Você está na página 1de 6

ASSUMINDO O COMPROMISSO

COM A EVANGELIZAÇÃO
INTEGRAL
I. ESTABELECENDO UMA PAUTA COMPROMETIDA COM A
VANGELIZAÇÃO

Para estabelecer uma pauta comprometida com a evangelização junto


a grupos desafiadores, a igreja pode considerar as seguintes
abordagens:

1. Evangelização inclusiva: A igreja deve se esforçar para pautar em


sua agenda de evangelização os grupos desafiadores. Desenvolver
uma abordagem acolhedora e inclusiva, criando um ambiente onde
todos se sintam bem-vindos, independentemente de suas origens,
crenças ou histórias de vida. Isso inclui grupos, como pessoas de
diferentes culturas, orientações sexuais, identidades de gênero, ou
com visões políticas divergentes.

 Cuidado com o termo inclusivo!


Nos últimos anos, essa terminologia “Evangelho da inclusão”
ganhou uma atribuição completamente distorcida do verdadeiro
evangelho de Jesus.

 Quero destacar pelo menos dois tipos de “falso evangelho” que se


apresenta com a ideia de inclusão.
 O primeiro:
É o famoso “universalismo” que vem sendo difundido como
evangelho de inclusão. O evangelho de inclusão é uma heresia que
prega que todas as pessoas, acabarão sendo salvas. Nesse pseudo
evangelho é pregado que toda a humanidade é destinada ao céu,
independente da religião sem a exigência de arrependimento ou fé
em Cristo.
 O segundo:
 O “evangelho inclusivo” ou “teologia inclusiva” defende a ideia de
que a Bíblia não classifica a prática homossexual como um pecado.
Na última década tem surgido igrejas que adotaram essa falsa
teologia e se definem como “igreja inclusiva”. Uma das defesas
dessa teologia inclusiva é tentar uma reinterpretação da Bíblia a
partir de sua ideologia.
 Jesus pregou o Evangelho da inclusão, isso afirma que Ele anunciou
as boas-novas da salvação aos marginalizados de Sua época, mas
isso não tem nenhuma ligação com o inclusivísmo religioso atual.
Portanto, sua mensagem era um convite ao arrependimento e a
consciência do abandono das práticas pecaminosas.

2. Diálogo e escuta: É fundamental iniciar um diálogo respeitoso e


genuíno com os grupos desafiadores. Tendo sempre a bíblia como
norteadora da conversa, mas sem ser apelativa ou ameaçadora. Ouvir
atentamente suas experiências, necessidades e preocupações,
demonstrando empatia e compreensão. Isso ajuda a estabelecer
relacionamentos significativos e a construir pontes que conduzem à
exposição do evangelho.

3. Contextualização da mensagem bíblica: A igreja pode explorar


diferentes abordagens teológicas e adaptar sua mensagem para se
conectar com os grupos desafiadores. Por mais que a mensagem seja
rica e bela, se não estabelecer um elo, uma conexão com aquele
grupo, ela não terá relevância para ele. Isso obriga o discipulador
compreender a cultura, os valores e as questões específicas
enfrentadas por esses grupos, buscando pontos de encontro e
relevância para compartilhar a mensagem do evangelho.

4. Serviço e ação social: Ao se envolver em ações de serviço e justiça


social, a igreja pode demonstrar seu compromisso prático com o amor
ao próximo. Essas iniciativas podem ajudar a quebrar barreiras e
estabelecer confiança com grupos desafiadores, mostrando que a fé
cristã é relevante e preocupada com as questões sociais. É aí que a
igreja comprova na prática, que ela realmente se importa com outros
universos sociais. Ao sair do seu casulo e estender as suas tendas de
serviço, atender os aflitos e tocar em suas feridas, ela transmitirá uma
mensagem de amor, compaixão e misericórdia.

5. Educação e discipulado: A igreja pode e deve investir em educação


e isso é uma necessidade urgente. Após cem anos de fundação, a
assembleia de Deus ainda não considera a educação relevante em sua
atuação. Discipulado é uma área deficiente na maioria das igrejas. Para
dar suporte a evangelização, paralelamente deve acontecer a acolhida
com um bom programa de discipulado. Estudos bíblicos, seminários
ou grupos de discussão. Isso permite um espaço para aprendizado
mútuo, crescimento espiritual e diálogo construtivo.

II. O OBREIRO E O SEU COMPROMETIMENTO COM O EVANGELISMO DE


ALCANCE

O obreiro, como alguém dedicado ao serviço na obra de Deus,


desempenha um papel crucial na expansão do evangelho de Jesus.
Esse obreiro além de sua vocação, deve ser submetido a constantes
treinamentos, capacitações e avaliações para desenvolver um trabalho
com excelência. A igreja é a fiel responsável pela qualificação e
também em promover a motivação no cumprimento de seu ministério.

Seu comprometimento com o evangelho, com a sua igreja e com a sua


liderança devem ser marcas visíveis na vida espiritual, familiar,
profissional, financeira e social.

Ele poderá ser fortalecido por meio das seguintes práticas:

1. Relacionamento íntimo com Deus: O obreiro deve buscar um


relacionamento íntimo e constante com Deus por meio da oração,
estudo da Bíblia e comunhão com o Espírito Santo. Esse
relacionamento pessoal fortalece sua fé, confiança e capacidade de
compartilhar o evangelho com ousadia e amor.

2. Conhecimento da Palavra de Deus: O obreiro deve aprofundar seu


conhecimento da Palavra de Deus, estudando e compreendendo as
verdades bíblicas. Isso o capacita a comunicar com clareza e precisão a
mensagem do evangelho, respondendo a perguntas e desafios com
embasamento sólido.

