Alunos(a): Davi Mazzarino Foppa, ANITA Heloize Klug, Ana
Claudia Morais Serie: 3°ano Matutino Matéria: Filosofia Cruzadas
As Cruzadas foram expedições religiosas e
militares, ocorridas entre os séculos XI e XIII, cujo principal objetivo era resgatar a Terra Santa, que estava sob o domínio islâmico, para os cristãos. O termo “cruzada” se refere à cruz que os cavaleiros usavam em suas roupas quando estavam em marcha da Europa até o Oriente Objetivo das Cruzadas Para os cristãos, ter de volta o acesso aos locais sagrados para o Cristianismo era uma prioridade. As Cruzadas ganharam aspecto de guerra santa, pois o combate se daria contra estrangeiros que professavam uma fé diferente do cristianismo. Já para os comerciantes, as Cruzadas eram fundamentais para aproximar o Oriente do Ocidente e, assim, ampliar as atividades comerciais, principalmente as de Gênova e Veneza, na Península Itálica. Após séculos, o Mar Mediterrâneo voltou a ser utilizado como meio de transporte de pessoas e de mercadorias. Cruzada Popular ou dos Mendigos (1096) A Cruzada dos Mendigos teve a participação de cerca de 30 mil cruzados. Eram, em sua maioria, pobres camponeses e pessoas que viviam a margem da sociedade medieval da época. Contou também com alguns cavaleiros de baixa estirpe. Sem organização adequada e com armamentos precários, os cruzados marcharam para a Terra Santa com o objetivo de expulsar os muçulmanos do local sagrado e retomar o controle do Santo Sepulcro. Durante o percurso, pediam esmolas e alimentos ou praticavam furtos. Chegaram à cidade de Niceia (noroeste da Anatólia) em outubro de 1096. Foram fortemente atacados e massacrados pelo exército seljúcida comandado por Kilij Arslan Como Terminou a Cruzada Popular A maioria dos cruzados foi morta. Muitos ainda foram presos e vendidos como escravos. Poucos retornaram com vida para suas cidades de origem na Europa A Primeira Cruzada (1096–1099) A Primeira Cruzada foi convocada pelo papa Urbano II em 1095, durante o Concílio de Clermont. O papa atendeu a uma solicitação enviada por Aleixo I, imperador Bizantino, que precisava de apoio militar para combater os turcos sejúlcidas na Península da Anatólia. Teve a duração de quatro anos (1096 a 1099). Houve uma verdadeira peregrinação armada para o Oriente, através de solo e mar. Ela deu início a uma série de outras campanhas militares de caráter religioso e político em direção ao Oriente. Segunda Cruzada(1147–1149)
A Segunda Cruzada foi uma expedição dos cristãos
europeus, proclamada pelo papa Eugénio III e pregada por São Bernardo de Claraval em resposta à conquista de Edessa em 1144 pelos muçulmanos. A cruzada liderada pelos monarcas Luís VII de França e Conrado III da Germânia ocorreu entre 1147 e 1149 e foi um fracasso: Os cruzados não reconquistaram Edessa e deixaram o Reino de Jerusalém politicamente mais fraco na região. O único ponto positivo da campanha foi a recuperação de Lisboa em 1147. Terceira Cruzada (1189–1192) A Terceira Cruzada (1189-1192) foi lançada para a retomada de Jerusalém após sua queda para o líder muçulmano Saladin em 1187. Lideravam a Cruzada três monarcas europeus, surgindo daí o nome de “Cruzada dos Reis”. Os três líderes eram: Frederick I Barbarossa, Rei da Alemanha e Sacro Imperador (1152-1190), Philip II da França (1180-1223) e Richard I, da Inglaterra (1189-1199), o Coração de Leão. Apesar desta linhagem, a campanha foi um fracasso e a Cidade Santa nem sequer foi atacada. Ao longo do caminho, ocorreram algumas vitórias, a se destacar a captura de Acre e a Batalha de Arsuf. Quarta Cruzada (1202–1204) Apesar do acordo firmado com os islâmicos em 1192, uma nova expedição foi convocada pelo papa Inocêncio III, com o