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INTRODUÇÃO
Hoje é comum ouvirmos um europeu dizendo “eu sou francês”, “sou inglês” ou “sou português”, mas nem
sempre foi assim. Na Europa do ano 1000, por exemplo, isso soaria estranho, pois os estados nacionais,
como França, Inglaterra ou Portugal, ainda não haviam se formado.
Naqueles tempos, a pessoa que nascesse em uma aldeia, vila ou cidade, se considerava membro daquela
comunidade, não mais que isso. A partir do século XI, essa situação começou a mudar.1
Figura::http://fazendohistorianova.blogspot.com.br/2017/
10/renascimento-comercial-e-urbano-e.html
Assim, aos poucos, o rei assumiu o papel de mediador das disputas entre os diferentes
grupos sociais e, valendo-se disso, criou impostos, estabeleceu uma moeda única e usou o
dinheiro arrecadado para montar um exército profissional assalariado. Com o
fortalecimento dos reis, completou-se o processo de formação das monarquias nacionais
Figura:https://pixabay.com/pt/rei europeias.
-coroa-cetro
1
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2.ed. São Paulo: Ftd,
2015.p.237.
FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS
IMPORTANTE
Com a morte de Bonifácio VIII, em 1303, Felipe IV pressionou pela eleição de
um Papa francês, fazendo substituto de Bonifácio VIII o Papa Clemente V; e
para manter um controle mais rígido sobre o papado, Felipe IV transferiu
Clemente V de Roma para Avignon, no sul da França.
Figura://www.infoesc
ola.com/cristianismo/
O CATIVEIRO DE AVIGNON
Tinha início o período conhecido como o Cativeiro de Avignon, ou segundo cativeiro da Babilônia, que
durou de 1307 a 1377, em que sete papas se submeteram ao poder dos reis capetíngios.
Após a morte de GREGÓRIO XI, O ÚLTIMO PAPA DE AVIGNON, em 1377, um novo Papa foi escolhido em um
conclave de 16 cardeais. O cardeal de Bari, na Itália, passou a ser o Papa Urbano VI, que
pressionaria para que a sede do papado novamente se instalasse em Roma.
Só que outro grupo de cardeais não aceitou essa eleição e, em agosto de 1378, assinou um
documento tornando nula a eleição de Urbano VI.
Pouco mais de um mês depois, elegeram outro papa, o cardeal de Genebra, que passou a
se chamar Clemente VII, cuja sede do papado se mantinha em Avignon. Iniciou, assim, o
Figura://pt.wikipedia.org/wiki/Pa
pa_Greg%C3%B3rio_XI
FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS
período conhecido como O GRANDE CISMA DO OCIDENTE, dividindo a Igreja Católica europeia de 1378 a
1417.
Em Roma, Urbano VI era apoiado pelos Em Avignon, Clemente VII era apoiado por
ingleses, Sacro Império, Flandres e norte da diversos monarcas e pessoas de destaque na
Itália. Igreja (França, Nápoles, Castela, Aragão,
Lorena e Escócia).
Com a morte de Clemente VII, o PAPA BENEDITO XIII foi eleito, mas foi contestado por um colégio de
cardeais em Pisa, na Itália, que elegeu ALEXANDRE V. Este governou por um ano e teve como seu sucessor o
ANTIPAPA JOÃO XXIII, com sede em Piza (Itália).
Esse foi o cisma
dentro do cisma e
teve alcance
continental,
chegando a Igreja a
ter três papas, um
em Roma, outro em
Avignon, na França,
e por fim um em
Pisa, na Itália.
Figura://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Cisma_do_Ocidente
Para acabar com essa divisão que enfraquecia o poder político da Igreja, foi convocado o Concílio de
Constança (1414) para solucionar a crise dos três papas.
Em 1417, os católicos ocidentais escolheram apenas um novo nome, MARTINHO V, acabando com o Cisma
do Ocidente e retornando a sede do pontificado para Roma.
O Cisma do Ocidente levou a uma sucessão de papas nas duas cidades até o seu fim, em 1417, mas o
motivo de ter durado tanto tempo se deve também à disputa de poder entre os vários reinos europeus no
período, episódios que demonstram a intenção do Rei da França de controlar o poder da Igreja Católica e,
portanto, a fragilização da Igreja Católica diante do crescente poder Estatal.
FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS
IMPORTANTE
NESSAS DUAS NAÇÕES, O PODER POLÍTICO DOS REIS SÓ VAI ESTAR CONSOLIDADO APÓS A
GUERRA DOS CEM ANOS (1334 -1453), QUE ENFRAQUECEU OS SENHORES FEUDAIS E FACILITOU
O FORTALECIMENTO DO PODER NAS MÃOS DO REI.
No ano de 1383, o trono português ficou sem herdeiros, com a morte do rei, DOM
FERNANDO.
Nesse momento, o reino de Castela tentou reivindicar o domínio das terras
lusitanas, apoiando o genro de Dom Fernando. Sentindo-se ameaçada, a
burguesia lusitana empreendeu uma resistência ao processo de anexação de
Figura:www.hirondino.com/historia-de-portugal/dom- Portugal, formando um exército próprio.
fernando-formoso/
mil-castelhanos/
Figura : www.vortexmag.net/batalha-de-aljubarrota-7-mil-portugueses-contra-30-
venceram os castelhanos e, assim, conduziram
DOM JOÃO, MESTRE DE AVIS, Ao trono
português.
Essa luta –
Revolução de Avis –
marcou a ascensão
de uma nova
dinastia (AVIS),
comprometida com
os interesses da
burguesia lusitana.
FONTE:pt.wikipedia.org/wiki/Dinastia_de_Avis
IMPORTANTE
Com isso, o estado nacional português se fortaleceu, com o franco desenvolvimento das atividades
mercantis e a cobrança sistemática de impostos.
Tal associação promoveu o pioneirismo português na expansão marítima, que se deflagrou ao longo
do século XV.
FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS
Figura:http://outlander-viajandonahistoria.blogspot.com.br/2013/11/formacao-das-monarquias-nacionais.html
IMPORTANTE - 1492
A formação do estado moderno espanhol se
consolida com a tomada de Granada em 1492,
data que marca o início da expansão
ultramarina espanhola.
Figura:http://gladio.blogspot.com.br/2012/01/o-culminar-da-reconquista-tomada-de.html
FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS
ORIGENS
Localizado na França Oriental no território que pertencia ao
antigo IMPÉRIO CAROLÍNGIO que se extinguiu em 911 e, desde
então, passaram a existir dois projetos para esta região.
O projeto da nobreza era de autonomia local, já a Igreja,
defendia a manutenção do poder central que era característica
do Império Carolíngio.
Dessa forma, em 919, Henrique da Saxônia assumiu o trono
como Henrique I da Germânia, ele era reconhecido pelos
demais nobres da região, mas seu poder não podia ser
comparado com o dos carolíngios.
Henrique I morreu em 936 e foi
sucedido por seu filho Oto I que no
ano de 962 foi coroado pelo papa
João XII como Imperador do Sacro
Império Romano Germânico,
buscando uma espécie de
continuidade do Império Carolíngio.