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A ORIGEM DOS CAVALEIROS A Maçonaria, com seus ritos e símbolos E A

MAÇONARIA

A história dos templários com certeza é a mais oculta e mais difusa e apresentada
em livros e estudos ou romances como vemos atualmente. Alguns afirmam que
eles eram mágicos, alquimistas e bruxos.

A primeira informação histórica sobre os templários, amplamente conhecida, foi


feita por um historiador frâncico, Guillaume de Tyre, que descreveu em 1175 a
1185. Foi a época do ápice das cruzadas, quando os exércitos ocidentais já
haviam conquistado a Terra santa e estabelecido o reino de Jerusalém – ou como
era chamado pelos templários reino de Ultramar, A terra além do mar (esse termo
foi ainda muito utilizado em outros contextos).

Quando Guillaume de Tyre iniciou os seus escritos, a ocupação da Palestina já


tinha se iniciado a 7 anos e a existência dos Templários a mais de 50. Tudo que ele
relatou foi tento como base testemunhas sempre em segunda ou terceira pessoa.
Pois só houve cronista em Ultramar depois de 1144. Portanto não existe registro
das épocas cruciais.

E como não sabemos muito sobre as fontes de Guillaume de Tyre, isso nos lança
algumas dúvidas, mas ele nos fornece algumas informações básicas.

Segundo o mesmo, a Ordem do pobres cavaleiros de Cristo do Templo de


Salomão foi fundada em 1118 por Hugues de Payen um nobre da região de
Champagne, vassalo do conde de Champagne. – Runciman history of the
crusades v2 p. 477 (Payen nasceu no baixo Reno, seu registro de nascimento foi
encontrado e a data é 9 de fevereiro de 1070).

Segundo a narrativa, Payen na companhia de 8 cavaleiros se apresentou no


palácio de Bouillon I rei de Jerusalém, ao qual o recebeu cordialmente , e o
mesmo o fez líder religioso local e emissário do Papa.

O Objetivo declarado do, continua Guillaume, era tanto quanto permiti-se suas
forças, manter as estradas e vias seguras (...) Era um objetivo um tanto meritório,
tendo em vista que o rei destacou uma ala inteira do seu exército a disposição dos
cavaleiros, que mesmo mediante a seu voto de pobreza se instalaram na luxuosa
casa.

Segundo a tradição, o quartel dos templários foi erguido sobre as ruinas do antigo
templo de Salomão. Daí o nome da ordem.

Durante 9 anos, conta Guillaune, os 9 cavaleiros não aceitaram que outras


pessoas entrassem na ordem, e a pobreza era tamanha que várias ilustrações
mostravam 2 cavaleiros montados em um único cavalo, que mostra a fraternidade
mas a penúria de se andar em 2 cavalos separados, completa o narrador – que
essa cela existe desde do inicio da ordem, contudo ele data de um século depois,
quando os templários não eram nada pobres – se é que eles um dia foram.

Escrevendo meio século depois Guillaune, diz que os templários se


estabeleceram em 1118 e mudaran-se para o palácio do rei a fim de proteger os
peregrinos, mas o rei tinha o seu próprio biógrafo, Fulk Chatres, e ele não escreveu
50 anos após a fundação da ordem mas durante os anos em questão.
Curiosamente ele não mencionada Hugues de Payen ou seus companheiros ou
qualquer outra coisa, mesmo que remotamente falando sobre os templários.

Na realidade existe é um enorme silencio sobre os primeiros anos da ordem, e


nem mais tarde se tem relatos de peregrinos sendo protegidos pela ordem.

E não podemos deixar de admirar tão poucos homens darem cabo de tarefa tão
gigantesca. Nove homens para proteger os peregrinos de todos os cantos da terra
santa? Só 9? Não podemos esquecer que durante muito tempo não foi admitido
mais ninguém além dos 9.

A despeito disso, uma década depois a fama dos templários correu por toda
Europa. Autoridades Eclesiásticas falavam deles com louvor e aplaudiam seu
trabalho cristão. Por volta de 1128, um panfleto elogiando suas virtudes e
qualidade foi produzido por ninguém menos que São Bernardo . O panfleto e
Elogio á nova cavalaria declara os templários a apoteose de valores cristãos.

Nove anos depois em 1127, os 9 cavaleiros retornam a Europa e recebem uma


acolhida triunfal, orquestrada por São Bernardo.

