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II - PRIMEIROS PASSOS

COM A IGREJA
Vivendo na comunidade de Jesus

2023
Curitiba
FICHA CATALOGRÁFICA

COMITÊ EDITORIAL
Carlos Gustavo Cecyn Lundgren REVISÃO FINAL
Michel Ferreira Piragine Liliane de Castro Morais
Carlos Gustavo Cecyn Lundgren
FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICA Janete Maria de Oliveira
Carlos Gustavo Cecyn Lundgren
Janete Maria de Oliveira

REDAÇÃO FINAL
Carlos Gustavo Cecyn Lundgren
Janete Maria de Oliveira

DIAGRAMAÇÃO
Tiago Artur Pscheidt

CAPA
Tiago Artur Pscheidt

Michel Ferreira Piragine


Pastor Titular e Presidente da Primeira Igreja Batista de Curitiba

Área Ministerial de Educação Cristã


Integrar
Caderno II - Primeiros passos com a Igreja

Curitiba – 2023
1ª edição
Tiragem: 350 exemplares

PRIMEIRA IGREJA BATISTA DE CURITIBA


R. Bento Viana, 1200, Batel - 80240-110 - Curitiba - PR
Telefone: (41) 3091-4347
E-mail: edcrista@pibcuritiba.org.br
Sumário

07 Uma palavra sobre este material

08 Organize-se!

Semana 1 - Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja


14 1. Sou discípulo e faço discípulo
18 2. Escutei um chamado, sou igreja
21 3. A igreja é feita de gente que precisa de liderança
26 4. Quando eu errar, por favor, corrija-me!
30 5. Eu sei por que sou batista

Semana 2 - Célula, uma forma de ser Igreja


40 1. Assim nasce a Igreja em célula
44 2. Afinal, o que é essa tal célula?
47 3. Siga as metas, vem para a célula!
52 4. Atenção! Célula em missão!
55 5. Estamos em célula, liderança à frente

Semana 3 - Vamos celebrar? Afinal, somos Igreja!


62 1. Por que separar um dia para celebrar?
66 2. Só alegria, festejando a missão
70 3. Estou convicto, por isso celebro!
75 4. Vem para a igreja!
79 5. Juntinhos em uma igreja local

Semana 4 - Igreja que serve em seus ministérios


88 1. Servir, convocação séria!
91 2. Cuidando das dávidas de Deus
95 3. Recebo como dádiva, por isso entrego

5
Sumário
1 aiD

99 4. Vamos expandir a igreja?


103 5. Igreja, possibilidades para servir

109 Guia do discipulador


113 Referências

6
Uma palavra sobre este material

Primeiros passos com a Igreja

No processo de crescimento espiritual chamado DISCIPULADO, somos desafiados


a viver plenamente os valores bíblicos e a exercitar nossa fé em Jesus no dia a dia. Para
auxiliá-lo nesse trajeto, o próximo passo em sua jornada é o material denominado “II
- Primeiros passos com a Igreja”. Neste caderno, você será instigado a compreender
seu chamado dentro da igreja e o propósito que a igreja desempenha em sua vida.

Afinal, como igreja, nossa missão fundamental é conduzir as pessoas a um


relacionamento profundo com Deus, promover o amor e o serviço ao próximo e
proclamar Jesus a todas as nações com a força do Espírito Santo.

Qual é o seu papel nisso tudo?

Seu papel envolve submissão a Deus, reconhecendo que você é meramente um


instrumento nas Suas mãos. É compreender que, sem a direção de Deus, você não
poderá alcançar o propósito que o Senhor deseja para você como discípulo e para sua
vida como um todo. Portanto, permaneça vigilante e mantenha uma vida de oração
constante.

Você está disposto a abraçar essa missão e a buscar um relacionamento profundo


com Deus, a praticar o amor e o serviço ao próximo, e a tornar Jesus conhecido? Sua
jornada espiritual continua a partir daqui, e estaremos juntos nessa caminhada de
aprendizado e transformação espiritual.

Carlos Lundgren
Pastor da Área Ministerial de Educação Cristã
e Coordenador da plataforma de ensino A Jornada.

Conheça mais sobre o


Ministério da Educação Cristã

7
Organize-se

A Jornada
Quantas vezes você já se questionou: “Como posso estudar
a Bíblia de forma eficaz? O que é realmente importante? Por
onde devo começar?”

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espiritual.

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Recursos do caderno:

QR-codes

Há vários QR-codes espalhados pelo caderno, e por meio deles você poderá:

• Conhecer melhor nosso ministério.


• Assistir vídeos relacionados com o estudo do dia.
• Saber qual é o próximo passo após o fim deste material.
• Entrar em contato conosco.

8
Dia 1
Organize-se

Como utilizar os QR-codes?


Se você tem um smartphone iOS:
1 - Abra a câmera do celular;
2 - Aponte a câmera para o QR-code;
3 - Acesse o link;
4 - Logue na sua conta da plataforma A Jornada ou cadastre-se;
5 - Tenha acesso ao material complementar!

Se você tem um smartphone Android:


1 - Baixe um aplicativo que faça leitura de QR-codes na Play Store;
2 - Abra o app;
3 - Aponte a câmera para o QR-code;
4 - Acesse o link;
5 - Logue na sua conta da plataforma A Jornada ou cadastre-se;
6 - Tenha acesso ao material complementar!

Que tal ir além?

9
Organize-se

Sua constância é um fator fundamental neste processo!


Não perca a oportunidade de anotar os dados dos encontros com seu discipulador
ou turma, pois isso demonstra seu compromisso e dedicação. Ao registrar essas
informações, você contribui para uma melhor organização e permite acompanhar
seu próprio crescimento de forma visual e motivadora.

Não deixe isso passar despercebido! Aproveite o momento e faça o registro das datas
agora mesmo, dando um passo importante em direção ao seu desenvolvimento
espiritual. Estamos ao seu lado nesta jornada!

ENCONTRO
Semana 1: Pertenço a uma comunidade, a Igreja / /
Semana 2: Célula, uma forma de ser Igreja / /
Semana 3: Vamos celebrar? Afinal, somos Igreja / /
Semana 4: Igreja que serve em seus ministérios / /

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Semana 1
Pertenço a uma Comunidade
de discípulos, a Igreja

Versículo para memorizar durante a semana

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11:26
Objetivo da Semana Dia 1

Bem-vindo à primeira semana de estudos do caderno


Primeiros passos com a Igreja!

• Ore e busque em Deus a compreensão dos conteúdos.


• Observe o objetivo e a trajetória da aprendizagem da semana.
• Procure memorizar o versículo da semana.
• Não deixe de registrar suas dúvidas e conversar com seu professor.

Reconhecer como a comunidade de


discípulos se organiza como igreja local

1
2
DIA
Entender o chamado
para o discipulado e
suas implicações na DIA
vida do cristão
Perceber os fundamentos
bíblicos sobre o conceito
e importância da igreja no
mundo

3
4
DIA
Identificar os oficiais
da igreja e o mérito
dos mesmos DIA
Compreender a
relevância da
disciplina na igreja

DIA 5
Conhecer os pressupostos
da denominação batista
relacionando com sua
vivência de ser igreja

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11:26
13
Dia 1 Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja

Sou discípulo e faço discípulo

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia:


• Entender o chamado para o discipulado e as implicações na vida do
cristão.
• Memorizar e refletir sobre o versículo da semana.

Você já pensou como a Bíblia utiliza as mais diversas expressões para os seguidores
de Jesus? Irmãos, crentes, santos, eleitos, discípulos, cristãos e os do caminho. Cada
termo diz respeito a uma característica em especial e a mesma deve acompanhar a vida
do cristão em sua igreja local: fraternidade, fidelidade, santidade, responsabilidade,
aprendizado, qualidades e direção espiritual. Por isso, cada igreja local escolhe maneiras
adequadas ao seu contexto e às necessidades de sua localidade de imprimir os valores
cristãos, no cumprimento de sua missão. Mas, veja bem… o nome discípulo é a
primeira caracterização dos seguidores de Cristo.

Olhe na Bíblia, como Jesus, em primeira mão, convida Seus seguidores, conforme
Mateus 28:18-20 “Então Jesus chegou perto deles e disse: Deus me deu todo o poder no
céu e na terra. Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus
seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e
ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou
com vocês todos os dias, até o fim dos tempos.” (grifo nosso)

Pense aí! Por que Jesus não fez a igreja já no início de Seu ministério? Imagine Jesus
caminhando pelas terras da Palestina e chamando pessoas para ser Igreja… Sabemos
que não foi assim! Segundo os evangelhos, a primeira preocupação de Jesus foi fazer
discípulos, primeiro os literais e depois os de forma figurada, pelo mundo todo.
Assim, a Igreja é, ou deveria ser, uma comunidade de discípulos de Cristo, isso quer
dizer que, como cristãos, somos Seus discípulos e, como tal, nos tornamos membros
da Igreja.

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11.26
14
Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja Dia 1

Para refletir:
Será que todos os membros de uma igreja local são discípulos de Jesus?
O que se pode fazer para tornar todos os membros da igreja em discípulos
de Jesus?

Que tal compreendermos como Jesus nos chama para sermos Seus discípulos? De
início precisamos entender o ambiente onde se formaram os primeiros discípulos na
Bíblia.

Os evangelhos relatam como Jesus chamou os Seus 12 primeiros discípulos, essa


chamada era imperativa! Seguem-me! E disse Jesus: “Jesus lhes disse: Venham comigo,
que eu ensinarei vocês a pescar gente. Então eles largaram logo as redes e foram com Jesus.”
(Mateus 4:19-20) Seguir um mestre no antigo Israel era um privilégio, por isso a
prontidão de quem recebia o convite, era a oportunidade de aprender aos pés de um
mestre.

Desde então, o discípulo se submetia aos ensinamentos da Torá, feito por um rabino e,
ao mesmo tempo, servia-o. Os patriarcas e os profetas no Antigo Testamento tinham
discípulos e seguiam essa mesma premissa: aprendizagem e serviço. 1 Crônicas 25:8
é um dos textos do Antigo Testamento que apresenta o termo discípulo.

Nesse mesmo fundamento, o discipulado continua no Novo Testamento, a exemplos:


o apóstolo Paulo, que aprendeu aos pés do mestre Gamaliel (Atos 5:34 e 22:3); João
Batista, que tinha discípulos (Lucas 7:18); e Jesus, como mestre em Israel não foi
diferente. Jesus formou primariamente 12 discípulos (Marcos 16:20) e, na sequência,
chamou 70 discípulos (Lucas 10:1-11), depois 500 e milhares até hoje.

Você já viveu o discipulado, conte-nos sobre suas experiências:

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11:26
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Dia 1 Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja

Você sabia que Jesus continua, hoje, chamando pessoas para serem Seus discípulos?
Mas, calma… Não é uma chamada literal como nos tempos de Jesus, uma vez que o
discipulado literal fazia parte da cultura do mundo antigo. Hoje em dia a caminhada
do discipulado é espiritual e emblemática, mas fundamentada nos mesmos princípios
do discipulado bíblico. Explicando para vocês... O discipulado bíblico, para os dias
de hoje, inicia-se na evangelização de uma pessoa e termina no último dia de sua vida
terrena.

Outra mudança é que só temos um mestre, Jesus! A ideia é: um discípulo, que já


acompanha o mestre Jesus por mais tempo, ajuda o discípulo mais novo na fé nessa
caminhada. Note que, após Jesus ressuscitado, Ele chama Pedro novamente para
a caminhada do discipulado, uma vez que Pedro O negou e desistiu de ser Seu
discípulo: “JAo dizer isso, Jesus estava dando a entender de que modo Pedro ia morrer
e assim fazer com que Deus fosse louvado. Então Jesus disse a Pedro: Venha comigo! [...]
Jesus respondeu: Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com isso?
Venha comigo! (João 21:19 e 22, grifo nosso).

Atente como Jesus faz o mesmo chamado para Pedro O seguir, ou seja, seguir a
Jesus fazia parte do discipulado bíblico literal e continua no chamado bíblico
simbólico, uma vez que, no texto acima, Jesus terminará Seu ministério terreno e
assim Pedro deveria continuar sendo Seu discípulo, mas não mais literalmente e
sim espiritualmente. Foi o que Pedro e os demais discípulos de Jesus fizeram. Nesse
sentido, podemos verificar na Bíblia outros discípulos da igreja apostólica, a exemplo
de Dorcas, que foi apontada como uma discípula de Jesus: “Na cidade de Jope havia
uma seguidora de Jesus chamada Tabita. (Este nome em grego é Dorcas.) Ela usava todo o
seu tempo fazendo o bem e ajudando os pobres.” (Atos 9:36). Assim, devemos continuar
a caminhada do discipulado como maior prioridade na vida da Igreja. A igreja só
pode ser chamada de Igreja se seus componentes são discípulos do único mestre,
Jesus. Lembre-se que isso só acontece quando eu e você somos e fazemos discípulos
para Ele!

Fala aí sobre as características do discipulado bíblico:

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11.26
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Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja Dia 1

Nos tempos de Jesus:

Nos dia de hoje:

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ O discipulado é uma ordem, uma vez que essa ordem foi dada por
Jesus, após o término de Sua caminhada como mestre em Israel.
□ O discipulado continua para a Igreja na atualidade.
□ O discipulado envolve ser e fazer discípulo.
□ A igreja deve ser uma comunidade de discípulos e não só de membros.
□ Jesus, o maior mestre da Igreja.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11:26
17
Dia 2 Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja

Escutei um chamado, sou Igreja

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia :


• Perceber os fundamentos bíblicos sobre o conceito e importância da
Igreja no mundo.
• Rever o versículo da semana.

A vida em comunidade é tema central na Palavra de Deus. O discipulado de


Jesus encontra realização entre pessoas. O discípulo que nasceu de novo, ou seja,
foi regenerado pelo Espírito Santo, não tem como evitar a realidade da vida em
comunidade. Viver na e entre a comunidade de Jesus é consequência natural da
redenção em Cristo. Fomos criados por Deus e para Deus e em todo o processo de
descoberta de Deus estamos acompanhados por pessoas. Desde que nascemos estamos
inseridos numa comunidade. O primeiro nascimento, o natural ou biológico, insere-
nos na sociedade em que vivemos. O segundo nascimento, o nascimento do Espírito,
que vem da aceitação de Jesus Cristo, nos insere na comunidade de Jesus, o povo de
Deus. Dessa forma, a Igreja de Jesus é uma comunidade de discípulos, esse viver em
comunidade é fator decisivo para caminhada do discipulado, por isso Jesus criou a
Igreja. “Portanto, eu lhe digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja,
e nem a morte poderá vencê-la.” (Mateus 16:18) Percebe-se nesse versículo que Jesus
é a origem da Igreja.

Uma vez que a Igreja tem início em Jesus, a existência dela, a viabilidade de sustento
e destino dessa comunidade de discípulos depende da presença dinâmica de Cristo,
como fonte de vida, sustento e direção. Veja também a orientação do apóstolo Paulo:

“Portanto, vocês, os não judeus, não são mais estrangeiros nem visitantes. Agora vocês são
cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família dele. Vocês são como
um edifício e estão construídos sobre o alicerce que os apóstolos e os profetas colocaram. E a
pedra fundamental desse edifício é o próprio Cristo Jesus. Ele mantém o edifício todo bem
firme e faz com que cresça como um templo dedicado ao Senhor. Assim vocês também,

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11.26
18
Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja Dia 2

unidos com Cristo, estão sendo construídos, junto com os outros, para se tornarem uma
casa onde Deus vive por meio do seu Espírito.” (Efésios 2:19-22)

O termo “igreja” vem do Novo Testamento. No Antigo Testamento, a palavra é


desconhecida. Contudo, apesar de não conter claramente a palavra igreja, o seu
conceito está presente no primeiro testamento da Bíblia, ainda que não plenamente
desenvolvido. A palavra usada para salientar o conceito de “assembleia” é kahal. A
palavra kahal vem do hebraico bíblico e identifica as assembleias solenes dos hebreus.
kahal para os israelitas, já evidenciava a assembleia do povo de Deus prefigurando o
povo do Senhor que viria no Novo Testamento.

Outra palavra hebraica, edá, tem o significado de uma reunião com propósitos
essencialmente religiosos do povo do Antigo Testamento. Era o termo usado para
descrever alguém que pertencia à religião dos hebreus desde o nascimento, mais tarde
o judaísmo. A importância de kahal e edá significa que Deus destaca, escolhe, chama
e abençoa seu povo. Mostra que Deus deseja um relacionamento pessoal conosco.
Portanto, não é correto falar em “igreja” no Antigo Testamento. Porém, o conceito
de povo de Deus é significativo para o ensino que Jesus trouxe e seus discípulos
aplicaram.

O Novo Testamento usa o termo ekklesia, em grego, que significa, literalmente,


“chamado para fora de”. Primeiramente, num sentido popular comum às instituições
do tempo do Novo Testamento, o termo ekklesia designa as assembleias populares
e públicas com a finalidade de deliberar algum assunto comum a uma cidade. Os
textos com esta conotação são: Atos 7:38; 19:32, 39:40; Hebreus 2:12.

Por que existe Igreja? Reflita e no seu entendimento responda essa questão
abaixo:

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11:26
19
Dia 2 Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja

A Igreja existe porque Deus quer reconciliar consigo o mundo rebelde e sujeito à
morte em suas várias dimensões: física, espiritual, social, existencial, cósmica e eterna.
A Igreja existe porque Deus nos ama e quer nos restaurar para Si. Podemos dizer
que o propósito pelo qual Deus criou a Igreja é sinalizar Sua presença no mundo, por
meio dessa comunidade diferenciada, isto é, composta por discípulos de Jesus. Assim,
a Igreja demonstra a possibilidade de redenção ao mundo pecador, distante de Deus.
Veremos mais detalhes da finalidade da Igreja no estudo da Semana 3 deste material.

Além disso, quando somos chamados para ser igreja é necessário compreender
que Igreja não é templo ou edifício físico e muito menos uma confissão de fé ou
denominação. Igreja, na Bíblia, possui duas conotações: igreja local (visível) e Igreja
Universal (invisível). A igreja local é a comunidade de discípulos de Jesus batizados,
sinalizando sua experiência presente no mundo, por isso chamada de visível e
é a expressão histórica e geográfica da Igreja Universal; por isso, cada igreja local
representa uma parte da Igreja Universal.

Temos alguns exemplos de igreja local no novo testamento: A igreja de Jerusalém,


a igreja de Corinto, a igreja de Éfeso, etc. A Igreja Universal (invisível) não é uma
denominação ou seita cristã, como você poderia pensar. É a Igreja de Deus, de todos
os tempos, locais e gerações. É essa Igreja, a qual é edificada sobre Cristo, a pedra
fundamental, em Mateus 16:18. Apesar dessas distinções dimensionais, só temos
uma Igreja. Essas distinções são pontuadas na Bíblia devido ao fator escatológico, ou
seja, a visível já é manifesta e a invisível se manifestará no futuro.

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11.26
20
Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja Dia 3

A igreja é feita de gente que


precisa de liderança

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia:


• Identificar os oficiais da igreja e o mérito dos mesmos.
• Rever o versículo da semana.

