenta importante
legado do Mundo Medieval porque
a) reafirmava o princípio do poder ilimitado dos monarcas para fixar novos tributos.
b) freou as lutas entre os cavaleiros e instituiu o Parlamento, subdividido em duas Câmaras.
c) assegurava antigas garantias a uma minoria privilegiada, mas veiculava princípios de liberdade política.
d) limitou as ambições políticas dos papas, mesmo tratando-se de um contrato feudal.
e) proclamava os direitos e as liberdades do homem do povo, através de 63 artigos.

9-(UNESP) No século XIII, os barões ingleses, contando com o apoio de alguns mercadores e religiosos,
sublevaram-se contra as pesadas taxas e outros abusos. O Rei João Sem Terra acabou aceitando as exigências
dos vassalos sublevados e assinou a Magna Carta. Pode-se afirmar que o documento apresenta importante
legado do mundo medieval por que:
a) reafirmava o princípio do poder limitado dos monarcas para fixar novos tributos.
b) freou as lutas entre os cavaleiros e instituiu o Parlamento subdividido em duas Câmaras.
c) assegurava antigas garantias a uma minoria privilegiada, mas veiculava princípios de liberdade política.
d) limitou as ambições políticas dos papas, mesmo tratando-se de um contrato feudal.
e) proclamava os direitos e as liberdades do homem do povo, através de 63 artigos.

10- (Mackenzie) Sobre a Carta Magna inglesa de 1215, é correto afirmar que:
a) foi assinada pelo rei João Sem Terra, consolidando a separação entre a Inglaterra e o Papa, tornando-o
chefe da Igreja.
b) determinou que os bens da Igreja passariam às mão da nobreza inglesa que apoiava o rei João Sem Terra,
instituindo a monarquia constitucional.
c) proclamou o rei João Sem Terra, Lorde Protetor da Inglaterra, Escócia e Irlanda, desencadeando uma onda
de nacionalismo extremado.
d) foi imposta pela nobreza inglesa ao rei João Sem Terra, limitando o poder real e obrigando-o a respeitar os
direitos tradicionais de seus vassalos.
e) criou o Parlamento inglês bicameral constituído pelas câmaras dos lordes e dos comuns, impondo ao rei
João Sem Terra a declaração de Direitos "Bill of Rights".
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GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A B A E C C B C A D

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