Em Janeiro de 1128 um conselho doi criado, e os templários foram incorporados e


reconhecidos como uma ordem militar religiosa com a benção do Papa, e Hugues
de Payen recebeu o título de Grão mestre, e seus monges seriam os soldados de
Cristo combinando disciplina militar, com a vida austera e zelo por Cristo.

Os templários faziam votos de santidade castidade e obediência, eram obrigados


a cortar os cabelos mas deixar as barbas, sua dieta e rotinas eram regulados.
Todos eram obrigados a usar hábito ou sobretudo toga branca. A lei era: Somente
os cavaleiros de Cristo podem usar hábitos e togas brancas.

Assim em forma simbólica poderiam mostrar para o mundo que abandonaram um


mundo negro, para lutar e morrer na Luz pura e branca de Cristo
Em 1139 uma encíclica seria enviada ao Papa Inocêncio II, antigo monge protegido
de São Bernardo, afirmando que os templários não obedeceriam ninguém além do
Papa.

Tocando em miúdos: eles eram independentes de país, reino, ou ordem sendo um


conjunto e organismo internacional .

Quando Hugues de Payen visitou a Inglaterra foi acolhido como Herói nacional, o
rei Henrique I quase o “adorou” em 1128. Filhos de nobres e ricos se enfileiravam
para entrar na ordem, e o dinheiro ia para os cofres da ordem de forma
exorbitante.

Ao adentrar na ordem, todos os homens eram compelidos a doar seus bens para a
ordem, 12 meses após a visita a Inglaterra a ordem adquiriu terras na:

França, Escócia, Alemanha, Hungria, Espanha, Portugal e Flandres.

Embora os cavaleiros estivem presos a um voto de pobreza, a ordem não estava,


abarcava cada vez mais posses. Em contra partida a ordem não podia se desfazer
de nada, nem que seja para resgatar um líder. Então quando o seu líder voltou para
Palestina em 1130, deixou na Europa vários pedaços de terras para a ordem.

Em 1146, os templários adotaram a cruz vermelha (pattée), com esse símbolo eles
decoraram seus mantos, e acompanharam o rei Luiz VII a segunda cruzada,
estabelecendo sua reputação de zelo marcial insano.

Todos os cavaleiros eram impelidos a lutar até a morte, só lhes era permitido bater
em retirada caso os cavaleiros enfrentassem um grupo que fosse o triplo do seu
contingente. Caso capturados não poderiam pedir clemencia e nem resgate.

Nos 100 anos seguintes após a formação da ordem os templários, eles se


tornaram um organismo internacional (semelhante hoje a ONU), e acabaram se
engajando em diplomacia de alto nível, entre monarcas e cléricos, há vários reis
ingleses, incluindo o rei João, residiram durante alguns anos na preceptoria dos
templários de Londres, é possível encontrar a assinatura do Grão mestre dos
templários junto a assinatura do monarca na carta Mágna (o Rei Ricardo I quando
partiu para Jerusalém o fez disfarçado de templário em 1192 – History of Knights p.
148).

Ligações de amor e ódio também se estabeleceram no mundo mulçumano –


sendo que a ordem durante um certo período de tempo conseguiu a admiração
dos Sarracenos, é creditado também a ordem aliações secretas com os
Hashishins (Assassinos), a famosa seita de assassinos profissionais e
frequentemente fanáticos, era o equivalente mulçumano, da ordem dos
templários. Assim os templários foram colocados como árbitros oficiais nas mais
diversas disputas.

Henrique III da Inglaterra, ousou desafia-los em 1252, ameaçando confiscar


algumas terras que estavam aos cuidados da ordem.

Argumentando:

“Vocês templários (...) tem tantas liberdades e tantas concessões que as suas
enormes posses fazem com que esnobem com orgulho e insolência. Aquilo que
foi imprudentemente dado, deve portanto, ser prudentemente retomado, e aquilo
que foi desconsideradamente oferecido, deve consideravelmente ser recuperado”
– Daraul History of secret socities p. 46 [Tradução Livre].

Quanto a essa provocação o Grão Mestre da ordem rebate:

“Que dizeis vós tu ó rei! Longe esteja a vossa boca a pronunciar tão desagradáveis
palavras. Enquanto exercer justiça reinará. Mas se vós infringir injustiça cessareis
de reinar”

✠✠✠ TEMPLARS ✠✠✠

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