A igreja local precisa de organização, mesmo que ela seja mais espiritual do que
qualquer coisa; ela é um grupo de pessoas, então tem que se organizar. Por isso, Deus
estabeleceu que em cada igreja local houvesse aquelas pessoas que ocupariam cargos de
confiança, chamados por Deus e reconhecidos publicamente pela comunidade, para
que assumissem a responsabilidade de dirigir, servir e administrar a igreja local em
suas demandas. Esses servos de Deus devem levar a igreja local a cumprir o propósito
de Deus. Quando falamos sobre “oficiais” da igreja local, estamos nos referindo
àqueles que ministram sobre e junto ao povo de Deus. Os “oficiais” da igreja local são
os líderes instituídos por Deus e autorizados pela igreja para ter autoridade espiritual
e de liderança junto ao povo de Deus.

Esses termos para liderança oficial da igreja variam, mas, normalmente, quando não
são usados como sinônimos, se restringem em pastores e diáconos. Por isso, em nossa
igreja e denominação chamamos esses oficiais de pastores e diáconos “Cuidem de
vocês mesmos e de todo o rebanho que o Espírito Santo entregou aos seus cuidados, como
pastores da Igreja de Deus, que ele comprou por meio do sangue do seu próprio Filho.”
(Atos 20:28), veja também como Paulo e Timóteo saúdam os líderes a “Eu, Paulo, e
Timóteo, servos de Cristo Jesus, escrevemos esta carta para todos os moradores da cidade
de Filipos que pertencem ao povo de Deus e que creem em Cristo Jesus e também para os
bispos e diáconos da igreja.” (Filipenses 1:1)

Os pastores têm a função de apascentar o rebanho. A imagem do pastor é uma


comparação do Antigo Testamento ligada ao trabalho pastoril e aplicada aos líderes

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11:26
21
Dia 3 Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja

da nação de Israel. No Novo Testamento, os pastores são os líderes representativos da


Igreja do Senhor Jesus, ainda que cada cristão possa assumir uma posição de liderança
e influência. O Novo Testamento emprega os termos gregos presbyteros (ancião) e
episkopos (bispo) como sinônimos de poimen (pastor/apascentador). O pastor é quem
cuida do rebanho, deve ensinar a sã doutrina, refutar as heresias, ensinar a Palavra
de Deus, dirigir a igreja local com os preceitos bíblicos, morais e espirituais. Os
pastores devem ser respeitados pela igreja local. Paulo afirma isso na carta à igreja da
Tessalônica:

“Irmãos, pedimos a vocês que respeitem aqueles que trabalham entre vocês, isto é, aqueles
que foram escolhidos pelo Senhor para guiá-los e ensiná-los. Tratem essas pessoas com o
maior respeito e amor, por causa do trabalho que fazem. E vivam em paz uns com os
outros.” (1 Tessalonicenses 5:12-13).

Do mesmo modo, os pastores devem ser obedecidos; não ingenuamente, mas é dever
dos membros submeter-se à sua liderança em amor. A razão dessa submissão é o
próprio bem da membresia, que terá pastores satisfeitos e úteis. A carta aos hebreus
esclarece isso: “Obedeçam aos seus líderes e sigam as suas ordens, pois eles cuidam sempre
das necessidades espirituais de vocês porque sabem que vão prestar contas disso a Deus.
Se vocês obedecerem, eles farão o trabalho com alegria; mas, se vocês não obedecerem, eles
trabalharão com tristeza, e isso não ajudará vocês em nada.” (Hebreus 13:17)

Sublinhe as frases que mostram porque a igreja precisa se organizar,


elegendo seus oficiais:

• Pessoas precisam ser lideradas.

• Liderança é para os não espirituais.

• Igreja é um local exclusivamente espiritual.

• A igreja, como qualquer instituição, precisa de ordem.

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11.26
22
Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja Dia 3

Responda: Por que nossa igreja reconhece os títulos de diáconos e pastores como
lideres oficiais?

Existe outro fato bem importante sobre nossos pastores que você deve sempre
considerar: os pastores devem ser honrados e abençoados pela igreja. Principalmente
os que trabalham bem. Paulo ensina isso a Timóteo, que estava organizando a
igreja local, provavelmente em Éfeso: “Os presbíteros que fazem um bom trabalho na
igreja merecem pagamento em dobro, especialmente os que se esforçam na pregação do
evangelho e no ensino cristão.” (1Timóteo 5:17). Ainda mais, os pastores são dignos de
credibilidade, a menos que haja testemunhas confiáveis que possam acusá-los de seus
erros: “Não aceite nenhuma acusação contra qualquer presbítero, a não ser que ela seja
feita por duas testemunhas, pelo menos.” (1 Timóteo 5:19).

Além das atitudes da igreja local para com seus pastores, os membros das igrejas têm
de seguir o modelo bíblico para a escolha dos seus oficiais. Paulo deixa bem claro
quais devem ser as credenciais de um pastor:

“Este ensinamento é verdadeiro: se alguém quer muito ser bispo na Igreja, está desejando
um trabalho excelente. O bispo deve ser um homem que ninguém possa culpar de nada.
Deve ter somente uma esposa, ser moderado, prudente e simples. Deve estar disposto a
hospedar pessoas na sua casa e ter capacidade para ensinar. Não pode ser chegado ao
vinho nem briguento, mas deve ser pacífico e calmo. Não deve amar o dinheiro. Deve ser
um bom chefe da sua própria família e saber educar os seus filhos de maneira que eles lhe
obedeçam com todo o respeito. Pois, se alguém não sabe governar a sua própria família,
como poderá cuidar da Igreja de Deus? O bispo não deve ser alguém convertido há pouco
tempo; se for, ele ficará cheio de orgulho e será condenado como o Diabo foi. É preciso que
o bispo seja respeitado pelos de fora da Igreja, para que não fique desmoralizado e não caia
na armadilha do Diabo.” (1 Timóteo 3:1-7).

Os pastores que seguirem essas orientações bíblicas e permitirem ser moldados por
tais valores, certamente terão um ministério abençoado e respeitável, que honra ao

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11:26
23
Dia 3 Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja

Senhor. Como no ministério pastoral, os diáconos também são oficiais da igreja.


Quando a igreja de Jerusalém experimentou crescimento numérico e precisava
atender às demandas e necessidades das pessoas, auxiliando os apóstolos a focarem seu
trabalho no ensino e na pregação. O significado da palavra “diácono” é literalmente
“servo”. De modo geral, a palavra diácono designa qualquer pessoa que serve ao
Senhor. Cristo é tido como modelo de servo, ou diakonos. Veja o texto de Romanos
15:8 “Pois eu lhes digo que Cristo se tornou servo dos judeus a fim de mostrar que Deus
é fiel, para fazer com que se cumprissem as promessas feitas por Deus aos patriarcas”
Porém, a palavra também assume um sentido específico, vinculado àquelas pessoas
escolhidas para servir na igreja local em áreas ministeriais de relevância para toda a
igreja, sem estarem ligados diretamente ao ministério pastoral. São auxiliares dos
pastores na condução do rebanho de Deus. Como descrito anteriormente, Jesus é o
mestre de todos os discípulos que formam a Igreja, da mesma forma que também
é o oficial supremo da Igreja, portanto todos os oficiais da igreja lideram sobre Sua
autoridade.

Sendo assim, o poder que Jesus concede aos oficiais da Igreja é para amar, servir e
dirigir o Seu povo, sempre em parceria e intimidade com Deus. Pedro esclarece bem
isso. O poder eclesiástico é para organizar, servir e não para escravizar, dominar ou
manipular as pessoas. O profeta Jeremias sentenciou: “Ai dos pastores que destroem e
dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor” (Jeremias 23.1).

Escreva sobre a honra que deve ser dada aos oficiais da igreja, segundo a
Bíblia:

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11.26
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Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja Dia 3

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ A igreja local é composta de pessoas, logo, precisa ser administrada de


modo organizado.
□ Desde o Israel antigo até a formação da Igreja no Novo testamento,
Deus separou pessoas para liderar Seu povo.
□ Jesus é o mestre de todos os discípulos que formam a Igreja, da mesma
forma que também é o oficial supremo da Igreja, portanto, todos os
oficiais da igreja lideram sobre Sua autoridade.
□ Nossa igreja reconhece os diáconos e pastores como seus oficiais.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11:26
25
Dia 4 Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja

Quando eu errar,
por favor, corrija-me

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia :


• Compreender a relevância da disciplina na igreja.
• Atentar para o versículo da semana.

Já ouviu falar (autor desconhecido) que errar todos conseguem, mas admitir exige
caráter? Pois é... nós membros da Igreja também erramos e por isso precisamos de
disciplina. A disciplina na Igreja é um assunto bastante polêmico, pois envolve dois
extremos: de um lado, o exagerado rigor de igrejas com os membros que cometem
pecados escandalosos e, de outro, a indiferença e tolerância para com essa prática,
deixando cada membro responsável por si, dentro e fora do contexto eclesiástico. A
igreja local que pratica a disciplina o faz para viver conforme os princípios estabelecidos
por Jesus e Seus apóstolos, conforme nos traz o registro do Novo Testamento:

“Assim nós temos essa grande multidão de testemunhas ao nosso redor. Portanto, deixemos
de lado tudo o que nos atrapalha e o pecado que se agarra firmemente em nós e continuemos
a correr, sem desanimar, a corrida marcada para nós. Conservemos os nossos olhos fixos
em Jesus, pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa. Ele não
deixou que a cruz fizesse com que ele desistisse. Pelo contrário, por causa da alegria que
lhe foi prometida, ele não se importou com a humilhação de morrer na cruz e agora está
sentado do lado direito do trono de Deus. Pensem no sofrimento dele e como suportou com
paciência o ódio dos pecadores. Assim, vocês, não desanimem, nem desistam. Porque na
luta contra o pecado vocês ainda não tiveram de combater até à morte. 5erá que vocês
já esqueceram as palavras de encorajamento que Deus lhes disse, como se vocês fossem
filhos dele? Pois ele disse: “Preste atenção, meu filho, quando o Senhor o castiga, e não se
desanime quando ele o repreende.” (Hebreus 12:1-5).

Sem dúvida, o maior desafio para as igrejas que exercem disciplina é encontrar um

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11.26
26
Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja Dia 4

equilíbrio entre o amor e a justiça de Deus para aplicá- la. A disciplina bíblica corretiva
quando bem aplicada nunca termina apenas no ato de confrontação. Principalmente,
se a resposta de quem é confrontado é positiva e de arrependimento. Independente
do escândalo do pecado, para Deus não há pecadinho ou pecadão, como dizemos
popularmente. Entretanto, todo pecado é contra Deus! O rei Davi (2 Samuel 12:13),
quando confrontado sobre seu pecado pelo profeta Natã, disse ao profeta: “Eu pequei
contra Deus o Senhor!”. E orou em seu salmo de confissão: “Contra ti, só contra ti,
pequei e fiz o que tu reprovas” (Salmos 51.4).

Além disso, o pecado também é contra a pessoa que peca ou pode afetar outras
pessoas, pois trazem consequências danosas para o pecador, bem como as pessoas
de seus relacionamentos. Porém, essas consequências Deus deseja restaurar, e isso
também deve ser desejo da igreja. O papel da igreja é exercido segundo o caráter
de Jesus quando há conciliação e restauração num processo de disciplina. Não
basta retirar o nome da pessoa do rol de membros. É imprescindível que se planeje
e aplique estratégias de restauração do pecador. Geralmente, quando pecamos
deixamos algo de bom nosso para trás, mesmo que esse algo bom seja simplesmente
a intenção que Deus tinha para nós. Ficam para trás relacionamentos, sentimentos,
sonhos e intenções. Por isso, disciplinar um irmão é mais do que confrontá-lo e, se
necessário, retirá-lo da comunhão da organização e do organismo da igreja, consoante
a orientação bíblica: “Quando somos corrigidos, isso no momento nos parece motivo
de tristeza e não de alegria. Porém, mais tarde, os que foram corrigidos recebem como
recompensa uma vida correta e de paz.” (1 Coríntios 5:11).

Para tal desafio, nós, batistas, acatamos três tipos de disciplina na igreja local: formativa
ou preventiva, corretiva e cirúrgica. A disciplina formativa/preventiva acontece quase
que informalmente, mas intencionalmente, através do processo educacional da
igreja. Ser uma pessoa disciplinada é realidade para todos que se dispuseram a serem
discípulos de Jesus, uma vez que a palavra discípulo deriva da palavra disciplina.
Esse tipo de disciplina envolve ensino e educação na Palavra pelo ministério da
exortação. Desse modo, a disciplina preventiva ou formativa pretende potencializar a
edificação crescente do povo de Deus e eliminar as ameaças à santidade do rebanho,
principalmente sua unidade espiritual. Por isso, a prática de uma disciplina bíblica
sadia deve favorecer o crescimento da igreja.

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11:26
27
Dia 4 Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja

Para que esse tipo de disciplina se estabeleça, o membro da igreja deve: manter sua
vida de devocional, participar efetivamente de um grupo celular, ter uma pessoa
(discipulador) para prestar contas, em algum momento participar da escola bíblica e
ter uma frequência ativa nos cultos, pois durante as celebrações acontece o ensino da
Palavra. É importante lembrar que o pecado na vida do cristão deve ser ato eventual
e não habitual. “Quem é filho de Deus não continua pecando, porque a vida que Deus
dá permanece nessa pessoa. E ela não pode continuar pecando, porque Deus é o seu Pai.”
(1 João 3.9).

Já a disciplina corretiva acontece quando ajudamos os irmãos num processo crescente


de restauração, implica em admoestação ou advertência, em algum pecado primário
e até mesmo em alguma reincidência. No texto de Mateus 18:15-20, Jesus ensina
sobre a disciplina corretiva: se o irmão for pego em pecado (mesmo contra você),
fale com ele diretamente, sem intermediários e testemunhas; deve ser algo entre você
e ele. Você se torna responsável pelo cuidado desse irmão naquela área da vida ou
pecado em especial.

Se o tal irmão não ouvir, insista mais uma vez, porém dessa vez leve consigo um ou
dois irmãos maduros; se for uma mulher, deve ser repreendida por mulher também,
e você deve levar consigo outra(s) mulher(es); se for um casal, talvez seja apropriado
levar outro casal maduro e experiente (respeitando o princípio que temos de homem
discipular homem e mulher discipular mulher).

Se esse irmão em foco insistir em não ouvir e nem se arrepender, ele deverá ser levado
à comunidade como um todo. Tradicionalmente entre os batistas um assunto dessa
magnitude é levado ao colegiado de pastores ou diáconos da igreja. E ainda há mais
uma instância, pois, se o pecador não ouvir os pastores e diáconos, o assunto deve
ser levado à assembleia ordinária da igreja, a fim de que a própria igreja decida o
que fazer. Geralmente, se ainda não houver arrependimento – dificilmente haverá
arrependimento de alguém que chega nesta instância – o membro é formalmente
desligado do rol de membros e entregue a Satanás, e então se estabelece a disciplina
cirúrgica.

A disciplina cirúrgica é a tentativa mais drástica de recuperar algum irmão vacilante:


é quando alguém é retirado do rol de membros e, mais do que isso, é pública e

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11.26
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Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja Dia 4

formalmente desligado da comunhão da comunidade, tanto para ser corrigido em


última instância de sua rebeldia, quanto para servir de exemplo para os demais
membros da igreja.

Difícil essa tarefa de disciplinar, não é? Por isso, volte ao texto e pontue
sobre a validade da disciplina na igreja:

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ Deve-se atentar para os dois extremos que envolvem a disciplina na


igreja: de um lado, o exagerado rigor de igrejas com os membros que
cometem pecados escandalosos e, de outro, a indiferença e tolerância
para com essa prática.
□ A disciplina na igreja existe para manter os padrões bíblicos exigidos
por Deus em Sua Palavra.
□ As igrejas batistas adotam 3 formas de disciplinar: formativa, corretiva
e cirúrgica. Tais formas serão aplicadas conforme a resposta do irmão,
quanto aos seus erros.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11:26
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Dia 5 Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja

Eu sei por que sou batista

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia :


• Conhecer as bases da denominação batista relacionando-as com sua
vivência de ser Igreja.
• Testar a memorização do versículo da semana.

A nossa história denominacional, é bom que se diga, está subjacente à história


da revelação de Jesus nas Escrituras Sagradas. Bom seria que cada denominação
cristã pudesse sempre buscar viver conforme os princípios estabelecidos por Jesus
nos escritos do Novo Testamento. Falando nisso, já pensou como surge uma
denominação? Pois bem! As denominações surgem da aplicação de uma cosmovisão
bíblica à vida, em determinado lugar e geografia, por determinado grupo que se
identifica com Cristo, então, disso se origina uma denominação com seus princípios.
Perceba que o lugar e o que está acontecendo naquele lugar definem os fundamentos
de uma denominação. Isso significa que os princípios denominacionais não devem
se sobrepor aos princípios do Novo Testamento e da teologia cristã genuinamente
bíblica.

Os batistas surgiram dos separatistas ingleses do século XVII. Estes grupos separatistas
eram, em sua maioria, congregacionais no modo de governo da igreja e insistiam na
necessidade de batismo às pessoas regeneradas por Cristo e convictas de sua fé. Logo,
não praticavam o batismo de crianças. Outra ênfase destes separatistas ingleses era
quanto à completa separação entre Igreja e Estado, principalmente naquele contexto
do Anglicanismo que apenas “revestiu” o antigo catolicismo romano que imperava na
época, abrindo margens para novas reformas internas na nova religião.

Imagina se os batistas lá do começo aparecessem aqui e vissem que não fazemos as


mesmas coisas que eles, como seria? Eles podiam ficar na dúvida se a gente é batista
mesmo. Mas só as coisas diferentes que a gente faz iam mostrar isso? O que ia dizer
que a gente é batista, seriam as ideias da Bíblia que seguimos e que fazem parte da

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11.26
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Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja Dia 5

nossa história.

Ainda hoje, se você visitar uma igreja batista em outro estado ou pais, irá observar que
a liturgia, administração e aparatos de fé diferem dos que utilizamos aqui em nossa
comunidade de fé. Dependendo do contexto, certamente nos perguntaremos se tal
igreja que visitamos é realmente batista. Por isso, é importante você ter em mente
que ser batista não significa adotar certos costumes litúrgicos. Não espere posições
monolíticas entre os batistas. Desde suas origens, os batistas não foram um povo
homogêneo em sua vivência cristã, mas vieram a existir pela sua unidade em meio
à diversidade, esses são os princípios distintivos dos batistas que lhes dão unidade e
coesão.

Como se pode observar, a trajetória dos batistas tem início na Europa, pelo menos até
onde sabemos por meio dos documentos históricos. Os batistas surgiram na Inglaterra,
por volta de 1610. O crescimento dos batistas na Inglaterra é corroborado pelo
trabalho e surgimento das associações que tornavam as igrejas batistas cooperadoras
umas com as outras, visando à expansão do evangelho de Cristo.

Anos depois, em busca de liberdade religiosa, a tradição batista segue com Roger
Willians para os Estados Unidos da América, em meados de 1683. A Europa, mais
uma vez, foi vítima do desfavor religioso e fanático dos contrarreformadores. A
liberdade religiosa que vinha sendo pregada ainda não era uma realidade dos cristãos
europeus. Roger Willians não foi apenas um dos nomes batistas nos Estados Unidos,
mas também um ativista político que lutou pela liberdade religiosa naquele país.