3. Vida de santidade e integridade: O obreiro deve buscar viver uma


vida de santidade e integridade, refletindo os valores e princípios do
evangelho em todas as áreas de sua vida. Uma vida coerente e
transformada é um testemunho poderoso do poder do evangelho e
atrai outras pessoas a conhecerem a Cristo.

4. Capacitação e treinamento contínuos: O obreiro pode buscar


oportunidades de capacitação e treinamento contínuos para aprimorar
suas habilidades em compartilhar o evangelho e se envolver em
evangelismo eficaz. Isso pode incluir participação em seminários,
conferências e programas de discipulado.

5. Trabalho em equipe: O obreiro deve desenvolver um ministério de


coletividade, jamais construir um caminho de individualismo. O
individualismo abre caminho para a competição, causando
fragmentação no corpo de Cristo, a igreja. Trabalhar em conjunto
permite uma ampliação do impacto e alcançando diferentes grupos e
contextos.

Acima de tudo, o comprometimento do obreiro com o evangelho está


enraizado em seu amor por Deus e pelas pessoas ao seu redor. Ele
deseja e busca ser um instrumento nas mãos de Deus para
compartilhar a mensagem do evangelho e fazer discípulos, guiado pelo
Espírito Santo e pelo exemplo de Jesus Cristo.

III. POSSIBILIDADES E OPORTUNIDADES PARA A EVANGELIZAÇÃO NA


ATUALIDADE.

A igreja evangélica brasileira e principalmente a assembleia de Deus que é


a maior denominação pentecostal do país, dispõe de diversas
possibilidades e oportunidades para a evangelização na atualidade. Vamos
elencar algumas delas:
1. Cultos evangelísticos: O culto é o momento mais interessante que a
igreja promove sendo, portanto, a forma mais tradicional de expor a
mensagem evangelística. Convidar as pessoas para participarem de um
culto é algo comum, mas tem sido negligenciado pelos membros da igreja.
Cultos e grandes eventos que a igreja realiza, podem ter um melhor
aproveitamento se a membresia se mobilizar para trazer as pessoas para
receber a mensagem.
2. Evangelismo pessoal: Os membros da igreja pentecostal podem ser
incentivados e equipados para compartilhar sua fé em seu círculo de
relacionamentos, como familiares, amigos, colegas de trabalho e vizinhos.
O evangelismo pessoal é uma forma poderosa de alcançar pessoas com o
amor de Cristo de maneira individualizada.
3. Pequenos grupos é uma abordagem eficaz e intimista:
Os pequenos grupos oferecem um ambiente propício para o estudo da
Bíblia. As reflexões sobre as verdades do evangelho podem ser
compartilhadas e discutidas de maneira mais pessoal. O
compartilhamento de testemunhos de fé e experiências pessoais com
Deus, são autênticos e impactantes podendo tocar o coração das pessoas
com mais facilidade. Nos pequenos grupos, é possível estabelecer
relacionamentos mais próximos e significativos. Essa conexão pessoal cria
um ambiente favorável para o compartilhamento do evangelho. Os
pequenos grupos são lugares ideais para compartilhar pedidos de oração e
se apoiar mutuamente. A oração e o clamor a Deus em favor daqueles que
ainda não conhecem a Cristo, fortalece a consciência da missão da igreja
em pregar o evangelho de Cristo.
4. Uso das mídias digitais: A era digital oferece inúmeras oportunidades
para a evangelização. A igreja pentecostal pode aproveitar as mídias
sociais, plataformas de streaming, podcasts e transmissão online dos
cultos são recursos que alcancem um público amplo e diversificado.
5. Congresso e conferências evangelísticas: A realização de eventos e
conferências evangelísticas é uma oportunidade para a igreja reunir
pessoas em um ambiente inspirador, com pregação do evangelho, louvor e
ministração. Esses eventos podem ser abertos ao público em geral,
atraindo pessoas em busca de respostas e experiências espirituais.
6. Parcerias e missões transculturais: A igreja pentecostal pode se
envolver em parcerias com organizações missionárias para alcançar
pessoas em regiões e culturas diferentes. Isso inclui o envio de
missionários, projetos de plantação de igrejas, tradução de materiais e
envolvimento em projetos de assistência humanitária.

A evangelização realizada pela Assembleia de Deus ao longo dos anos tem


sido uma mensagem cristalina, isenta das impurezas do modernismo.
Fundamentada na Palavra de Deus, guiada pelo Espírito Santo e motivada
pelo amor de Cristo, a pregação das Boas Novas de Cristo alcançou toda a
nação. O objetivo principal tem sido levar as pessoas a conhecerem Jesus,
experimentarem o poder do Espírito Santo e se tornarem discípulos
comprometidos com a fé cristã.
Resta agora, olhar para o horizonte e encarar os grandes desafios que
estão a sua frente. São tempos difíceis de um mundo globalizado, da
ascensão das tecnologias de comunicação, do mundo virtual e da chegada
do metaverso. O mundo atual é completamente distinto da época dos
nossos pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren.
As ideologias têm prioridade na agenda global, os governos estão
dispostos a criar e aprovar leis que confrontam os princípios e valores
cristãos e da família tradicional, a liberação das drogas, o controle da
atuação das igrejas, o fim da propriedade privada e a proibição da
exposição das escrituras como elas são. Caminhamos para um caos social
e espiritual! Continuaremos firmes em Cristo, cumprindo o seu ide até que
Ele volte.

Você também pode gostar