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EXORTAÇÃO AO IRMÃO EDSON PARA O BOM DESEMPENHO COMO LÍDER DE JOVENS

Irmão Edson, há uma ênfase máxima, por nós adventistas, de que nós vemos que os jovens são o
futuro da igreja, embora no meu posto de vista bíblico e espírito de profecia, essa máxima não
cabe muito explicita nos dias de hoje, a não ser que os jovens se despertem para a necessidade de
buscarem urgentemente o reavivamento e reforma de suas vidas. Isso não é um prejulgamento de
minha parte. Os Testemunhos de Jesus deixa isso bem claro, tanto a nível de jovens como os que
estão também a tempos na igreja, salvo, é claro, algumas exceções. Assim como o povo de Israel
que buscava fazer uma adoração perfeita, a gente também deve busca uma adoração perfeita, se
aprofundando nas palavras de Deus, exaradas nas Escrituras e Testemunhos de Jesus, de acordo
com Isaias 8:20 e 8: 16, nessa ordem mesmo rsrsrs.
Você se lembra de alguma semana de oração que se tornou um ponto de virada especial em sua
vida? As semanas de oração modernas costumam ser períodos de reavivamento espiritual, cujo
objetivo é fortalecer o relacionamento das pessoas com Deus, seja elas jovens ou não. Entretanto,
as primeiras semanas de oração adventistas tinham a intenção tanto de aprofundar a conversão
quanto de estimular a generosidade. Podiam até ser chamadas de semanas de mordomia.
Vamos voltar às nossas raízes nos lembrando um pouco de como eram os “antigos marcos
estabelecidos”? Por volta da metade da década de 1880, a Igreja Adventista estava crescendo de
forma significativa, mas os membros não eram generosos o bastante para apoiar financeiramente a
missão da igreja em expansão. Muitas Associações locais tinham dívidas; a obra missionária
urbana carecia de recursos e trabalhadores; a Sociedade Internacional Missionária e de Tratados
estava sem fundos; as missões estrangeiras tinham grandes débitos com a Review and Herald; e
todas as escolas adventistas estavam deficitárias, mas necessitavam de instalações maiores.
Como seria possível reverter essa condição desafiadora?
No domingo 6 de dezembro de 1885, a assembleia da Associação Geral separou o período de 25
de dezembro de 1885 a 2 de janeiro de 1886 (nove dias) para ser a primeira “semana de oração”
adventista. Os delegados daquela sessão fizeram o apelo para que “todos os presidentes de
Associação e pastores de igreja [dessem] imediata e fiel atenção a esse assunto, para que toda
igreja e, tanto quanto possível, cada indivíduo [recebessem] informações quanto à natureza e ao
objetivo dessa semana de oração. ”E que todos se [unissem] em humilhação perante Deus,
suplicando uma conversão mais profunda, para que sua bênção [permanecesse] sobre a
obra iniciada, para que [abrisse] o coração daqueles que [tinham] recursos a fim de usarem
o talento que o Senhor lhes [dera] para enviar a mensagem às nações da terra, reunindo a
partir delas um povo para Seu nome”.
Isso era a essência que deveria despertar aquela época, ante a necessidade de que só seria
possível, se ocorresse um reavivamento e reforma na igreja.
Com frequência, nossas orações se tornam muito centradas em nós mesmos, preocupadas apenas
com as próprias necessidades e aflições. Quem sabe até oremos pelas necessidades dos outros,
mas não os ajudamos. Podemos interceder pela pregação do evangelho ao redor do mundo, mas
não a apoiamos com nossos recursos. Além de pedir por esse e por muitos outros projetos,
também devemos sustentar a missão da igreja com nossa influência pessoal e com nossos bens,
e, os jovens, precisam não apenas entender essa visão missionária da igreja, como também se
envolverem, se de fatos eles se veem ou querem ser ver como os Jovens Adventistas futuros da
igreja amanhã e até a volta de Jesus.
Sempre houve preocupação em relação à espiritualidade e futuro dos jovens.