Ao final de um dos maiores dramas do povo norte-americano (1867) – a guerra civil


entre os estados abolicionistas do norte e os estados agrícolas e escravagistas do sul –
um bom grupo de americanos desembarcou no Brasil. Esses antigos irmãos estavam
em busca de oportunidades, sendo ainda favoráveis ao trabalho escravo, dos quais
muitos eram batistas. Os batistas chegaram, assim, ao solo brasileiro.

No princípio, esses colonos batistas queriam erguer-se da derrota que sofreram na


guerra civil americana e fixaram residência em Santa Barbara d’Oeste, no interior
de São Paulo. Estes batistas sentiram, com o tempo, a necessidade de ampliar os
horizontes missionários, educacionais e de interesse social, e conseguiram que a Junta

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
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Dia 5 Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja

de Richmond, da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, prestasse atenção


ao evangelho no Brasil. Há um documento brasileiro datado de 1870 e chamado de
Manifesto para Evangelização do Brasil, que foi assinado por um batista.

O Brasil colônia era uma terra promissora para mercadores, mas também um
país cheio de necessidades. Alguns anos mais tarde, em resposta às cartas enviadas
pelos irmãos de Santa Barbara d’Oeste, a Junta de Richmond enviou, em 1881, o
missionário William Buck Bagby e sua esposa Ana, para dar início à história oficial
dos batistas no Brasil. O casal Bagby migrou para Salvador, na Bahia, em 1882, de
onde o trabalho batista começou a expandir. A partir daí, o evangelho e os batistas
foram Brasil adentro, crescendo nas principais cidades do país, como São Paulo e Rio
de Janeiro. E, depois, no Paraná, em Paranaguá, por volta de 1902, quando Samuel
Pires de Melo desembarcou na cidade.

A história da Primeira Igreja Batista de Curitiba, nossa igreja local, tem início em
Paranaguá, com a obra pioneira de Samuel Pires de Melo. Primeiramente, o trabalho
de Samuel Pires de Melo não era deliberadamente batista. Ele era um cristão convicto
de seu chamado para pregar e, com isso, uma igreja foi formada no litoral paranaense.
Num certo tempo de seu ministério, quando estava doente e não tinha mais condições
de continuar o trabalho missionário, Melo foi em busca de auxílio.

Nosso pioneiro identificou-se com o trabalho dos batistas e entrou em contato com
os batistas brasileiros, que já começavam a expandir seus horizontes. Foi o mesmo
William B. Bagby, que começou o trabalho em Salvador, enviado para sondar o
trabalho em Paranaguá e, posteriormente, abraçar essa obra e tê-la como batista. A
igreja em Paranaguá tornou-se a Primeira Igreja Batista de Paranaguá, a primeira do
estado do Paraná, em dezembro de 1910, com 230 membros. Samuel Pires de Melo
faleceu em 1911. Da Primeira Igreja Batista de Paranaguá originaram-se os demais
trabalhos missionários no Estado, sendo um deles em Curitiba. O movimento batista
em Curitiba foi implementado por meio do Pr. Manoel Virginio de Souza e a igreja
foi organizada em 13 de maio de 1914.

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11.26
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Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja Dia 5

Nossa história é bastante rica, não é? Diante disso, destaque os princípios


que distinguem nossa denominação.

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que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
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Dia 5 Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ Os batistas não formam um povo homogêneo; vai depender do


contexto onde a igreja está situada.
□ Os batistas existem pela sua unidade em meio à diversidade; esses são
os princípios distintivos dos batistas e que lhes dão unidade e coesão.
□ Em conformidade com nossa história, os batistas aplicam uma
cosmovisão bíblica à vida, em determinado lugar e geografia,
respeitando esses lugares, sem ferir os princípos do Novo Testamento.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

FINALIZOU A LIÇÃO?
Não se esqueça de atualizar o processo na CENTRALPIB. Para acessar, entre
no QRCode abaixo, faça seu login e na área “DISCIPULADO” faça o registro da
frequência.

Caso você não tenha feito o cadastro do discípulo, Vá na opção “ADIOCIONAR


NOVO DISCIPULO”. Uma vez adicionado, será necessário apenas registrar a
frequência nas próximas semanas.

Isso é importante para o melhor


funcionamento e organização.

central.pibcuritiba.org.br

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11.26
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Pertenço a uma comunidade de discípulos, a Igreja Dia 5

Muito bom! Você completou a primeira semana de estudos. Atente para


os conhecimentos adquiridos nessa semana, ore sobre isso e peça a Deus
discernimento para praticar esses conhecimentos consoante com o objetivo de
estudo da semana. Vamos lá:

OBJETIVO DA SEMANA

RECONHECER COMO A COMUNIDADE DE DISCíPULOS SE ORGANIZA


COMO IGREJA LOCAL.

• Meu chamado prioritário é para ser um discípulo de Jesus .

• Um discípulo de Jesus não vive solitário, precisa viver em comunidade, ou


seja, devo ser igreja em algum local.

• Devo obedecer e respeitar, em sabedoria, os oficiais eleitos pela igreja.

• Saber que, como membro da igreja, devo respeitar os princípios bíblicos, se


não, vou entrar em disciplina.

• Como batistas, nossa identidade são os princípios bíblicos que temos como
herança, e não usos e costumes.

“Eles se reuniram durante um ano com a gente daquela igreja e ensinaram muitas pessoas. Foi em Antioquia
que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos.”
Atos 11:26
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Semana 2
Célula, uma forma de
ser Igreja

Versículo para memorizar durante a semana

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
Objetivo da Semana Dia 1

Bem-vindo a segunda semana de estudos do caderno


Primeiros passos com a Igreja!

• Ore e busque em Deus a compreesão dos conteúdos.


• Observe o objetivo e a trajetória da aprendizagem da semana.
• Procure memorizar o versículo da semana.
• Não deixe de registrar as suas dúvidas e conversar com seu professor.

Conhecer como se constitui


uma igreja em células

DIA 1
2
Conhecer a história
do movimento igreja
em células
DIA
Conceituar igreja em
célula e grupo celular

3
4
DIA
Atentar para a conexão
entre os objetivos de
uma célula DIA
Pontuar como uma
célula se estrutura
em seus propósitos

DIA 5
Aprender a importância da
liderança em uma célula

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
39
Dia 1 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 1

Assim nasce a Igreja em célula

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia:


• Conhecer resumidamente a história do movimento igreja em células.
• Realizar a memorização do vesículo da semana.

Para entender a importância e a forma de uma célula, é bom saber como ela surgiu.
A gente pode pensar que a Igreja em célula começou com a igreja dos apóstolos,
mesmo que eles não usassem esse nome na Bíblia. Eles tinham um estilo de igreja que
bombou em número, qualidade e força. Verifique o texto bíblico:

“Muitos acreditaram na mensagem de Pedro e foram batizados. Naquele dia quase três
mil se juntaram ao grupo dos seguidores de Jesus. E todos continuavam firmes, seguindo
os ensinamentos dos apóstolos, vivendo em amor cristão, partindo o pão juntos e fazendo
orações. Os apóstolos faziam muitos milagres e maravilhas, e por isso todas as pessoas
estavam cheias de temor. Todos os que criam estavam juntos e unidos e repartiam uns com
os outros o que tinham.” (Atos 2: 41-44).

Então, a gente pode dizer que a igreja em célula não é uma invenção dos homens,
mas um jeito que Deus ensinou na Bíblia, mostrado na história da igreja do Novo
Testamento, que faz ela crescer e mostrar o Seu Reino na terra. A igreja do Novo
Testamento não tinha prédio, no começo eles se reuniam em lugares abertos, às vezes
perto do templo dos judeus, em sinagogas e nas casas, sendo essa última o que a gente
pode chamar de célula. “Todos os dias, no templo e de casa em casa, não deixavam de
ensinar e proclamar que Jesus é o Cristo.” (Atos 5.42) e “Se, portanto, entrar na vossa
sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, em trajos de luxo, e entrar também
algum pobre andrajoso…” (Tiago 2: 2 ARA, grifo nosso).

Essa forma de se reunir da igreja dos apóstolos deu uma animada na fé deles e uma
força para aguentar a perseguição do governo de Roma, que não deixava a Igreja nova
em paz. Essa força vinha da amizade forte entre esses irmãos, que esse jeito, de casa

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
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Dia 1 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 1

em casa, fazia. Outra coisa boa, que esse modo Igreja em célula ajuda, é a formação
de cristãos firmes e preparados para enfrentar as mentiras que queriam enganar a
Igreja.

“Mando saudações a Priscila e ao seu marido Áquila, meus companheiros no serviço de


Cristo Jesus. Eles arriscaram a sua vida por mim. Sou muito agradecido a eles; e não
somente eu, mas também todas as igrejas dos que não são judeus. Saudações também à
igreja que se reúne na casa deles. Saudações ao meu querido amigo Epêneto, que foi o
primeiro a crer em Cristo na província da Ásia.” (Romanos 16:3-5, grifo nosso).

“No passado apareceram falsos profetas no meio do povo, e assim também vão aparecer
falsos mestres entre vocês. Eles ensinarão doutrinas destruidoras e falsas e rejeitarão o Mestre
que os salvou. E isso fará com que caia sobre eles uma rápida destruição.” (2 Pedro 2:1).

Depois que o cristianismo virou religião oficial do império romano, a Igreja ficou
ligada ao governo, os prédios foram feitos e a igreja deixou de lado as reuniões de casa
em casa. Mais tarde, muita gente tentou voltar ao jeito “celular”, começando pela
reforma protestante com Martinho Lutero. No século XVIII John Wesley também
lutou por essa causa, ele fundou muitos grupos pequenos com a visão celular, firmado
no discipulado e no evangelismo Esse trabalho foi muito profícuo e muitos autores
o consideram como o precursor moderno de células. (COMISKEY, 2008, p. 26).

No século XX, um nome importante que aparece na história e que teve a preocupação
de buscar o modelo bíblico de célula foi o pastor David Yonggi Cho, que instaurou a
igreja em pequenos grupos. Vejam as palavras do pastor Cho:

“Comecei a meditar, como poderia dirigir sabiamente a igreja. Como pastorear tanta
gente? A igreja continuava crescendo. Perguntei ao Espírito Santo, em um tempo
de comunhão íntima. Senhor, o que fazer e como? - Deixa ir meu povo para que ele
cresça. [...] -Deixe que eles aprendam a caminhar por si mesmo. Ajude-os para que
entrem no ministério. Essas palavras levaram-me ao estudo bíblico. Abri a carta de
Paulo à igreja de Éfeso, e recebi uma forte inspiração. Efésios 4:11 diz: ‘E ele designou
alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para
pastores e mestres’. [...]. Isso significa que os leigos podiam desenvolver seu ministério

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
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Dia 1 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 1

dentro e fora da igreja. Segui a leitura no livro de Atos dos Apóstolos, em 2:46,47.
Na igreja primitiva, havia dois tipos de reuniões: os discípulos reuniam-se no templo
e compartilhavam o pão nos lares todos os dias. Dizem que o número de habitantes
de Jerusalém era em torno de 200 mil, enquanto o número de participantes da
igreja primitiva era de cem mil. Se levarmos em conta que só havia 12 apóstolos,
não podemos deixar de nos perguntar: como faziam para ministrar e supervisionar
tanta gente, assim como realizar as visitas nos lares? Impossível. Não resta dúvida
que se reuniam em grupos pequenos nos lares. Acompanhados dos sete diáconos
que aparecem em Atos 6, os leigos visitavam os lares, ou seja, reuniam-se em células”
(CHO, 2008, p. 69).

Assim, o pastor Cho fundou a igreja do Evangelho Pleno Yoido em Seul, na Coreia,
considerada a maior igreja do mundo. Essa igreja era contemplada por 23.000 células,
necessitando de sete cultos semanais, para poder reunir todo o povo alcançado pelo
evangelho. Tudo isso aconteceu, em parte, pelo emprego do modelo em célula. As
igrejas em células posicionam os seus grupos pequenos para evangelismo e constante
multiplicação.

No Brasil, na década de 80, mais propriamente no meio evangélico, a Igreja em


célula se consolidou com o movimento Ministério Igreja em Células no Brasil, sob
a liderança do pastor Robert Michael Lay, que era discípulo do Pastor Neighbour
Junior, renomado pastor americano que já se envolvia com o tema de Igreja em
célula, este é autor de obras que servem de auxílio para estruturar uma igreja em
células. O pastor Lay foi Pastor Geral da Igreja Evangélica Irmãos Menonitas de
Curitiba. Ele entendia que a igreja em células é um modelo que traz o retorno das
bases da comunidade cristã do primeiro século. Nessa visão, ou seja , o retorno às
bases da igreja apostólica, a Primeira Igreja Batista de Curitiba tem se inspirado e
fundamentado seu ministério de células.

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
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Dia 1 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 1

Olhando o resumo da história da igreja em células, fala aí! Quais jeitos


mostram as preocupações dos pastores que começaram o movimento igreja
em célula?

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ Certamente a ideia de grupo celular não foi meramente de origem


humana.
□ A Igreja em célula iniciou com a igreja apostólica.
□ Ao longo da história, pode-se verificar a preocupação de homens
movidos por Deus na idealização de grupos celulares.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
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Dia 2 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 2

Afinal, o que é essa tal célula?

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia :


• Compreender como funciona um grupo celular.
• Realizar a memorização do versículo da semana.

Biologicamente, célula é uma pequena parte de um corpo. Os órgãos do corpo


humano são feitos de muitas células juntas. O apóstolo Paulo faz, em muitos dos seus
ensinos, essa comparação, ou seja, sobre a Igreja e o corpo humano. Essa analogia é
muito apropriada para o entendimento da estrutura e funcionamento da Igreja, dado
que a Igreja é um organismo vivo, que tem como cabeça Cristo.

“E peço ao Deus do nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai glorioso, que dê a vocês o seu Espírito,
o Espírito que os tornará sábios e revelará Deus a vocês, para que assim vocês o conheçam
como devem conhecer. [...] Cristo reina sobre todos os governos celestiais, autoridades,
forças e poderes. Ele tem um título que está acima de todos os títulos das autoridades que
existem neste mundo e no mundo que há de vir. Deus colocou todas as coisas debaixo
da autoridade de Cristo e deu Cristo à Igreja como o único Senhor de tudo. A Igreja é o
corpo de Cristo; ela completa Cristo, o qual completa todas as coisas em todos os lugares.”
(Efésios 1: 17, 21,22 e 23).

“Ele é a cabeça do corpo, que é a Igreja, e é ele quem dá vida ao corpo. Ele é o primeiro
Filho, que foi ressuscitado para que somente ele tivesse o primeiro lugar em tudo.”
(Colossenses 1:18).

Na cabeça está inserido o cérebro, este controla e orienta todo o corpo, enfim...
promove todas as coordenadas para o corpo humano. Quando a cabeça está inerte o
organismo não demonstra vida, como, por exemplo, uma pessoa que está em coma,
seu corpo não apresenta movimentos, uma vez que seu cérebro não está oferecendo
comandos. Ainda mais, todos os órgãos dos sentidos estão localizados na cabeça e
bem sabemos a importância desses órgãos para o corpo humano, eles promovem
toda a percepção do meio ambiente, dando direção e equilíbrio. Por isso, a Bíblia faz

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
44
Dia 2 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 2

essa analogia de Cristo como a cabeça da Igreja, a Igreja sem Cristo é um corpo sem
vida.

Dessa forma, uma célula é uma pequena parte do corpo que é a Igreja. Uma Igreja
em células é uma comunidade de irmãos que se juntam periodicamente em pequenos
grupos, esse ajuntamento pode acontecer nas casas, locais de trabalho, escolas ou
outros lugares apropriados. A reunião em uma célula não é um programa opcional
da para os membros da igreja, mas é uma estrutura fundamental no cumprimento da
missão da igreja, a evangelização e o discipulado, “As igrejas em células posicionam os
seus grupos pequenos para evangelismo e constante multiplicação.” (COMISKEY, 2008,
p. 32).

“A IGREJA EM CÉLULAS É: uma estratégia para um programa voltado para pessoas e


para a comunidade. [...] A IGREJA EM CÉLULAS É: uma estrutura com departamentos
que dão apoio ao sistema de células. [...] A IGREJA EM CÉLULAS É: um sistema de
células, congregações e celebração. [...] A IGREJA EM CÉLULAS É: um movimento
orientado pela visão de pessoas vivendo em comunidade cristã de base.” (LAY, 2005, p.
B.5-B.6.)

A Igreja em células é bem planejada, para conseguir o maior sonho do povo de Deus
na terra, mostrar Jesus para todo mundo. Assim, cada igreja local faz seu trabalho de
um jeito organizado, para usar bem o que tem, isso é estilo, mas não pode esquecer a
essência da Igreja, que são as ideias da Bíblia que a guiam. Em nossa Igreja, estamos
trabalhando em células por acreditarmos ser uma ferramenta grande e abençoadora
para o cumprimento da missão da Igreja de Jesus Cristo neste mundo.

Pense no que você aprendeu essa semana e escreva com suas palavras o que
é célula:

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
45
Dia 2 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 2

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ Célula é uma pequena parte do corpo, que é a Igreja.


□ Uma Igreja em células é uma comunidade de irmãos que se juntam
periodicamente em pequenos grupos.
□ A igreja em células é estrategicamente organizada, com o intuito
de ampliar o maior objetivo do povo de Deus na terra: fazer Jesus
conhecido.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
46
Dia 3 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 3

Siga as metas, vem para a célula!

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia:


• Inteirar-se dos objetivos do grupo em célula.
• Atentar para o versículo da semana.

Como vimos, uma igreja em célula promove integração no cumprimento da maior


missão da Igreja, evangelizar. Esse tipo de sistematização é fácil e prática, pois todos
os membros da igreja podem participar, além de promover a vivacidade da igreja e o
reconhecimento dos que estão fora dela, sinalizando o Reino de Deus. A Igreja, como
organismo vivo não é estática, é dinâmica, por isso, com o passar do tempo precisa se
instrumentalizar com estratégias e modelos atuais. O que não muda na Igreja são os
princípios da Palavra de Deus; esses são eternos.  

Um estudioso de eclesiologia, isto é, da doutrina bíblica sobre a Igreja, concluiu que


a missão cristã é complexa de ser definida, mas ela pode ser fracionada em aspectos
elementares da missão em múltiplas direções. A primeira direção é para o alto (a
igreja em relação a Deus), a segunda direção é para dentro (a Igreja em relação a si
mesma) e a terceira direção é para fora (a Igreja em relação ao mundo não crente). A
partir dessas direções da missão cristã, podemos ressaltar alguns aspectos importantes
que a igreja local deve cumprir: adoração, comunhão, ministérios, testemunhos e
proclamação e serviço ao mundo. Todos esses aspectos permeiam a maior missão da
Igreja: evangelizar.