objetivo de conquistar Jerusalém. A convocação se deu em 1198, mas sua organização se concretizou apenas dois anos depois. A Quarta Cruzada foi caracterizada por motivações comerciais. O duque Enrique Dandolo fez o transporte dos cruzados em troca de dinheiro. Esses interesses econômicos começaram a interferir nas campanhas. Cruzada das Crianças (1212) A Cruzada das Crianças, ocorrida em 1212, é envolta de fatos inusitados e lendas. Acreditava-se que apenas as almas puras poderiam libertar Jerusalém. Por causa disso, milhares de crianças foram colocadas em navios saindo de Marselha, na França, em direção ao Oriente. Essa ideia teria surgido em Constantinopla, uma cidade cristã que havia sido saqueada por cruzados. Dessa forma, de acordo com a crença popular, os adultos não eram confiáveis, e apenas as crianças poderiam participar das expedições. Ao longo do caminho, várias crianças morreram de fome e frio e as que sobreviveram foram vendidas como escravas. Sexta Cruzada (1228–1229) A Sexta Cruzada foi liderada pelo Sacro Império de Frederico II, que havia sido excomungado pelo papa. Sua excomunhão fez com que seus soldados desertassem a campanha ao longo do caminho até o Oriente. Frederico II fez um acordo com o sultão Camil, que lhe garantiu a posse de Jerusalém, Belém e Nazaré por dez anos. Porém, a derrota dos cristãos para os islâmicos em Gaza, em 1224, fez com que sua conquista fosse perdida. Sétima Cruzada (1248–1254) Essa cruzada foi liderada pelo rei francês Luís IX, canonizado como São Luís. Em 1248, ele se dirigiu ao Egito e conquistou a cidade de Damieta. O exército cristão foi derrotado, e o rei, preso. Os franceses pagaram pela sua libertação. Oitava Cruzada (1270) As últimas Cruzadas foram marcadas pela derrota dos cristãos para os islâmicos. A Oitava Cruzada foi liderada pelo rei francês Luís IX, que, novamente, se dirigiu para o Egito. Os cruzados desembarcaram em Túnis e foram contaminados por uma peste que matou inúmeros cristãos. Nona Cruzada (1271–1272) Com a morte do rei Luís IX, o rei da Inglaterra, Eduardo, decidiu lutar no Oriente, mas a morte de seu pai, Henrique III, fez com que Eduardo retornasse para a Inglaterra e assumisse o trono. Para alguns estudiosos, a Nona Cruzada é considerada uma continuação da oitava. Problemas sucessórios na Monarquia inglesa se sobrepuseram à retomada de Jerusalém, que, à época, estava nas mãos dos islâmicos. Consequências das Cruzadas As Cruzadas aprofundaram a rivalidade entre cristãos e islâmicos. Porém, do ponto de vista econômico, as expedições possibilitaram o fortalecimento do comércio e o transporte de especiarias para o mercado europeu. Além disso, as Cruzadas retomaram as relações entre Ocidente e Oriente. Os reis acabaram fortalecidos, pois demonstraram seu poder militar perante os senhores feudais, que já sinalizavam a perda de seu domínio, à medida que a Idade Média começava a entrar em crise. Ordens de cavalaria Uma ordem de cavalaria ou ordem equestre é uma ordem de cavaleiros normalmente fundadas durante ou inspirados nos originais católicos ordens militares das Cruzadas (cerca de 1099-1291), emparelhado com conceitos medievais de ideais de cavalaria. Ordens tipicamente dos cruzados: ■ Ordem dos Templários (Europa) ■ Ordem Teutônica (Europa) ■ Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém (Europa) ■ Ordem Soberana e Militar de Malta (Europa) Referencias Bibliográficas ■ https://brasilescola.uol.com.br/historiag/cruzadas.htm#Objetivo+das+Cruzadas ■ https://www.suapesquisa.com/historia/cruzadas/cruzada_mendigos. ■ https://www.infoescola.com/historia/segunda-cruzada/ ■ https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-17014/terceira-cruzada/