Hoje, com toda mudança cultural trazida pela revolução tecnológica em curso, OS PAIS e os
líderes da igreja ficaram ainda mais apreensivos acerca da vida religiosa da juventude. Enquanto
muitos falam que os jovens estão perdidos, outros acreditam no grande potencial que tem essa
geração.
A Igreja Adventista está atenta também às mudanças e exigências do mundo contemporâneo.
Prova disso é que a transmissão de valores para as novas gerações é uma das quatro ênfases da
igreja sul-americana na atual conjectura do que é a igreja adventista hoje em relação a seus
jovens. Tenho visto vários líderes de jovens, questionando sobre como podem lidar com os
principais desafios da juventude e o que podemos sonhar para eles e com eles.
Vejo (mas, e os pais, não estão vendo?) a nossa juventude como um grande exército do bem.
Eles são curiosos, conectados, proativos, inconformados com as injustiças, avessos à hipocrisia.
Tudo isso faz que essa geração tenha um superpotencial para se engajar em grandes movimentos em
favor do semelhante.
Por isso, como igreja, devemos continuar estimulando cada jovem a abraçar o ideal do serviço, mas, os pais, devem
estar dando exemplo e praticando a ordem divina de Deut. 6:6 e 7; Prov.22: 6; Sal.132: 12 e Efe. 6: 4. Os planos de
Deus para os jovens, pais cristãos, tem sua base fundamental no que diz a Sua Palavra e primeiramente com eles, depois
filhos e, por conseguinte, a igreja através de seus departamentos – berço, primários, crianças, juvenis, adolescentes e
jovens – a responsabilidade de ampliar esses ensinos. Não dá e nunca dará certo “o plano de Deus assim idealizado”. O
Plano é dEle, da igreja, conscientizar os pais nesta direção. Entender esta realidade, é pautar essa mobilização no
impulso que vem da intimidade diária, primeiramente dos pais com Deus por meio da oração, do estudo da Bíblia e
Comunhão (culto pela manhã e pela tarde).
Essa vida devocional que move os jovens para a ação poderá ser estimulada a partir deste modelo divino e por
conseguinte, a igreja, por meio de encontros semanais e presenciais, nos quais a vida em comunidade seja
experimentada. O advento das redes sociais e intenso uso que os jovens fazem delas mostram a sede dessa geração por
relacionamentos.
Não precisamos sair da internet, mas intensificar os encontros “face to face”.
Neles, os relacionamentos são aprofundados e os dons são desenvolvidos. Com uma comunhão diária forte e
relacionamentos saudáveis, o engajamento na missão será algo natural.
Os desafios de ministrar aos jovens são grandes. Um dos principais deles é mudar a cultura de consumo de programas,
para o engajamento em projetos de curta e longa duração, especialmente que tenham como foco a comunidade de fora
da igreja.
Além do impacto social e evangelístico, projetos de missão transformam a mentalidade dos voluntários ao colocá-los
diretamente no campo missionário. Eles descobrem que trabalhar pela salvação do próximo os aproxima de Jesus. Eles
voltam com o amor ao próximo aflorado, mais generosos e parecidos com Cristo.
Por outro lado, os eventos também têm seu espaço, não como um fim em si mesmos, mas como partes de um todo,
como momentos de celebração e inspiração que sirvam para mostrar o que Deus tem feito por meio dos jovens e motive
outros a se engajarem tendo em vista o que Ele vai fazer.
Nesse sentido, é importante olhar para os jovens como protagonistas em fazer igreja, e não como meros espectadores, e
mais uma vez afirmo, tendo o exemplo de pais. Se nosso foco, como pais também estiver na missão, a balança entre
eventos e projetos duradouros para nossos jovens estará equilibrada na dinâmica da congregação local.
Requisito imprescindível para a liderança do ministério jovem é ser e fazer discípulos. Liderança de jovens que não
sabem ser discípulos, não tem como estes fazer jovens discípulos. Jamais se consegue dar para colher se não há o que se
dá. Isso é fato.