Sobre pontuarmos os objetivos da célula, pode-se pensar que a célula viabiliza a


comunhão, em consequência a evangelização, na sequência vem o discipulado, o
serviço cristão e a multiplicação. O primeiro objetivo aqui destacado é a comunhão.
A comunhão cristã é altamente desejável por Deus. Porque a unidade da igreja
glorifica a Deus e potencializa a força de seu testemunho. A koinonia, termo que quer
dizer “comunhão”, significa que os discípulos de Cristo participam juntos de algo.
Deus instituiu a Igreja para que nenhum de Seus filhos estivesse solitário.

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
47
Dia 3 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 3

A Igreja é uma comunidade de amor fraternal, uma congregação de pessoas, com


algo em comum. Alguém já brincou com o nome “comunhão”, dizendo que a Igreja
deve subsistir em comum-união. Alguns exemplos da experiência de comunhão no
corpo: demonstração prática de amor, através do serviço cristão; compartilhar do
pão, não somente na ceia, mas diante das dificuldades da vida; a ajuda mútua entre
cristãos nos mais variados segmentos da vida; o aconselhamento; a formação de
líderes espirituais na igreja; a edificação dos membros do Corpo em conhecimento
e graça do Senhor e o discipulado que proporciona a integração e a realização da
missão pelo novo membro. Diante disso, pode-se considerar que a comunhão é fator
essencial na vida de um discípulo de Jesus, a Igreja pressupõe comunhão.

Outro objetivo da célula é promover a evangelização pelo testemunho. A tarefa


que Jesus entregou à Igreja consiste em testemunhar e proclamar o evangelho para
todas as pessoas. A base para tal afirmação encontra-se em Atos 1:8. Interessante a
posição de Milne (2005, p. 236), ao atestar que muitos acreditam que testemunhar
de Cristo restringe-se apenas a falar sobre sua conversão. Testemunhar é isso, “mas a
essência do testemunho está em levar as pessoas a Cristo, buscando confrontá-las com sua
obra de salvação”. O nosso testemunho é muito importante para a propagação do
evangelho. Mas não podemos esquecer-nos do testemunho de Deus para o mundo.
O testemunho de Deus, normalmente, é perceptível na pregação da Palavra. O que
é testemunhar? Relatar seu testemunho pessoal; contar aos outros sua experiência
cotidiana da presença de Deus; apresentar o evangelho sem clichês para quem você
puder. Isso tudo é possível no envolvimento dos relacionamentos que a reunião em
grupo celular pode promover.

O discipulado é mais um dos objetivos que o grupo celular pode proporcionar, uma
vez que, quando evangelizamos, trazemos pessoas para o convívio dos relacionamentos
em célula; desse convívio identificamos pessoas que necessitam ser discipulados, bem
como discipuladores. A célula se torna um ambiente familiar e assim nos conhecemos
mutuamente conhecendo o que falta no aprimoramento da caminhada do nosso
irmão e irmã.

Conscientizar e promover o serviço cristão também é um dos objetivos da reunião


em célula. Segundo Franklin Ferreira (2007, p.979), “a base do serviço cristão é a
doutrina do sacerdócio de todos os cristãos”. Seguindo Martinho Lutero, reformador do

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
48
Dia 03 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 3

século XVI, podemos resumir essa doutrina em seis tópicos: todo cristão é sacerdote
de alguém; sendo assim, a igreja é uma comunidade de sacerdotes, em que uns
estimulam os outros a buscar e viver Deus.

Esse sacerdócio deriva diretamente de Jesus Cristo, nosso Sumo-Sacerdote. Cada


sacerdote tem um ofício sagrado, como pregar a Palavra, levar pessoas a Deus, orar
pelas pessoas, conhecer a doutrina, refutar as heresias, desenvolver amizades sadias
e abençoadoras. É uma responsabilidade, mas também um privilégio: podemos ir
ao trono de Deus, mas não se pode deixar de anunciar as maravilhas de Seu poder;
não é possível ser sacerdote sozinho, é necessária uma comunidade de intercessores,
amigos que se ajudam mutuamente, onde um abençoa e outro é abençoado, e vice-
versa. Nem todos podem ser pastores e mestres ou diáconos, mas todos têm funções
no Corpo de Cristo.

Somos exortados por Paulo a cuidar da família da fé: “Então, enquanto temos tempo,
façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.” (Gálatas 6.10). E devemos
saber que é responsabilidade dos membros da igreja local se envolver com a ação
social, “minorando as desigualdades e sofrimentos também fora da igreja” (FERREIRA,
2007, p.980). Como podemos fazer isso? Criando organizações não governamentais
para agir na esfera social; compartilhando bens materiais, principalmente aquilo
urgente para a manutenção da vida das pessoas; lutando pela justiça social, atuando
como voz profética contra a corrupção e a má administração política nacional; tendo
a ação social como companheira da evangelização; atendendo as minorias: órfãos,
viúvas, moradores de rua e etc; diminuindo o sofrimento humano e as desigualdades
sociais; exercendo o ministério de compaixão, solidariedade e misericórdia.

Não nos cansemos de fazer o bem. Pois, se não desanimarmos, chegará o


tempo certo em que faremos a colheita. Portanto, sempre que pudermos,
devemos fazer o bem a todos, especialmente aos que fazem parte da nossa
família na fé. (Gálatas 6:9-10)

A multiplicação é o fator importante para a reunião de um grupo celular. Lembrando


que não é somente de números mas, também, em qualidade de vida cristã. A
multiplicação associada com a qualidade dos crentes é, sem dúvida, o objetivo final

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
49
Dia 3 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 3

da Igreja em célula, e esse era um dos pontos onde a igreja apostólica se diferenciava.
“Uma multidão de homens e mulheres também creu no Senhor e veio aumentar ainda
mais o grupo.” (Atos 5:14). Veja também, “Quando estava chegando o tempo de Deus
cumprir o juramento que havia feito a Abraão, o nosso povo tinha aumentado muito no
Egito.” (Atos 6:7). A ideia não é crescer para fazer somente números, visando somente
uma meta ou uma conquista pessoal para glória humana. Notem que nesse último
versículo a Palavra crescia e, em consequência, o número dos irmãos, isso caracteriza
muitos irmãos aprendendo da Palavra, portanto, um crescimento saudável.

Depois do estudo dessa semana, reflita e pontue a importância da


multiplicação como objetivo último de uma célula:

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
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Dia 03 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 3

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ Os princípios da Palavra de Deus nunca mudam, entretanto, a Igreja


deve se instrumentalizar com modelos atualizados e estratégias para o
avanço do Reino de Deus, A célula é um desses modelos.
□ Os objetivos principais de um grupo celular são: promover a comunhão,
evangelização, discipulado e encorajar para o serviço cristão ,e
consequentemente, a multiplicação de discípulos.
□ A multiplicação associada com a qualidade dos crentes é, sem dúvida,
o objetivo final da Igreja em célula, e essa era um dos pontos onde a
igreja apostólica se diferenciava.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
51
Dia 4 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 4

Atenção! Célula em missão!

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia :


• Refletir sobre o propósito maior da Igreja em célula, a sua missão.
• Fixar o versículo da semana.

Os grupos celulares de uma igreja são importantes porque conseguem cumprir sua
missão, ou seja, mostrar Jesus para todo mundo. Por isso, a Primeira Igreja Batista
de Curitiba tem um jeito de dizer o que ela quer como igreja local: levar pessoas
a um relacionamento intenso com Deus, amar e servir ao próximo, e fazer Jesus
conhecido de todos os povos, no poder do Espírito Santo. Desse modo, nossa
igreja fez a opção pela metodologia “Igreja em Células”, pois esse método promove
a restauração individual de cada cristão com Deus pelo ensino e reforço da Palavra
de Deus, promove a convivência relacional uns com os outros e o estímulo para o
serviço cristão. A célula é essa comunidade relacional, são pessoas que prestam conta,
sendo responsáveis umas pelas outras.(Lay, 2005)

É importante ressaltar que a célula é um ambiente para forjar o caráter da pessoa.


É um ambiente de aceitação incondicional, mas também de ordem e respeito. Na
célula é onde os problemas de caráter das pessoas ficam mais evidentes, sejam eles
em questões éticas ou de falhas na formação da pessoa. Mas nem por isso elas devem
ser jogadas fora! Pelo contrário, a célula existe exatamente para que o Espírito Santo
possa forjar o caráter dos participantes. Tanto a célula quanto a pessoa devem se
esforçar para corrigir os erros e experimentar a transformação do caráter mediante o
poder de Deus.

As células em nossa igreja, centradas em seus objetivos,reúnem-se semanalmente, são


compostas por no mínimo 4, lideradas por um desses membros, com um auxiliar.
Os demais membros de um grupo de célula estão divididos em membros da igreja,
frequentadores e visitantes. Os grupos celulares em nossa igreja também podem
acontecer virtualmente e com isso temos células em outra localidade para além de

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
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Dia 4 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 4

nossa cidade, estado e até em outros países. Portanto, se você for viajar ou mudar-se
para outra cidade, existe a possibilidade de você continuar participando de um grupo
celular.

Isso deve colocar todos os participantes da célula em igualdade. A Bíblia diz “Assim,
aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!” (1 Coríntios 10.12). Em outras
palavras, todos estão à mercê de errar e demonstrar fraquezas. A salvação é pela graça,
mediante a fé – todos que são salvos têm fé – justamente para evitar que as pessoas
achem que são cristãs porque conquistaram isso. Ao contrário, elas receberam o dom da
graça. Santidade, porém, conquista-se a cada dia, expondo as fraquezas de um caráter
enfraquecido pelo pecado. Por isso, todos somos chamados à santificação. Todos!

Há vários perfis de células em nossa igreja, e algum deles combina com seu jeito de ser,
oferecendo melhores condições para que você participe. Há células espalhadas pelos
bairros da cidade, em diferentes dias e horários. Veja no link abaixo as possibilidades
de grupos celulares em nossa igreja:

pibcuritiba.org.br/celulas/

Deve-se ressaltar que, para uma célula ser formada é importante que o líder interessado
passe pela formação no curso promovido pela nossa igreja: Liderando uma Célula
Saudável.

pibcuritiba.org.br/educacaocrista/

Reflita e destaque a importância da existência dos vários perfis de células


em uma igreja:

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
53
Dia 4 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 4

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ A principal finalidade da célula é promover a missão da igreja.


□ Os grupos celulares permitem a proximidade e, com isso, cada membro
pode se ajudar mutuamente e todos crescem em maturidade espiritual.
□ Há vários perfis de células em nossa igreja; devo procurar uma e
participar.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
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Dia 5 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 5

Estamos em célula, liderança


à frente

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia :


• Perceber que a liderança é uma premissa de quem quer seguir a Jesus.
• Atentar para memorização do versículo da semana.

Liderança é premissa do evangelho, uma vez que todo cristão, em algum nível, é
chamado para liderar; evangelho pressupõe liderança. Todo tipo de organização de
juntamento de pessoas pressupõe um líder e um vice-líder; nos grupos celulares não
é diferente. Por exemplo, quando uma célula se multiplica existe a necessidade de
apontar um líder bem como sua vice liderança. Para Mulholland (2004, p.187),
liderar implica mais do que guiar e mostrar o caminho; implica incorporar em nosso
modo de viver aquilo que cremos e pregamos. A Bíblia, por si, raramente utiliza a
terminologia “líder” para descrever os líderes do povo de Deus. A liderança cristã
bem sucedida, ao contrário de qualquer outro tipo de liderança, deve estar muito
bem alicerçada na pessoa e ensino de Jesus Cristo.

O tipo de liderança que Jesus esperava dos Seus seguidores era para ser bem diferente
daquela apresentada pelos religiosos de Seu tempo. Jesus inseriu na humanidade
um novo conceito sobre liderar: liderar é servir. A liderança que você almeja (ou já
executa) é desenvolver esse tipo de liderança? Ou a liderança empregada no mundo,
com ambição, autoritarismo e galardões, ainda chama sua atenção? Sua resposta
independe de se você é um líder eclesiástico ou um líder em qualquer outra área da
sociedade.

Ser líder em ambiente comunitário na célula, por exemplo, e biblicamente


falando, envolve promover um ambiente comunitário, produtivo, que
influencia a todos os participantes de forma solidária e positiva. Pontue o que
você entendeu dessa frase:

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
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Dia 5 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 5

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ O evangelho pressupõe liderança, portanto, em algum nível, Deus me


chamou para liderar.
□ Jesus liderava servindo as pessoas, e é esse tipo de liderança que devo
almejar.
□ Devo aprender com Jesus a liderar, mostrando, cuidando e guiando as
pessoas no caminho.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

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“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
56
Dia 5 Célula, uma forma de ser Igreja Dia 5

Muito bom! Você completou a segunda semana de estudos. Atente para


os conhecimentos adquiridos nessa semana, ore sobre isso e peça a Deus
discernimento para praticar esses conhecimentos consoante com o objetivo de
estudo da semana. Vamos lá:

OBJETIVO DA SEMANA

CONHECER COMO SE CONTITUI UMA IGREJA EM CÉLULAS.

• O movimento Igreja em células é uma estratégia vinda de Deus que teve


seu início com a igreja apostólica.

• Uma célula é uma reunião de irmãos que se reúnem semanalmente e é


composta por no mínimo 4 e no máximo 15 pessoas.

• O grupo celular permite que a Igreja cumpra sua missão, fazer Jesus
conhecido das pessoas.

• Um grupo celular é uma estrutura fundamental no cumprimento da missão


da igreja, pois nele se evidencia comunhão, evangelização, discipulado e
serviço cristão.

• De algum modo, em em algum nível, Deus me chamou para liderar.

“Mas você deve escolher laguns homens capazar e colocá-los como chefes do povo: chefes de mil, de cem,
de cinquneta e de dez.”
Êxodo 18:21
57
Semana 3
Vamos celebrar? Afinal
somos igreja!

Versículo para memorizar durante a semana

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20
Dia 1 Objetivo da Semana Dia 1

Bem-vindo à terceira semana de estudos do caderno


Primeiros passos com a Igreja!

• Ore e busque em Deus a compreesão dos conteúdos.


• Observe o objetivo e a trajetória da aprendizagem da semana.
• Procure memorizar o versículo da semana.
• Não deixe de registrar as suas dúvidas e conversar com seu professor.

Inteirar-se sobre as dimensões


da celebração na igreja local

1
2
DIA
Perceber a importância
de separar um dia para
celebrar na igreja local
DIA
Compreender o privilégio de a
complexidade da missão da
igreja local e a celebração
disso

3
4
DIA
Demonstrar como a Palavra
e o cumprimento das orde-
nanças são importantes na DIA
composição da igreja local
Aprimorar os valores da
comunhão na celebração
da igreja local

DIA 5
Constatar os pontos principais
acerca da relevância da igreja
local

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

61
Dia 1 Vamos celebrar? Afinal, somos Igreja! Dia 1

Por que separar um dia


para celebrar?

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia:


• Perceber a importância de separar um dia para celebrar na igreja local.
• Memorizar o vesrículo da semana.

É sabido que a igreja é disposta em duas dimensões: a visível e a invisível. Contudo


essas dimensões formam uma única Igreja, aquela fundada por Jesus: “[...] sobre esta
pedra edificarei a minha igreja.” (Mateus 16:18). Nessa passagem pode-se verificar
que a igreja foi formada por Jesus e ela é de Jesus! Assim, Ele mesmo a projetou e
tem objetivos claros para a mesma. Na contemporaneidade, a Igreja enfrenta alguns
desafios próprios deste tempo, que é a concepção de algumas ideologias, onde se
afirma que a Igreja como instituição, não é mais necessária. Sabemos o quanto essas
ideias são corrosivas e antibíblicas para a fé cristã e, consequentemente, para a Igreja
de Jesus.

Tais ideologias são fomentadas pela secularização do tempo presente, ou seja, o


homem moderno se utiliza somente da razão para resolver todos os seus dilemas; são as
filosofias e as teorias modernas que orientam a vida, não mais a religião, muito menos
a igreja. Outra situação foi a globalização e o avanço tecnológico, pois possibilita o
conhecimento das diversidades sociais e religiosas, aproximando as mesmas e como
resultado, o aparecimento de muitas religiões e uma diversidade de denominações,
possibilitando inúmeras opções religiosas. Outrossim, foi o relativismo quanto a
verdade. Esse relativismo afirma que todas as religiões estão com a verdade, portanto,
todas são válidas. Outra questão é quando a Igreja é vista somente como templo,
assim a vida cristã envolve somente ir ao templo, ou seja, se tem a Igreja como uma
mera confissão de fé ou até mesmo um status social. Bem sabemos que isso não passa
de uma mera religiosidade, fato este combatido por Jesus em toda sua vida terrena.

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

62
Dia 1 Vamos celebrar? Afinal ,somos Igreja! Dia 1

Diante desse cenário desenvolveu-se uma maneira completamente nova de se olhar


para Deus. Busca-se uma espiritualidade que se estende e cresce de outras formas,
além da tradicional, como a de fazer parte de uma igreja local. Há uma tendência
em negar o pertencimento a qualquer tipo de religião e afirmar uma espiritualidade
autônoma e livre do comando de qualquer instituição ou autoridade religiosa. Assim,
o desafio para a Igreja no tempo presente é substancial, precisamos compreender a
importância da Igreja para a fé cristã.

A Igreja, por si só, envolve ajuntamento de pessoas, basta verificar as analogias bíblicas
para retratar a igreja, bem como a sua origem na Bíblia. A igreja local é formada
por pessoas, logo precisa se organizar para seu pleno funcionamento, já vimos a
importância dos oficiais da igreja como estrutura que se organiza. Entretanto, a
igreja não é uma mera instituição, ela é um corpo vivo “Ora, vocês são o corpo de
Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo.” (I Coríntios 12:27).
Desse modo, ser um cristão não é somente frequentar a igreja em um determinado
dia da semana, mas de pertencer a um corpo vivo, dinâmico. A analogia do corpo nos
mostra uma estrutura organizada, onde cada membro possui sua função específica,
para que tudo funcione de modo harmônico.

No momento que entregamos nossa vida a Jesus, reconhecendo Seu sacrifício na


cruz, o fazemos individualmente. Deus trata pessoalmente com cada pessoa que vem
a Ele. Ser Igreja tem seu início em uma vida de devoção individual, fundamentada
nas disciplinas espirituais, como a oração, leitura diária da Bíblia e uma vida de
santificação. Quando o cristão começa a desenvolver essas disciplinas espirituais,
outras disciplinas aflorarão e começam a fazer parte de sua vida cristã. Note a
orientação de Jesus em relação à individualidade com Deus “Mas você, quando orar,
vá para o seu quarto, feche a porta e ore ao seu Pai, que não pode ser visto. E o seu Pai,
que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa.” (Mateus 6:6).

Vida de devoção é o propósito inicial de Deus para os que fazem parte da Igreja.
Não existe Igreja sem que individualmente cada membro dela esteja em permanente
transformação, para uma vida piedosa em Cristo. Precisamos de mudanças pessoais
e tratamentos individuais, pois cada pessoa tem seus valores culturais, familiares
e sociais. Essa individualidade reflete em toda a comunidade, por isso mudanças

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

63
Dia 1 Vamos celebrar? Afinal, somos Igreja! Dia 1

pessoais precisam ser feitas ao longo da vida cristã, “Portanto, todos nós, com o rosto
descoberto, refletimos a glória que vem do Senhor. Essa glória vai ficando cada vez mais
brilhante e vai nos tornando cada vez mais parecidos com o Senhor, que é o Espírito.”
(2 Coríntios 3:18). Vida de devoção é estar intencional e diariamente diante de
Deus, “olhando para Ele”, verificando o que pareço com Ele e o que precisa ser
transformado, isso é ser um discípulo de Jesus.

Entretanto, não ficamos só na individualidade, passamos para outro ponto que


envolve a vida cristã, no que diz respeito a ser Igreja, e isso fazemos em comunidade,
pois é o cumprimento da missão, que é de pregar o evangelho. “Mas receberão
poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em
Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. (Atos 1:8). Ainda
mais, ser igreja envolve o serviço cristão e assim a igreja vai sendo edificada. “Portanto,
meus irmãos, o que é que deve ser feito? Quando vocês se reúnem na igreja, um irmão
tem um hino para cantar; outro, alguma coisa para ensinar; outro, uma revelação de
Deus; outro, uma mensagem em línguas estranhas; e ainda outro, a interpretação dessa
mensagem. Que tudo seja feito para o crescimento espiritual da igreja.” (I Coríntios
14:26).

Vivemos, no cotidiano, em diária devoção (aplicação das disciplinas espirituais),


diligentes em nossa missão (proclamação do evangelho) e vivendo como servos
obedientes ao dom para o qual Deus chamou. Assim sendo, reunimo-nos como
igreja, que se organiza, para celebrar nossa vida individual de devoção, nossa conexão
individual com Deus, onde cada um recebe o tratamento de Deus, para cada dia
se tornar mais parecido com Jesus, e assim um discípulo Seu. Também celebramos
nossa missão bem como nosso trabalho no serviço cristão, por isso celebramos em
ajuntamento compartilhando nossas experiências aos irmãos.

Como tem sido sua vida de devocional? Lembre-se: ela precisa ser
diária, assim como o alimento para o corpo precisamos alimentar nosso
espírito. Descreva como é, na prática, sua vida de devocional e observe o
que pode ser aprimorado:

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

64
Dia 1 Vamos celebrar? Afinal ,somos Igreja! Dia 1

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ A Igreja não é uma ideia humana; ela foi formada por Jesus e ela é de
Jesus.
□ Ser Igreja significa ter uma vida de devocional, cumprir a missão de
evangelizar, se engajar no serviço cristão e celebrar em ajuntamento
por tudo isso.
□ Celebramos nossa vida de devoção, nossa missão e serviço através dos
dons e talentos.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

65
Dia 2 Vamos celebrar? Afinal, somos Igreja! Dia 2

Só alegria, festejando a missão

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia:


• Compreender o privilégio e a complexidade da missão da igreja local e a
celebração disso.
• Fixar o versículo da semana.

Os estudiosos da Bíblia estão certos ao dizer que a missão da Igreja é complexa, ou


seja, não se fundamenta apenas em uma ou outra ação, mas numa complexidade e
interligação de ações do povo de Deus para glorificá-lo. Podemos dizer que Deus é
o maior interessado no avanço do evangelho, quer dizer, da boa notícia cristã; Ele
almeja que seu nome seja conhecido em todas as etnias. Observe as palavras de Jesus:
“E disse-lhes: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer
e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.” (Marcos 16:15-16, grifo
nosso)

Desse modo, a missão da igreja deve ser também a sua missão. De alguma forma,
sua missão pessoal deve estar envolvida com a missão da igreja local que você faz
parte. Por certo, o imperativo bíblico à Igreja é missão! Este imperativo já faz parte de
sua vida? Em outras palavras, a Igreja de Cristo, representada pelas igrejas locais, são
caracterizadas sobremaneira pela sua missão e sua atuação no meio onde está inserida.
Essas atuações serão vistas na Semana 4 desse estudo. Agora, vamos compreender a
nossa missão quanto igreja.

Precisamos considerar o sentido da palavra missão no contexto da igreja local.


Em primeiro lugar, vamos considerar o chamado de Abraão, em Gênesis 12.1-3.
Deus ordenou que Abraão saísse de seu país e sua parentela para um lugar e futuro
desconhecidos. Porém, o Senhor prometeu abençoá-lo e abençoar o mundo por meio
desse servo fiel. Podemos aprender que a missão da Igreja, que começa em Abraão,
faz eco em nossa vida quando estamos dispostos a ouvir Deus.

Em segundo lugar, Deus levou José ao Egito, em sua soberania e propósitos maiores

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

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Dia 2 Vamos celebrar? Afinal ,somos Igreja! Dia 2

que os aparentes desencontros e infortúnios ocorridos na história desse homem de


Deus e sua família. Em Gênesis 45:4-8, Deus preservou um remanescente piedoso
na terra, durante a fome, para cumprir seu propósito de ser conhecido entre todos
os povos. Na história da missão de Deus, devemos ter confiança nas Suas intenções
para conosco, pois Seus propósitos, ainda que nos pareçam estranhos e silenciosos,
são sempre maiores que nós mesmos.

Depois, Deus libertou seu povo oprimido das mãos do faraó do Egito. Êxodo 3:10
deixa isso claro: “Vá, pois, agora; eu o envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os
israelitas”. Após o estabelecimento do povo na terra prometida veio uma sucessão de
profetas ensinando, advertindo e exortando o povo de Deus. Mesmo quando o povo
se recusou a ser fiel a Deus, o Senhor continuou Se importando com eles, assim como
faz conosco. Jeremias 7:25-26 mostra essa obstinação do coração dos israelitas que
ouviam falsos profetas e recusavam-se a ouvir o próprio Senhor.

O ponto principal da história da atuação de Deus a nosso favor foi quando Ele
enviou Seu Filho, Jesus Cristo. Paulo descreve a chegada de Jesus encarnado como
plenitude dos tempos, em Gálatas 4:4-5. Deus enviou seu Filho para que por meio
dele fossemos salvos, resgatados e restaurados para Deus. Jesus, portanto, é o centro da
missão de Deus. A partir da missão de Cristo, a Igreja é comissionada para prosseguir
sua missão na terra até sua segunda vinda. A Bíblia deixa isso claro no evangelho de
João 20.21.

Deus chamou um povo para Si das trevas para a Sua maravilhosa luz, por meio da
vida e obra do Senhor Jesus Cristo. Nisto consiste a origem da Igreja: Deus congregou
um povo junto ao seu Filho, dando a esse povo a forma de Corpo, como extensão
da vida de Seu Filho – o Cabeça do Corpo. Essa Igreja de Cristo tem uma expressão
histórica, temporal e geográfica nas igrejas locais.

Cada igreja local possui propósitos vinculados à missão de Jesus, pois a Igreja foi
escolhida por Deus para dar sequência à missão que Jesus iniciou quando esteve
na terra. O Espírito Santo é quem capacita a igreja local a dar conta dessa missão
e encontrar sucesso em seus propósitos, para que Jesus seja conhecido em todo o
mundo.

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

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Dia 2 Vamos celebrar? Afinal, somos Igreja! Dia 2

A vida da igreja local, que representa a totalidade da Igreja Universal de Cristo,


consiste em permanecer fiel à sua identidade; e esta deve ser coerente com a
identidade de Jesus, o Nazareno. Nossa missão pode ser identificada com o viver-
testemunhar de Cristo. As palavras “viver” e “testemunhar” estão unidas por um
hífen, porque entendemos que se trata dos dois lados da mesma moeda: enquanto
vivemos plenamente o evangelho, estamos anunciando a mensagem de Cristo. Isso
mesmo!

Diante de tão expressiva incumbência, a igreja só tem a celebrar, por isso nos
ajuntamos em louvor e adoração a Deus, porque um dia fomos salvos por
intermédio dessa missão. Devemos ser missionários no dia a dia, orar por essa missão
e pelos missionários que estão em outros contextos e, quando possível, contribuir
financeiramente para a subsistência desse trabalho. Há mais de 30 anos nossa igreja
promove anualmente um evento, no mês de setembro, o Congresso de Missões –
Missionar. Nesse período, intensificamos a mobilização missionária, levando vários
ministérios a se mover no servir, amar, propagar, influenciar e difundir uma cultura
missionária na nossa igreja.

https://pibcuritiba.org.br/missoes-e-evangelismo/missionar/

Você é engajado na Missão? Lembre-se que não existe membro de banco,


membro de banco e madeira e pregos. Fomos chamados essencialmente
para uma missão. Reflita, refaça ou aprimore suas coordenadas na missão.
Pontue o que Deus fala com você sobre seu papel na missão da igreja:

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

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Dia 2 Vamos celebrar? Afinal ,somos Igreja! Dia 2

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ A missão da Igreja é fazer Jesus conhecido de todos os povos e isso só


acontece pelo poder do Espírito Santo.
□ A Igreja é o corpo de Cristo, ou seja , Sua extensão aqui na terra.
□ A Igreja tem a incumbência e privilégio de viver-testemunhar sobre a
pessoa de Cristo, por isso celebramos em ajuntamento.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

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Dia 3 Vamos celebrar? Afinal, somos Igreja!

Estou convicto, por isso celebro!

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia:


• Demonstrar como a Palavra de Deus e o cumprimento das ordenanças
são importantes na composição da igreja local.
• Memorizar o versículo da semana.

O aprendizado da Palavra é um dos elementos mais importantes do culto pessoal e


do comunitário. Todos os que fazem parte da Igreja devem estar imbuídos da Palavra
“Faça todo o possível para conseguir a completa aprovação de Deus, como um trabalhador
que não se envergonha do seu trabalho, mas ensina corretamente a verdade do evangelho.”
(2 Timóteo 2: 15).

Sabemos que a Bíblia é a Palavra de Deus revelada, ela é o meio pelo qual Deus
comunica sua vontade para com os homens. Para a igreja a Palavra revelada é base da
comunhão com Deus e com o próximo, por isso celebramos sua existência. Examine
a orientação do Apóstolo Paulo, “Que a mensagem de Cristo, com toda a sua riqueza,
viva no coração de vocês! Ensinem e instruam uns aos outros com toda a sabedoria.
Cantem salmos, hinos e canções espirituais; louvem a Deus, com gratidão no coração.”
(Colossenses 3:16). Paulo determinava vivermos em riqueza da Palavra, ou seja, em
abundância na vida devocional, lendo-a diariamente e aprendendo na igreja, seja no
culto comunitário, em cursos, palestras ou na escola bíblica. Habitação implica em
permanência, toda vida cristã deve ser ocupada pela Palavra. Por isso é importante aos
membros da igreja conhecer onde a Palavra está sendo difundida em sua igreja local.
Veja o link abaixo das possibilidades de aprendizado oferecidas pela nossa igreja:

pibcuritiba.org.br/educacaocrista/

Não devemos estar sendo somente informados da Palavra, mas devemos


adquirir na Palavra meio para o crescimento espiritual, na compreensão de sua

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

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Dia 3 Vamos celebrar? Afinal ,somos Igreja! Dia 3

vontade para com os crentes “Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos
de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus,
com toda a sabedoria e entendimento espiritual.” (Colossenses 1:9) Ainda mais, “e
se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu
Criador.” (Colossenses 3:10), crescer espiritualmente e, cada vez mais, ser parecido
com Jesus; isto é vida de discipulado.

Além da permanência e do crescimento na Palavra, Paulo orienta a Igreja para nos


aconselharmos mutuamente. A Palavra é repleta de orientações de como podemos
e em que circunstâncias devemos acordar mutuamente. Seguem algumas dessas
orientações: quanto ao amor, “Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos
outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros.” (João 13:34); quanto ao
acolhimento comunitário “Portanto, aceitem uns aos outros para a glória de Deus, assim
como Cristo aceitou vocês.” (Romanos 15:7); quanto ao cuidado “Para que não haja
divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns
dos outros.” (1 Coríntios 12:25); quanto ao julgamento de nosso irmão “Mas tenham
as qualidades que o Senhor Jesus Cristo tem e não procurem satisfazer os maus desejos da
natureza humana de vocês.” Romanos 14:13 bem como devemos oferecer consolo
ao irmão “Portanto, animem e ajudem uns aos outros, como vocês têm feito até agora.”
(1 Tessalonicenses 5:11).

Essas são algumas recomendações bíblicas para a vida da Igreja fundamentada na


Palavra. A essência do termo mutualidade é uma via de mão dupla: eu preciso amar,
mas também tenho a necessidade de ser amado, assim como de cuidar e ser cuidado,
consolar e ser consolado. Viver e celebrar a Palavra é aprender em comunidade todas
essas necessidades uns dos outros.

Pondere e descreva como é viver e celebrar a Palavra de Deus para você:

Além da Igreja celebrar a Palavra, celebramos duas principais ordenanças deixadas

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

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Dia 3 Vamos celebrar? Afinal, somos Igreja! Dia 3

por Jesus: batismo e ceia. Eles são os únicos rituais simbólicos deixados por Jesus,
por isso os chamamos de ordenanças. Ordenança é diferente de sacramento, pois o
sacramento denota um ato de graça divina ou o poder de conferir bênçãos ao cristão.
No entanto, não existe nenhum poder místico nessas celebrações. Alguns grupos
de cristãos entendem sacramento com outro sentido daquele dado pelos católicos
romanos. Compreendem sacramento como “um sinal exterior e visível de uma graça
interior invisível”. Por isso, é preferível o termo ordenança do Senhor à Igreja.

É necessário saber o que significa cada uma das ordenanças, sua razão e propósitos
ao estudar a doutrina bíblica da Igreja porque tanto o batismo nas águas quanto
a ceia memorial são atos de culto a Deus. Se forem praticados com ignorância e
desconhecimento de seus sentidos mais nobres, não existirá comprometimento dos
que os praticam com o Senhor que os ordenou. “Pois, a pessoa que comer do pão ou
beber do cálice sem reconhecer que se trata do corpo do Senhor, estará sendo julgada ao
comer e beber para o seu próprio castigo. É por isso que muitos de vocês estão doentes e
fracos, e alguns já morreram.” (1 Coríntios 11:29-30).

Iniciaremos pela primeira ordenança, o batismo nas águas. O batismo nas águas deve
ser um ato voluntário e realizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É a
primeira ordenança de Jesus à Igreja. Os textos bíblicos que mostram o batismo de
Jesus estão nos Evangelhos Sinóticos. Compare: Mateus 3:1-17; Marcos 1:1-11; Lucas
3:1-22. Mateus nos diz que Jesus colocou o batismo nas águas em nome da Trindade
como parte da Grande Comissão. “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19). O
ensino a respeito do batismo foi aprofundado pelos apóstolos nas cartas do Novo
Testamento. O batismo demonstra publicamente que sua postura e pensamentos
diante da vida mudaram. Essa era a intenção dos escritores bíblicos ao relatar os
batismos no Novo Testamento: mostrar que os batizados tiveram uma mudança
de vida e pensamento frente ao judaísmo, o império romano e, principalmente, ao
pecado.

É através do batismo que você submete sua vida a um compromisso de serviço a


Deus, negando-se a si mesmo, tomando sua cruz e seguindo Jesus onde e como Ele
quiser. O batismo é o rito de ingresso do discípulo na comunidade de Jesus, sua

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

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Dia 3 Vamos celebrar? Afinal ,somos Igreja! Dia 3

igreja local. Mas não significa um ritual vazio de significado, mas que morremos com
Cristo para o mundo para vivermos em novidade de vida. “Pois, quando vocês foram
batizados, foram sepultados com Cristo; e no batismo também foram ressuscitados com
ele por meio da fé que vocês têm no grande poder de Deus, o mesmo Deus que ressuscitou
Cristo.” (Colossenses 2:12) Faça também a leitura de Romanos 6:1-11.

A segunda ordenança deixada por Jesus é a ceia do Senhor. O batismo sugere o


novo nascimento do Espírito, que Jesus explicou a Nicodemos em João 3:3-5. A
ceia sugere a alimentação diária de que aquele que nasceu de Deus precisa, através
da intimidade com Jesus, como disse, em João 6, ser o pão da vida que desceu do
céu. Se batismo sugere união com Cristo, a ceia indica a permanência em Cristo. O
batismo é realizado apenas uma vez: é o marco de início e entrada no Reino. Se para
o batismo ser eficaz é preciso arrependimento e fé, isto é, a conversão a Cristo, para
que a ceia seja eficaz é necessária a reflexão pessoal da comunhão diária com Cristo.
A comunhão diária com Cristo pode ser descrita igualmente com arrependimento e
fé constantes de Deus. A ceia é realizada habitualmente: ela dramatiza a necessidade
constante de alimentação espiritual. Jesus, pois, lhes disse:

“Então Jesus disse:

— Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não comerem a carne do Filho do
Homem e não beberem o seu sangue, vocês não terão vida. Quem come a minha carne
e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha
carne é a comida verdadeira, e o meu sangue é a bebida verdadeira. Quem come a minha
carne e bebe o meu sangue vive em mim, e eu vivo nele.” (João 6.53-56)

Dessa forma, os elementos simbólicos da ceia do senhor são o pão e o vinho. O pão
é o alimento físico básico, Jesus deve fazer parte da nossa vida, sendo nosso alimento
espiritual diário. Certamente, o discípulo de Cristo que não se alimentar diariamente
dEle morrerá de inanição espiritual. Quem sabe, até adoecerá fisicamente e morrerá,
visto que a Bíblia mostra que alguns que “não discerniram” o Corpo de Cristo
encontravam-se “fracos e doentes e muitos já morreram” (1Coríntios 11:29 e 30).
Já o vinho representa o sangue de Cristo vertido na cruz do Calvário. O sangue de
Cristo foi o preço pago para pagar por nossos pecados. É o sinal da nova aliança com

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

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Dia 3 Vamos celebrar? Afinal, somos Igreja! Dia 3

Deus: o sacrifício vicário de Cristo. Vicário quer dizer que o sacrifício de Jesus foi
substitutivo, isto é, em nosso lugar. É o que Ele próprio ensina em Lucas 22:19-20.
O pão e o vinho são elementos simbólicos do corpo e sangue de Jesus. Eles aludem
ao dilacerar o corpo de Cristo e ao derramar de Seu sangue. Na ceia, lembramos que,
através da morte de Jesus, Deus reconciliou consigo o mundo, a fim de criar um povo
em particular que representasse a novidade de vida proporcionada por Deus a quem
crer em Jesus.A ceia cristã é reconhecida como um memorial da obra de Jesus. Grave
bem esta palavra para referir-se à ceia: memorial, como um ritual dramático, para
manter viva a lembrança do sacrifício de Jesus, bem como a esperança da Sua volta.
Jesus instituiu esse memorial a fim de que seus discípulos transmitissem para as
gerações futuras a mensagem da cruz. É o que Paulo faz e somos exortados a fazer “e
deu graças a Deus. Depois partiu o pão e disse: “Isto é o meu corpo, que é entregue em favor
de vocês. Façam isto em memória de mim.” (1 Coríntios 11:24) Portanto, não existe
nada de mistico na ceia do Senhor, isto é os elementos que representam o corpo e o
sangue de Cristo permanecem os mesmos. Leia João 6:25-59 e reflita sobre o comer
o corpo de Cristo diariamente.