Trata-se de um processo cuidadoso em que um grupo de jovens é aconselhado e conduzido por alguém com mais
vivência, que carrega em si marcas mais profundas da jornada cristã. Para alcançar esse objetivo, precisamos ter mais
líderes preparados para influenciar essa geração, e destaco, líderes preparado por exemplos de pais consagrados e que o
formaram nesta direção; que ousem novos métodos com uma linguagem mais atual sem perder o essencial. E que
encarem o discipulado um a um e em pequenas comunidades como indispensável para um pastoreio intencional que
gere transformação.
Hoje, é assustador os altos índices de apostasia entre os jovens, que são uma realidade no contexto adventista ao redor
do mundo. E a igreja precisa mobilizar suas forças a fim de dirimir esse problema, todavia, hoje por incrível que pareça,
a negligência está mais no que tange os testemunhos de vida cristã dos pais que não corresponde a fé que dizem crer e
professar. Negar isso é uma estupidez e blasfêmia, e, é claro, não falo generalizando, como sempre digo, há exceções.
Aqui onde vivo isso é real. Para tanto, o discipulado das novas gerações não pode ser encarado como uma tarefa
meramente institucional, só da igreja, mas, família (pais) e igreja mediante seus departamentos e ministério.
Indubitavelmente, é um desafio [coletivo] da igreja no sentido de que é responsabilidade pessoal de todos. O discipulado
é artesanal e pessoal. Não pode ser feito por atacado, decreto ou documento.
Entendemos que a maior marca de um discípulo de Cristo é o amor (Jo 13:35).
E quando este dom de Deus se manifesta na vida dos pais e lideranças da igreja, ele – o amor – transbordará para
nossos filhos jovens.
É por isso que o discipulado com as novas gerações só será efetivo quando o amor pelos jovens for maior que nossos
próprios interesses.
Dúvida? Deixemos a Testemunha Verdadeira, através de Seus Testemunhos dado a seu Remanescente, através do
Espírito de Profecia, nos confirmar, vejamos:
“Muito se tem perdido para a causa da verdade por falta de atenção às necessidades espirituais dos jovens. Os
ministros do evangelho devem travar amistosas relações com a juventude de sua congregação. Muitos são relutantes
nesse ponto, mas sua negligência é pecado aos olhos de Deus”. (Obreiros Evangélicos, 207.)
Embora os líderes de jovens, de maneira geral, reconheçam a importância do crescimento espiritual e até mesmo
enfatizem a relevância da COMUNHÃO no processo do discipulado dos jovens da igreja, há uma crescente tendência
para que as ações do ministério jovem foquem mais na experiência de adoração em grupo (cultos, congressos e semanas
de oração), DO QUE NA DEVOÇÃO PESSOAL. Experiências de adoração em grupo são importantes e devem ser
incluídas no plano de ação JA, para o crescimento espiritual dos jovens, mas não podem substituir a devoção matinal,
que foi chamada no passado de vigília matutina e hoje recebe o nome de #PrimeiroDeus.
Para Malcolm Allen, no livro Salvação e Serviço: “Nossa juventude precisa ser desafiada hoje com uma mensagem
que lhe seja relevante, que lhe supra as necessidades. Precisa ser levada, por preceito e exemplo, a adotar um estilo
de vida que lhe permita apreciar a presença de Deus neste planeta, a fim de que esse apreço e COMUNHÃO possam
ter prosseguimento nas cortes celestiais. É essa a mensagem e a missão da igreja aos jovens”.
Os jovens precisam ter uma vida de COMUNHÃO com Deus, para que sejam fortalecidos no contexto do grande
conflito. Se tal prática é inexistente, como superar as dificuldades e tentações que diariamente se veem sendo
assaltados? É inútil todo esforço contra o mal se não houver COMUNHÃO com Deus.
O desafio do líder JA é despertar nos jovens a necessidade de buscar plenitude do Espírito Santo, bem como uma
conformação dos hábitos, atitudes e tendências para com a vontade divina, conforme esta é apresentada na palavra de
Deus.

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