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ A Palavra de Deus é a base para vida de comunhão com Deus e os


irmãos, por isso celebramos.
□ O batismo nas águas e a ceia do Senhor formam os únicos rituais
ordenados por Jesus.
□ O batismo nas águas e a ceia do Senhor devem ser cumpridos.
O primeiro significa uma vida de submissão e serviço a Deus, o
segundo demonstra a necessidade de sempre estar me alimentando
espiritualmente de Jesus, enquanto aguardo Sua volta.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

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Dia 4 Vamos celebrar? Afinal ,somos Igreja! Dia 4

Vem para a igreja!

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia :


• Aprimorar os valores da comunhão na celebração da igreja local.
• Atentar para o versículo da semana.

Há muitas diferenças entre a comunidade cristã nos primórdios e a Igreja dos dias de
hoje. Porém, há algo que deve ser o mesmo: o poder da comunhão. Havia entre eles
um sentimento de pertencimento. Primeiro, a Jesus Cristo. Depois, uns aos outros.
A boa notícia é que é possível experimentar o poder que eles tinham para viver e fazer
a diferença. Viver em comunidade é uma bênção, porque, ao mesmo tempo em que
abençoamos, somos abençoados; por isso, vem para a igreja!

A comunhão dos primeiros cristãos era fundamentada no ensino dos apóstolos,


em um tipo de comunhão em que todos eram membros uns dos outros, havia um
compartilhar de tudo que tinham e, principalmente, uma dedicação comunitária à
oração. “Pensemos uns nos outros a fim de ajudarmos todos a terem mais amor e a fazerem
o bem. Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas
reuniões. Pelo contrário, animemos uns aos outros e ainda mais agora que vocês veem que
o dia está chegando.” (Hebreus 10: 24-25)

Como consequência desse estilo de vida, os cristãos experimentaram o poder de


Deus, isto é, uma vida sob os cuidados amorosos e, por vezes, sobrenaturais de Deus.
É assim que deve acontecer conosco atualmente: sermos parte uns dos outros. A
comunhão cristã é altamente desejável por Deus. Porque a unidade da igreja glorifica
a Deus e potencializa a força de seu testemunho. Como já foi dito anteriormente,
a koinonia, termo que quer dizer “comunhão”, significa que os discípulos de Cristo
participam juntos de algo. Deus instituiu a igreja para que nenhum de seus filhos
estivesse solitário. A Igreja é uma comunidade de amor fraternal, uma congregação
de pessoas com algo em comum. Alguém já brincou com o nome “comunhão”,
dizendo que a igreja deve subsistir em comum-união.

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

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Dia 4 Vamos celebrar? Afinal, somos Igreja! Dia 4

Os vínculos fraternais que a igreja local de Jerusalém tinha são descritos no grego
bíblico pela palavra koinonia. Koinonia quer dizer “aquilo que temos em comum”
e compartilhamos juntos como discípulos de Jesus. Primeiro, compartilhamos a
graça de Deus. Segundo, compartilhamos o que temos; normalmente, tais ofertas
são generosas. Terceiro, compartilhamos o amor por meio do serviço abnegado ao
próximo. Diante disso, a comunhão no corpo de Cristo resulta em experiências
importantes para a vida da igreja; são elas: demonstração prática de amor, através
do serviço cristão; compartilhar do pão, não somente na ceia, mas diante das
dificuldades da vida; a ajuda mútua entre cristãos nos mais variados segmentos
da vida; o aconselhamento; a formação de líderes espirituais na igreja; a edificação
dos membros do corpo em conhecimento e graça do Senhor; o discipulado que
proporciona a integração e a realização da missão pelo novo membro.

Quando se fala em koinonia é importante ressaltar que essa experiência precisa estar
em paralelo à missão, isso é, a igreja não tem um fim em si mesma, a igreja que se
ajunta por si mesma sofre do que chamamos de “koinonite” que é o exagero doentio
da comunhão, que “transforma a igreja em uma comunidade ilhada e só cresce para
dentro de si, egocêntrica” (VIOLA, 2011, p.235). Para algumas pessoas, pode parecer
estranho mencionar que devemos ter um compromisso para com as pessoas perdidas,
os não cristãos, os “sem igreja” e os ateus. Parte desse incômodo vem da acomodação
que vamos sentindo enquanto uma igreja cresce em comunhão e amizade entre
os membros. Naturalmente, toda liderança de uma igreja quer isso: uma igreja
aconchegante, que vive em comunhão e em que os irmãos se alegram em estar juntos.

Contudo, deve-se ficar atento para os sintomas da “koinonite”; são eles: a comunidade
se transforma em gueto cristão; a igreja possui uma mentalidade limitadora quanto
a seu crescimento numérico; ela existe somente para seus membros, sem qualquer
alcance para os de fora; no longo prazo, seu crescimento numérico é inexpressivo,
chegando a perder membros; para os de fora, o sentimento que esta igreja passa é
o de facção; tal igreja não tem impacto na cultura em que se encontra; não há uma
sincera preocupação com os que saem da comunidade e não se presta atenção no
que o Senhor está fazendo em outras igrejas ou no mundo. É certo que, assim como
Deus nos salvou para servirmos pessoas, como Igreja e povo de Deus, Deus nos

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

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Dia 04 Vamos celebrar? Afinal ,somos Igreja! Dia 4

abençoa para “penetrar no mundo como Cristo se inseriu no mundo do primeiro século”
(MULHOLLAND, 2004, p.173).

Desse modo, celebrar a comunhão é vital na vida da igreja, pois possibilita o


relacionamento entre pessoas diferentes com um mesmo objetivo por meio da
unidade, envolve ideias, propósitos, projetos e ações comunitárias que permeiam a
missão da greja: fazer Jesus conhecido no poder do Espírito Santo. Então, mais uma
vez - Vem para igreja!

Observe o texto relatado pelo salmista e tente descobrir o que ele queria
dizer com essa poesia, descreva e compartilhe com os irmãos:

“Como é bom e agradável que o povo de Deus viva unido como se todos fossem
irmãos! É como o azeite perfumado sobre a cabeça de Arão, que desce pelas suas
barbas e pela gola do seu manto sacerdotal. É como o orvalho do monte Hermom,
que cai sobre os montes de Sião. Pois é em Sião que o Senhor Deusdá a sua bênção,a
vida para sempre.” (Salmos 133: 1-3).

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

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Dia 4 Vamos celebrar? Afinal, somos Igreja! Dia 4

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ A comunhão dos primeiros cristãos era fundamentada no ensino dos


apóstolos, em um tipo de comunhão em que todos eram membros uns
dos outros, havia um compartilhar de tudo que tinham e, principalmente,
uma dedicação comunitária à oração. Os grupos celulares permitem a
proximidade, e com isso cada menbro pode se ajudar mutuamente e
todos crescem em maturidade espiritual.
□ Como continuidade da Igreja de Cristo, devemos viver em ajuntamento,
proporcionando comunhão, sendo abençoados e abençoando.
□ A igreja não tem um fim em si mesma, ela; se ajunta para celebrar e
viver sua missão, assim, celebrar a comunhão é um ato bíblico.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

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Dia 5 Vamos celebrar? Afinal ,somos Igreja! Dia 5

Juntinhos em uma igreja local

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia :


• Constatar os pontos principais acerca da relevância da igreja local.
• Relembrar o versículo da semana.

A Igreja existe devido ao relacionamento com Deus. Deus escolheu, chamou e


buscou. O ser humano que recebeu a graça divina respondeu afirmativamente. Além
disso, como seres humanos, fomos criados como seres sociáveis, precisamos de outras
pessoas. A Igreja, em relação a pessoas, é a igreja local, como já estudado, que é a
expressão local e histórica da Igreja Universal.

Encontramos as igrejas locais no Novo Testamento, tanto no relato dos apóstolos


em suas cartas, quanto no fato das cartas serem destinadas a igrejas locais específicas.
Algumas dessas igrejas foram claramente fundadas por Paulo. As cartas de Paulo são
nitidamente dirigidas às igrejas locais. As chamadas cartas gerais, de Tiago, Pedro
e João, são mais genéricas que as de Paulo, mas também se destinam às igrejas das
regiões que eles se dirigem, principalmente à região da Ásia Menor.

Nem sempre nessas saudações você encontrará o termo “igreja”, mas termos sinônimos
para caracterizar os crentes congregados em Tessalônica, na Galácia, em Corinto, ou
seja, qual fosse o destino da epístola. Exemplos: à igreja dos tessalonicenses, às igrejas
da Galácia (aqui Paulo se dirigia a uma comunidade de igrejas), à igreja de Deus
em Corinto, aos amados e chamados para serem santos (em Roma), aos peregrinos
dispersos (no caso de Pedro). Estas igrejas do Novo Testamento estavam em uma
localidade definida, num determinado tempo da história e, no caso de Paulo, as
pessoas da igreja eram conhecidas e chamadas pelo nome.

Assim, as igrejas locais (ajuntamento de pessoas) são totalmente bíblicas, portanto,


relevantes! Essa relevância se traduz em três princípios, quando falamos da dinâmica
da vida da igreja, pois permite que a mesma sinalize o Reino de Deus na terra. Tais

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

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Dia 5 Vamos celebrar? Afinal, somos Igreja! Dia 5

princípios são estabelecidos por Paulo quando faz a analogia entre o funcionamento
do corpo humano e a vida do Corpo de Cristo, a igreja. Observe o texto registrado
em I Coríntios 12:13-27. Esses princípios são: unidade, diversidade e mutualidade.

“Cristo é como um corpo, o qual tem muitas partes. E todas as partes, mesmo sendo
muitas, formam um só corpo. Assim, também, todos nós, judeus e não judeus, escravos e
livres, fomos batizados pelo mesmo Espírito para formar um só corpo. E a todos nós foi
dado de beber do mesmo Espírito. Pois o corpo não é feito de uma só parte, mas de muitas.
Se o pé disser: “Já que não sou mão, não sou do corpo”, nem por isso deixa de ser do corpo.
Se o ouvido disser: “Já que não sou olho, não sou do corpo”, nem por isso deixa de ser do
corpo. Se o corpo todo fosse olho, como poderíamos ouvir? E, se o corpo todo fosse ouvido,
como poderíamos cheirar? Assim Deus colocou cada parte diferente do corpo conforme
ele quis. Se o corpo todo fosse uma parte só, não existiria corpo. De fato, existem muitas
partes, mas um só corpo. Portanto, o olho não pode dizer para a mão: “Eu não preciso
de você.” E a cabeça não pode dizer para os pés: “Não preciso de vocês.” O fato é que
as partes do corpo que parecem ser as mais fracas são as mais necessárias, e aquelas que
achamos menos honrosas são as que tratamos com mais honra. E as partes que parecem
ser feias recebem um cuidado especial, que as outras mais bonitas não precisam. Foi assim
que Deus fez o corpo, dando mais honra às partes menos honrosas. Desse modo não existe
divisão no corpo, mas todas as suas partes têm o mesmo interesse umas pelas outras. Se uma
parte do corpo sofre, todas as outras sofrem com ela. Se uma é elogiada, todas as outras
se alegram com ela. Pois bem, vocês são o corpo de Cristo, e cada um é uma parte desse
corpo.” (1 Coríntios 12:12-27)

Antes de observarmos os princípios que regem e dão relevância para a Igreja na


analogia paulina, temos que considerar duas dimensões relacionais no texto: Cristo
a cabeça, Igreja e corpo. Essas duas dimensões envolvem o relacionamento de Cristo
com o corpo, mas também o de cada membro com a cabeça. A cabeça que dá o
direcionamento, bem como todas as ações do corpo humano são dinamizadas pela
cabeça, assim também é com a Igreja.

No primeiro princípio, a unidade, Paulo traz a Igreja como corpo, formado por
muitos membros e o texto é claro, um membro sozinho não é corpo, por isso só somos
Igrejas vivendo essa unidade. No segundo princípio, o texto retrata a diversidade de
cada membro, cada um tem uma função específica que permite o funcionamento

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
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Dia 5 Vamos celebrar? Afinal ,somos Igreja! Dia 5

harmônico de todo o corpo. Como membros da Igreja, não somos iguais, mas minha
função permite o perfeito funcionamento do outro membro trazendo harmonia
ao corpo. No terceiro princípio, a mutualidade, apesar das diferenças, estamos
conectados e em conjunto alimentamos uns aos outros, em obediência aos comandos
da cabeça que é Cristo. Essa é a beleza e a relevância da igreja, damos testemunho
ao mundo, segundo REAL ( 2003, p. 09) “No sentido vertical, o cristão se relaciona
com Deus e, no horizontal, com outros cristãos. O próprio cristianismo pode ser descrito
como a comunhão, em amor, de Deus com os homens e dos homens entre si, alcançados de
modo coletivo e individual pelo plano redentor executado por Jesus Cristo.” Ainda mais
os autores Stevens e Green afirmam:

“É impossível estar em Cristo sem estar ligado em seu corpo, com quem Cristo, o Cabeça
está intimamente ligada. Por isso não somente é impossível sermos cristãos individuais,
mas igualmente impossível estar em Cristo sem nos preocuparmos com o corpo de Cristo,
nos inquietando por sua desobediência e cuidando do seu crescimento até a maturidade
da humanidade de Jesus. Espiritualidade profética é a paixão por justiça e amor pelo povo
de Deus.” (STEVENS & GREEN, 2008, p. 104)

Diante disso, pode-se considerar que é impossível viver o evangelho sem viver os
princípios da unidade, diversidade e mutualidade que só a uma vida comunitária
concede. A resposta ao evangelho pressupõe unidade com Deus e com os irmãos.
Observe a oração de Jesus “Não peço somente por eles, mas também em favor das pessoas
que vão crer em mim por meio da mensagem deles. E peço que todos sejam um. E assim
como tu, meu Pai, estás unido comigo, e eu estou unido contigo, que todos os que crerem
também estejam unidos a nós para que o mundo creia que tu me enviaste.” (João17:20-
21). Dessa maneira, a Igreja não é dispensável, uma vez que ela foi concebida por
Deus para que o plano redentivo de Deus se estabeleça em cada indivíduo que
respondeu a esse plano e, concomitantemente, outros possam crer.

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

81
Dia 5 Vamos celebrar? Afinal, somos Igreja! Dia 5

Como você pode viver os três princípios estabelecidos na Bíblia para a vida
em comunidade: unidade, diversidade e mutualidade? Descreva com suas
palavras e compartilhe com os demais.

Vivo em unidade quando:

Vivo a diversidade quando:

Vivo a mutualidade quando:

Agora, reflita sobre a importância de viver esses princípios na igreja e


descreva abaixo:

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

82
Dia 5 Vamos celebrar? Afinal ,somos Igreja! Dia 5

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ As igrejas locais estão presentes no Novo Testamento.


□ A resposta ao evangelho pressupõe unidade com Deus e com os
irmãos, ou seja, ser Igreja.
□ É impossível viver o evangelho sem viver os princípios da unidade,
diversidade e mutualidade que só a uma vida comunitária concede.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

FINALIZOU A LIÇÃO?
Não se esqueça de atualizar o processo na CENTRALPIB. Para acessar, entre
no QRCode abaixo, faça seu login e na área “DISCIPULADO” faça o registro da
frequência.

Caso você não tenha feito o cadastro do discípulo, Vá na opção “ADIOCIONAR


NOVO DISCIPULO”. Uma vez adicionado, será necessário apenas registrar a
frequência nas próximas semanas.

Isso é importante para o melhor

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“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

83
Dia 5 Vamos celebrar? Afinal, somos Igreja! Dia 5

Muito bom! Você completou a terceira semana de estudos,. Atente para


os conhecimentos adquiridos nessa semana, ore sobre isso e peça a Deus
discernimento para praticar esses conhecimentos consoante com o objetivo de
estudo da semana. Vamos lá:

OBJETIVO DA SEMANA

INTEIRAR-SE SOBRE AS DIMENSÕES DA CELEBRAÇÃO NA IGREJA LOCAL.

• Reúno-me como igreja organizada para celebrar minha devoção, missão e


serviço cristão.

• Como participante da igreja minha missão, em conjunto com meus irmãos,


é viver-testemunhar do evangelho de Jesus.

• Devo crescer na Palavra e cumprir as ordenanças de Jesus: batismo nas


águas e a ceia do Senhor.

• Devo viver em comunhão com a igreja e encorajar meus irmãos a fazerem


o mesmo.

• Acredito que as igrejas locais (ajuntamento de pessoas) são totalmente


bíblicas, portanto, relevantes.

“Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Mateus 18:20

84
Semana 4
Igreja que serve em
seus ministérios

Versículo para memorizar durante a semana

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
Dia 1 Objetivo da Semana Dia 1

Bem-vindo à quarta e última semana de estudos do caderno


Primeiros passos com a Igreja!

• Ore e busque em Deus a compreesão dos conteúdos.


• Observe o objetivo e a trajetória da aprendizagem da semana.
• Procure memorizar o versículo da semana.
• Não deixe de registrar suas dúvidas e conversar com seu professor as.

Compreender a extensão do
chamado para o serviço cristão

1
2
DIA
Reconhecer que cada
membro da igreja é um
servo de Cristo
DIA
Conscientizar sobre a
mordomia cristã como
mandamento bíblico

3
4
DIA
Assimilar sobre a alegria de
servir com os dízimos e
ofertas DIA
Reconhecer o chamamento
para o serviço cristão e suas
implicações no crescimento

5
da igreja

DIA
Conhecer a igreja em suas
estruturas, ministérios e
possibilidades de atuação

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
87
Dia 1 Igreja que serve em seus ministérios Dia 1

Servir, convocação séria!

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia:


• Reconhecer que cada menbro da igreja é um servo de Cristo.
• Relembrar o versículo da semana.

Todos somos chamados para servir a Deus. Nossa salvação ocorre pela graça de Deus
através da fé, não por obras, como afirma Efésios 2.8: “Pois pela graça de Deus vocês
são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus.”. O
propósito de Deus para nossa vida é que imitemos as atitudes de Jesus, obedecendo
ao Pai e desenvolvendo, na prática, um serviço amoroso em favor das pessoas. Mateus
4:18-20 mostra Jesus chamando pessoas para serem pescadores de homens. O que
você acha que significa ser um pescador de homens? Que tipo de serviço você pode
realizar como expressão de obediência a Deus?  

Quando perguntamos se somos servos de Deus, muitas imagens podem vir à


nossa mente. O conceito de servo é multicultural. Por exemplo, “servo” quer dizer,
basicamente, “escravo”. No entanto, quando a maioria das pessoas pensa em ser
escravo, sua mente é levada a imaginar aquelas abominações que muitos colonizadores
do passado faziam com a população que eles dominavam e conquistavam. Quando
se fala de escravo pensamos nessa imagem do chamado tempo da escravidão, onde
imperava a violência, o desrespeito à dignidade, a falta de liberdade para ir e vir,
o trabalho sem recompensa (física ou psicológica), geralmente acompanhado de
castigos cruéis. Mas, seria esse o tipo de servidão que a Bíblia exige dos salvos? Veja o
que Jesus expressa sobre o conceito de servo “Eu não chamo mais vocês de empregados,
pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; mas chamo vocês de amigos, pois
tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai.”. João 15:15 diz o que Jesus disse a
esse respeito: Jesus mesmo deu o exemplo maior de um líder servidor. Em Marcos,
a Bíblia diz que “Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para
servir e dar a sua vida para salvar muita gente.” (Marcos 10:45). João, mais uma vez,
apresenta o modelo servidor da liderança de Jesus. A mesma atitude que se requer

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
88
Dia 1 Igreja que serve em seus ministérios Dia 1

dos discípulos de Jesus na atualidade: “Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês,
então vocês devem lavar os pés uns dos outros. Pois eu dei o exemplo para que vocês façam
o que eu fiz.” (João 13:14-15).

A Bíblia mostra muitos cristãos que nos servem de exemplo em inúmeras áreas da
vida. Da mesma forma, a Bíblia não esconde os erros de muitas pessoas, relatando-
os como anti exemplos de como deve ser nossa conduta diária como cristãos. Um
desses anti exemplos, isto é, alguém que não devemos imitar, ao contrário, devemos
estar alerta para não sermos iguais a ele, é Diótrefes. A terceira epístola de João 1:9-
11 apresenta as características que um servo de Deus não deve ter. Leia abaixo o que
Diótrefes fazia. Em outras palavras, este irmão da antiguidade não serviu conforme o
modelo de Jesus, nem mesmo consoante a orientação apostólica.

“Eu escrevi uma pequena carta à igreja, mas Diótrefes, que deseja ser o líder, não quer
dar atenção ao que eu disse. Portanto, quando eu chegar aí, vou chamar a atenção dele
a respeito de tudo o que ele tem feito: as coisas horríveis que diz de nós e as mentiras que
conta. Porém ele não fica satisfeito só em fazer isso; pois, quando os irmãos chegam aí, ele
não os recebe. E, se alguma pessoa quer recebê-los, ele não deixa e até a expulsa da igreja!
Gaio, meu querido amigo, imite o que é bom e não o que é mau. Quem faz o bem é de
Deus, e quem faz o mal nunca viu Deus.” (3 João 1:9-11).

Suas características principais foram: queria ser o melhor dentre os irmãos; proferia
palavras maliciosas; não recebia os outros irmãos, era antissocial; excluía pessoas da
igreja que estavam fazendo um ministério coerente com o ensino apostólico; não era
convertido. Infelizmente, em cada tempo de nossa vida, especialmente na liderança de
ministérios, devemos checar se estamos tendo as mesmas atitudes que Diótrefes. No
entanto, a Bíblia apresenta excelentes modelos de liderança, além do próprio Jesus.
Paulo é um exemplo de liderança servidora. “Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado para
ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus, [...].” (Romanos 1.1) “Paulo e Timóteo,
servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, juntamente
com os bispos e diáconos: [...]”.(Filipenses 1:1) “Eu, Paulo, servo de Deus e apóstolo de
Jesus Cristo, escrevo esta carta.Eu fui escolhido e mandado para ajudar a tornar mais forte
a fé que o povo de Deus tem e para fazer com que eles conheçam a verdade ensinada pela
nossa religião, [...].” (Tito 1:1).

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
89
Dia 1 Igreja que serve em seus ministérios Dia 1

Paulo nos ensina que o verdadeiro líder reconhece seus defeitos. Ele sabe de sua
condição humana falível, pecadora e pecaminosa. Ele também reconhece sua
necessidade da graça e da misericórdia de Deus. Sabe muito bem que seu serviço é
uma expressão de amor a Deus, e não uma obrigação eclesiástica. Pessoas que servem
a Deus como expressão de um coração grato por sua salvação, além de serem mais
felizes, certamente trarão mais frutos e resultados condizentes com a expectativa de
Deus.

Os servos de Deus são caracterizados, certamente, por seu altruísmo. Altruísmo é


uma das marcas que caracterizaram Jesus em Seu ministério terreno. Ao contrário
do egoísmo, Deus deseja o altruísmo da parte de Seus discípulos. Isso é ensinado
claramente em Filipenses 2:3-8, onde Paulo conta sobre a humilhação e exaltação
de Cristo. Ele afirma que o modelo humilhação e exaltação de Jesus Cristo deve ser
o padrão da vida dos seguidores de Cristo, isto é, da Sua Igreja. Altruísmo é uma
palavra que vem do latim e quer dizer “outro”. É uma palavra oposta a ego. Ego
quer dizer literalmente “eu”. O egoísta é a pessoa que vê a si mesmo como centro
das atenções. Já o altruísta vê os outros além de si mesmo, até mesmo com maior
conceito do que a si mesmo. Cristão altruísta é aquele que pensa mais nos outros do
que em si, imitando Jesus em seu serviço cristão.

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
90
Igreja que serve em seus ministérios Dia 2

Cuidando das dádivas de Deus

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia:


• Conscientizar sobre a mordomia cristã como mandamento bíblico.
• Relembrar o versículo da semana.

Como servos de Deus, somos mordomos Seus. O mordomo é a pessoa que administra
bens que não são seus, mas do seu senhor. O servo mordomo é o administrador de
confiança. Cabe ao servo prestar contas de tudo que ele administra ao seu senhor.
Na doutrina bíblica da mordomia, nós, cristãos, somos os servos que devemos
temor, excelência e fidelidade na administração dos recursos que Deus nos concede.
Mordomia é um assunto que permeia a Bíblia de Gênesis a Apocalipse. Portanto, ser
um mordomo fiel não é apenas uma questão de preferência, mas um mandamento
bíblico.

A doutrina da mordomia ensina firmemente que tudo pertence a Deus. Todos os


seus bens pertencem a Ele. Somos os administradores, e não os donos. Se o Universo
pertence a Deus, por que você pensa que possui realmente alguma coisa? Você
pertence a Deus! A salvação que Deus realiza por meio de Cristo pertence somente a
Ele. “Ao Senhor Deus pertencem o mundo e tudo o que nele existe; a terra e todos os seres
vivos que nela vivem são dele.” (Salmos 24:1). Por esta razão, mordomia implica no
uso, sob orientação divina, da própria vida que o Senhor lhe concedeu, do tempo,
das pessoas, dos bens e tudo mais. Afinal de contas, você recebeu não apenas a vida
(natural e biológica), mas a dádiva da vida eterna, e juntamente com ela, a dádiva de
ser parceiro de Deus na construção de um mundo melhor.

Conforme o Pr. Walter Kaschel ensina, seja um mordomo fiel. Ele aponta as
principais áreas da vida em que devemos ser mordomos: da mente; do corpo; dos
bens materiais; das influências que temos; das oportunidades; do tempo; do dia do
Senhor; dos dízimos e das ofertas; do dom da generosidade financeira; da casa de
Deus e dos recursos destinados à obra. Observe o que a Bíblia diz a esse respeito:

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
91
Dia 2 Igreja que serve em seus ministérios Dia 2

Porque “Pois todas as coisas foram criadas por ele, e tudo existe por meio dele e para ele.
Glória a Deus para sempre! Amém!” (Romanos 11.36).

“Vocês nos devem tratar como servidores de Cristo, que foram encarregados de administrar
a realização dos planos secretos de Deus. O que se exige de quem tem essa responsabilidade
é que seja fiel ao seu Senhor.” (I Coríntios 4:1-2).  

“O Senhor respondeu:

— Quem é, então, o empregado fiel e inteligente? É aquele que o patrão encarrega de


tomar conta da casa e de dar comida na hora certa aos outros empregados. Feliz aquele
empregado que estiver fazendo isso quando o patrão chegar! Eu afirmo a vocês que, de fato,
o patrão vai colocá-lo como encarregado de toda a sua propriedade. Mas imaginem o que
acontecerá se aquele empregado pensar que o seu patrão está demorando muito para voltar.
E imaginem que esse empregado comece a bater nos outros empregados e empregadas e a
comer e a beber até ficar bêbado. Então o patrão voltará no dia em que o empregado
menos espera e na hora que ele não sabe. Aí o patrão mandará cortar o empregado em
pedaços e o condenará a ir para o lugar aonde os desobedientes vão.” (Lucas 12:42-46).

O principal desafio da mordomia cristã é, sem dúvida, a responsabilidade que temos


com pessoas que convivem conosco. Muitas vezes nós, cristãos, atropelamos as pessoas
que se relacionam conosco porque estamos com nossas prioridades invertidas. Ou,
no mínimo, com nossos princípios diferentes daqueles que Deus planejou para nós.
Inclusive, o uso dos nossos bens e posses seria diferente se pensássemos antes nas
pessoas do que nas coisas ou em nós mesmos.

Servir a Deus com tudo o que temos e somos não é algo opcional, mas um
mandamento, e teremos que prestar contas de tudo que Ele nos confiou. A Bíblia
também fala sobre os mordomos que foram fiéis e receberam a justa recompensa: “O
senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre
o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” (Mateus 25:23) Isso mesmo
fidelidade na administração, lembrando que a infidelidade não diz respeito somente
ao servo que lesa o seu Senhor, mas também ao que não faz prosperar os recursos
que Deus concede. “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons
despenseiros da multiforme graça de Deus.” (1 Pedro 4:10) Deus, o real dono de tudo,

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
92
Dia 2 Igreja que serve em seus ministérios Dia 2

exigirá contas de tudo.

As Parábolas dos talentos e das dez minas também nos apresentam esse ensino. “O
homem foi feito rei e voltou para casa. Aí mandou chamar os empregados a quem tinha
dado o dinheiro, para saber quanto haviam conseguido ganhar.” (Lucas 19.15) e “Depois
de muito tempo, o patrão voltou e fez um acerto de contas com eles.” (Mateus 25.19) Veja
também o texto de Hebreus: “Não há nada que se possa esconder de Deus. Em toda a
criação, tudo está descoberto e aberto diante dos seus olhos, e é a ele que todos nós teremos de
prestar contas.” (Hebreus 4:13) Devemos buscar sabedoria para administrarmos tudo
que o senhor nos confiou. Com certeza, como mordomo e administrador de Deus na
terra, você tem um bom e prazeroso trabalho pela frente. Deus confiou a você tanto
as coisas passageiras quanto as eternas. Seja grato a Deus, como servo dEle, por essa
confiança e amor tão especiais. Lembre-se: não fuja das suas responsabilidades como
discípulo de Jesus.

Reflita por alguns momentos em que área da sua vida você não tem sido um
bom mordomo, volte no texto e veja as áreas que precisam ser aprimoradas.
Por favor, anote aqui seus pensamentos a respeito dessas reflexões.

Pontue as ações que você pode fazer para corrigir suas dificuldades de ser
um mordomo fiel. Ore a Deus para que lhe dê estratégias na administração
dos seus bens.

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
93
Dia 2 Igreja que serve em seus ministérios Dia 2

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ A doutrina da mordomia ensina firmemente que tudo pertence a Deus.


Todos os seus bens pertencem a Ele. Somos os administradores, e não
os donos.
□ O principal desafio da mordomia cristã é, sem dúvida, a responsabilidade
que temos com pessoas que convivem conosco.
□ Servir a Deus com tudo o que temos e somos não é algo opcional, mas
um mandamento, e teremos que prestar contas de tudo que Ele nos
confiou.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
94
Dia 3 Igreja que serve em seus ministérios Dia 3

Recebo como dádiva, por isso entrego

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia:


• Assimilar sobre a alegria de servir com os dízimos e ofertas.
• Relembrar o versículo da semana.

A mordomia dos bens materiais está ligada à sua vida espiritual. A maneira que você
lida com suas finanças e bens serve como um termômetro da sua vida espiritual.
Afinal de contas, é muito fácil ser tentado a gerenciar os bens como donos e não
como mordomos. Lutero, reformador alemão do passado, falou que uma pessoa
precisa passar por três conversões: a primeira, do coração; a segunda, da mente; e a
terceira, do seu bolso. Para alguns, essa terceira é a mais difícil. A lição de hoje está
baseada no artigo de Karlis Kruklis: “Bíblia, finanças e a família”.

A sociedade moderna tornou o controle das finanças do nosso lar uma das áreas mais
complexas de administrarmos. Cartões de crédito, grande oferta de financiamentos,
propagandas extremamente atrativas, etc. Tudo isso, nos induzem, muitas vezes a um
descontrole orçamentário. Estatísticas revelam que milhares de divórcios ocorrem
todos os anos, tendo como origem graves dificuldades financeiras ou profundas
divergências entre os cônjuges sobre a forma de administrar as finanças do lar. Todavia,
muitas vezes esquecemos que Deus nos deixou um excelente manual financeiro que
nunca fica obsoleto, independente da taxa cambial, juros ou inflação. Este manual é
a Bíblia. São 2.350 versículos de preciosos ensinamentos sobre finanças. A Bíblia nos
ensina que o dinheiro em si não tem mal algum, é apenas um meio de troca. O amor
ao dinheiro, sim, é a raiz de todos os males: “pois o amor ao dinheiro é uma fonte de
todos os tipos de males. E algumas pessoas, por quererem tanto ter dinheiro, se desviaram
da fé e encheram a sua vida de sofrimentos” (1 Timóteo 6:10).

Em outras palavras, muito pode ser conhecido sobre nosso caráter pessoal e maturidade
espiritual apenas observando como lidamos com o dinheiro. Jesus disse: “um escravo
não pode servir a dois donos ao mesmo tempo, pois vai rejeitar um e preferir o outro; ou

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
95
Dia 3 Igreja que serve em seus ministérios Dia 3

será fiel a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e também servir ao
dinheiro” (Mateus 6:24). Ele nos ensina que o dinheiro pode se tornar uma idolatria.
Muitas pessoas pensam que o dinheiro é apenas um meio de intercâmbio, como se
ele fosse neutro. Outras acreditam que ele é uma bênção ou maldição, sendo que os
que o têm desprezam aqueles que não têm, e vice-versa. No entanto, o dinheiro não
é neutro, tampouco uma bênção ou maldição em si mesmo, como se tivesse poder
místico de felicidade.

O segredo está no uso que você faz dele. Você pode usar o dinheiro tanto para o mal,
quanto para o bem. O poder está em suas mãos. Deus lhe deu recursos para que
você o administre da melhor maneira possível. Você deve usar o dinheiro em prol
do Reino de Deus. A Bíblia também nos ensina que se orarmos com fé por qualquer
coisa que esteja na vontade de Deus, tal coisa nos será concedida. Mas, é importante
sabermos que a vontade e os caminhos de Deus nem sempre coincidem com os
nossos. Então, quando passamos o controle de nossas finanças para Deus, também
devemos aceitar Sua direção.

Diante dessa reflexão faz-se necessário perguntar: Como você acha que é sustentada
a obra do Senhor? Os pastores, os missionários, os necessitados, a construção e a
manutenção dos templos? Se não houver quem sustente os pastores e missionários,
como eles podem trabalhar integralmente (o tempo todo) para Deus? A igreja, além
de organismo – Corpo de Cristo – é também uma organização. Desse modo, na
atualidade, as igrejas precisam de recursos financeiros para manter-se adequadamente
e cumprir suas demandas. Mas, que história é essa de dízimos e ofertas? Tem que
pagar para ser membro de Igreja ou para receber bênçãos de Deus? Não! É bíblico, é
certo? Sim! Veja por quê.

Dízimo significa a décima parte de tudo o que recebemos e que deve ser devolvida
ao Senhor, já que aprendemos que nós e tudo que possuímos pertence a Ele. Jesus
alerta em Lucas 18:11-14 que o cristianismo não se resume no dízimo, pois este não
justifica ninguém! Os fariseus devolviam os dízimos, mas não agradavam a Deus! Eles
achavam que, por darem o dízimo, podiam bater no peito e se acharem fiéis. Mal
sabiam eles que não faziam mais do que sua obrigação (leia Mateus 5:20).

Devolver ao Senhor a décima parte de tudo que Ele nos dá é uma questão de fé e

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
96
Dia 3 Igreja que serve em seus ministérios Dia 3

fidelidade, e isso é para os filhos de Deus, que confiam nEle. Não obstante, algumas
pessoas alegam que o dízimo é uma prática válida apenas para a época do Antigo
Testamento, antes e durante a lei mosaica. Ele é atual e vigente. Jesus enfatizou que a
coisa mais importante é a atitude do coração (Mateus 23:23). Mas, nem por isso ele
o desprezou. Ao invés disso, Jesus disse que não veio para acabar com a lei de Moisés
ou com os ensinamentos dos profetas – o Antigo Testamento, mas veio para dar o seu
sentido completo (Mateus 5:17). É bem provável que Jesus já tivesse esse assunto por
encerrado, caso contrário, Ele mesmo tocaria no assunto. O dízimo pode ser o início
da generosidade do cristão. É o mínimo que o mordomo pode entregar ao seu patrão.

Outra forma bíblica de sustentação da igreja são as ofertas alçadas. Em 1 Coríntios


16:1-2, vemos que os primeiros cristãos (são nossos exemplos, pois aprenderam
diretamente com Jesus e Seus apóstolos) recolhiam ofertas visando ajudar os outros.
É com o dinheiro dos fiéis que se sustenta a causa de Deus aqui na terra! É com a
fidelidade dos irmãos na fé! Apesar desse privilégio ser de todos os crentes, muitos
incrédulos desfrutam dele! Em 2 Coríntios 9:6-7,12, vemos como as ofertas devem ser
consagradas a Deus: De forma espontânea, voluntária, individual e com alegria, não
com peso no coração, porque Deus ama quem dá com alegria. Um bom mordomo
da graça de Deus nesta terra é dizimista e ofertante. Para ampliar seus conhecimentos
a respeito desse assunto, indica-se o site http://www.financasparaavida.com.br.

Você está aprendendo que viver com Jesus significa comprometer-se com Seu
povo, a Sua Igreja. Muitas pessoas fogem desse compromisso, porque não querem
responsabilizar-se pelos outros e esperam apenas receber. Sua principal pergunta é: o
que a igreja pode fazer por mim? Mas este não é o ensino de Jesus. A Igreja que Ele
deixou aqui na terra deve ser um testemunho vivo da esperança, da fé e do amor. Sua
principal pergunta deve ser: o que posso fazer pela igreja e pelos perdidos?

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
97
Dia 3 Igreja que serve em seus ministérios Dia 3

Pondere sobre suas finanças e observe o que impede você de viver o ensino
a respeito dos dízimos e ofertas.

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ A mordomia dos bens materiais está ligada à sua vida espiritual.


□ Quando passamos o controle de nossas finanças para Deus, também
devemos aceitar Sua direção.
□ Dízimo significa a décima parte de tudo o que recebemos e que deve
ser devolvida ao Senhor, já que aprendemos que nós, e tudo que
possuímos, pertencemos a Ele.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
98
Dia 4 Igreja que serve em seus ministérios Dia 4

Vamos expandir a igreja?

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia :


• Reconhecer o chamamento para o serviço cristão e suas implicações no
crescimento da Igreja.
• Relembrar o versículo da semana.

Como visto na Semana 3, sobre como e por que a igreja celebra, vimos que
celebramos no culto em ajuntamento, porque temos uma vida de devocional, uma
missão e um serviço paralelo a essa missão; tudo isso permeia a vida cristã e para
isso fomos chamados por Deus. Assim, o serviço cristão é dado a cada um que faz
parte da membresia da igreja, Deus chamou cada um com uma obra específica, de
modo que a Igreja de Cristo seja edificada, cresça e edifique o mundo. Com relação
ao crescimento da igreja local, o apóstolo Paulo foi bastante feliz em acentuar que
a igreja assemelha-se a uma plantação. Ele disse: “Vocês são lavoura de Deus” (1
Coríntios 3:9). A igreja é a plantação de Deus na terra, para dar frutos, e muitos
frutos. E com esses frutos abençoar todas as pessoas da terra no nome de Jesus.

Uma igreja que não cresce sofre do que chamamos de nanismo espiritual, que é
o crescimento atrasado de uma igreja local. O pior sintoma é a inércia espiritual.
Como diagnosticar essa doença terrível? Os sintomas predominantes são: muitos são
espectadores passivos, enquanto poucos trabalham para dar certo; as conversas são
sobre coisas, dificilmente sobre um relacionamento vivo com o Senhor; há poucas
demonstrações de evangelização fora do âmbito eclesiástico pelos membros. Você
que está chegando em nossa igreja deve estar atento a esses sintomas, e a única forma
combatê-los é crescer juntamente com nossa igreja, engajando-se em alguns de nossos
ministérios. Sobre os ministérios falaremos no conteúdo da próxima semana. Por
agora é necessário o entendimento sobre como planejamos nosso crescimento como
Igreja de Jesus. Desse modo, a Primeira Igreja Batista de Curitiba preocupas-se com
o crescimento integral, portanto, seguimos a missão tríplice: crescer para com Deus,
crescer com a igreja em si e crescer com o mundo.

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
99
Dia 4 Igreja que serve em seus ministérios Dia 4

Crescer para com Deus significa que a igreja deve crescer em direção a Deus, num
compromisso sério com Ele. São características de quem cresce para o alto: buscar a
Deus, considerar que as intenções de Deus são boas para consigo, estudar a Palavra
de Deus, ter uma vida de oração intensa, disciplinada e intercessora. Sem esse tipo de
crescimento, os demais tipos de crescimento ficaram comprometidos.

O segundo item da nossa missão tríplice é crescer como igreja em si ou crescer


para dentro, é quando olhamos para a qualidade dos relacionamentos de nossa
comunidade local e desejamos ser uma igreja local acolhedora, com alto espírito
de comunhão e edificação de pessoas. São características de quem cresce para
dentro: koinonia/comunhão, discipulado, ensino da Palavra, acolhimento, amizade,
células ou grupos pequenos, desenvolvimento dos dons espirituais em ministérios
abençoados e abençoadores.

O último item da missão é crescer para fora ou crescer com o mundo. Esse tipo de
crescimento ou dimensão da missão cristã que nossa igreja leva a sério considera os
que estão morrendo sem entregar sua vida a Cristo, que não conhecem a Jesus ou
desprezam Sua Palavra, seja por ignorância ou rebeldia explícita. Crescemos para fora
alicerçados na promessa de Jesus de que as portas do inferno não prevalecerão contra
sua Igreja, pois fomos comissionados pelo próprio Deus a sermos cooperadores do
avanço do Seu Reino de Deus. São qualidades de quem cresce para fora: o amor
pelas almas perdidas, o desejo de fazer diferença em todo tempo e em qualquer lugar,
a participação em ações evangelísticas e viagens missionárias, a paixão pela obra
missionária, o desenvolvimento de sua liderança e a multiplicação de discípulos de
Cristo.

Para que essa tríplice missão aconteça, é necessário que cada membro da igreja
exerça seu dom para o qual foi chamado e assuma seu papel no serviço cristão. O
crescimento integral da igreja aprofunda a ideia de que cada membro do corpo de
Cristo é um ministro de Deus, um sacerdote espiritual. Portanto, cada membro da
igreja local deve reconhecer seu chamado para servir a Deus, por meio da utilização
de seus dons, talentos, experiências e paixões.

É importante dizer que cada cristão possui no mínimo um dom espiritual “Sejam
bons administradores dos diferentes dons que receberam de Deus. Que cada um use o seu

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
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Dia 4 Igreja que serve em seus ministérios Dia 4

próprio dom para o bem dos outros!” (1 Pedro 4:10) Todos somos ministros de Deus.
O Senhor Jesus nos salvou para o servirmos. Servimos a Deus servindo pessoas. Ele
ama todas as pessoas e nos capacita com dons e talentos para darmos seguimento à
missão que Ele começou. Somos cooperadores de Deus, todos nós que nascemos
de novo. Os dons do Espírito são diferentes dos talentos naturais. O dom espiritual
é uma marca da graça a partir do seu segundo nascimento, isto é, seu nascimento
espiritual, de filiação a Deus. O talento natural é uma capacidade que Deus concede,
mas a partir do primeiro nascimento, da natureza adâmica. Quem nasceu espiritual
possui talentos e dons. Quem não crê em Cristo possui talentos, mas não possui dons
espirituais. É normal que,quando alguém se converte a Jesus, ao receber seus dons
espirituais, estes dons se unam com os talentos, formando um conjunto particular de
qualidades para você servir a Deus. Para que você conheça, aprofunde-se e se capacite
no aprimoramento de seu dom, temos um curso que poderá ajudá-lo.

Você está ciente de que foi incumbido para um serviço e que dele depende
o crescimento da igreja? Reflita sobre isso e ore para que o Espírito Santo
lhe auxilie nessa percepção. Descreva quais os tipos de serviço que você
pode ter sido chamado por Deus no cumprimento da missão:

Descreva sobre quais são os desafios que impedem você de dinamizar seu
dom.

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
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Dia 4 Igreja que serve em seus ministérios Dia 4

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ O serviço cristão é dado a cada um que faz parte da membresia da


igreja. Deus chamou cada um com uma obra específica, de modo que a
Igreja de Cristo seja edificada, cresça e edifique o mundo.
□ Nossa igreja se preocupa com o crescimento integral, portanto,
seguimos a missão tríplice: crescer para com Deus, crescer com a igreja
em si e crescer com o mundo.
□ O dom espiritual é uma marca da graça a partir do seu segundo
nascimento, isto é, seu nascimento espiritual, de filiação a Deus.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
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Dia 5 Igreja que serve em seus ministérios Dia 5

Igreja, possibilidade para servir

Fique atento para as metas de aprendizagem do dia :


• Conhecer a igreja em suas estruturas, ministérios e possibilidades de
atuação.
• Relembrar o versículo da semana.

Os dons espirituais se manifestam por meio de ministérios. Assim como há diferentes


dons, há diferentes ministérios: “Existem tipos diferentes de dons espirituais, mas é um
só e o mesmo Espírito quem dá esses dons. Existem maneiras diferentes de servir, mas
o Senhor que servimos é o mesmo. Há diferentes habilidades para realizar o trabalho,
mas é o mesmo Deus quem dá a cada um a habilidade para fazê-lo.” (1 Coríntios
12:4-6). Em nossa igreja estamos organizados em áreas ministeriais que englobam
ministérios específicos para cumprir o propósito de Deus para a Igreja. Quais
são as áreas ministeriais da PIB Curitiba? Segundo o nosso estatuto e regimento
interno, temos: Adoração, Ação Social, Administração, Adolescentes, Comunicação,
Educação Cristã, Especiais, Esportes, Evangelismo/Missões, Famílias/Casais, Infantil,
Integração e Jovens.

Além das áreas ministeriais relacionadas, contamos com outros ministérios


específicos que trabalham sinergicamente em prol da missão cristã dentro de nossa
igreja local. Podemos alistar os seguintes: Pastoral que inclui o trabalho do pastor
titular, os pastores do colegiado (Conselho Ministerial) e os diáconos (Conselho
Diaconal ou Corpo Diaconal), Aconselhamento, Celebrando a Recuperação,
Células, Idosos, Jovens Adultos, Jovens Casais, Mulheres, Dependentes Químicos,
Oração/Intercessão e Visitação. Há ainda o Ministério em Inglês, o English Service,
o Conselho Executivo e várias outras oportunidades de servir que estão dentro de
cada área e ministério mencionados. Nosso desafio é que você conheça essas áreas e
ministérios, envolva-se e desenvolva seu ministério.

Além disso, nossa igreja é composta por mais cinco campi que são braços de nossa

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
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Dia 5 Igreja que serve em seus ministérios Dia 5

igreja: campus Campo Largo, campus Uberaba, campus Parolim, campus Portão e
campus Almirante Tamandaré. Todos esses campi tem como finalidade representar a
PIB Curitiba como igreja local nesses bairros. Observe abaixo o link que o direcionará
para mais informações sobre esses campus. Nossa igreja também possui alguns
eventos regulares como Natalaleluia, Ressurreto e Congresso Vida Vitoriosa, dentre
outros.

Não há outra alternativa senão começar. O melhor jeito de começar a evangelizar


é começar a evangelizar! O melhor segredo para começar a discipular é começar a
discipular! A melhor maneira de desenvolver seus dons espirituais é servindo! Talvez
você já tenha uma ideia de qual área ou ministério combina com você para começar
a se engajar. Possivelmente você não tenha absolutamente nenhuma ideia.

pibcuritiba.org.br

Faça um plano de ação para se engajar em algum deses ministérios. Se


necessário, peça ajuda para seu discipulador/professor, mas não deixe
passar este módulo Igreja sem estar se conectando com um dos nossos
ministérios.

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
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Dia 5 Igreja que serve em seus ministérios Dia 5

FECHANDO SEU DIA DE APRENDIZAGEM

Cheque a trajetória diária e examine como foi sua caminhada de aprendizagem

□ Em nossa igreja estamos organizados em áreas ministeriais que


englobam ministérios específicos para cumprir o propósito de Deus
para a Igreja.
□ Além das áreas ministeriais relacionadas, nossa igreja conta com outros
ministérios específicos que trabalham sinergicamente em prol da
missão cristã. Conhecer esses ministérios é dever de cada membro.
□ Conhecer e desenvolver os dons espirituais é primordial para quem
quer se engajar em um dos ministérios da igreja.

Conseguiu completar a trajetória? Parabéns! Avance para o próximo dia. Se ainda


permanecem dúvidas, fale com seu professor!

FINALIZOU A LIÇÃO?
Não se esqueça de atualizar o processo na CENTRALPIB. Para acessar, entre
no QRCode abaixo, faça seu login e na área “DISCIPULADO” faça o registro da
frequência.

Caso você não tenha feito o cadastro do discípulo, Vá na opção “ADIOCIONAR


NOVO DISCIPULO”. Uma vez adicionado, será necessário apenas registrar a
frequência nas próximas semanas.

Isso é importante para o melhor funcionamento e organização.

central.pibcuritiba.org.br

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
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Dia 5 Igreja que serve em seus ministérios Dia 5

Muito bom! Você completou a quarta e última semana de estudos. Atente


para os conhecimentos adquiridos nessa semana, ore sobre isso e peça a Deus
discernimento para praticar esses conhecimentos consoante com o objetivo de
estudo da semana. Vamos lá:

OBJETIVO DA SEMANA

COMPREENDER A EXTENSÃO DO CHAMADO PARA O SERVIÇO CRISTÃO.

• Como cristão, devo ser um servo e, como tal, viver em altruísmo, imitando
Jesus, lembrando que essa condição não é opcional.

• Deus me confiou bens terremos e eternos, por isso devo administrá-los


como servo fiel.

• Devolvo ao Senhor a décima parte, assim como ofertas voluntárias de tudo


que Ele dá; isso é uma questão de fé e fidelidade.

• O Senhor Jesus me salvou para O servir. Sirvo a Deus servindo pessoas. Ele
me capacitou com dons e talentos para dar seguimento à missão que Ele
começou.

• Devo servir em algum ministério e, assim, desenvolvo o dom e talento que


Deus me concedeu para abençoar o outro e edificar a Igreja.

“Quem quiser me servir, siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará
todos os que me servem.”
João 12:26
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Próximos passos

E AGORA?
Agora prepare-se, pois você está prestes a embarcar em uma jornada
transformadora com Deus. Acredite, a conversão que você experimentou é
apenas o começo, o ponto de partida para um discipulado significativo.

Esses primeiros passos que você deu são essenciais, e nossa equipe está
unida em oração, pedindo a Deus que continue a moldá-lo como um discípulo
genuíno, alguém que representa o nome de Cristo.

Você tem o potencial de se tornar cada vez mais parecido com Cristo, capaz
de impactar o mundo ao seu redor, então siga os próximos passos, e permita
que a chama da sua fé arda intensamente e inspire outros a seguirem o mesmo
caminho.

Vá além, mergulhe!

107
Próximos passos

I - Primeiros passos com Jesus


II - Primeiros passos com a Igreja

III - Dons
IV - Eu, um discipulador

V - Líderando uma célula saudável


VI - Nós cremos
VII - Autoridade e submissão
VIII - Cosmovisão cristã

Após tornar-se um lider com multiplicações


de célula, você poderá tornar-se um mentor
de líderes.

ALEM
VÁ !

108
Guia do discipulador

Sugestão de roteiro para os encontros

Primeiro encontro – Semana 0


• Promover um encontro informal para conversar sobre as motivações e
necessidades do discípulo.
• Combinar o melhor dia, horário e local para seus encontros semanais.
• Passar o material de estudo, explicando a dinâmica, desafiando-o a separar um
tempo diário para realizá-lo.
• Se ele ainda não tem uma Bíblia e você tiver condições de adquiri-la, presenteie-o
neste dia com um exemplar, no qual você terá colocado uma dedicatória. Se você
não tiver condições, converse com alguém da diretoria de Educação Cristã ou
Missões para que seu discípulo receba uma Bíblia.
• Orar.

Roteiro para os próximos encontros


Tempo: uma hora por semana. Você poderá seguir esta orientação:
1. Aprendendo a conhecer-se mutuamente – dedique 15 minutos do encontro.

2. Oração – dedique 5 minutos do encontro.

3. Tirando as dúvidas – dedique até 20 minutos do encontro.

4. Confirmando valores – dedique 20 minutos do encontro.

5. Orando juntos – dedique 10 minutos do encontro.ento espiritual, doutrinário,


de liderança, e dar ferramentas para que exerça seu ministério com dedicação, alegria
e competência.

109
Guia do discipulador

Uma palavra para o discipulador

Qual deve ser sua maior tarefa no processo de discipulado?

Muita oração
Dedique um tempo diário para orar especificamente por seu discípulo e sua vida.
Peça todos os dias, insistentemente, que Deus lhe dê:

Amor por seu discípulo


1 João 4.19-21 – “Nós amamos porque Deus nos amou primeiro. Se alguém diz: ‘Eu
amo a Deus’ e odeia seu irmão, é mentiroso. Porque ninguém pode amar a Deus, a quem
não vê, se não amar a seu irmão, a quem vê. Este é o mandamento que Cristo nos deu:
quem ama a Deus, que ame também a seu irmão.”

João 13.34-35 – “Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como
eu os amei, amem também uns aos outros. Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão
que sois meus seguidores.”

Atos 2.44, 46-47 – “Todos os que criam estavam juntos e repartiam uns com os outros
o que tinham. Todos os dias, unidos, se reuniam no pátio do Templo. E nas suas casas
partiam o pão e comiam com alegria e humildade. Louvavam a Deus por tudo e eram
estimados por todos. E cada dia o Senhor juntava àquele grupo as pessoas que iam sendo
salvas.”

Discernimento para enxergar além das aparências

Que Deus lhe dê capacidade para julgar e ver o íntimo de cada pessoa, os pensamentos
e propósitos de cada coração.

Hebreus 4.12-13 – “Pois a mensagem de Deus é viva e poderosa e corta mais do que

110
Guia do discipulador

qualquer espada afiada dos dois lados. Ela vai até o lugar mais fundo da alma e do
espírito, vai até o íntimo de cada pessoa e julga os desejos e pensamentos dos corações
humanos. Não há nada que se possa esconder de Deus. Em toda a criação, tudo está
descoberto e aberto diante dos seus olhos e é a ele que todos nós prestaremos contas.”

Hebreus 5.14 – “Porém a comida dos adultos é sólida, pois eles já estão treinados para
provar e saber a diferença entre o que é bom e o que é mau.”

Atenção: discipulado é compromisso

Discipulado é um processo de ensino e aprendizagem no qual, através do


relacionamento pessoal, o discípulo conhece a Deus, aprendendo os fundamentos
da fé cristã.

O processo de discipulado possui duas dimensões que se completam: conhecimento


e vivência. É importante afirmar que o conhecimento por si não leva à mudança. É
preciso desafios diários que levem a praticá-lo até que se incorpore na vida da pessoa.

O papel do discipulador é fundamental, pois é aquele que se compromete a responder


pelo discípulo, que é responsável pelas faltas do outro, enquanto este ainda se encontra
em processo de aprendizagem. É aquele que mostra o caminho até que o outro possa
caminhar sozinho. Discipulador é aquele que “cuida do irmão”.

Humildade para admitir que não detém todo o conhecimento

Submissão a Deus, entendendo que você é apenas um instrumento em Suas mãos


e que, se não estiver sendo dirigido por Ele, não poderá chegar ao propósito que o
Senhor deseja para seu discípulo e para sua vida. Esteja alerta e ore sem cessar!

Efésios 4.2-4 – “Sejam sempre humildes, delicados e pacientes. Mostrem o seu amor,
suportando uns aos outros. Façam o possível para conservar, por meio da paz que os une, a
união que o Espírito dá. Há um só corpo e um só Espírito e somente uma esperança, para
a qual Deus chamou vocês.”

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Guia do discipulador

Filipenses 2.3-4 – “Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber
elogios; mas sejam humildes e cada um considere os outros superiores a si mesmo. Que cada
um procure os interesses dos outros e não somente os seus próprios interesses.”

Sabedoria para enfrentar as dificuldades

Que Deus possa ajudá-lo em todos os momentos com atitudes e palavras que revelem
Sua vontade.

Lucas 7.35 – “Porém quem aceita a sabedoria de Deus sabe que ela é justa.”

2Crônicas 1.10 – “Dá-me sabedoria e conhecimento para que eu possa governá-lo, se


não for assim como poderei governar este teu grande povo?”

2Coríntios 1.12-13 – “É disto que temos orgulho: a nossa consciência nos afirma que a
nossa maneira de viver, especialmente em relação a vocês, tem sido dirigida pela franqueza
e sinceridade que Deus nos dá e também pelo poder da sua graça e não por sabedoria
humana. Pois escrevemos a vocês somente o que podem ler e entender.”

112
Referências

Cho David Yonggi. 50 anos de esperança: O milagre da igreja em células. São Paulo:
Editora Vida, 2008.

COMISKEY, Joel. Crescimento explosivo da Igreja em Células: levando seu grupo


acrescer e multiplicar. 3. ed. Curitiba: Ministério Igreja em Células, 2008.

LAY, Robert Michael. O ano da transição: vamos mostrar como fazer. Curitiba:
Ministério Igreja em Célula no Brasil, 2005.

REAL, Paulo. Relacionamentos na igreja: como manter a unidade na diversidade.


São Paulo: Vida, 2003.

STEVENS, R. Paul e GREEN, Michael. Espiritualidade Bíblica: A Bíblia Como


Fonte Da Verdadeira Espiritualidade Para O Seu Dia. Brasília: Palavra, 2008.

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